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Influenza canina (CIV): a infecção pelo CIV em cães raramente é fatal, a menos que seja complicada por

pneumonia bacteriana concomitante. O primeiro relato de transmissão interespécies do vírus da influenza


aviária H3N2 para cães foi relatado na Coréia do Sul em 2007, sendo responsável pelo desenvolvimento de
uma síndrome respiratória grave caracterizada por febre alta, tosse, pneumonia bronco-intersticial grave e
traqueobronquite necrosuppurativa. Entretanto, a infecção de cães por essa infecção é incomum, sendo a
soro prevalência desencadeada pela densidade populacional canina e o fluxo de animais em abrigos ou
instalações de embarque. Por outro lado, a H3N2 CIV pode estar gerando doenças em cães e gatos
infectados.

Calicivírus felino (FCV): não costuma apresentar sintomas, porém pode gerar pneumonia, úlceras linguais,
diarreia, edema e hemorragias. A vacinação impede a expressão clínica da infecção, mas não previne a
infecção.

Parvovírus felino e canino: o vírus se replica rapidamente em tecidos linfoides, células criptas do íleo e no
intestino delgado, causando enterite hemorrágica potencialmente fatal, vômitos e diarreias.

Peritonite infecciosa felina: atualmente não existe um protocolo de diagnóstico eficaz que possa
discriminar o vírus causador dessa patologia: o coronavírus entérico felino relativamente avirulento (FECV).

Infecciosa felina patogênica (PIF): mais comum em gatos jovens com predileções significativas por raça.
Os sintomas característicos são: febre, perda de peso, diarreia, insuficiência hepática e renal, desorientação,
paralisia, vômitos e infecções oculares.

Streptococcus B-hemolíticos: S.canis e S.zooepidemicus causam poliartrite, infecções urogenitais e


doenças neonatais.

Circovírus canino: presente em casos de cães com vasculite, inflamação histiocítica ou ambos.

PROVA PRÁTICA

MATERIAIS BÁSICOS

TIPOS DE ÁGAR
TÉCNICAS DE SEMEADURA E CULTIVO DE
BACTÉRIAS

- Semeadura em meio sólido

Semeadura em Profundidade em Placa: pipetar


uma alíquota do caldo na placa de Petri -> colocar
quantidade suficiente do ágar na placa -> tampar a
placa -> homogeneizar o conteúdo da
placa, movimentando- a suavemente em forma de oito -
> aguardar a solidificação do meio.

Semeadura de Espalhamento em Placa: Identificar a placa contendo ágar Nutriente -> pipetar uma alíquota do caldo
homogeneizado na placa de Petri -> espalhar o caldo da superfície do ágar utilizando a alça de
Drigalski.

Semeadura por esgotamento (streak): flambar a alça de semeadura e aguardar seu esfriamento da
alça -> homogeneizar o caldo para transferir uma alíquota do mesmo -> espalhar o conteúdo da alça
na placa de Petri, formando estrias.

Semeadura em Tubo com Ágar Inclinado: fazer estrias no tudo contendo ágar inclinado com auxílio
de uma alça de semeadura contendo uma alíquota do caldo.

- Semeadura em meio líquido

Semeadura em tudo com Caldo Nutriente: homogeneizar o conteúdo do tubo com a bactéria cultivada e usar a alça
de semeadura para transferir uma alíquota do material do tubo para o tubo contendo caldo nutriente.

MÉTODOS DE COLORAÇÃO EM BACTERIOLOGIA

Coloração Simples: colocar a lâmina no suporte de vidro na pia; cobrir a lâmina com Fucsina por 1 min; lavar com água;
secar; observar ao microscópio (objetiva de imersão).

Coloração de Gram: cobrir a lâmina com Cristal violeta por 1 min; lavar com água; cobrir com solução de Lugol por 2
min; lavar com água; lavar com Solução descorante (aproximadamente 15 segundos ou até que a solução que escorre
da lâmina fique transparente); lavar com água; corar com Fucsina por 1min; lavar com água; secar; observar ao
microscópio (objetiva de imersão).

Coloração de Wirtz-Conklin: cobrir o esfregaço com solução de Verde-Malaquita; passar a lâmina sobre o fogo até a
emissão de vapores e ir passando a lâmina por pouco mais de 6 min no fogo sem que ela ferva ou seque; esfriar a
lâmina; lavar com água tirando todo o excesso de corante verde; cobrir a lâmina com corante Safranina a frio por 45
segundos; lavar com água; secar; observar ao microscópio (objetiva de imersão).

Staphylococcus
(Gram +)
Streptococcus
(Gram +)

Escherichia coli. Salmonella

(Gram -) (Gram -)

Bacillus cereus
Bacillus cereus (Verde Malaquita)
(Gram +)

OBS: todas as lâminas são preparadas com a seleção de uma colônia isolada com auxílio da alça de semeadura e, com
auxílio do prendedor de madeira, passar a lâmina no fogo algumas vezes para secar e fixar o esfregaço.

