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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA


ORIENTADOR DE PROJETOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA1

Modalidade EaD

Itabirito
Junho/2020

1
Nomenclatura relacionada ao Código Brasileiro de Ocupações CBO 2035-15 (“Pesquisador em ciências da
educação”) e associada ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos ( “Técnico em Multimeios Didáticos”).
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

Reitor: Kléber Gonçalves Glória


Pró-Reitor de Extensão: Carlos Bernardes Rosa Júnior
Diretor do campus: Daniel Delfino França Fonseca
Coordenador do curso: Bruno da Fonseca Gonçalves

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA


ORIENTADOR DE PROJETOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Modalidade EaD

Projeto Pedagógico do curso “Orientador de Projetos na


Educação Básica”, submetido ao Setor de Extensão do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas
Gerais, como requisito parcial para a aprovação de Curso de
Formação Continuada.

Itabirito
Junho/2020
Sumário

1. Dados institucionais
2. Dados gerais do curso
3. Justificativa
4. Objetivos do curso
5. Público-alvo
6. Pré-requisitos e mecanismos de acesso ao curso
7. Matriz curricular
8. Procedimentos didático-metodológicos
9. Descrição dos principais instrumentos de avaliação
10. Definição dos mínimos de frequência e/ou aproveitamento da aprendizagem para fins de
aprovação/certificação
11. Infraestrutura física e equipamentos
12. Referências

Anexo I – Plano de Ensino


1. Dados Institucionais

Razão Social Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia de Minas Gerais – IFMG
CNPJ 10.626.896/0001-72
Esfera Administrativa Federal
Endereço Rua José Benedito, 139, Santa Efigênia, Itabirito,
Minas Gerais
Telefone/Fax (31) 3561-1269
Site da instituição https://www.ifmg.edu.br/itabirito

2. Dados Gerais do Curso

Nome do curso Orientador de projetos na educação básica


Número de vagas por turma À definir
Periodicidade das aulas Semanal
Carga horária 30 h
Modalidade da oferta À distância
Local das aulas Ambiente Virtual de Aprendizagem
Coordenador do curso Bruno da Fonseca Gonçalves
bruno.goncalves@ifmg.edu.br

Licenciado e Mestre em Física pela Universidade


Federal de São João del Rei (UFSJ), Especialista
em Ensino de Ciências por Investigação pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
e em Gerenciamento Estratégico de Projetos pela
Universidade FUMEC. Atua como professor de
física no ensino médio e superior, desenvolve
projetos de extensão na área de divulgação e
formação científica e tecnológica. Atualmente é
Professor do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico do Instituto Federal de Minas
Gerais, Campus Avançado Itabirito.
3. Justificativa

Diariamente o conceito de educação é discutido e colocado à prova. Surgem propostas de


abordagem menos parcelada do conhecimento, no desejo de uma integração de conteúdos e
de ampliação do trabalho escolar na direção de uma aprendizagem mais significativa. A
aprendizagem baseada em projetos (PBL) já é bastante reconhecida na literatura como uma
das metodologias ativas mais produtivas.
Mesmo quando a metodologia não é empregada o tempo todo, a utilização de projetos na
educação básica ainda encontra seu lugar, seja nas feiras de ciências, nos festivais culturais
ou dentro da própria sala de aula. Embora o docente não esteja familiarizado com a
metodologia de projetos, acaba precisando de várias ferramentas desta teoria.
Já é reconhecido que o aluno precisa ser protagonista de seu aprendizado. Trabalhar com
problemas propostos por eles é ainda mais desafiador quando o problema não tem nada a ver
com a área de formação do docente. Então pode-se chegar à seguinte questão: É possível
fazer uma boa orientação de projetos mesmo que o projeto não seja da minha área de
formação? A resposta é sim! Claro que será necessário mais esforço, mas a base científica
necessária é mesma, em grande parte das áreas.

