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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

ATUAÇÃO DA POLÍCIA PENAL NA SEGURANÇA PÚBLICA


DISCIPLINA: A POLÍCIA PENAL NO CONTEXTO DA
SEGURANÇA PÚBLICA

AULA III
A POLÍCIA PENAL COMO INSTITUIÇÃO
DE SEGURANÇA PÚBLICA: DE
CARCEREIRO A POLICIAL PENAL
PROF. ME. VILOBALDO CARVALHO

TERESINA-PI
28/02/2023
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

1.1 - A CONVERSÃO DO CARCEREIRO

☻ “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam


e cantavam louvores a Deus, e os demais
companheiros de prisão escutavam. De repente,
sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os
alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e
soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro
despertou do sono e, vendo abertas as portas do
cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se,
supondo que os presos tivessem fugido [...]”.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

1.1 - A CONVERSÃO DO CARCEREIRO

☻ [...] Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças


nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o
carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou
precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de
Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse:
Senhores, que devo fazer para que seja salvo?
Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de
Deus e a todos os de sua casa”. Atos 16.25-32
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Na Antiguidade (século VIII a.C. ao século V


d.C.) o chamado cárcere era utilizado como local
para aprisionar não como caráter da pena, mas
como garantia de manter o sujeito sob o domínio
físico, para se exercer a punição. Os locais que
serviram como encarceramento se caracterizavam
apenas como um acessório de um processo
punitivo que se baseava no tormento físico.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Na Idade Média (476-1453) o cárcere era


apenas como local de custódia para conservar,
aqueles que seriam submetidos a castigos
corporais e à pena de morte, garantindo dessa
forma, o cumprimento das punições. Para
encarcerar não havia necessidade da
existência de um local específico.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Segundo Carvalho Filho (2002) as punições


no período medieval eram: a amputação dos
braços, a degola, a forca, o suplício na fogueira,
queimaduras a ferro em brasa, a roda e a
guilhotina. Tais formas de punição, além de
causar dor extrema, também proporcionavam
espetáculos à população.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Na Idade Média existiam dois tipos de


encarceramento: o cárcere do Estado e o cárcere
eclesiástico. O primeiro com o papel de cárcere-
custódia, utilizado no caso em que o individuo
privado de liberdade assim estava à espera de sua
punição. Já o segundo, era destinado aos clérigos
rebeldes, que ficavam trancados nos mosteiros,
para que, por meio de penitência, se
arrependessem do mal e obtivessem a correção.
Neste momento, surge o termo “penitenciária,” que
tem precedentes no Direito Penal Canônico, que é a
fonte primária das prisões.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻Até meados da Idade Moderna (1453-1789) a


prisão como pena autônoma era desconhecida,
mantendo ainda em parte deste período histórico, o
cárcere como espaço para preservar o corpo do
condenado até a aplicação do castigo.

☻ No decorrer do século XVIII ocorreram duas


passagens significativas que influenciaram a história
das prisões: o nascimento do iluminismo e as
dificuldades econômicas que afetaram a
população, o que culminou em mudanças para a
pena privativa de liberdade.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ No decorrer do século XVIII surge uma mudança


de paradigma no que diz respeito à aplicabilidade
da pena: passou-se a punir ao invés de vingar.
Nasceu uma nova visão do Estado e da sociedade
sobre a questão de uma pena proporcional à
conduta praticada pelo infrator: não punir menos,
mas punir melhor. Contudo, somente no início do
século XIX o corpo do condenado deixou de ser
alvo de aplicação da pena (MIRABETE, 2015),
passando a predominar uma nova forma de
punição por meio da pena privativa de liberdade.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ A Declaração de Direitos do Homem e do


Cidadão (1789) estabeleceu alguns parâmetros:
1. Só as leis podem fixar as penas, não se permitindo
ao juiz interpretá-las ou aplicar sanções
arbitrariamente;
2. Devem ser admitidas em juízo todas as provas,
inclusive a palavra dos condenados (mortos civis);
3. Não se justificam as penas de confisco, que
atingem os herdeiros do condenado, e as infamantes,
que recaem sobre toda família do criminoso;
4. A pena deve ser utilizada como profilaxia social,
não só para intimidar o cidadão, mas também para
recuperar o delinquente.
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ A consciência não conformista do arbítrio


judicial, da desigualdade de classes perante as
maneiras de punir, a desumanidade das penas, por
meios cruéis, como a fogueira, a roda, o
arrastamento, o esquartejamento, o sepultamento
em vida (THOMSON, 2002), levou à necessidade de
modificações e reformas no direito penal da época.
Entre os mais entusiastas destas ideias estavam o
italiano Cesare Bonessana e os ingleses John
Howard e Jeremy Bentham, considerados os
reformadores do direito penal.
(FLORES FILHO, et al, 2009)
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Foi a partir de John Howard que nasceu o


penitenciarismo. Para Howard, o trabalho,
mesmo o penoso, aparece como um meio à
regeneração moral e instrumento reabilitador. O
isolamento e a influência religiosa seriam meios
apropriados para a reflexão e regeneração
moral. A classificação dos condenados seria
fundamental nesse processo.

