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MARISABermuda masculina em sarja estampadaFrete Grátis Brasil* e até 100 dias para pagar no
Abordagens metodológicas de treinamento para o
desenvolvimento da inteligência de jogo do jogador de
futebol
Abordajes metodológicos del entrenamiento para el desarrollo de la inteligencia de juego del jugador de fútbol
Renan Mendes*
*A cadêmico do Curso de Bacharelado renanm92@hotmail.com
em Educação Física do Grupo Uniasselv i/Fameblu
**Professor. Mestre em Educação Física Rafael Besen*
Docente do Grupo Uniasselv i/Fameblu rafinhabesen@hotmail.com
(Brasil) Marcel Henrique Kodama Pertille Ramos**
marcel_ramos@terra.com.br
Resumo
Uma metodologia de treinamento que se baseie na integração das dimensões do jogo atrav és da utilização de jogos reduzidos com a finalidade de preparar
o jogador para o jogo e desenv olv er sua inteligência de jogo, estes aspectos compreendem o tema central do presente trabalho. A ntes de abordar tal
metodologia, foi feita uma caracterização dos jogos desportiv os coletiv os para dar sustentação à proposta de um método de treinamento integral. Em seguida, foi
abordado o método de treinamento identificado como treinamento fragmentado, que se baseia na div isão das dimensões do jogo (técnico, tático, físico e
psicológico) e a forma como é estruturada a preparação do jogador. Foram apontadas as falhas deste tipo de metodologia com base em div ersos autores. Em
seguida, tratamos do treinamento integral propriamente dito, abordamos o porquê ele é eficiente na preparação do jogador. Sendo os jogos reduzidos a base
estrutural deste método, v erificamos a importância do desenv olv imento da inteligência do jogador de forma contextualizada e o quanto o treinamento atrav és de
situações de jogo, ou jogos reduzidos, são importantes para este desenv olv imento. Por fim, abordamos a importância da construção de um modelo de jogo da
equipe, que é tido como o elemento causal de todo o processo de treinamento.
Unitermos: Especificidade. Inteligência de jogo. Jogos reduzidos. Modelo de jogo. Treinamento fragmentado. Treinamento integral.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 189, Febrero de 2014. http://w w w .efdeportes.com/
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1. Introdução
Os construtos que sustentaram o desenvolvimento da ciência ao longo do tempo levaram a investigação científica a
usar lentes de um pensamento analítico que tratou de enxergar os fenômenos de forma reduzida e isolada (SILVA,
2008, apud LEITÃO, 2009).
Segundo Leitão (2009), a busca pelo entendimento de um determinado fenômeno pela ciência, consistiu em dividi-lo
em partes (fragmentos), que cada vez menores, buscavam ser compreendidos, com a idéia de que entendendo as
partes, chegava-se ao entendimento do que se imagina ser o todo (reducionismo). “Assim, chega-se à inteligência
cega. A inteligência cega destrói os conjuntos e as totalidades, isola todos os seus objetos do seu meio ambiente”
(MORIN, 2011, p. 12).
Referente a preparação tradicional no futebol, baseada pelo fisicismo ou tecnicismo, o treino físico melhora as
capacidades físicas exigidas no jogo, o treino técnico analítico melhora os fundamentos técnicos e o treino tático
melhora o sistema de jogo, a tomada de decisão dos jogadores, etc. Desta forma, os adeptos acabam por “dissecar”
os treinos em variáveis e justificando o jogo como meio de melhorar determinada capacidade (BRAGA, 2012).
Muito se tem discutido em relação a este modelo de treinamento. Diversos autores, dentre eles, Garganta (1997),
Balbino (2001), Leitão (2004, 2009), Filgueira e Greco (2008) e Leães e Xavier (2011), apontam como uma das
principais deficiências do treinamento fragmentado o fato que de os exercícios propostos nesta metodologia serem
descontextualizados do que é a realidade do jogo formal, contrariando um dos princípios do treinamento desportivo, o
princípio da especificidade.