Para a orientação de projetos, é necessário entender inicialmente a importância de se trabalhar


com projetos. Para Hernandez (1998, apud MIRANDA,2007), os projetos “ajudam os alunos
a serem conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do professorado responder aos
desafios que estabelece uma estruturação muito mais aberta e flexível dos conteúdos
escolares".
No desenvolvimento dos projetos, os estudantes “aprendem a formular questões e problemas
de pesquisa, a realizar procedimentos para examinar suas teorias, e a revisar contradições em
seus modelos explicativos. Simultaneamente, aprendem a respeitar o outro, a cumprir regras
e a manter acordos livremente combinados.” (BRASIL,2014) Assim, "... um projeto fornece
uma oportunidade para os estudantes disporem de conceitos e habilidades previamente
dominados a serviço de uma nova meta ou empreendimento” (Gardner, 1994 apud
MIRANDA, 2007).
Há várias metodologias que envolvem o desenvolvimento de projetos. Algumas delas são a
Metodologia de Projetos (VENTURA, 2002; PRADO, 2011) e o Ensino por Investigação
(CARVALHO, 2013; MUNFORD e LIMA, 2007).
A aprendizagem baseada em projetos é uma metodologia de ensino multidisciplinar centrada
no aluno que surgiu como uma estratégia de destaque para desenvolver o entendimento
aprofundado dos alunos sobre o conteúdo acadêmico, combinado ao desenvolvimento de
grande variedade de competências (OCDE, 2020).
Já o ensino de ciências por investigação é uma abordagem didática que pode ser
implementado pelos professores por meio de atividades nas quais os alunos investigam um
problema proposto e tentam buscar hipóteses, soluções e considerações para respondê-lo
(SANTANA, CAPECCHI e FRANZOLIN, 2018).
Conforme Miranda (2007),
Sabemos que o trabalho de uma escola não está reduzido a uma grade
curricular, a um acúmulo de disciplinas unidas pelos recreios que as separam.
Além da coerência lógica interna de cada área do saber, necessita-se muito
mais: são as dimensões para além dessas lógicas que dão o significado
profundo de nosso trabalho.

Então a utilização de projetos está relacionada a


Aprender a conhecer: domínio dos próprios instrumentos do conhecimento
utilizando a compreensão do mundo, possibilitando condição de vida digna
para desenvolver o pensamento crítico e as possibilidades pessoais e
profissionais.
Aprender a fazer: a partir da aquisição de habilidades, criam-se condições para
o enfrentamento de novas situações, aplicando a teoria na prática, analisando
diferentes perspectivas no âmbito das diversas experiências sociais ou de
trabalho.
Aprender a viver: permite a descoberta progressiva do outro por meio da
realização de projetos comuns e a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis
pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.
Aprender a ser: importa conceber a educação como um todo, preparando o
aluno para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os
próprios juízos de valor, de modo a intervir, de forma consciente e proativa,
na sociedade. (DINIZ, 2015).

Este curso é então voltado a fornecer um conjunto de ferramentas e técnicas para ajudar o
docente, ou qualquer interessado, a orientar o desenvolvimento de projetos pelos jovens
estudantes. Serão utilizadas técnicas da metodologia de Aprendizagem Baseada em Projetos
"PBL", mas não ficará restrita a esta abordagem.

O curso também vem como complemento às formações das diversas licenciaturas do IFMG,
assim como os cursos de pós-graduação em práticas docentes, como mestrado e atualização
pedagógica.

4. Objetivos do curso
Objetivo Geral
Desenvolver habilidades na orientação de projetos de pesquisa e ensino desenvolvidos na
educação básica, aprimorando as habilidades de professores e outros profissionais da
educação no desenvolvimento de estudantes como autores e protagonistas de seu
aprendizado.

Objetivos Específicos
• Discutir a importância de desenvolver projetos na educação básica
• Estabelecer a relevância de ter o jovem estudante como protagonista do projeto
• Exemplificar a utilização do Método Científico
• Apresentar tópicos em Metodologia de Projetos
• Incentivar a apresentação dos resultados dos projetos em Feiras de ciências e
mostras de conhecimento.