(FLORES FILHO, et al, 2009)


1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Jeremy Bentham, filósofo, economista, jurista e


reformista social de ideário liberal utilitarista foi
idealizador do primeiro modelo prisional projetado
para o encarceramento com finalidade de pena.
Tratava-se de um prédio circular em torno de uma
torre, de onde seria possível ter controle visual do
que acontecia na cela de cada preso, sem que
estes notassem que os mesmos estariam sendo
vistos. O famoso Panóptico: “pan” significa tudo e
“óptico” visão.
(FLORES FILHO, et al, 2009)
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Outros modelos de prisão-pena surgem nos


Estados Unidos da América no século XVIII. Em
Walnut Street, Filadélfia, no ano de 1776, foi
construído o modelo de prisão-pena (que
ficou conhecido como sistema filadélfico) e o
alburniano, construído em Auburn, no estado
de Nova Yorkm em 1821. Pretendia superar as
limitações e os defeitos do Regime Celular,
pautado na coerção do preso voltado apenas
para consecução de obediência e disciplina.

(FLORES FILHO, et al, 2009)


1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ É com a adoção do sistema progressivo, surgido


na Inglaterra, que se consolida a pena privativa de
liberdade. No início a fórmula consistia no seguinte:
☻Isolamento celular diurno e noturno, semelhante
ao solitary confinement (1ª fase).
☻ Trabalho em comum sob a regra do silêncio
como o silente system (2ª fase).
☻Liberdade condicional, que consistia numa
liberdade limitada (3ª fase).
(FLORES FILHO, et al, 2009)
1 - AS PRISÕES E OS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

☻ Posteriormente, foi introduzido um “período


intermediário” entre a 2ª e 3ª fase, que consistia na
possibilidade do preso trabalhar fora da prisão em
colônias agrícolas. Nesses locais, extramuros
prisionais, o apenado tinha “vantagens” como: poder
vestir outras roupas que não apenas o uniforme de
preso; não receber castigo corporal; receber parte da
remuneração do próprio trabalho; comunicar-se com
outras pessoas que não fossem apenas as presas.
(FLORES FILHO, et al, 2009)
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

☻ Há de se ressaltar que assim como a prisão a


profissão de carcereiro pode ser considerada
uma das mais antigas do mundo, já que
havendo cárcere, havia também um carcereiro.

☻“Houve época em que os indicados a ocupar


tais cargos poderiam ser presos caso se
recusassem a cumprir a ordem de trabalhar
como carcereiros, ou seja, de indicado poderia
transformar-se em indiciado” (LOPES, 2002, p.1).
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

☻ “Condeno o cabra Manoel Duda pelo malifício


que fez a mulher de Xico Bento e por tentativa de
mais malifícios iguais, a ser capado capadura que
deverá ser feita a macete. A execução da pena
deverá ser feita na cadeia desta villa. Nomeio
carrasco o Carcereiro. Feita a capação depois de
trinta dias o Carcereiro solte o cujo cabra para que
vá em paz”* (MARTINS; SALOMÃO, 2010, p. 1).

*O texto em questão, comum em textos jurídicos


que tratam sobre o crime de estupro, traz uma
suposta condenação proferida no ano de 1833.
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

☻ No Brasil, embora não considerasse pena a


prisão do indiciado de culpa para prevenir a fuga
(art. 37), o Código Penal de 1830 passou a fixar,
como penas, a prisão com trabalho (art. 46) e a
prisão simples (art. 47), a serem cumpridas em regra
em prisões públicas (art. 48). A partir o Código Penal
de 1890 a pena privativa de liberdade passa a ser
vista como a punição por excelência, generalizada.
O diploma abole definitivamente as penas corporais
e infamantes (penas de morte, galés, açoite e
perpétua), limitando temporalmente a 30 anos as
penas restritivas da liberdade individual (art. 44).
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

