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23/12/2023, 21:23 Assembleia Nacional Constituinte (França) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Assembleia Nacional Constituinte


(França)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Assembleia Nacional Constituinte Francesa (1789))

A Assembleia Nacional Constituinte (em francês:


Assemblée nationale constituante) foi proclamada Assembleia Nacional
menos de três meses após a abertura da Assembleia dos Constituinte Francesa (1789-
Estados Gerais, nas primeiras fases da Revolução 1791)
Francesa. O seu objetivo foi preparar a constituição
destinada a reger a França, que foi oficialmente
promulgada no dia 30 de setembro de 1791. Em 26 de
agosto de 1789 também foram pronunciados na
assembleia os Direitos do Homem e do Cidadão, que
apresentavam os novos ideais de igualdade, propriedade
e liberdade.[1]

A Assembleia teve início no dia 5 de maio de 1789 e


encerrou suas sessões em 30 de setembro de 1791, com a
promulgação da Constituição francesa de 1791.

Antecedentes

Os três Estados Brasão da Assembleia Nacional


Constituite Francesa.
Na antiga França, a sociedade era dividida em
Localização França
estamentos, existindo três ordens ou estados, sendo eles:
o Primeiro Estado (clero), o Segundo Estado (nobreza) e Data 9 de julho de 1789 - 30 de
setembro de 1791
o Terceiro Estado (burgueses, camponeses, entre
outros). Suas proporções numéricas são imprecisas, no Resultado Declaração dos Direitos do
entanto, estima-se que dos 23 milhões de habitantes que Homem e do Cidadão
Constituição do Clero
o reino podia conter, não havia mais de 100 mil pessoas Abolição do feudalismo
do Primeiro Estado, composto por sacerdotes, monges e Constituição de 1791
freiras; 400 mil nobres; e todo o resto fazia parte do
Terceiro Estado.[2]

O clero era um dos estados que mais possuía privilégios. Esse estado formava um corpo
representado por uma Assembleia periódica, dotada de administração própria - agentes gerais do
clero, câmaras diocesanas - e provido de tribunais particulares, o provisorado. O chamado
Primeiro Estado não era obrigado a pagar impostos diretos ordinários, além de não depender
materialmente nem do Estado e nem dos fiéis, uma vez que recebia o dízimo de todos os produtos
da terra. Além disso, o clero também possuía o monopólio do ensino e da assistência e participava
da censura de tudo aquilo que se imprimia legalmente.[nota 1]

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O Segundo Estado, também conhecido como a nobreza, gozava de privilégios como o porte de
espada (privilégios honoríficos), a isenção de impostos (como a talha), a isenção da obrigação da
corveia nas estradas (dias de trabalho gratuito que os servos deviam ao seu senhor) e o alojamento
de soldados. Porém, ainda era menos favorecido que o primeiro estamento, pois não formava um
corpo e deveria pagar a capacitação e o vigésimo. No entanto, aquilo que diferenciava os nobres do
Terceiro Estado é o nascimento: a verdadeira nobreza vinha do berço. Assim, era por meio do
sangue que o nobre sustentava sua superioridade inaliável sobre o plebeu ignóbil, sendo o
casamento desigual considerado uma mácula indelével.[2]

Existia também uma outra nobreza que se contrapunha a essa nobreza de espada: a chamada
nobreza de toga. O rei podia enobrecer alguns indivíduos - os seus servidores - os recompensando
por meio de um título pessoal, que após certo tempo de exercício da função tornava-se
transmissível. Essa prática surgiu por volta dos séculos XVI e XVII, em que, para obter dinheiro, o
rei passou a vender funções públicas - sobretudo as judiciais, mas também as financeiras,
militares, administrativas e municipais - e dessa forma, passou a enobrecer esses cargos ou offices
para elevar o preço. Composta em sua maioria por burgueses, a nobreza de toga durante muito
tempo foi menosprezada pelos nobres de espada. Geralmente, devido a tradição familiar, o
membros da nobreza de toga sabiam administrar e aumentar seu patrimônio, diferentemente da
nobreza de espada.[nota 2]

Quanto ao Terceiro Estado, não há especificamente uma classe de cidadãos que possa o definir. O
historiador inglês Eric Hobsbawm chama de Terceiro Estado uma “entidade fictícia destinada a
representar todos os que não eram nobres nem membros do clero”.[3] O Antigo Regime, de certa
forma, confundia no Terceiro Estado todos os plebeus, do mais rico dos burgueses ao mais
miserável dos mendigos, ou seja, 96% da nação francesa daquela época, conforme o abade
Emmanuel Joseph Sieyès.[2] Essas três ordens compunham os Estados Gerais que eram
convocados pelo Rei para se reunir em uma Assembleia quando ocorria algum problema dentro do
reino, ou quando desejava ouvir a opinião desses.

A convocação dos Estados Gerais

Os Estados Gerais não se reuniam desde de 1614, porém após problemas financeiros devido ao
apoio à Independência das treze colônias americanas e também aos altos gastos do reino, sob
muitos impasses entre os parlamentares sobre como e para quem deveria ser cobrado os impostos
para cobrir o déficit, em 8 de agosto de 1788 o Rei concordou em convocar os Estados Gerais para
discutir a respeito.