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Em contrapartida, a teoria sistêmica, segundo Capra (1996) citado por Balbino (2001, p. 26) baseia-se na mudança
da análise das partes para a compreensão do todo. Desta forma, a proposta é à de que os sistemas vivos são
totalidades integradas, “cujas propriedades não podem ser reduzidas às de partes menores”. Portanto, a busca pelo
conhecimento do todo, que até então se dava a partir da sua fragmentação e posterior entendimento das partes,
passou a ser a partir da compreensão do todo através de suas inter-relações.
Um grande avanço no modelo do treinamento desportivo está relacionado à compreensão de que as manifestações
físicas, técnicas, táticas e psicológicas no jogo estão integralmente ligadas (LEITÃO, 2010). Atualmente, há discussões
acerca de uma metodologia de treinamento baseada no desenvolvimento das capacidades de jogo (física, técnica,
tática e psicológica) nos jogadores de forma integral.
Essa metodologia é caracterizada pela integração dos componentes físicos, técnicos, táticos e psicológicos, por
meio de jogos, em uma única sessão de treinamento (BARROS, 2008). Desta forma, é possível transferir o ambiente
de jogo para o treino, possibilitando a manifestação das capacidades físicas, técnicas, táticas e psicológicas do jogador
de forma indissociável e mobilizando a inteligência do jogador de forma contextualizada, respeitando assim o princípio
da especificidade.
Já a “inteligência de jogo” é formada pelos processos cognitivos de percepção e de tomada de decisão (Sampaio,
2013), que segundo Leães e Xavier (2011) é exigência básica na prática do futebol. Portanto, é necessário desenvolver
o jogador inteligente, capaz de agir e criar ações de forma variável frente às diferentes situações do jogo (FILGUEIRA;
GRECO, 2008).
2. Método
O presente estudo consiste em uma revisão de literatura, obtida por meio de pesquisa de artigos, monografias,
dissertações, teses, revistas eletrônicas e livros relacionados ao jogo e ao treinamento em futebol.
Antes de explanar sobre o tema central do presente trabalho, uma caracterização dos Jogos Desportivos Coletivos
(JDC) deverá ser explicitada para que sustente a corrente teórica que será abordada para esta metodologia de treino.
Depois de estabelecido, são descritas algumas das deficiências do treinamento fragmentado, com base em diversos
autores.
O futebol é uma modalidade desportiva registrada no quadro dos jogos desportivos coletivos (JDC)
(GARGANTA, 1997). Segundo Leitão (2004, p. 27) O jogo é “um sistema complexo num ambiente
(contexto) também complexo”, sendo assim, aspectos como a imprevisibilidade, a aleatoriedade e a
variabilidade de comportamentos e ações são bastante relevantes (COLLET et al., 2007).
De acordo com Pittera e Riva (1982), Matveiev (1986), Konzag (1991), Riera (1995a) e Reilly (1996),
citados por Garganta (1997), as situações contextuais emergentes dos JDC precisam ser entendidas
como unidades de ação que possuem uma natureza complexa, decorrente do número de variáveis em
jogo e da imprevisibilidade e aleatoriedade das situações que se apresentam ao jogador e às equipes.
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São estes aspectos que conferem características únicas aos JDC, alicerçadas na inteligência e na
capacidade de decisão (GARGANTA; OLIVEIRA, 1996), onde o problema primordial encontra-se no plano
estratégico-tático, pois saber “o que fazer” condiciona o “como fazer” (GARGANTA, 2006).
A tomada de decisão nos JDC estará estritamente relacionada aos estímulos visuais, a partir destes
estímulos se formará um pensamento tático posteriormente acompanhado por uma ação motora visando
à solução do problema apresentado (BARROS, 2008). Portanto, no futebol, assim como em todos os
esportes coletivos, as ações do jogo caracterizam-se pela necessidade de um comportamento tático,
sendo a capacidade cognitiva o elemento de base para o desenvolvimento desse comportamento
(FILGUEIRA; GRECO, 2008).
Com base nesta perspectiva, para entender as ações que ocorrem no jogo de futebol é necessário
compreender que o jogo se desenvolve num contexto de imprevisibilidade e aleatoriedade, em função
disso, toda situação circunstancial emerge carregada de um conteúdo incerto, isso resulta na
necessidade de o jogador tomar decisões rápidas e certas durante todo o jogo, sendo que suas ações
são norteadas pelo aspecto estratégico-tático.