☻ O decreto nº 3.706, de 29 de abril de 1924, que


estabeleceu o regime penitenciário do
estado de São Paulo, trazia as obrigações dos
funcionários da prisão. Em seu artigo 152,
alínea D, previa: “não conversar com os
condemnados, nem entre si, por occasião do
serviço, respondendo, em poucas palavras e em
voz baixa, as perguntas que lhe forem
feitas, relativas ás suas funcções ou ás
necessidades dos condemnados” (BRASIL, 1924).
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Art. 183 - A segurança pública, que inclui a
vigilância intramuros nos estabelecimento penais,
dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, pelos seguintes órgãos estaduais:
I - Polícia Civil;
II - Polícia Penitenciária;
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL
◦ STF - ADIN - 236-8/600, de 1990 - “Por maioria de votos,
o Tribunal JULGOU PROCEDENTE a ação, para declarar
a inconstitucionalidade das expressões "que inclui a
vigilância intramuros nos estabelecimentos penais" e
do inciso II, todos do art. 180 (atual 183) da
Constituição do Estado do Rio de Janeiro, vencidos os
Ministros marco Aurélio, Paulo Brossard, Moreira Alves e
Presidente, que a declaravam improcedente”. -
Plenário, 07.05.1992 Publicada no D.J. Seção I de
15.05.92. - Acórdão, DJ 01.06.2001.

◦ 18/04/1990 – JULGAMENTO NO PLENO


◦ POR UNANIMIDADE O TRIBUNAL DEFERIU A MEDIDA LIMINAR E
SUSPENDEU, ATÉ O JULGAMENTO FINAL DA AÇÃO, A VIGÊNCIA
DO INCISO II DO ART. 180, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RJ.
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

☻ A ideia de criação da Polícia Penal, por meio de


alterações na Constituição Federal de 1988, surgiu
ainda na década de 1990 no contexto da luta
sindical da categoria dos agentes penitenciários
consolidando-se em 2004, quando foi apresentada
uma Proposta de Emenda à Constituição na
Câmara dos Deputados, tornando-se a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) nº 308/2004 (BRASIL,
2004), inspirada no modelo italiano.
2 - A CONSTITUIÇÃO DA POLÍCIA PENAL NO BRASIL

☻ Na Itália, de onde adaptamos o Disciplinar


Diferenciado, há a Polícia Penitenciária (Corpo dei
Polizia Penitenziaria), antes vinculada ao Ministério do
Interior, hoje ligada ao Ministério da Justiça italiano,
Pelo Departamento de Administração Penitenciária e
criada pela Lei nº 295, de 15-12-90. Posteriormente,
em 1997, foi criado um grupo especializado, na
estrutura citada, o “Gruppo Operativo Mobile” (GOM)
da “Polizia Penitenziaria”, com atribuições
relacionadas a fazer frente à exigência da gestão de
detentos integrantes de organizações criminosas.
(RAMOS, s/d, apud Relatório PEC 308-A/2004,
Comissão Especial. Dep. Arnaldo F. Sá, 17/10/2007).
ALGUMAS NOMENCLATURAS NO BRASIL

AGENTE PENITENCIÁRIO
AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL
INSPETOR DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA
AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS
TÉCNICO PENITENCIÁRIO – SEGURANÇA E DISCIPLINA
GUARDA DE SEGURANÇA DO SISTEMA PRISIONAL
GUARDA PRISIONAL
AGENTE DE EXECUÇÃO PENAL
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
(Do Sr. Deputado NEUTON LIMA e outros)
Altera os arts. 21, 32 e 44 da
Constituição Federal, criando as polícias
penitenciárias federal e estaduais.
TEXTO ORIGINAL

Altera os arts. 7º 21, 32, 39 e 44 da


Constituição Federal, criando as polícias
penitenciárias federal e estaduais.
TEXTO ADOTADO PELA COMISSÃO ESPECIAL

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,


nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal,
promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
Art. 1º. O inciso XIV, do art. 21, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“[...] XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia
militar, a polícia penitenciária e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos por meio de fundo próprio”. (TEXTO ORIGINAL)

Art. 1º O caput do art. 7º da Constituição Federal passa a


vigorar acrescido do seguinte inciso XIV-A:
“Art. 7º .....................................................
XIV-A – duração do trabalho de 6 (seis) horas diárias e 36
(trinta e seis) horas semanais, para o serviço prestado a
estabelecimentos prisionais. (Oriundo da PEC 497/2006)
TEXTO ADOTADO PELA COMISSÃO ESPECIAL
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
Art. 2º O parágrafo quarto do artigo 32 passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 32 ..........................................................
“ § 4º Lei Federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do
Distrito Federal, das polícias civil, militar e penitenciária e do
corpo de bombeiros militar” (TEXTO ORIGINAL)