Os Estados Gerais se reuniriam em maio de


1789. O Parlamento de Paris recomendou que os Assembleia dos Estados Gerais
Estados Gerais adotassem os mesmos Estrutura
procedimentos de 1614, constituindo-se em três Assentos 1145
ordens, cada uma delas dispondo do mesmo
número de deputados com o clero e a nobreza
sendo líderes, sendo a votação realizada por
ordens. Ao passo que os componentes do
Terceiro Estado defendiam o voto por cabeça e a Grupos políticos Nobreza (270)
duplicação dos seus componentes na Assembleia Terceiro Estado (584)
dos Estados Gerais. Clero (291)
Enquanto isso, muitas propagandas foram Local de reunião
publicadas, sendo uma das mais famosas O que é Versalhes, França
o Terceiro Estado? de Emmanuel Joseph Sieyès
publicada em janeiro de 1789. O lançado de Sieyès tornou-se famoso pelas fórmulas
surpreendentes: O que é o Terceiro Estado? Tudo. O que é que tem sido até agora na ordem
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política? Nada. O que é que pede? Tornar-


se alguma coisa.[4] No texto há
reivindicações de direitos para o Terceiro
Estado, argumentando que o Terceiro
Estado é uma nação, e terminando com um
convite para os privilegiados (clero e
nobreza) se juntarem ao Terceiro Estado na
Assembleia dos Estados Gerais, pois
conforme Sieyès, “as ordens privilegiadas
não eram, nem poderiam ser um povo à
parte”.[4] O panfleto político foi a resposta
de Sieyès ao convite do ministro das
A reunião dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789 na Finanças, Jacques Necker, para que os
Salle des Menus Plaisirs no Palácio de Versalhes. Pintura escritores declarassem como eles achavam
de Isidore-Stanislaus Helman (1743-1806) e Charles que os Estados Gerais deveriam ser
Monnet (1732-1808) - Biblioteca Nacional da França. organizados.[5]

Os Estados Gerais reuniram em 4 de maio


de 1789 para desfilar pelas ruas de Versalhes até à igreja Saint-Louis, iniciando em 5 de maio sua
sessão de abertura. No princípio de junho, Sieyès declarou que chegara o momento de “romper as
amarras”. Então, em 10 de junho, propôs que escrevessem uma intimação aos privilegiados,
convocando-os a unir-se ao Terceiro Estado. Em caso de recusa, se procederia à chamada dos
deputados sem distinção de ordem e os que não comparecessem seriam considerados ausentes.
Sete dias após a declaração de Sieyès, o Terceiro Estado adota a denominação de Assembleia
Nacional.[2]

Jogo da Péla

Com a Assembleia Nacional proclamada, tanto a


Nobreza quanto o Clero notificaram o Rei sobre
suas preocupações, conforme relatado pelo filósofo
e historiador francês Jules Michelet. Segundo ele,
o cardeal e o arcebispo, lançando-se aos pés do Rei
dizem que a religião está acabada, logo vieram os
parlamentares e afirmaram que a monarquia
estaria perdida se não dissolvessem os
Estados.[nota 3] A essa altura dos acontecimentos, o
clero estava dividido e alguns deles se reuniram
com o Terceiro Estado para debater sobre o futuro O juramento do Jogo da Péla foi um dos momentos
da França.[6] iniciais da Revolução Francesa ocorrido em 20 de
junho de 1789 pelos membros do Terceiro Estado.
Dessa maneira, no dia 20 de junho, o Rei - em
Pintura de Jacques Louis David, 1791, Museu
uma tentativa frustrada - tentou impedir a reunião
Carnavalet, Paris.
da Assembleia na sala dos Estados Gerais e
ordenou que fosse fechada, impedindo de todas as
formas o acesso do presidente da Assembleia Nacional. Vários deputados tentaram entrar na sala
para iniciar a sessão à força. No entanto, foram detidos e repelidos por guardas armados. Eis que, o
deputado Guillotin propõe que a sessão acontecesse na quadra do Jogo da Péla, um lugar que ele
caracteriza como “triste, feio, desmobiliado e pobre”.[6]

Ainda assim, nesse lugar pobre, os deputados reuniram-se e iniciaram a sessão. Michelet reflete
sobre esse acontecimento de maneira sintetizada e emblemática: “E era preferível assim, a
Assembleia foi pobre, e nesse dia representou tanto mais o povo. Permaneceu em pé durante todo

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o dia, mal tendo um banco de madeira… Foi como a manjedoura para a nova religião, seu estábulo
de Belém”.[nota 4]

Então, no Jogo da Péla, os deputados juraram jamais se separarem para consolidar a nova
Constituição da França.[6]

Assembleia Nacional Constituinte

A burguesia e o povo unidos fizeram a revolução. Apenas a união deles pode


conservá-la."
— Jérôme Pétion

[1]

Verão de 1789: a Tomada da Bastilha

Durante os eventos revolucionários, a primeira


intenção do povo não era tomar a Bastilha. Eles
estavam interessados no armamento que lá era
guardado. Porém, ao pedirem ao governador de
Launay, não foram atendidos; e após acharem que os
companheiros representantes haviam sido
capturados, tiveram a ideia de invadir e tomar a
Bastilha.

