Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
– Icterícia própria do RN;
– início tardio (após 24hs) com ↑ lento e gradual;
– pico entre 3 e 5 dias (6-8 mg/dl);
– declínio entre 5 - 7d ;
– nível normal no 10.ºd.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
– Icterícia própria do RN
• o limite superior aceitável de icterícia “fisiológica”
é BT = 12 mg/dl;
• valores superiores a 12mg/dl alertam para o
acompanhamento e investigação da etiologia da
hiperbilirrubinemia.
* progressão céfalo-caudal
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
– Produção aumentada de BT
• > volume eritrocitário e < vida média das
hemácias
(70 - 90d no RN contra 120d no adulto);
• > eritropoiese inefetiva e > formação de BT a
partir de fontes secundárias.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
• ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
beanascimento@infomedica.com.br
– Excreção hepática limitada
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA PATOLÓGICA
– início antes de 24h de vida;
– BT ≥ 4 mg/dl em cordão umbilical;
– ↑ de bilirrubina indireta ≥ 0,2-0,5mg/dl/h;
– ↑ de bilirrubina indireta ≥ 5mg/dl/dia;
– BT (sérica ou transcutânea) na zona de alto
risco (> percentil 95).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
• ICTERÍCIA PATOLÓGICA
– BT ≥ 13 mg/dl em RNT e ≥ 10 mg/dl em
RNPT ;
– sinais de doença associada (vômitos, letargia,
sucção débil, excessiva perda de peso,
taquipnéia, hipo ou hipertermia);
– icterícia persistente após 14d em em RNT e
RNPT .
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• CAUSAS DE HIPERBILIRRUBINEMIA NO RN
– PRODUÇÃO EXCESSIVA
• Distúrbios hemolíticos:
– incompatibilidade Rh/ABO/subgrupos, esferocitose
hereditária, deficiência de G6PD.
• Sangue extravascular:
– petéquias, hematomas.
• Policitemia.
• ↑ Circulação êntero-hepática.
– obstrução mecânica, peristalse diminuída.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• CAUSAS DE HIPERBILIRRUBINEMIA NO
RN
– SECREÇÃO DIMINUÍDA
• Deficiência de captação da bilirrubina ao nível do
hepatócito:
– doença de Gilbert;
• Deficiência de conjugação da bilirrubina:
– icterícia familiar não hemolítica tipo 1 e 2 (Crigler-
Najjar);
– hipotireoidismo, hipopituitarismo e anencefalia;
– síndrome de Down, trissomia do 13;
ATENÇÃO!
IMPORTANTE
• ICTERÍCIA NEONATAL
TOXICIDADE DA BILIRRUBINA
• bilirrubina em níveis fisiológicos é um
antioxidante com efeito protetor sobre as células;
• bilirrubina indireta pode ser tóxica em algumas
situações;
• bilirrubina não ligada a albumina é a principal
responsável pelo depósito dentro da célula
nervosa.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TOXICIDADE DA BILIRRUBINA
• hipoxemia, hipercapnia, hipoglicemia, acidose,
hipotermia, sepse, meningite e jejum prolongado
alteram o metabolismo cerebral mesmo na
ausência de bilirrubina;
• RN com doença hemolítica por isoimunização ou
def. de G-6-PD e RNPT têm maior risco de
Encefalopatia bilirrubínica.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TOXICIDADE DA BILIRRUBINA
• Em RN a termo ou próximo do termo, a
Encefalopatia bilirrubínica tem sido
associada à:
– icterícia pela “falta” do AM;
– alta hospitalar antes de 48 hs;
– perda de peso.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TOXICIDADE DA BILIRRUBINA
– Encefalopatia bilirrubínica aguda
• síndrome clínica-neurológica em RN ictéricos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TOXICIDADE DA BILIRRUBINA
– Encefalopatia bilirrubínica aguda
• Fase 1: hipotonia, letargia, sucção débil, choro agudo;
• Fase 2: opistótono, tendência à espasticidade, febre, morte (90%);
• Fase 3:
–após 1sem;
–espasticidade diminui, tende à hipotonia;
• Fase 4:
–após 2 ou 3m;
–distúrbios extrapiramidais (atetose), deficiência
auditiva, distúrbios de deglutição e fonação, déficit
intelectual leve.
Semin Perinatol 2011;35:97-100
• ICTERÍCIA NEONATAL
TOXICIDADE DA BILIRRUBINA
– Encefalopatia bilirrubínica crônica ou
Kernicterus
• impregnação amarelada dos núcleos da base,
hipocampo, corpos geniculados, núcleo vestibular,
coclear e oculomotor, cerebelo e medula espinhal;
• gliose, perda e necrose neuronal.