Art. 2º O inciso XIV, do art. 21, passa a vigorar com a


seguinte redação:
“Art. 21..........................................................
[...] XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia militar,
a polícia penal e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos por meio de
fundo próprio”. (ART. 1º DO TEXTO ORIGINAL)
(TEXTO ADOTADO PELA COMISSÃO ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
Art. 3º. Acrescentem-se ao art. 144, os seguintes incisos
VI, VII e parágrafos 10 e 11:
"VI - polícia penitenciária federal;"
“VII – polícias penitenciárias estaduais.”
(TEXTO ORIGINAL)
Art. 3º O parágrafo quarto do artigo 32 passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 32 ..........................................................
§ 4º Lei Federal disporá sobre a utilização, pelo Governo
do Distrito Federal, das polícias civil, militar e penal e do
corpo de bombeiros militar” (TEXTO ADOTADO PELA
COMISSÃO - ART. 2º DO TEXTO ORIGINAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
Art. 4º O § 3º do art. 39 da Constituição Federal passa a
vigorar com a seguinte redação:
Art. 39 ....................................
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
público o disposto nos incisos IV, VII, VIII, IX, XIII, XIV-A,
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXX,XXII E XXX do caput do art.
7º, podendo lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo exigir” (NR)

REDAÇÃO NÃO CONSTANTE DA PROPOSTA ORIGINAL


PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
Art. 3º .........................................
§ 10. Às polícias penitenciárias incumbem, no âmbito
das respectivas jurisdições e subordinadas ao órgão
administrador do Sistema Penitenciário da unidade
federativa a que pertencer: (TEXTO ORIGINAL)

Art. 5º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar


acrescido dos seguintes incisos VI e VII e do seguinte §
10:
“Art. 144 ..............................................................................
VI – polícia penal federal;
VII – polícias penais estaduais.
§ 10. Às polícias penais incumbe, no âmbito das
respectivas jurisdições e subordinadas ao órgão
administrador do Sistema Penitenciário da unidade
federativa a que pertencer: (TEXTO DA COMISSÃO)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
Art. 3º .........................................
§ 10. .........................................
I – supervisionar e coordenar as atividades ligadas,
direta ou indiretamente, à segurança interna e externa
dos estabelecimentos penais. (TEXTO ORIGINAL)

Art. 5º .........................................
§ 10: .........................................
I – supervisionar e coordenar as atividades ligadas,
direta ou indiretamente, à segurança interna e das
áreas de segurança dos estabelecimentos penais.
(TEXTO ADOTADO PELA COMISSÃO ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
II - promover, elaborar e executar atividades policiais
de caráter preventivo, investigativo e ostensivo, que
visem a garantir a segurança e a integridade física
dos apenados, custodiados e os submetidos às
medidas de segurança, bem como dos funcionários e
terceiros envolvidos, direta ou indiretamente, com o
Sistema Penitenciário; (ORIGINAL)
II - promover, elaborar e executar atividades policiais de
caráter preventivo, investigativo e ostensivo, que visem a
garantir a segurança e a integridade física dos apenados,
custodiados e os submetidos às medidas de segurança,
bem como dos funcionários e terceiros envolvidos, direta
ou indiretamente, com o Sistema Penitenciário, nas
dependências das unidades prisionais, inclusive em suas
áreas de segurança; (TEXTO DA COMISSÃO ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004

III - diligenciar e executar, junto com os demais


órgãos da Segurança Pública estadual e/ou federal
atividades policiais que visem à efetiva recaptura
de presos foragidos das unidades penais; (ORIGINAL)

III - diligenciar e executar, junto com os demais


órgãos da Segurança Pública estadual e/ou federal
atividades policiais que visem à efetiva recaptura
de presos foragidos das unidades penais; (COMISSÃO)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004

IV - promover, elaborar e executar atividades policiais


de caráter preventivo, investigativo e ostensivo que
visem a coibir o narcotráfico direcionado à unidades
prisionais; (TEXTO ORIGINAL)