5. Público-alvo
O curso é destinado a professores e/ou outros profissionais que desejam orientar projetos na
educação básica, como docentes, técnicos, estagiários, ou outros profissionais da educação,
presencialmente ou ohà distância.

6. Pré-requisitos e mecanismos de acesso ao curso


Para bom aproveitamento do curso, é necessário:
Compreensão de leitura em língua portuguesa, possuir e saber manusear o leitor de arquivos
PDF, bem como dispositivo com acesso à internet que permita visualização de vídeos.
Pré-requisitos para seleção: dispositivo com acesso à internet que permita visualização de
vídeos e leitor de arquivos PDF;
Processo seletivo: ordem de inscrição e entrevistas assíncronas.

7. Matriz curricular

Módulo 1 – 1ª Por que desenvolver projetos na educação básica 10h


Semana O jovem como protagonista do projeto
Módulo 2 – 2ª Utilizando o Método Científico 10h
Semana Tópicos em Metodologia de Projetos
Módulo 3 – 3ª Apresentando os resultados - Feiras de ciências e mostras 10h
Semana de conhecimento

8. Procedimentos didático-metodológicos

Serão apresentados textos, vídeos e artigos para desenvolver no estudante as


habilidades sugeridas no curso. Vídeo aulas serão disponibilizadas de modo que a
estabelecer uma forma de relação que ajude os estudantes a concluir o curso. Também serão
sugeridos artigos científicos e referências bibliográficas para aprofundamento dos
conteúdos que o estudante se interessar.

9. Descrição dos principais instrumentos de avaliação

A avaliação de desempenho dos alunos será composta pela realização de atividades


de múltipla escolha, seleção de palavras e outras atividades online.
Para a avaliação da prática docente e do curso, os alunos deverão responder um
questionário de satisfação sobre a qualidade do curso, do ambiente virtual e do material
didático como requisito para concluir o curso.

10. Definição dos mínimos de frequência e/ou aproveitamento da


aprendizagem para fins de aprovação/certificação

Para aprovação e certificação no curso serão exigidos: nota média final igual ou
maior a 70 pontos e frequência mínima em 75% no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

11. Infraestrutura física e equipamentos

O Instituto Federal de Minas Gerais, em seus variados campi, possui estúdios de EaD
equipados com modernos sistemas de captação de vídeo e áudio, sistemas de iluminação e
sistema de isolação acústica.
Além disso, possui equipe técnica multidisciplinar que atua na definição de políticas
e padrões para o ensino a distância, acompanhando as etapas de pré-produção, produção e
pós-produção.
As videoaulas ficam armazenadas em uma plataforma de streaming e as salas virtuais
em servidores dedicados na reitoria da instituição, constantemente acompanhados por
técnicos especializados.

12. Referências

BRASIL. Trajetórias criativas: jovens de 15 a 17 anos no ensino fundamental : uma proposta


metodológica que promove autoria, criação, protagonismo e autonomia : caderno 7 :
iniciação científica / [organizadores, Italo Modesto Dutra ... et al.]. -- Brasília : Ministério da
Educação, 2014. 18 p.: il.
CARVALHO, A M P de; et al (orgs). Ensino de Ciências por investigação: condições para
implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DINIZ, Heloisa Damasceno. Pedagogia por projeto: influência do uso da técnica no
aproveitamento acadêmico dos alunos do Ensino Médio do Colégio São Paulo de Belo
Horizonte, MG. 2015. 139f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) –
Universidade Católica de Minas Gerais, Minas Gerais, 2015.
MIRANDA, E. S. Reflexões e desafios na construção de um projeto interdisciplinar no
ensino médio. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Porto
Alegre: PUC, 2007.
MUNFORD, Danusa; LIMA, Maria Emília Caixeta de Castro e. Ensinar ciências por
investigação: em quê estamos de acordo?. Ens. Pesqui. Educ. Ciênc. (Belo Horizonte), Belo
Horizonte , v. 9, n. 1, p. 89-111, June 2007 .
OCDE. Desenvolvimento da criatividade e do pensamento crítico dos estudantes : o que
significa na escola. São Paulo: Fundação Santillana, 2020. PRADO, Fernando Leme.
Metodologia de Projetos. São Paulo: Saraiva, 2011.
SANTANA, R. S.; CAPECCHI, M. C. V. M.; FRANZOLIN, F. O ensino de ciências por
investigação nos anos iniciais: possibilidades na implementação de atividades investigativas.
Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n. 3, p. 686-710, 2018.
VENTURA, Paulo Cesar Santos. Por uma pedagogia de projetos: uma síntese introdutória.
Revista Educ. Tecnol., Belo Horizonte, v. 7, nº 1, p. 36-41, jan./jun. 2002.
Anexo I – Plano de Ensino

