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AC15

Protocolo Samu 192


AC16 Emergências Clínicas
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

AC16 - Choque

Quando suspeitar ou critérios de inclusão:


Reconhecimento dos sinais e sintomas.

Critérios e tipos de choque:


SINAIS HIPOVOLÊMICO NEUROGÊNICO CARDIOGÊNICO SÉPTICO

Temperatura da pele fria, úmida, pegajosa quente, seca fria, úmida, pegajosa fria, úmida, pegajosa

Coloração pele pálida, cianose rosada pálida, cianose pálida, rendilhada

Pressão arterial normal ou diminuída normal ou diminuída normal ou diminuída normal ou diminuída

alerta, lúcido,
Nível de Consciência alterado alterado alterado
orientado

Enchimento Capilar > 2 seg normal: < 2 seg > 2 seg > 2 seg

Frequência Cardíaca aumentada diminuído aumentada aumentada

Classificação do choque hipovolêmico:


CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV
Quantidade de
< 750 mL 750-1500mL 1500-2000mL > 2000mL
sangue perdido
(< 15%) (15-30%) (30-40%) (> 40%)
(% volume)
Frequência cardíaca < 100 100-120 120-140 > 140
Frequência
14-20 20-30 30-40 >35
ventilatória
PA arterial normal normal diminuída diminuída
SNC/estado mental ansiedade discreta ansiedade leve ansiedade, confusão confusão, letargia

Conduta
1. Realizar avaliação primária (Protocolo AC1) com ênfase para:
• avaliar responsividade;
• manter via aérea pérvia;
• estabilizar coluna cervical, se suspeita de trauma; e
• identificar e controlar sangramentos, se necessário (considerar compressão, torniquete, imobilização de
pelve e membros, se necessário).

AC16 - Choque
Elaboração: Agosto/2014 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 1/2
Revisão: Abril/2015 Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.
Protocolo Samu 192
AC16 Emergências Clínicas
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

AC16 - Choque

2. Realizar avaliação secundária (Protocolo AC2) com ênfase para:


• Coletar história SAMPLA;
• Monitorizar oximetria de pulso, ritmo cardíaco e sinais vitais;
• Posicionar o paciente de forma compatível com a modalidade do choque, visando à melhora da
sintomatologia e controle de danos;
• Realizar a prevenção de hipotermia: manter temperatura adequada da ambulância, remover roupas
molhadas e usar manta térmica ou cobertor; e
• Tentar identificar a causa do choque e iniciar tratamento específico.
3. Instalar acesso venoso periférico ou considerar punção intraóssea (IO) após 2 tentativas sem sucesso.
Na impossibilidade da IO, realizar dissecção venosa ou punção de jugular externa.

4. Realizar abordagem medicamentosa:


• oferecer O2 suplementar sob máscara não reinalante se SatO2 < 94%; e
• repor volemia com solução cristaloide isotônica, com o objetivo de manter pressão sistólica > 80 mmHg.
No TCE considerar manter a pressão sistólica >90mmHg.

5. Realizar contato com a Regulação Médica para definição de encaminhamento e/ou unidade de saúde
de destino.

Observações:
• Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
• No APH, a conduta mais segura diante de um paciente traumatizado em choque é considerar a causa
do choque como hemorrágica, até prova em contrário.
• Dar preferência à veia safena na dissecção venosa.
• No choque hipovolêmico secundário ao trauma, a reposição volêmica deverá ser administrada com
solução cristaloide aquecida a 39°, preferencialmente.
• O ringer lactato é a solução cristaloide de 1ªescolha, seguido da solução salina 0,9%.
• A presença de sinais inflamatórios sistêmicos (temperatura corporal >38,3° ou < 36°, FC>90bpm,
FR>20irpm), associada a suspeita de foco infeccioso, determina o diagnóstico de sepse. O choque séptico
é a associação da sepse com sinais de hipoperfusão, não sendo obrigatória a presença de hipotensão.

AC16 - Choque
Elaboração: Agosto/2014 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 2/2
Revisão: Abril/2015 Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.

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