IV - promover, elaborar e executar atividades policiais


de caráter preventivo, investigativo e ostensivo nas
dependências das unidades prisionais e respectivas
áreas de segurança, que visem a coibir a prática de
infrações penais direcionadas às unidades prisionais,
mediante instauração de inquérito de polícia
judiciária; (TEXTO DA COMISSÃO)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
V - promover a defesa das instalações físicas das
unidades prisionais inclusive no que se refere à
guarda das suas muralhas; (ORGINAL)
V - promover a defesa das instalações físicas das
unidades prisionais inclusive no que se refere à
guarda das suas muralhas; (COMISSÃO)
VI - desempenhar atividades correlatas. (ORGINAL -
SUPRIMIDO NA CCJC - NORMA GENÉRICA)
VI - executar a atividade de escolta dos apenados,
custodiados e dos submetidos às medidas de
segurança, para todos os atos da persecução
criminal, bem como para o tratamento de saúde.
(COMISSÃO)
“§ 11 Será promovida a transformação dos aparelhos
estaduais de segurança penitenciária em Departamento
de Polícia Penitenciária, o qual será dirigido por
funcionário de carreira da Polícia Penitenciária que
atender conjuntamente aos seguintes requisitos:
I - ser portador de diploma de nível superior, expedido
por estabelecimento educacional reconhecido pelo
Ministério da Educação.
II - estar no último nível da carreira de Policial
Penitenciário;
III - ter experiência prático-profissional na área de
segurança penitenciária;
IV - ter conduta ilibada. (TEXTO ORIGINAL)
OBS. ARTIGO SUPRIMIDO NA CCJC – LEI ORDINÁRIA
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004

Art. 6º O quadro de servidores das polícias penais


será oriundo, mediante lei específica de iniciativa
do Poder Executivo, de transformação dos cargos,
isolados ou organizados em carreiras, com
atribuições de segurança a que se refere o art. 77
da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. (COMISSÃO)

Parágrafo único. Fica assegurado aos servidores das


carreiras policiais civis, militares e bombeiros
militares do Distrito Federal que exerçam suas
atividades no âmbito sistema penitenciário o direito
de opção entre as carreiras a que pertencem e a
correspondente carreira do quadro da Polícia Penal.
◦ ☻ Art. 77. A escolha do pessoal administrativo,
especializado, de instrução técnica e de
vigilância atenderá a vocação, preparação
profissional e antecedentes pessoais do
candidato.
◦ § 1° O ingresso do pessoal penitenciário, bem
como a progressão ou a ascensão funcional
dependerão de cursos específicos de formação,
procedendo-se à reciclagem periódica dos
servidores em exercício.
◦ § 2º No estabelecimento para mulheres somente
se permitirá o trabalho de pessoal do sexo
feminino, salvo quando se tratar de pessoal
técnico especializado.
☻ Em 2003 a Lei nº 10.792 havia criado o Regime
Disciplinar Diferenciado.
☻ A Lei Federal nº 11.473/2007 (BRASIL, 2007) inclui
atividades realizadas cotidianamente nas unidades
prisionais, tais como “guarda, vigilância, custódia de
presos; cumprimento de mandados de prisão e de
alvarás de soltura”, como sendo “imprescindíveis à
preservação da ordem pública”.
☻ Em 2006 foi criado o Sistema Penitenciário
Federal. A Lei 11.671, de 08 de maio de 2008
“Dispõe sobre a transferência e inclusão de
presos em estabelecimentos penais federais de
segurança máxima e dá outras providências”.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004

HINO DA POLÍCIA PENAL NA CÂMARA

https://www.facebook.com/ProfissaoAgentePeniten
ciario/videos/hino-da-pol%C3%ADcia-penal-
profiss%C3%A3o-agente-
penitenci%C3%A1rio/1934955363197511/

https://www.youtube.com/watch?v=0N33dEq32u0
SENADO FEDERAL
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 14/2016

Cria as polícias penitenciárias


federal, estaduais e distrital
05/04/2016 TEXTO ORIGINAL
Altera o inciso XIV do art. 21, o § 4º
do art. 32 e o art. 144 da Constituição
Federal para criar as polícias penais
federal, estaduais e distrital
TEXTO NA CCJ
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da
Constituição Federal, promulgam a seguinte
Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O inciso XIV do caput do art. 21 da Constituição
Federal para a vigorar com a seguinte redação:

Art. 21 .........................................................