Esse fato foi de extrema importância, pois após essa


ação, o Rei com medo imaginava apenas duas
possibilidades: fugir, ou se aproximar e conciliar-se
A imagem retrata a invasão da Bastilha ocorrida com a Revolução. Sua escolha foi aproximar-se.
em 14 de julho de 1789. O evento se tornou o Dirigiu-se à Assembleia no dia 15 de julho.[7]
marco inicial da Revolução Francesa e um
símbolo de luta para o movimento republicano
francês. Pintura feita por um autor anônimo entre Grupos políticos do parlamento
1789 e 1791, Museu de história da França.
O Terceiro Estado, então a partir do dia 9 de julho se
estabeleceram como Assembleia Nacional
Constituinte. A Assembleia inicialmente continha cerca de 1177 deputados, sendo eles 604
representantes do Terceiro Estado, 295 do clero e 278 da nobreza.[8] Na Assembleia havia uma
pluralidade de tendências políticas que iam desde os mais contrarrevolucionários até os grupos
mais radicais. Os principais grupos políticos da Assembleia na primeira fase da Revolução
Francesa eram:

Patriotas moderados:[9] essencialmente burguês e defensor de uma posição mais moderada da


Revolução, esse grupo representava os interesses da classe média.[nota 5] Os patriotas moderados
eram o grupo mais numeroso na Assembleia. Entre os grandes destaques desse grupo temos
Gilbert du Motier, conhecido como o marquês de La Fayette, militar francês que esteve ao lado dos
revolucionários durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos e que sonhava em ser o
Washington francês,[1] Honoré Gabriel Riqueti, o conde de Mirabeau, defensor da monarquia
constitucional [10] e grande porta voz na Assembleia contra o estado absolutista – embora mais
tarde se descobrisse que ele se vendia secretamente para a corte[nota 6] - e Jean Sylvain Bailly, o
primeiro prefeito republicano de Paris.[11]
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Patriotas radicais: eram a esquerda mais radical e


ultrarrevolucionária, representavam os interesses da pequena
burguesia e almejavam uma segunda revolução quando a
primeira fosse realizada.[12] Esse grupo teve grandes nomes que
fizeram parte do chamado triunvirato formado por Antoine
Barnave, Alexandre Théodore Victor, o conde de Lameth e o
advogado Adrien Duport. Os patriotas radicais chamaram a
atenção ao reunir um advogado de classe média, um conselheiro
da classe parlamentar e um general que uniram seus interesses
em defesa das classes mais populares.[nota 7] Entre outras
personalidades ainda isoladas na época estavam Maximilien de
Robespierre e o abade Henri Grégoire, sujeitos que viriam se
tornar grandes líderes na segunda fase da Revolução.
Conde de Mirabeau foi um dos
Aristocratas: esse grupo
grandes porta-vozes dentro da
era formado em grande
Assembleia Nacional
parte pela nobreza e pelo
Constituinte. Foi defensor de
alto clero. Eles posições mais moderadas da
defendiam os privilégios revolução e de uma transição
do Antigo Regime e eram pacífica para uma monarquia
contrarrevolucionários. constitucional. Pintura de
Apesar de não serem a Philippe-Auguste Jeanron, 1840,
maioria na Assembleia, Palácio de Versalhes.
os aristocratas sempre
Gravura que retrata uma reunião da
apresentavam seus
Assembleia Nacional Constituinte ocorrida
discursos contra os decretos ultrarrevolucionários e se
em 4 de fevereiro de 1790.
posicionavam em oposição a qualquer discurso que
ameaçasse seus privilégios. Entre seus porta-vozes
estavam o conservador Jacques Antoine Marie de Cazalès
e o abade Jean Sifrein Maury.[13]

Partido monarquiano: esse grupo representava uma classe política de centro, defendendo os
interesses que iam desde os privilegiados aos populares. Os monarquistas, influenciados pela
política do economista suíço Jacques Necker,[14] defendiam uma monarquia constitucional - ideia
também defendida por alguns moderados, entre eles o conde Mirabeau - com uma legislatura
bicameral baseada no sistema inglês, com Câmara Alta e Câmara Baixa. [nota 8] Esse grupo tinha
entre seus grandes representantes na Assembleia: o advogado Jean Joseph Mounier, Gérard de
Lally-Tollendal, o marquês de Lally-Tollendal, o visconde de Clermont-Tonnerre e Pierre-Victor
Malouet, o barão de Malouet.[15]

Medidas tomadas

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Após a Queda da Bastilha, uma onda de pânico em massa atinge os campos e se espalha
rapidamente para as grandes regiões do país, o chamado "Grande Medo" (Grande Peur), ocorrido
entre os meses de julho e agosto de 1789.