De acordo com Bangsbo (1993) e Miller (1995) citados por Añon (2013), o desempenho no futebol é
caracterizado pela interação das dimensões técnica, física, tática e psicológica. Com a finalidade de
entender e trabalhar o jogo, uma prática comum no ambiente do futebol atual é a fragmentação de suas
dimensões: o técnico, a tática, a psicológica e a preparação física, e é com base nesta perspectiva que
freqüentemente se busca o entendimento do jogo e a forma de se trabalhar o treino, explorando estas
dimensões de forma desconexa em seus treinamentos e ainda descontextualizada frente ás exigências e
ocorrências circunstanciais do jogo (SCAGLIA, 2008).
Ainda, o aspecto técnico tem seu processo de treinamento baseado em uma metodologia que
preconiza o domínio de habilidades técnicas e motoras, sem se preocupar com a aplicação dessas
capacidades na resolução de situações-problema que surgem no jogo, situações essas que são
imprevisíveis, e também não contribui para o entendimento do jogo por parte dos jogadores (FILGUEIRA;
GRECO, 2008).
Tendo em vista a prática recorrente, percebe-se que a estrutura do treinamento em futebol tem
baseado suas abordagens em exercícios direcionados para o treinamento da habilidade técnica através
da reprodução de gestos fechados, mecanizados e fora do contexto de jogo. A capacidade física é
treinada de forma cíclica, previsível, sem preocupação na aplicabilidade dessas na resolução dos
problemas do jogo. Já para o desenvolvimento da organização tática da equipe, em muitos casos, essa é
submetida a exercícios “ensaiados”, como se fosse possível pré-determinar os movimentos do adversário
e as situações emergentes do jogo.
Com base numa visão fragmentada do treinamento, Garganta (2006) e Filgueira e Greco (2008)
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Para Freire (2011) as capacidades de força, de velocidade, de agilidade, entre outras, assim como as
habilidades de chutar, de cabecear, de passar, etc., só são eficientes quando tornadas lógicas, no
sentido de integrarem, de forma equilibrada, os fatores motores, os intelectuais, os sociais, os morais e
os emocionais. Portanto, segundo o mesmo autor, pode-se dizer que um jogador tem o conhecimento e
domínio das habilidades (técnicas, táticas e cognitivas) apenas quando for capaz de utilizá-los em
contexto de jogo.
De acordo com esta perspectiva, não são aconselháveis os treinos que preconizam a exercitação
descontextualizada e analítica dos gestos técnicos (passe, chute, drible, etc.), pois a execução realizada
desta forma assume características diferentes daquela que é exigida no contexto aleatório do jogo
(GARGANTA, 2006).
Destarte, a fragmentação do treino em físico, técnico e tático, não contribui para desenvolver o
“jogar” efetivo do atleta, ou seja, o jogador que é submetido a este tipo de treinamento não estará
preparado para resolver as situações-problema que ele encontrará na partida, situações essas que são
imprevisíveis, aleatórias, circunstanciais e que exigirão dele à manifestação de suas capacidades de
modo integral.
Segundo Marques (1983) e Lehnert (1986) citados por Leitão (2004, p. 18), “o processo de
treinamento desportivo tem como objetivo fundamental o desenvolvimento de respostas às exigências
desportivas em situações de treino e suas aplicações na competição”. Segundo Garganta (1997) e Leitão
(2004), quando se quer jogar de determinada maneira, treina-se em função disso, com objetivo de
alcançar a maneira desejada de jogar. Então se treina conforme se quer jogar. Isso sugere uma relação
de interdependência e reciprocidade entre o treinamento e a competição. O fundamento desta relação é
encontrado em um dos princípios do treinamento desportivo: o princípio da especificidade. De acordo
com este princípio os aspectos a serem treinados devem ter relação direta com o jogo (estrutura do
movimento, estrutura da carga, natureza das tarefas, etc.), em função de viabilizar a maior
transferência possível das aquisições operadas no treino para o contexto específico de jogo (GARGANTA,
1997; LEITÃO, 2004).
De acordo com Venzon (1998) citado por Leães e Xavier (2011), a preparação atlética no futebol é
representada pelo desenvolvimento das qualidades físicas, técnicas, táticas e psíquicas, sendo difícil
identificar um elemento mais importante e representativo. Todos podem contribuir de forma decisiva
para a vitória, tanto individualmente quanto coletivamente.