*BIND (Disfunção neurológica induzida pela bilirrubina)
= Kernicterus sutil
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
DOENÇA HEMOLÍTICA POR INCOMPATIBILIDADE
SANGÜÍNEA
– exposição materna a antígenos das hemácias fetais
determina a produção e passagem transplacentária de
anticorpos específicos IgG contra esses antígenos
resultando em hemólise fetal e neonatal:
• pré-natal: Rh;
• pós-natal: ABO.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
DOENÇA HEMOLÍTICA POR
INCOMPATIBILIDADE SANGÜÍNEA
– INCOMPATIBILIDADE Rh
• antígeno D;
• mãe Rh - e filho Rh + ;
• hemorragia transplacentária, aborto, amniocentese,
gravidez tubária, DPP, cordocentese, trauma
abdominal, etc...;
• transfusão sangüínea, seringas compartilhadas;
• resposta imune 1.ª = IgG anti-D - 4-6sem a 6m;
• 2.ª exposição = produção mais rápida.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
DOENÇA HEMOLÍTICA POR
INCOMPATIBILIDADE SANGÜÍNEA
– INCOMPATIBILIDADE Rh
• Prevenção:
– imunoglobulina anti-D (Rhogan®Matergan®)
em parturiente não sensibilizada;
– doença em extinção nos países desenvolvidos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
DOENÇA HEMOLÍTICA POR
INCOMPATIBILIDADE SANGÜÍNEA
– INCOMPATIBILIDADE ABO
• RN A ou B e mãe O (IgG anti-A e anti-B);
• mãe A ou B - não ocorre DOENÇA HEMOLÍTICA (IgM
anti-A e anti-B);
• 50% - 1.º filho;
• anticorpos anti-A e anti-B, antígenos eritrocitários A ou B
fetais;
• hemólise variável, praticamente não ocorre na gestação.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
DOENÇA HEMOLÍTICA POR
INCOMPATIBILIDADE SANGÜÍNEA
– INCOMPATIBILIDADE ABO
• icterícia precoce;
• reticulócitos aumentados;
• anemia não muito acentuada;
• Coombs negativo e Eluato positivo;
• presença de microesferócitos.
* incompatibilidade ABO protege da sensibilização Rh
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
DOENÇA HEMOLÍTICA POR
INCOMPATIBILIDADE SANGÜÍNEA
– INCOMPATIBILIDADE POR ANTÍGENOS
ERITROCITÁRIOS
• 1% das doenças hemolíticas perinatais;
• irregulares do sistema Rh (E, e, C, c, cc, Ce);
• Kell, Duffy, Kidd e MNSs.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– Fototerapia
Descoberta inusitada:
• Inglaterra - Enfermeira J. Ward evidenciou
redução da tonalidade amarela da pele dos
RN após banho de sol;
• transformação fotoquímica da bilirrubina nas
áreas expostas à luz (+ hidrossolúvel);
• eliminação pelos rins e pelo fígado.
Adv Neonat Care 2011;11(5S):S10-S21
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– Fototerapia
• fotoisomerização:
– isômero geométrico ou configuracional;
– isômero estrutural ou lumirrubina;
• irreversível;
• fotooxidação:
– complexos pirólicos;
– pequena contribuição.
NEJM, 2008
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– Fototerapia
• tipo de luz:
– a bilirrubina absorve luz visível entre 400nm
e 500nm;
– luz branca, luz azul, luz verde;
– luz com emissão de iodo (LED).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– Fototerapia proteção ocular e gonadal.
• Fonte de luz localizada acima do paciente:
– convencional
– halógena (bilispot)
– de alta intensidade
beanascimento@infomedica.com.br
* LED (diodos emissores de luz) ® Bilitron (super LED)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– Fototerapia
• Fonte de luz localizada abaixo
do paciente:
– ® Biliberço.
– Biliblanket .
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
MANEJO DA ICTERÍCIA
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– Exangüineotransfusão:
• remover o excesso de bilirrubina, prevenindo seus
efeitos tóxicos (redução de 50%);
• remoção de 80% dos anticorpos e das hemácias
circulantes;
• volume de troca = 2 volemias;
• veia umbilical.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
• ICTERÍCIA NEONATAL
TRATAMENTO
– .Desde 2004, a Academia Americana de Pediatria tem
recomendado a administração de imunoglobulina humana
endovenosa 0,5–1,0g/kg em duas horas nas doenças hemolíticas
imunes, se a BT aumentar, apesar da fototerapia de alta
intensidade ou se a BT se aproximar 2–3mg/dL do nível de
indicação de exsanguinotransfusão.9 Entretanto, existem relatos
de maior incidência de enterocolite necrosante em RNs que
receberam imunoglobulina.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
Indicação de Fototerapia e Exangüineotransfusão
(SBP,2012)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DA ICTERÍCIA NEONATAL
"TRATADO DE PEDIATRIA" – SBP
https://www.newbornweight.org/
https://www.omnicalculator.com/health/newborn-hyperbilirubinemia-assessment