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Aula 4

Data: 22/Maio/2023
Tipo: Presencial

Nessa aula veremos:


✓ Engenharia de Métodos e Processos: Tempos e
Movimentos.

Profª. Me. Lays Capingote Serafim da Silva


Engenharia de Produção - UFCAT
ENGENHARIA DE MÉTODOS:
ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS

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Engenharia de Métodos
• É uma das mais antigas subáreas de conhecimento da Engenharia de
Produção;

• Caminha junto com a Engenharia de Produção;

• Possui grande relevância no contexto organizacional;

• A Engenharia de Métodos estuda e analisa o trabalho de uma forma


sistêmica, com o intuito de desenvolver um método prático e eficiente para
uma padronização do processo produtivo (BARNES, 2004);

• O estudo de tempos e movimentos é uma ferramenta/técnica da


Engenharia de Métodos.

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Interesse em pesquisa

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Criadores do estudo de tempos e movimentos

Taylor

Estudo dos tempos


e movimentos

Casal
Gilbreth

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Taylor – Algumas Contribuições

• Engenheiro Mecânico;

• Pai da Administração Científica (que


ficou conhecido como Taylorismo –
Modalidade de Produção Industrial);

• Racionalização do trabalho;

• Propôs a divisão de trabalho e funções –


pela aptidão dos operários;

• Estudo de tempos

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Casal Gilbreth - Frank B. Gilbreth e Lilian M. Gilbreth
• Seus estudos se concentraram no estudo da
performance do trabalho e na satisfação do operário
conforme a melhor forma de executar e organizar
uma tarefa;

• Frank fez análise dos movimentos de operadores de


uma construtora civil – notou as diferenças de
movimentos realizados em uma mesma tarefa e
como esses movimentos influenciavam na
velocidade e qualidade do trabalho;

• Lilian era voltada para os aspectos psicológicos:


Estudo sobre monotomia, fadiga e transferência de
habilidades entre os profissionais;

• O casal utilizou filmadora para registrar e identificar Nota: Movimento – pode ser por
os movimentos mais econômicos de cada tarefa; exemplo:
- Movimento do operador levantar o
• Estudo de movimentos. braço;
- - Movimento do operador buscar
uma peça na bancada.
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Criadores – Importantes até hoje

A literatura aponta os trabalhos de Taylor e o casal Gilbreth como sendo


precursores do que até hoje a gente utiliza como metodologia de trabalho
(para racionalizar trabalho)

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Qual é mais importante – O estudo do tempo
ou do movimento?

• Durante muito tempo houve discussões relativas ao que era mais


importante: estudo de tempos ou de movimentos. Atualmente,
percebe-se que não há distinção, mas sim complementariedade.

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Mas... O que é o estudo de
tempos e movimentos?

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Estudo de tempos e movimentos
• O estudo de tempos e movimentos é uma ferramenta/técnica da Engenharia
de Métodos;

• Também recebe o nome de cronoanálise;

Estudo de tempos
e movimentos = Cronoanálise

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Estudo de tempos e movimentos
• Termo cronoanálise (ou estudo dos tempos cronometrados) é bastante
utilizado nas empresas brasileiras para designar o processo de estudo,
mensuração e determinação dos tempos padrão em uma organização;

• O termo “cronoanalista” é bastante utilizado nas indústrias brasileiras para


designar o cargo ou função do profissional que executa as tomadas de
tempo;

• Hoje em dia o cronoanalista é o técnico de processo, analista de processo...

• O estudo de tempos é a determinação do tempo necessário para a realização


de uma tarefa, com um uso de um cronômetro;

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Estudo de tempos e movimentos
• É caracterizado como um estudo analítico dos sistemas de trabalho que
visam principalmente definir o método de trabalho ideal (ou o mais
próximo do ideal) para ser utilizado na prática;

• Barnes (1968), explica que:


– O estudo de movimentos e de tempos pode ser definido
respectivamente como:
• Encontrar o melhor método para executar uma tarefa;e
• Definir um tempo-padrão para realizar uma tarefa específica.

