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Para a inicialização do contexto jurídico sob a problemática discutida, vale a análise do que
se entende sobre o conceito que rege uma estrutura familiar.
Contudo, a família sob à luz da constituição tem a observância solidária e afetiva, que
promove o desenvolvimento da personalidade e o respeito aos direitos fundamentais de
seus membros. Onde a concretização da afetividade deverá ser um pilar importante para
que seus integrantes sejam acolhidos e amados.
Dada a abordagem necessária para entrarmos no abandono paterno, de início, frisa-se que
o abandono afetivo parental fere vários princípios previstos na legislação vigente nesse
país, ao qual, entre eles destacam-se o da afetividade e o da dignidade da pessoa humana.
É importante destacar que o abandono paterno não é apenas uma questão legal, mas
também envolve aspectos físicos e emocionais e psicológicos para a criança.
Sob à luz do dever de indenizar, observa-se que o dano moral é uma categoria jurídica que
refere-se à lesão não patrimonial sofrida por uma pessoa, causando-lhe dor, sofrimento,
angústia, humilhação, ou atingindo sua dignidade de alguma forma. Ao contrário do dano
material, que envolve prejuízos financeiros diretos, o dano moral está relacionado a danos
de natureza imaterial.
Deste modo, é passível de indenização o abandono afetivo, desde que comprovado o dano
à integridade física e moral dos filhos, bem como a conduta ofensiva e o nexo de
causalidade. Contudo a análise do dano causado no que tange à ausência, neste caso a
paterna, é necessário se traçar uma análise psicológica da importância da figura paterna na
vida daquele infante.
Contudo, o abandono paterno pode ser considerado uma situação que, em alguns casos,
enseja a configuração de dano moral. O abandono paterno não envolve apenas a ausência
de suporte financeiro, mas também a negligência afetiva e a falta de envolvimento
emocional do pai na vida do filho. Nesse contexto, a vítima pode experimentar sofrimento
psicológico e emocional em decorrência do abandono, o que pode configurar dano moral.
Alguns pontos relevantes sobre o dano moral no contexto do abandono paterno incluem:
Negligência Afetiva:
O abandono paterno que resulta em negligência afetiva pode causar danos emocionais
significativos à criança. A ausência de suporte emocional e a falta de presença paterna
podem impactar o desenvolvimento emocional e psicológico da criança.
Dignidade e Autoestima:
O abandono paterno pode afetar a dignidade e a autoestima da criança, gerando
sentimentos de rejeição, abandono e desvalorização. Esses impactos podem perdurar ao
longo da vida e influenciar as relações interpessoais e a autoimagem da pessoa afetada.
O reconhecimento legal do dano moral no contexto do abandono paterno pode variar entre
diferentes jurisdições, mas muitos sistemas jurídicos enfatizam a importância de proteger os
direitos da criança e garantir que ela receba suporte emocional adequado. A análise de
casos específicos leva em consideração fatores como a gravidade do abandono, as
circunstâncias individuais e o impacto psicológico sofrido pela criança.
A busca por reparação por dano moral no abandono paterno destaca a necessidade de
responsabilização dos pais, não apenas em termos financeiros, mas também em relação ao
cumprimento das obrigações emocionais e afetivas. A proteção dos direitos da criança é um
princípio fundamental nesse contexto, visando assegurar um ambiente saudável e propício
ao desenvolvimento integral da criança, mesmo diante da ausência paterna.