Ainda em agosto, a Revolução adquire seu manifesto formal: a Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão, que, dentre os seus 17 artigos, proclama o direito à igualdade perante a lei, à
liberdade, à propriedade e o direito de resistir à opressão. Com caráter liberal e iluminista, a

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Declaração foi também influenciada pela doutrina dos


direitos naturais, no qual os direitos dos homens são
universais, válidos e exigíveis em qualquer lugar, pois assim
o permitem a natureza humana. [3]

Após a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e


do Cidadão, Olympe de Gouges faz uma versão da declaração
para contemplar as mulheres: a Declaração dos Direitos da
Mulher e da Cidadã. Olympe de Gouges destinou a
Declaração a Maria Antonieta, mas não se sabe se ela foi
recebida pela rainha.

Fim dos direitos feudais

A estrutura social do feudalismo rural e o Estado francês


estavam em ruínas, sendo assim, a burguesia e e aristocracia
Em 27 de agosto de 1789 a não vêem outra saída a não ser acabar com os privilégios
Assembleia publicou a Declaração dos feudais.[9] Na noite de 4 de agosto de 1789 a Assembleia
Direitos do Homem e do Cidadão
Constituinte reuniu-se para as discussões sobre o que estaria
baseada em parte na Declaração de
previsto na Constituição, diante da insatisfação social que
Independência dos Estados Unidos e
implodia na França naquele período, propôs-se a renúncia
no estabelecimento dos princípios de
dos direitos e privilégios feudais dos indivíduos e das ordens
liberdade, igualdade e fraternidade.
e, em um completo consenso, foi abolido o feudalismo da
Pinrura de Jean-Jacques-François Le
Barbier, 1789, Museu Carnavalet,
França.
Paris.
Este antigo sistema social, político e econômico não seria
mais seguido, a divisão da sociedade feudal estamental:
clero, nobreza e servos seria desfeita, colocando todos como
indivíduos no mesmo patamar social com os mesmos direitos e deveres, entre eles o direito pela
propriedade privada. Além disso, os tributos e impostos fiscais e a relação de suserania foram
extintos.

Na época, a crise econômica da França gerou uma mobilização popular que instaurou pânico em
todo país, devido às reações violentas em protesto, principalmente do campesinato. Invasões de
castelos, queima de documentos senhoriais, saqueamentos e ataques a órgãos políticos, fizeram
parte do Grande Medo, o que exigiu uma manobra dos deputados para contenção da população.

Havia o interesse da burguesia em relação à migração ao sistema capitalista, uma economia


baseada mais na mão de obra e produção, mas que exigia a liberdade econômica do indivíduo,
mobilidade de propriedade, suspensão de monopólios senhoriais e de pedágios.[16] Os mais liberais
aceitavam a abolição do direitos, porém com uma indenização sobre a terra. Já os pequenos
senhores se recusavam a renunciar ao padrão de vida nobre e abandonar o estado social. Foi a
nobreza liberal quem cedeu e durante a sessão o Visconde de Noalles se pronunciou:

" Os proprietários dos feudos, das terras senhoriais, não são senão raramente
culpados dos excessos dos quais se queixam seus vassalos. Mas seus homens de
negócios são, freqüentemente, sem piedade, e o infeliz cultivador, submisso à sobra
bárbara das leis feudais que ainda subsistem na França, geme com a opressão da
qual é vítima. Esses direitos, não podemos dissimulá-lo, são uma propriedade, e
toda propriedade é sagrada. Mas são onerosos aos povos, e todo o mundo concorda
que representam para eles um malestar continuo. "

[17]

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Deste modo o Visconde assegurou o resgate dos direitos feudais em


relação a propriedade. O duque de Aiguillon reforçou a fala de seu
antecessor:

“Esses direitos, é impossível dissimula-lo, são uma


propriedade, e toda propriedade é sagrada; mas eles são
onerosos, todos conhecem o ônus por eles
representado... Não se pode pura e simplesmente exigir
(dos senhores) que renunciem aos seus direitos feudais...
A equidade impede que se exija o abandono de qualquer
propriedade sem estipular uma justa indenização ao
proprietário que cede sua conveniência em prol do
benefício público.”
[18]

A gravura expõe a
continuidade dos dízimos
feudais, no qual um
Assegurados dos seus interesses, os deputados, portanto,
trabalhador rural mostra um
proclamaram a abolição do feudalismo.
saco de dinheiro para um
Entretanto, a princípio a proclamação era apenas aparente e os membro do clero que rejeita
com a mão direita, mas aceita
decretos não foram redigidos naquela noite. Datado de 5 a 11 de
com a mão esquerda. Na noite
agosto, os decretos de agosto que definiam as decisões da abolição
de 4 de agosto de 1789 esses
dos direitos feudais e outros privilégios, deixavam claro o direito
privilégios feudais são
pelo resgate feudal, provendo os pagamentos referentes as
abolidos.
indenizações pela libertação da terra. Os principais aspectos do
feudalismo foram extintos, todavia na parte econômica e jurídica
houve apenas modificações. Para os camponeses, que continuaram
as revoltas até 1793, os decretos representaram uma decepção ao endividá-los, já que a multa
rescisória sobre as propriedades recaía sobre eles.