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Estudo do método
Estudo de
movimentos

Registro e análise para encontrar o


melhor de se executar uma tarefa
Estudo de tempos
e movimentos
Estudo do trabalho

Estudo de
tempos
Determina o tempo-padrão para
executar uma tarefa específica

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Estudo de tempos e movimentos
• Barnes (1968) ainda esclarece que:
– O estudo dos movimentos e tempos é o estudo dos sistemas de trabalho
e possui 4 objetivos principais:
1. Escolher um método visando o menor custo; (movimentos)
2. Padronizá-lo;
3. Cronometrar os tempos gastos pelo operador mais qualificado em
um ritmo normal; e por fim
4. Orientar o colaborador para o método escolhido.

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Tempo-padrão
• É a referência;

• Tempo-padrão = representa o tempo ótimo para realizar a tarefa;

• Pode servir como referência para outras pessoas que forem executar aquela
tarefa ou para outros tipos de operações;

• Permite avaliar o desempenho de uma célula de produção;

• Assim quando a gente conhece os tempos-padrões das atividades, conseguimos


identificar quais são mais rápidas, quais não, porque essas são mais rápidas,
porque essas são mais lentas, será que eu posso empregar um movimento da
que está mais rápida para a que está mais lenta para tentar reduzir esse tempo-
padrão- identificar os gargalos;

• Vamos aprender a calcular o tempo-padrão.

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Equipamentos necessários (mais utilizados) para
o estudo de tempos
• Cronômetro de hora centesimal:
– A cronometragem do tempo de execução de determinada tarefa pode
ser realizada com a utilização de um cronômetro normal facilmente
encontrado no mercado;
– O inconveniente dos cronômetros normais é que o sistema horário é
sexagesimal, assim os tempos medidos precisam ser transformados para
o sistema centesimal antes de serem utilizados nos cálculos.

– Exemplos: O tempo de 1 minuto e 10 segundos deve ser


convertido para 1 + (10/60) = 1,17 minutos; 3 minutos e 30
segundos deve ser convertido para 3 + (30/60) = 3,5 minutos.

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Equipamentos necessários (mais utilizados) para
o estudo de tempos
• Filmadora
– O casal Gilbreth utilizou filmadoras para encontrar movimentos mais
econômicos para cada tarefa;
– Nos dias de hoje também se pode utilizar filmadoras para a mensuração
dos tempos necessários para a realização das tarefas;
– A utilização de filmadoras tem a vantagem de registrar fielmente todos
os movimentos executados pelo operador e, se bem utilizada, pode
eliminar a tensão psicológica que o operador sente quando está sendo
observado diretamente por um cronoanalista.

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Filmadora: Vantagens consideráveis

Duas vantagens:

1 – A gente registra essa atividade e pode fazer uma análise


repetitiva sobre aquele movimento, sem precisar pedir para que
o operador não fique repetindo... Apenas voltamos o filme;

2 – O operador a partir do momento que ele está sendo filmado,


tem uma pressão um pouco menor se comparado a ter uma
pessoa do lado dele observando e analisando seu movimento.

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Equipamentos necessários (mais utilizados) para
o estudo de tempos
• Prancheta
– Na maioria das vezes, exceto quando a medição é feita por filmes, a
tomada de tempos é feita no local onde ocorre a operação;
– Dessa forma, é comum o uso de uma prancheta para o apoio do
cronômetro e da folha de observações, de forma a permitir que o
cronoanalista possa anotar suas tomadas de tempo em pé.

• Folha de observação
– É um documento em que são registrados os tempos e demais
observações relativas à operação cronometrada;
– É comum que cada empresa desenvolva sua folha de observação
específica.

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Ou seja...