OBS: o azul de algodão é usado para corar os fungos de azul e a coloração de Nanquim cora em preto a cápsula do
Criptococcus.

TÉCNICAS DE MACROCULTIVO E MICROCULTIVO DE FUNGOS FILAMENTOSOS E LEVEDURAS

Macrocultivo: semeadura em meio sólido (Placa de Petri).

a) Técnica de esgotamento para levedura (alça de níquel-cromo).

b) Técnica da colônia gigante para fungos filamentosos (alça de níquel-cromo ou agulha).

Microcultivo: semeadura em meio sólido (blocos de ágar ou


em lâminas)

a) Blocos de ágar (fungos filamentosos): retirar pequenas


porções do bolor e semear nos quatro lados do bloco de ágar.
Cobrir o bloco com uma lamínula estéril com o auxílio de uma
pinça de metal, pressionando levemente. Molhar todo o papel
de filtro com água destilada estéril, a qual funcionará como uma
câmara úmida, e incubar.
b) Lâminas (leveduras): com uma alça de níquel-cromo, semear em estria fina (3 a 4 estrias) sobre o ágar. Cobrir com
uma lamínula estéril com o auxílio de uma pinça, pressionando levemente. Umedecer o papel de filtro com água
estéril e incubar.

MÉTODOS DE COLORAÇÃO EM MICOLOGIA

Macrocultivo

o Textura ou consistência: Algodonosas, Furfuráceas, Penugentas, Arenosas, Veludosas, Glabrosas.


o Pigmentação da superfície (anverso) e do verso (reverso)
o Superfície: Lisa, Fissurada, Rugosa.
o Bordas: Regulares, Irregulares, Radiadas.
o Aspecto: Brilhante, Opaco, Seco, Úmido.
o Topografia: Cerebriforme, Rugosa, Apiculada, Crateriforme.
Microcultivos

- Microcultivo de Bolor: com o auxílio de uma pinça de metal, retirar a lamínula aderida ao bloco de ágar; colocar
algumas gotas do Azul de Metileno na lâmina e montar o conjunto (lâmina + lamínula); fazer o mesmo procedimento
com a lamínula que ficou embaixo do bloco de ágar.

- Microcultivo de levedura: com o auxílio de uma pinça de metal, retirar a lamínula aderida ao ágar Fubá, colocar
algumas gotas de Azul de Metileno em uma lâmina e colocar a lamínula por cima.

Aspergillus spp Penicillium spp

Fusarium spp Microsporum spp

Trichophyton spp sp

hifas

Candida
albicans

clamidoconídeo

esporangiósporo

Rhizopus spp

esporângio
OBS: coloração Aspergillus

- A. fumigatus: aveludadas ou granulares, verde-


azuladas com periferia branca.

- A. niger: pretas e com textura granular.

- A. flavus: amarelo-esverdeadas com textura felpuda.

- A. terreus: marrom-avermelhadas com textura


granular.

ANTIBIOGRAMA I

Padronização do inóculo na escala de McFarland; mergulhar o suabe estéril no frasco com a suspensão bacteriana e
realizar semeadura por esgotamento na placa; colocar os discos com antibióticos na placa, sobre o ágar comprimindo-
os levemente com a pinça para aderi-los; incubar.

➔ Interpretação

O resultado do antibiograma deve ser interpretado pelo médico, que observa os valores da Concentração Mínima
Inibitória (MIC) e o diâmetro do halo de inibição. A MIC corresponde à concentração mínima de antibiótico que é
capaz de inibir o crescimento bacteriano, podendo variar de acordo com o antibiótico a ser testado e o microrganismo
que foi identificado. De acordo com os valores da CMI é possível dizer se o microrganismo é:

• Sensível: as bactérias são sensíveis a doses comumente recomendadas.

• Intermediário: infecção pode ser tratada em sítios onde a droga é fisiologicamente concentrada ou quando uma
alta dosagem da droga pode ser usada com segurança.

• Resistente: micro-organismo não responderá ao tratamento com o antibiótico.

OBS: os halos variam de diâmetro também de acordo com a concentração de antibiótico presente nos discos e com a
pureza do inóculo utilizado. Desta forma, nem sempre os maiores halos indicam os melhores antibióticos a serem
utilizados. Além disso, a escolha do antibiótico ideal também depende do custo-benefício e do estado clínico do
paciente.
REAÇÃO DE IMUNODIFUSÃO EM GEL DE ÁGAR (IDGA)

Identidade: Não identidade: Identidade parcial:


antígenos possuem antígenos não antígenos C compartilham
epítopos comuns compartilham alguns epítopos com o
epítopos comuns antígeno A

[Ag] = [AC]

O aumento da [AC] leva ao


deslocamento da linha de
precipitação em direção ao Ag

AÇÃO DE DESINFETANTES

Placa 1: C (controle); MS (mão suja); D (detergente); A (álcool).