Constituição Civil do Clero

A Constituição Civil do Clero foi a tentativa de criar uma instituição religiosa fiel à Revolução,
reformando profundamente a Igreja Católica francesa. A Carta Magna foi base para a integração da
Igreja no novo sistema político introduzido pela Revolução de 1789. O conjunto de decretos era
composto por quatro partes dedicadas aos cargos eclesiásticos, ao pagamento dos religiosos e a
outras questões práticas. As circunscrições das dioceses foram adaptadas às novas unidades
estatais dos Departamentos, cada um destes correspondendo a um bispado.[19]

No dia 26 de dezembro de 1790, o Rei Luis XVI aprovou a lei que transformou clérigos em
funcionários públicos. Bispos e padres passaram a ser eleitos pelo povo e pagos pelo Estado. As
eleições episcopais transcorriam no nível dos Departamentos, as dos padres, em nível comunal. Os
capítulos eclesiásticos foram abolidos e substituídos pelos chamados conselhos episcopais. As
ordens de Roma passavam pelo controle dos revolucionários, o que fez com que os laços entre a
sede da Igreja Católica e França se enfraquecessem.

A Constituição causou uma fratura duradoura na França, ao aprofundar o efeito da Lei sobre a
Abolição das Ordens Monásticas, de 13 de fevereiro do mesmo ano. Essa suprimira 100 mil
membros do clero não ligados a uma paróquia, ou seja, os quase três quintos da classe
considerados, na época, "não úteis". Os critérios de utilidade eram os sacramentos e o zelo das
almas, assim como serviços à educação e às obras de caridade.

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A França que, em 1789 tinha 124 bispos e 24 arcebispos,


passaria a ter apenas 83 dioceses e 10 sedes
metropolitanas. Os prelados restantes seriam
simplesmente destituídos, e suas dioceses seriam
suprimidas. Haveria, ainda, um único Pároco nas cidades
com menos de 10 mil habitantes, e as paróquias rurais
com menos de ¾ de légua de extensão em qualquer
direção, seriam suspensas.[20]

Desde 22 de maio de 1790 a Assembleia Constituinte


A gravura revela monges e freiras debatia sobre os clérigos seculares. Em 12 de julho, a
desfrutando de sua nova liberdade, Constituição Civil do Clero foi aprovada e promulgada em
algumas estão carregando pertences em 24 de agosto. O decreto de aplicação passou em
cavalos e carroças, alguns se abraçam, novembro, e, em 26 de dezembro o Rei Luís XVI o
um casal se beija enquanto outro cavalga.
assinou contra sua vontade. Em 4 de janeiro de 1791, os
Uma das medidas da Assembleia Nacional deputados do clero reunidos na Assembleia juraram a
foi dissolver todas as ordens monásticas.
Constituição Civil; alguns deles, também contra a
vontade própria; 80 bispos negaram o juramento. No
mesmo ano, o Papa Pio VI declarou-se contra a
Constituição Civil, considerando certos pontos do documento heréticos, sacrílegos e cismáticos. A
esta altura, não mais de 55% dos padres das paróquias rurais e entre 25% e 48% das urbanas
haviam prestado juramento.

A religião tinha um grande papel como promotora da ordem moral e social, mas tal não foi
reconhecida pelos revolucionários, inspirados, afinal, no Iluminismo. O projeto anti-eclesiástico
ganhou forma ao longo da Revolução, conforme apareciam dificuldades financeiras e de
implementação do novo modelo político, quando a Igreja se apresentou como um obstáculo à
autonomia do Estado francês e uma fonte de patrimônios. A supressão do dízimo ao clero e o
confisco dos seus bens eram medidas do Estado revolucionário para saldar contas e compensar os
heróis da Revolução.[21]

A Constituição Civil do Clero completou a transformação da Igreja na França numa Igreja


nacional, afrouxando os laços com o papa. Criava-se então, uma grande divisão entre os clérigos
fiéis a Roma e os "constitucionais"; uma dicotomia com profundos reflexos sobre a população. A
maior parte dos clérigos refratários tomou o partido dos contrarrevolucionários, despertando o
ódio dos patriotas. Além disso, numerosos católicos que haviam apoiado o Terceiro Estado
associaram-se à oposição.

Fuga do Rei

"Brevemente as nações esclarecidas colocarão em julgamento aqueles que têm até


aqui governado os seus destinos. Os reis fugirão para os desertos, para a companhia
dos animais selvagens que a eles se assemelham; e a Natureza recuperará os seus
direitos."