Plano de ensino do curso proposto.

NOME DO CURSO: Orientador de Projetos na Educação Básica


Nomenclatura baseada em: Código Brasileiro de Ocupações (CBO 2394) e no Catálogo
Nacional de Cursos Técnicos (CNTC) Técnico em Multimeios Didáticos
CH teórica: CH prática: CH total:
30 h 00 h 30 h
Ementa:
Por que desenvolver projetos na educação básica; O jovem como protagonista do projeto;
Utilizando o Método Científico; Tópicos em Metodologia de Projetos; Apresentando os
resultados - Feiras de ciências e mostras de conhecimento

Objetivos gerais:
Desenvolver habilidades na orientação de projetos de pesquisa e ensino desenvolvidos na
educação básica, aprimorando as habilidades de professores e outros profissionais da
educação no desenvolvimento de estudantes como autores e protagonistas de seu
aprendizado.
Objetivos específicos:
• Discutir a importância de desenvolver projetos na educação básica
• Estabelecer a relevância de ter o jovem estudante como protagonista do projeto
• Exemplificar a utilização do Método Científico
• Apresentar tópicos em Metodologia de Projetos
• Incentivar a apresentação dos resultados dos projetos em Feiras de ciências e
mostras de conhecimento.
Bibliografia Básica:
BRASIL. Trajetórias criativas: jovens de 15 a 17 anos no ensino fundamental : uma
proposta metodológica que promove autoria, criação, protagonismo e autonomia :
caderno 7 : iniciação científica / [organizadores, Italo Modesto Dutra ... et al.]. -- Brasília
: Ministério da Educação, 2014. 18 p.: il.
MIRANDA, E. S. Reflexões e desafios na construção de um projeto interdisciplinar no
ensino médio. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Porto
Alegre: PUC, 2007.
MUNFORD, Danusa; LIMA, Maria Emília Caixeta de Castro e. Ensinar ciências por
investigação: em quê estamos de acordo?. Ens. Pesqui. Educ. Ciênc. (Belo
Horizonte), Belo Horizonte , v. 9, n. 1, p. 89-111, June 2007 .
VENTURA, Paulo Cesar Santos. Por uma pedagogia de projetos: uma síntese
introdutória. Revista Educ. Tecnol., Belo Horizonte, v. 7, nº 1, p. 36-41, jan./jun. 2002.

Bibliografia Complementar:
CARVALHO, A M P de; et al (orgs). Ensino de Ciências por investigação: condições para
implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DINIZ, Heloisa Damasceno. Pedagogia por projeto: influência do uso da técnica no
aproveitamento acadêmico dos alunos do Ensino Médio do Colégio São Paulo de Belo
Horizonte, MG. 2015. 139f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática)
– Universidade Católica de Minas Gerais, Minas Gerais, 2015.
OCDE. Desenvolvimento da criatividade e do pensamento crítico dos estudantes : o que
significa na escola. São Paulo: Fundação Santillana, 2020. PRADO, Fernando Leme.
Metodologia de Projetos. São Paulo: Saraiva, 2011.
SANTANA, R. S.; CAPECCHI, M. C. V. M.; FRANZOLIN, F. O ensino de ciências por
investigação nos anos iniciais: possibilidades na implementação de atividades
investigativas. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n. 3, p. 686-710,
2018.

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