“[...] XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia


penitenciária, a polícia militar e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência
financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos por meio de fundo próprio”.
(TEXTO ORIGINAL)
“[...] XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia
penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira
ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos
por meio de fundo próprio”. (TEXTO NA CCJ)
SENADO DFEDERAL
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 14/2016

Art. 2º O § 4º do art. 32 da Constituição Federal passa a


vigorar com a seguinte redação:
Art. 32 ............................................
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo
do Distrito Federal, das polícias civil, penitenciária e
militar e do corpo de bombeiros militar.
(TEXTO ORIGINAL)
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo
do Distrito Federal, das polícias civil, penal e militar e do
corpo de bombeiros militar. (TEXTO NA CCJ)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 14/2016
Art. 3º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação:
Art. 144 ............................................
VI – polícias penitenciárias federal, estaduais e distrital.
§ 5º-A Às polícias penitenciárias cabem a segurança dos
estabelecimentos penais e a escolta de presos.
TEXTO ORIGINAL
VI – polícias penais federal, estaduais e distrital.
§ 5º-A Às polícias penais, vinculadas ao órgão
administrador do sistema penal da unidade federativa a
que pertencerem, cabe a segurança dos estabelecimentos
penais, além de outras atribuições definidas em lei
específica de inciativa do Poder Executivo. (TEXTO NA CCJ)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 14/2016
Art. 3º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação:
Art. 144 ............................................
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares,
foras auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e penitenciárias
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados e do
Distrito Federal e dos Territórios.
TEXTO ORIGINAL
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares,
foras auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados e do Distrito
Federal e dos Territórios. (TEXTO NA CCJ)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 14/2016

Art. 4º Esta Emenda Constitucional entra em vigor Na data


de sua publicação. (TEXTO ORIGINAL)
Art. 4.º O quadro de servidores das polícias penais será oriundo,
exclusivamente, a patir do aproveitamento de transformação dos
cargos, isolados ou organizados em carreira, dos atuais Agentes
Penitenciários efetivos, ou de nomenclatura assemelhada, assim
como através de concurso público. (PROPOSTA FENASPEN)
Art. 4º O preenchimento do quadro de servidores das
polícias penais será feito, exclusivamente, mediante
concurso público ou transformação dos cargos isolados
ou de carreira dos atuais agentes penitenciários ou
equivalentes (TEXTO NA CCJ – PLENÁRIO DO SENADO)
Art. 5º Esta Emenda Constitucional entra em vigor Na data
de sua publicação. (TEXTO NA CCJ)
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 104/2019
“Art. 144......................................................................

§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão


administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, cabe a segurança
dos estabelecimentos penais.
Art. 4º O preenchimento do quadro de servidores
das polícias penais será feito, exclusivamente, por
meio de concurso público e por meio da
transformação dos cargos isolados, dos cargos de
carreira dos atuais agentes penitenciários e dos
cargos públicos equivalentes.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004

◦ 31/10/2017
◦ Plenário ( PLEN )
◦ Apresentação do Requerimento de Apensação n.
7590/2017, pelo Deputado Carlos Marun (PMDB-MS),
que: "Requer o apensamento da PEC nº 308-A, de 2004,
à PEC nº 372, de 2017".

◦ 31/10/2017
◦ Apresentação do Requerimento de Apensação n.
7575/2017, pelo Deputado Subtenente Gonzaga (PDT-
MG), que: "Requer o apensamento da PEC nº 372, de
2017 a PEC nº 308-A, de 2004, tendo em vista a
correlação das matérias tratadas em ambas as
propostas".
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308/2004

◦ 17/11/2017
◦ Mesa Diretora ( MESA )
◦ Deferidos os Requerimentos ns. 7.575/2017 e
7.590/2017, conforme despacho do seguinte teor:
“Defiro o pedido contido nos Requerimentos n.
7.575/2017 e n. 7.590/2017, nos termos dos artigos 142 e
143, II, “a”, ambos do Regimento Interno da Câmara
dos Deputados, porquanto as Propostas de Emenda à
Constituição n. 308/2004 e n. 372/2017 tratam de
matérias correlatas. Apense-se, pois, a Proposta de
Emenda à Constituição n. 308/2004, cabeça do bloco
a qual se encontra apensada a Proposta de Emenda à
Constituição n. 497/2006, à Proposta de Emenda à
Constituição n. 372/2017.Publique-se. Oficie-se”.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 104/2019
“Art. 144......................................................................

§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão


administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, cabe a segurança
dos estabelecimentos penais.
Art. 4º O preenchimento do quadro de servidores
das polícias penais será feito, exclusivamente, por
meio de concurso público e por meio da
transformação dos cargos isolados, dos cargos de
carreira dos atuais agentes penitenciários e dos
cargos públicos equivalentes.

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