[9]

Com a Assembleia Constituinte instaurada, iniciou-se uma grande reforma liberal na França,
principal objetivo da burguesia moderada. A proposta da Constituição de 1791 era de uma
Monarquia Constitucional, moderada, conservadora não contemplava uma ampla democracia.[9]
[nota 9]

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Mesmo a monarquia recebendo apoio de alguns


poderosos burgueses que abandonaram os ideais
revolucionários, o Rei não aceitava o novo regime que
estava sendo instaurado. A corte conspirava e buscava
apoio para banir e destruir a nova estrutura política
ratificada pela Assembleia Constituinte. No entanto,
com a Constituição Civil do Clero a maioria dos curas e
fiéis abandonaram o apoio à coroa. Nesse contexto, o
Rei Luís XVI tomou a desesperada decisão de fugir da
França, mas foi capturado em junho de 1791 em
Varennes, tornando-se prisioneiro em seu
palácio. [nota 10]

Com a tentativa frustrada da fuga do Rei, algumas Imagem que ilustra o retorno da família real a
consequências decorreram na sequência da Revolução: Paris em 25 de junho de 1791. Autoria de
os republicanos radicalizaram a revolução. O Rei perde Jean Duplessis-Bertaux, 1791.
o direito de suas funções à lealdade do seu povo. Além
disso, aliado com uma incontrolada flutuação de preço
dos alimentos, impactando diretamente aos mais pobres, agrava-se um ambiente de guerra na
França. Com a repercussão da prisão do Rei, outras monarquias, temendo uma difusão da
revolução em outras partes da Europa, empenham-se em restaurar o antigo regime francês e a
volta do Rei ao trono.[nota 11]

Por fim, no dia 20 de setembro de 1792 foi proclamada a república e a monarquia


abolida.[22][nota 12] Os prisioneiros políticos foram mortos, uma resistência militar contra a invasão
do exterior foi montada e a guerra se instaurou no território francês.[nota 13]

Em 3 de dezembro do mesmo ano foi decretado que o Rei Luís XVI fosse julgado, sob acusação de
conspiração contra a liberdade e de atentar contra o Estado. Em 11 de dezembro iniciou-se o
julgamento, na qual Luis XVI foi responsabilizado em 35 acusações.[nota 14] O Rei foi proclamado
culpado e em 21 de janeiro de 1793 foi executado na guilhotina.[nota 15]

Dissolução da Assembleia
Depois de dois anos de atuação, a Assembleia Nacional Constituinte finalmente termina de redigir
a constituição, após inúmeras correções, adições e eliminações. Jacques Guillaume Thouret, que
era presidente da presente Assembleia, lê a versão final da Constituição para os deputados no dia 2
de Setembro de 1791, que foi aceita e será apresentada ao rei Luís XVI no dia seguinte.

Finalmente, na noite de 3 de setembro de 1791, uma delegação de sessenta deputados e seu


presidente deixam as Tulherias para irem ao encontro do Rei em Paris, onde a Constituição fora
apresentada, dependendo da aprovação do monarca. Havia uma grande expectativa por parte dos
deputados e da população de que a aceitação fosse rápida e breve, mas não foi isso o que
aconteceu.

Somente no dia 13 de setembro, 10 dias após a apresentação oficial da Constituição, o Rei concedeu
uma resposta ao Ministro da Justiça declarando sua aceitação, e no dia 15 de setembro a
constituição aceita foi levada de volta à Assembleia.[23] Houve algumas contestações quanto à real
vontade do rei de assinar a Constituição, além de terem surgido alguns conservadores contrários a
essa aceitação. Para evitar qualquer tipo de protesto, a Assembleia aprovou alguns artigos
proibindo indivíduos que se mostraram contrários à Constituição, de cumprirem deveres
especificados pela mesma. De qualquer maneira, o objetivo da Assembleia fora concluído com essa
aceitação por parte de Luís XVI.

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No dia 30 de setembro de 1791, Luís XVI proclama seu discurso em público, se comprometendo
com a Constituição, recebe um tributo na cidade de Paris, onde é ovacionado e assim, a Assembleia
Nacional Constituinte dá por encerrada suas atividades. Thouret declara que a missão da mesma
fora concluída, encerrando assim suas sessões:

"A Assembleia Constituinte anuncia que sua missão foi cumprida e que suas sessões
estão agora encerradas."
— Jacques Guillaume Thouret [24]

Com o fim da Assembleia Nacional, a Assembleia Legislativa veio como uma espécie de sucessora,
apesar de não possuir um elo de continuidade, pois o corpo da Assembleia Legislativa era
totalmente diferente ao da Assembleia Nacional Constituinte, devido às eleições e a
impossibilidade de reeleição dos membros.

Constituição de 1791

“Iniciando-se com a Declaração dos Direitos,


prolongando-se numa reorganização profunda do
sistema político, assim como das estruturas da
administração, da justiça, das finanças e mesmo da
religião, a Constituição de 1791 sancionada pelo rei
em 13 de setembro, muito mais do que um
documento circunstancial, é a expressão mais bem-
acabada da revolução burguesa constituinte, em sua
tentativa de monarquia constitucional."
— Michel Vovelle

[1]

Entre julho de 1789 e setembro de 1791, a Assembleia


Um Comitê Constitucional de doze constituinte se estabeleceu com a proposta de elaborar a
membros foi convocado em 14 de primeira Carta Magna francesa que garantisse por lei todos os
julho com o objetivo de redigir direitos e deveres pensados durante a revolução. Pode se dizer
grande parte dos artigos da que sua conclusão foi no dia 13 de setembro, quando o rei Luís
Constituição que, em 3 de setembro XVI reconheceu a nova constituição.
de 1791 é reconhecida pelo rei e se
torna a primeira Constituição da A nova constituição foi escrita em meio a disputas políticas e
França. opiniões divergentes. As tendências políticas se tornam mais
fragmentadas: aristocratas de um lado, monarquistas no centro
e patriotas do outro.[25] Essa cisão fez com que se demorasse
mais para redigir as leis, que se modificaram conforme o contexto social. Porém, as pautas
principais foram discutidas e acertadas, como, por exemplo, o direito de paz e de guerra, o poder
de veto e o poder legislativo.