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transferência do contexto de jogo para o treino. Por isso que, segundo Garganta (2006), na construção
de exercícios para jogar, as analogias treino/jogo desempenham um papel fundamental. “Portanto, o
treinamento deve ter ligação direta com as situações imprevisíveis e variadas do jogo” (FILGUEIRA;
GRECO, 2008, p. 56).
Com o conhecimento de que o jogo é imprevisível, trás implicações diretas no modelo utilizado para
preparar os jogadores, a imprevisibilidade deve estar presente no treinamento, assim como é no jogo, a
preparação do jogador deve sustentar um jogar que engloba as variáveis físicas, técnicas, táticas e
emocionais de forma indissociável, ao mesmo tempo e o tempo todo, ou seja, deve proporcionar no
processo de treinamento situações-problema que sustentem um jogar integral (LEITÃO, 2009).
Segundo Leitão (2009, p. 27), no jogo a mobilização das ações por parte dos jogadores e equipe é
conseqüência dos problemas que emergem nele (no jogo). Essas situações emergentes exigem
respostas rápidas e são elas que definem o sucesso ou o fracasso no jogo. Isso significa que os
jogadores devem estar preparados para resolver esses problemas, o que implica na necessidade de os
jogadores e equipes estarem preparados fisicamente, tecnicamente, taticamente e psicologicamente, de
forma a considerar as inter-relações existentes entre essas, “de maneira que todas essas dimensões se
expressem em uma coisa só”. Para Leitão (2009, p. 28) “Torna-se necessário abandonar o discurso de
que ‘treino é treino e jogo é jogo’, para assumir o discurso ‘treino é jogo e jogo é treino’”.
Destarte, de acordo com o que foi dito, para que o treinamento seja suficiente na preparação do
jogador, ele deve reproduzir situações semelhantes ao jogo. Sendo assim, a única maneira de
reproduzir no treino a estrutura e as características essenciais do jogo é o próprio jogo.
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que será apresentada nos jogos formais (FILGUEIRA; GRECO, 2008), ou seja, “essas
atividades induzem a reprodução de momentos que simulam uma partida real, preparando
o futebolista de forma integral” (LEÃES; XAVIER, 2011, p. 24).
Portanto, o treinamento através de jogos reduzidos aparece como uma ferramenta que
estimula o jogador a reproduzir no treinamento todos os aspectos técnicos, físicos e
táticos, individuais ou coletivos, que acontecem no jogo, possibilitando a preparação para
as múltiplas funções do jogo (LEÃES; XAVIER, 2011) e também contribui no
desenvolvimento da inteligência do jogador.
De acordo com Greco (1998) citado por Barros (2008), a aplicação correta do método
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As equipes de futebol desempenham como sistemas cujos constituintes organizam-se de acordo com
uma lógica interna e particular, em função de princípios e prescrições, em um contexto de oposição e
cooperação. No sentido em que suas partes estão ligadas de certa maneira e sob alguma regra, pode-se
dizer que se trata de sistemas caracterizados pela sua forma particular de organização (GARGANTA,
1997).
Portanto, ao observar equipes e jogadores ao longo de vários jogos, é possível encontrar padrões de
organização, que permitem tirar conclusões sobre o comportamento de jogo desses jogadores e
equipes. Esse comportamento relaciona-se com as características do jogo construído e desenvolvido pela
equipe, principalmente com o seu sistema organizacional. Esse comportamento e suas relações
caracterizam o chamado “modelo de jogo” (GARGANTA, 1997; LEITÃO, 2009).
De acordo com Gréhaigne (1989, apud LEITÃO, 2004), a busca pelo entendimento do jogo de futebol
passa pela utilização de modelos capazes de explicá-lo. O modelo é a representação do conteúdo e da
lógica do jogo a partir da integração das dimensões e variáveis percebidas como essências do fenômeno
(jogo).