Placa 2: C (controle); MS (mão suja); D (detergente); L (lisoform).

Verificar que o crescimento de micro-organismos depende da quantidade de superfície de contato colocada na placa
(ex: pele), de contaminações cruzadas e da quantidade de nutriente no substrato.

BIOQUÍMICA BACTERIANA I

Tubo 1: meio de Rugai sem sacarose, sólido e inclinado -> inocular por picada central uma colônia até o fundo do
tubo e ao voltar a agulha, semear por estrias (esgotamento).
TIPO DE TESTE POSITIVO NEGATIVO
Desaminação do L- cor verde garrafa no ápice do tubo. mantém-se a cor original do meio (verde azulado) no
Triptofano (TRI) ápice do tubo.
Fermentação da cor amarela no fundo do tubo. fundo do tubo mantém a cor original do meio (verde
glicose (GLI) azulado), já que as bactérias não fermentadoras
produzem H2S ou hidrolisam a ureia.
Produção de gás a formação de bolhas com intensidade meio sem bolhas.
partir da glicose variável no interior do meio.
(GAS)
Produção de gás cor negra de intensidade variável no meio mantém coloração diferente da mencionada.
sulfídrico (H2S) interior do meio.

Tubo 2: meio LMI – Lisina, Motilidade e


Indol, semisólido -> inocular por picada
central uma colônia até o fundo do tubo.

Descarboxilação da lisina (LIS):

- positivo: coloração que passa do


amarelo ao púrpura no meio

- negativo: coloração amarela no meio


Tubo 3: meio MIO – Motilidade, Indol e Ornitina, semisólido -> inocular por picada central até o
fundo do tubo de forma que na volta a agulha siga o mesmo trajeto.

TIPO DE TESTE POSITIVO NEGATIVO


Descarboxilação da ornitina (ORN) coloração que passa do amarelo coloração amarela no
ao púrpura no meio. meio
Motilidade (MOT) crescimento difuso com turvação crescimento restrito à
total ou parcial do meio linha de picada
Indol (IND) – aditivo KOVAC’s surgimento de um anel vermelho não se desenvolve
coloração no reagente

Tubo 4: meio de Rhamnose, líquido -> abrir a placa


com a bactéria e encostar a ponta da agulha na
superfície de uma colônia; semear o tubo na
superfície, cobrindo-o com vaselina estéril (para
garantir ambiente anaeróbio).

- positivo: coloração amarela com turvação do meio.

- negativo: o meio mantém a coloração original,


com crescimento (turvação).

Tubo 5: meio de Citrato, sólido e inclinado: encostar a ponta da


agulha bacteriológica na superfície de uma colônia; semear o tubo
na superfície.

- positivo: observa-se crescimento no meio e/ou


desenvolvimento de coloração azul.

- negativo: a coloração do meio se mantém


inalterada e sem sinais de crescimento.

Fermentação da lactose: dividir as placas com caneta de marcação em duas metades; com a alça de níquel-cromo,
semear por esgotamento Escherichia coli numa metade e Salmonella Enteritidis na outra metade.
Ágar MacConkey: vermelho neutro cora bactérias fermentadores de lactose e peptídeos
(peptona).

a. fermentadoras de lactose (Escherichia coli): utilizam a lactose e produzem ácido ->


meio e colônias rosa/vermelhas.

b. não-fermentadoras de lactose (Salmonella Enteritidis): utilizam peptona e


produzem amônia -> elevação do pH -> meio e colônias com cor amarelo-
claro/branca/sem cor.

Ágar eosina-azul de metileno (EMB):

a. fermentadoras de lactose (Escherichia coli): utilizam lactose


e produzem ácido -> redução do pH -> colônias com cor verde
metálica
b. não-fermentadoras de lactose (Salmonella Enteritidis):
utilizam peptona e produzem amônia -> elevação do pH -> meio
e colônias translúcidas/sem cor.

Teste da coagulase

- positivo: formação de coágulo (Sthapylococcus)

- negativo: ausência de formação de coágulo.

Teste da catalase

- positivo: formação de bolhas (Sthapylococcus)

- negativo: ausência de bolhas (Streptococcus)

Teste da de desoxirribonuclease (DNAse)

- produtoras de DNAse (Staphylococcus aureus): desoxirribonuclease despolimeriza


DNA do meio, formando área de coloração clara ao redor da colônia.

- não-produtoras de DNAse (Streptococcus): não há formação de área clara ao redor


da colônia.

Teste do Manitol-Salgado

Meio de cultura seletivo que inibe o crescimento de outras bactérias que não
estafilococos.

- fermentação do manitol: meio amarelado (Sthaphylococcus aureus).

- sem fermentação do manitol: meio rosa-avermelhado (Sthapylococcus epidermidis).

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