No período, a França enfrentava uma crise financeira grave e, apesar do seu caráter liberal, o
objetivo era preservar os interesses econômicos da burguesia e retirar poderes do clero, através do
confisco de terras da Igreja pelo Estado. [nota 16] Como forma de retribuição, promulgou-se a
“Constituição Civil do Clero” que remunerava os membros do clero como funcionários públicos,
porém desconsiderava grande parte do poder clerical. Ao final, a Igreja acabou por se tornar
oposição e ajudar o Rei na fuga em junho de 1791.[9]

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Uma Monarquia Constitucional foi instaurada,


limitando os poderes de veto do Rei através de um
parlamento unicameral. A Constituição se estabeleceu
na preservação dos principais conceitos
revolucionários: a garantia de direitos e liberdades, e a
exclusão da instituições que negassem ou impedissem
essas medidas, como, por exemplo, a extinção do
feudalismo. Além disso, ela consolidou a divisão dos
três poderes: o legislativo, administrado pela própria
assembleia, e o judiciário e executivo, pelo rei e os
ministros. A divisão territorial da França, a partir da
Constituição, passou a ser estabelecida por
departamentos ou unidades administrativas, como Gravura da Proclamação da Constituição de
uma manobra de centralismo. 1791 feita por Pierre Gabriel Berthault entre
1791 e 1795.
Cronologia

1788
8 de Agosto: O Rei concorda em convocar os Estados Gerais, que não se reuniam desde
1614.
21 de Setembro: O Parlamento de Paris recomenda que os Estados Gerais adotem os
mesmos procedimentos de 1614.[26]

1789
5 de Maio: Início das atividades dos Estados Gerais em Versalhes.
17 de Junho: O Terceiro Estado decide intitular-se Assembleia Nacional.
20 de Junho: O Rei tenta impedir a reunião da Assembleia Nacional
11 de Julho: O Rei demite seu popular ministro, Jacques Necker.
14 de Julho: Queda da Bastilha.
4 de Agosto: Foi abolido o feudalismo da França.
26 de Agosto: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
5-6 de Outubro: “Dias de Outubro”, quando uma multidão marcha de Paris a Versalhes para
trazer a família real de volta à capital.

1790
13 de Fevereiro: Supressão das Ordens Monásticas.
12 de Julho: Constituição Civil do Clero.
14 de Julho: Festival da Federação em comemoração ao dia da Bastilha.
24 de Agosto: A Constituição Civil foi promulgada.
27 de Novembro: Decreto exige juramento de lealdade do clero.
26 de Dezembro: O Rei Luís XVI aprovou a lei que transformou clérigos em funcionários
públicos.

1791
4 de Janeiro: Os deputados do clero reunidos na Assembleia juraram a Constituição Civil.

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20 de Junho: O rei tenta fugir disfarçado e é capturado em Varennes.


2 de Setembro: A versão final da Constituição foi apresentada aos deputados da Assembleia,
que a aceitaram.
3 de Setembro: Uma delegação de sessenta deputados e seu presidente deixam as Tulherias
para irem ao encontro do Rei em Paris.
13 de Setembro: O Rei concedeu uma resposta ao Ministro da Justiça declarando a aceitação
da Constituição.
15 de Setembro: A Constituição aceita foi levada à Assembleia.
30 de Setembro: Encerramento das atividades da Assembleia Nacional Constituinte.
1 de Outubro: Início das atividades da recém-eleita Assembleia Legislativa.

Notas
1. Lefèbvre, 2011, p. 43-44.
2. LEFEBVRE, 2011, p. 46-47.
3. MICHELET, 1989, p. 120.
4. MICHELET, 1989, p. 121.
5. HOBSBAWM, 1996, p. 26.
6. VOVELLE, 2012, p. 27.
7. MIGNET, 1826, p. 177.
8. VOVELLE, 2012, p. 130.
9. HOBSBAWM, 1996, p. 31.
10. HOBSBAWM, 1996, p. 32.
11. HOBSBAWM, 1996, p. 33.
12. PRICE, 2007, p. 346.
13. HOBSBAWM, 1996, p. 35.
14. PRICE, 2007, p. 337.
15. PRICE, 2007, p. 346.
16. VOLVELLE 2007, p. 27.