Portanto, “o modelo de jogo representa a manifestação regular da forma que se quer jogar em
diferentes momentos do jogo” (TAMARIT, 2007, apud LEITÃO, 2009, p. 109). O próprio autor diz que
para isso, é necessário que se tenha claro os “comportamentos específicos” pretendidos a serem
adquiridos pela equipe com o objetivo de operacionalizar um jogar pretendido, sendo que estes
“comportamentos” devem ser trabalhados em treino. Segundo Bompa (2002, p. 43): “[...] um modelo
deve incorporar somente os meios de treinamento de natureza idêntica aos que existem na competição”
(p. 44). Mas é importante que se diga que isso não deve ser confundido com uma mecanização de
gestos e ações (GARGANTA, 1997), a imprevisibilidade se faz presente na preparação dos jogadores e
deve ser destacada no modelo de treino, pois senão o treino deixaria de ter sentido (LEITÃO, 2004;
BALBINO, 2001).
As relações estabelecidas pelo jogador entre este modelo e as situações que ocorrem no jogo,
orientam as suas decisões, condicionando a organização da percepção, a compreensão das informações
e a resposta motora (GARGANTA, 1997).
Pode-se dizer então que o modelo de jogo tem relação com o modo como se pretende jogar, ou seja,
como a equipe e jogadores irão se comportar em todos os momentos do jogo, com base em certas
referências, que além das regras e objetivos do jogo, servem como elementos norteadores de suas
ações.
Para Mourinho (2006) citado por Leitão (2009, p. 110): “o modelo de jogo é a direção que faz com
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que os jogadores possam, nos quatro momentos do jogo, ‘pensarem sob a mesma perspectiva’”.
“Assim, estabelecer um modelo é representar, de modo abstrato, as ações que alguém está interessado
em cumprir” (BOMPA, 2002, p. 44). Quando o técnico português menciona os quatro momentos do jogo,
ele refere-se aos momentos ofensivos, defensivos, de transição ofensiva e de transição defensiva.
Destarte, de acordo com esta idéia, todo o processo de treinamento deve promover exercícios que
sustentem um jogar integral e o caráter imprevisível do jogo, estimulando o desenvolvimento da
inteligência de jogo do jogador, sendo que, todo este processo deve ser planejado e trabalhado no
sentido de proporcionar a construção e o desenvolvimento contínuo de um modelo de jogo, ou seja, com
a finalidade de instituir uma identidade de jogo para a equipe.
4. Considerações finais
De acordo com a literatura revisada, os jogos desportivos coletivos (JDC) têm como característica essencial a
imprevisibilidade. De acordo com o princípio da especificidade, as situações trabalhadas em treino devem ter relação
direta com o jogo, proporcionando uma transferência de aquisições. Portanto, o treino estruturado de modo integral
contribui para isso, por meio de atividades baseadas em situações de jogo, assemelhando-se ao ambiente competitivo.
Devido à imprevisibilidade estar sempre presente no jogo de futebol, o jogador é submetido a circunstâncias únicas
e que exigem respostas diferentes por parte dele. Sua resposta é dada de forma tática, técnica, física e psicológica,
indissociavelmente e ao mesmo tempo. Sendo assim, o treinamento através de jogos se apresenta como uma
ferramenta essencial na preparação do jogador, exigindo-o a de forma integral.
A capacidade do jogador de responder as situações do jogo é o que define a inteligência de jogo do jogador. A
prática sistemática de exercícios através de jogos reduzidos contribuirá para o desenvolvimento da sua capacidade de
tomar decisões durante o jogo e desenvolvendo sua inteligência.
Dentro desta abordagem, o modelo de jogo servirá como elemento norteador do processo de treinamento. A equipe
será preparada com o intuito de construir uma maneira de jogar, uma identidade de jogo. Assim, o planejamento dos
treinos é feito com o objetivo de desenvolver esse modelo, desta forma, as atividades por meio de jogos são
fundamentais.
Destarte, o treinamento por meio da integração das dimensões do jogo através de jogos reduzidos pode contribuir
para o desenvolvimento da inteligência de jogo do jogador, pois assim o jogador é submetido a circunstâncias únicas e
que exigem respostas igualmente singulares, assim como acontece no jogo, desafiando o jogador de modo integral e
respeitando o princípio da especificidade.
MARISACalça masculina em jeansFrete Grátis Brasil* e até 100 dias para pagar no Cartão
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