Ter as ferramentas necessárias para registrar


e principalmente documentar esse tempo de
realização da tarefa(as)

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Como aplicar a cronoanálise?
1. Mapeamento de processos
– Antes de mensurar os tempos de execução de cada tarefa, tem-se que primeiro
entender quais são os processos realizados pela empresa.
– Usar a ferramenta/técnica de mapeamento de processos (VIMOS NA AULA 6)
2. Levantamento de tempos
– Fazer as medições do tempos;
– O ideal é fazer as medições de atividades de trabalhadores que sejam
considerados “normais”, ou seja, que não tenham grandes variações de
desempenho ao longo de suas tarefas.
– Existem uma equação matemática para determinação do número de ciclos.
3. Definição do tempo-padrão
– Também existe uma equação matemática para isso.
– Esse é o valor final que o gestor terá como referência para tentar otimizar e
agilizar a operação.
4. Ações de melhoria
– Após a definição do tempo-padrão é possível identificar os gargalos no
processo produtivo.
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Ação recomendada para quem vai fazer a
cronoanálise

Discutir com os envolvidos o tipo de trabalho a ser executado, procurando


obter a colaboração dos encarregados e dos operários do setor;

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Para que fazer este estudo?
• Estudo de tempos e movimentos é essencial quando:
– Se busca a melhoria da eficiência do processo; ou
– Padronização das etapas produtivas.

• Com dados reais de tempos e movimentos, os gestores podem tomar


decisões mais assertivas e deixam de se basear na intuição quando buscam
resolver algum problema;

• Eles ainda tem um respaldo muito maior para adquirir máquinas ou uma
nova tecnologia, afinal, existem dados que comprovem que há um gargalo
na operação;

• Medir tempos de execução também é uma forma de avaliar o desempenho


dos funcionários e até definir um sistema de bônus e metas justas.
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CÁLCULOS DO ESTUDO DE
TEMPOS E MOVIMENTOS

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Ordem dos Cálculos
1. Número de Ciclos (que será o número de cronometragens);
2. Ritmo ou velocidade do trabalhador (fator de ritmo);
3. Tempo normal;
4. Fator de tolerância; e por fim
5. Tempo padrão (que é o mais importante para o estudo de tempos e
movimentos)

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1 – Número de ciclo a serem cronometrados

• Observação importante:
– O Z (distribuição normal) e o d2 (coeficiente em função do número de
cronometragens) são obtidos através da tabela de distribuição;

• De acordo com Peinado e Graeml (2007), no estudo de tempos, o grau de


confiabilidade utilizado fica entre 90% e 95% e o erro aceitável varia entre
5% e 10%.
– Isso significa dizer que com 95% de probabilidade, a média dos valores
não diferirá mais de 5% do valor verdadeiro (PEINADO; GRAEML,
2007).

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1 – Número de ciclo a serem cronometrados –
Tabela de Referência

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2 – Ritmo ou velocidade do trabalhador
(Fator de Ritmo)
• Importante:

– Aplicar teste de cartas para determinação do tempo médio (A);

– Teste de cartas:
• Esse método como elucida Barnes (1977), propicia a avaliação da
velocidade do trabalhador, em um teste em que são distribuídas no sentido
horário 52 cartas de baralho em um gabarito de compensado dividido em
quatro repartições. Isso será realizado cinco vezes, ou seja, serão feitas
cinco medições. Com os tempos obtidos, as duas primeiras medições são
descartadas, e feita a média simples das três últimas. Esse teste de cartas já
estabelece um tempo padrão para a realização dessa atividade que é de 30
segundos.

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4 – Fator de Tolerância

• Segundo Laugeni (2005), é impossível admitir que as pessoas trabalhem sem


pausas para as necessidades pessoais ou para um descanso das atividades do
processo.

• É aceitável que o trabalhador despenda uma pequena parte do seu tempo para
descansar, seja para atender suas necessidades fisiológicas seja por motivos que não
estejam sob seu controle;

• O fator de tolerância se dá pelo tempo de permissão que a empresa está disposta a


conceder ao operador;

• De acordo com Martins e Laugeni (2006), não é possível esperar que uma pessoa
trabalhe sem interrupções o dia inteiro e, portanto, deve-se considerar uma
tolerância de 5% da jornada de trabalho para necessidades pessoais e 10% para a
fadiga, totalizando o tempo permissivo em 15% da jornada total.

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5 – Tempo Padrão

• A informação do TP é útil para a empresa porque permite estabelecer um


padrão e assim mensurar o desempenho dos operadores;

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✓ Estudo de tempos e movimentos;

Nessa aula aprendemos

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