Referências
1. VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa (1789-1799). Tradução de Mariano Echolor. 1. ed.
São Paulo: Editoro Unesp, 2012. ISBN 978-85-393-0263-5.
2. LEFEBVRE, Georges. 1789. O surgimento da Revolução Francesa. 2ª edição. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2011.
3. HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções. 39.ª edição. Rio de Janeiro/SãoPaulo: Paz e Terra,
2017.
4. SIEYÈS, Emmanuel-Joseph. Qu’est ce que le Tiers-État? Troisième édition. 1789. Disponível
em: <https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k97743407/f181.item>. Acesso em 31 de out. de
2019.
5. SEWELL, William Hamilton. A Rhetoric of Bourgeois Revolution: The Abbé Sieyes and What is
the Third Estate?. Duke University Press, 1994.
6. MICHELET, Jules. História da Revolução Francesa: da queda da Bastilha à festa da
Federação. São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1989.
7. Lefebvre, Georges (2008). O surgimento da revolução francesa. São Paulo: Paz e Terra
8. TACKETT, Timothy. Becoming a Revolutionary: The Deputies of the French National Assembly
and the Emergence of a Revolutionary Culture (1789–1790). Princeton: Princeton University
Press. 1996.

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9. HOBSBAWM, E. J. A Revolução Francesa. Tradução de Maria Tereza L. Teixeira e Marcos


Penchel. 7. ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1996. ISBN 852190178X.
10. 4- CHEVALLIER, Jean Jacques. Honoré-Gabriel Riqueti, comte de Mirabeau. 2009 In:
Encyclopaedia Britannica. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Honore-
Gabriel-Riqueti-comte-de-Mirabeau Acesso em: 14 de nov. 2019.
11. BEAUDRY, Pierre. Jean Sylvain Bailly: The French Revolution’s Benjamin Franklin. Executive
Intelligence Review (EIR). Leesburg. v. 28, n. 4, p.46. jan. 2001. Disponível em:
https://larouchepub.com/eiw/public/2001/eirv28n04-20010126/index.html Acesso em: 15 de
nov. 2019.
12. MIGNET. F. A. History of the French Revolution from 1789 to 1814. 2. vol. London: Printed for
Hunt and Clarke, Tavistock Street, Covent Garden. 1826.
13. COSMOVISIONS. Composition et organisation intérieure de l'Assemblée constituante. Etat des
partis. Disponível em:
http://www.cosmovisions.com/ChronoRevolutionConstituanteOrganisation.htm Acesso em: 16
de nov. 2019.
14. GOODWIN, Albert. Jacques Necker. 2019. In: Encyclopaedia Britannica. Disponível em:
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15. 8- LYNCH, Christian E. C. O Discurso Político Monarquiano e a Recepção do Conceito de
Poder Moderador no Brasil (1822-1824). Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 48,
n.3, p. 615. jul./set. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
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16. SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa. Tradução de Rolando Roque Silva. 9. ed. Rio de
Janeiro: DIFEL, 2007.
17. Arnaut, Prof. Luiz. «Abolição do Feudalismo» (http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/feudali.PDF)
(PDF). Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 10 de novembro de 2019
18. LEFEBVRE, Georges. 1789: O surgimento da Revolução Francesa. Tradução: Cláudia
Schilling. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1989.
19. TEIXERA, Vitor. A Igreja e a Revolução Francesa. Cismas - Reformas e Divisões na Igreja –
LIX. O Clarim, semanário católico de Macau. Disponível em:
https://www.oclarim.com.mo/todas/cismas-reformas-e-divisoes-na-igreja-lix/. Acesso em: 19 de
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20. Constituição Civil do Clero: a revolução dentro da Igreja. MONTFORT Associação Cultural.
Disponível em: http://www.montfort.org.br/bra/veritas/historia/constituicao_civil/. Acesso em: 19
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21. Constituição civil do clero - 12 de junho de 1790. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de História. Disciplina:
História Contemporânea. Prof. Luiz Arnaut. Textos e documentos. Disponível em:
http://www.fafich.ufmg.br/hist_discip_grad/contemporanea1.html. Acesso em: 19 de nov. 2019.
22. Price, Munro. A Queda da Monarquia Francesa: Luís XVI, Maria Antonieta e o barão de
Breteuil. Tradução: Julio Castañon Guimarães. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
23. Fitzsimmons, Michael P. (2002). The remaking of France. Cambridge: Cambridge University
Press. 135 páginas
24. F. A. M. Miguet. Anne Soulard, Charles Aldarondo, Tiffany Vergon, and the Project Gutenberg
Online Distributed Proofreading Team, ed. «History of the French Revolution from 1789 to
1814» (http://www.gutenberg.org/cache/epub/9602/pg9602-images.html). Consultado em 18 de
novembro de 2019
25. VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada a minha neta. Tradução: Fernando
Santos. São Paulo, Editora Unesp. 2007.
26. BnF (Bibliothèque nationale de France). Archives parlementaires de 1787 à 1860. (https://gallic
a.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k57317734.r=Archives%20parlementaires%20de%201787%20%C3%A
0%201860?rk=21459;2) Acesso em: 13 de nov. 2019.

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