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A natureza da Fraude à Lei está ligado a ideia de a mesma ser ou não uma figura que pertence

ao Pertence ao DIP (doutrina que afasta o conceito de fraude à lei do campo do DIP) ou que a

mesma figura pertencente a figura da violação a ordem pública (doutrina segunda a qual a

fraude à lei em DIP não seria mais que uma forma particular de violação da ordem pública) e a

que defende que a fraude à lei tem relevância para o DIP. Deste modo, podemos sumariamente

fazer referência das ideias gerais de cada posição doutrinal:

a) Doutrina que afasta o conceito de fraude à lei do campo do DIP: o principal defensor

desta doutrina foi Niederer, segundo ele, falar de fraude a lei em DIP é irrelevante, pois, assevera este
autor, é o próprio legislador que indica as partes o caminho que elas

podem escapar à aplicação das suas leis internas. Sendo que quem determina a

competência da aplicabilidade das normas imperativas do direito interno são as normas

de conflito, logo, seria ilógico falar-se em fraude a lei, se estas normas não forem

aplicáveis para o caso em concreto. Por outro lado, continua este autor asseverando

que a admissibilidade da figura da fraude à lei traria a dificuldade de determinar, de

modo concreto, qual é a norma efectivamente fraudada, quando estão em questão

vários ordenamentos jurídicos. Exemplo: Angolano, Japonês, Inglês e Argentino. b) Doutrina segundo a
qual a fraude à lei em DIP não seria mais que uma forma particular
de violação da ordem pública: teve vários defensores, dentre os quais se destacam

Bartin e Helene Bertram. Para Bartin, a figura da fraude à lei constituiria um caso

particular de violação da ordem pública, isto porque tanto a teoria da fraude à lei como a

da violação da ordem pública produzem os mesmos resultados diferenciando-se

apenas pelo facto de na violação a ordem pública a perturbação social é causada pelo

conteúdo da lei estrangeira aplicada, isto é, o seu regime para regular certo questão

jurídica, já na fraude à lei a perturbação social ser causada em função da circunstância

em que esta lei estrangeira seria aplicada. c) Doutrina da autonomia e relevância da fraude à lei em DIP:
é defendido pela doutrina

maioritária, da qual destacamos o Professor Jão Baptista Machado. Este autor, tal

como a doutrina maioritária, tem defendido que para se compreender a autonomia da

fraude à lei no DIP, tem de se ter em conta que o problema da fraude à lei no DIP é a

fraude a uma lei de conflito que cuja a sua observância dependia a aplicação da norma

imperativa de direito material. Assim sendo, não seria de todo aceitável que uma norma

de imperativo do direito material a princípio aplicável deixe de o ser por virtude da

conduta fraudulenta do(s) seu(s) destinatário (s). Sendo, portanto, relevante tratar-se da
figura da fraude à lei em DIP, isto porque a norma imperativa de direito material

continua a ser aplicável enquanto as normas de conflito (do DIP) também o forem, não

havendo por isso lógica para a objecção quer da sua relevância em DIP quer da sua

autonomia face a teoria da violação a ordem pública.

Efeitos da fraude à lei

Como já vimos anteriormente, a fraude à lei ou criação fraudulenta dos elementos de conexão ,refere-
se as partes de uma norma jurídica internacional civil e comercial que aproveitam uma norma se
conflitos

Com os seus efeitos

- [ ] O próprio legislador que indica as partes o caminho através do qual estás podem escapar à
aplicação das suas leis internas .O domínio de competência do direito imperativo interno é limitado
através de normas se conflitos

- [ ] X. Efeitos da fraude à lei

- [ ] A fuga à lei no direito interno é fugir ao disposto proibitivo da lei, sendo naturalmente uma
conduta ilícta e deve ser sancionada. Mas a fraude à lei no direito internacional privado não apenas tem
a ver com a lei defraudada, como também tem a ver com a conduta do agente ao mudar
intencionalmente do elemento de conexão e da relação jurídica derivada; a lei defraudada às vezes é lei
interna, às vezes é lei estrangeira. Portanto, relativamente ao problema dos efeitos da fraude à lei,
existem opiniões diferentes quanto aos aspectos sobre legislações

- [ ] 1. todas as condutas de fuga à lei são inválidas. A fuga à lei inclui fuga à lei interna e fuga à lei
estrangeira, os dois tipos de conduta são in válidos. O primeiro no direito interno é escapar à lei no
direito civil que evita a aplicação da disposição proibitiva da lei através de meios tortuosos para alcançar
o objectivo, isto é, utilizando os meios lícitos para alcançar o objectivo ilícito, por isso é inválido.

- [ ] X. Efeitos da fraude à lei

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- [ ] 1. todas as condutas de fuga à lei são inválidas. A fuga à lei inclui fuga à lei interna e fuga à lei
estrangeira, os dois tipos de conduta são in válidos. O primeiro no direito interno é escapar à lei no
direito civil que evita a aplicação da disposição proibitiva da lei através de meios tortuosos para alcançar
o objectivo, isto é, utilizando os meios lícitos para alcançar o objectivo ilícito, por isso é inválido.

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- [ ] o objectivo ilícito, por isso é inválido.

- [ ] Por sua vez, a fraude à lei no direito internacional privado, visa a fuga ao direito material interno e
aplicando o direito estrangeiro mais favorável. A maioria dos estudiosos europeus considera que a
fraude à lei é uma conduta fraudatória; quando acontece a situação de fraude à lei, deve ser excluida a
aplicação da lei que as partes queriam aplicar, e deve ser aplicada a lei que devia ser aplicada. A
expressão “a fraude tudo corrompe” (fraus omnia corrumpit) é o seu fundamento teórico. Os es
tudiosos franceses Bartin e Batiffol consideram que a conduta de fraude à lei prejudica o prestígio das
normas de conflitos e as leis competentes designadas por estas normas; essencialmente é uma conduta
fraudatórias

- [x] se não houver outras interpretações em contrário, não devem ser reconhe cidos os seus efeitos

A solução conflitual ,a determinação esfera de aplicabilidade da lei intena constitui um prius


relativamente à possibilidade de violação (Directa ou Indireta)desta lei .

Autor : 24 Lu Jun, Teoria e Prática do Direito Internacional Privado, editora Universidade de Ciên cias da
Política e do Direito, 1.a Edição de Abril de 1998, p.87.
E João Baptista Machado

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