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DIREITO PENAL

Definição formal de crime:


Aula 1 - 20/9/2023
Artº 1
1. Facto típico : rigorosamente típico, não ha a possibilidade de preenchimento de
lacunas , tem que ser ilícito
2. Facto ilícito : quando existe uma falta de justificação
3. Facto culposo : culpa - pode ser censurado, nao responde criminalmente, com a
aplicação de uma punição alguém inimputável, pressupostos de punibilidade : fugir
para um sitio impunivel
4. Facto punível :

Parte Geral do Código Penal

Artº131º - se o comportamento preenche o tipo legal de crime


• crimes dolosos - intencionalmente praticados
Artº137º- homicídio negligencia
Negligencia só é punida quando esta expressamente prevista na lei

So tem versão negligente os crimes que a lei diz ter, os mais graves
• não se responde criminalmente pelo dano
• Conduta tem que corresponder
• Ou está na lei ou não ha punição

Estrutura comum do crime

• Crimes dolosos;
• Crime por ação , A apunhala B
• Crime consumado
• Crime praticado por 1 agente só

Definição estrutural do crime

• Previsão : completamente punível


• Consequência prevista na lei para aquele facto que corresponde a uma pena

Definição material de crime

• O que é considerado crime , comportamento mais grave dentro de uma coletividade

Materia pelo livro

Ciência global do direito penal


-designa um conjunto de disciplinas que tratam do crime e das suas consequências, e
encontra as suas raizes no pensamento de um autor alemão, Franz Liszt, ( XII 9
• segundo o autor direito penal deve ser acompanhado por outras ciências e outros
ramos de conhecimento, esses conhecimentos constituem a ciência global do direito
penal : criminologia e a política criminal
• Política criminal e criminologia ao serviço de direito penal
• Apos a 2º GM estas ciencias ocupam o mesmo lula na ciencia global do direito penal

Direito penal:

Conjunto das regras e dos princípios capazes de garantir os direitos fundamentais do


delinquente. Abrange as diferentes categorias do crime e as suas consequências
• explica o funcionamento das normas

Criminologia:

• explicação das causas do crime, as cifras negras ( números ocultos de criminalidade,


crimes por conhecer )
• Os níveis de criminalidade
1. Biologia criminal : explica o crime nas características físicas e psíquicas do sujeito
Cesare Lombroso entendia que devia haver características físicas ou psicologias que os
levavam à pratica de determinados crimes ( canhotos tinham mais probabilidades de
praticar crimes, orelha bicudas, certo formato de crânio ) os criminosos teriam
retrocedido à categoria de primatas
• que explica o crime são as características físicas e psíquicas
• Sociologia : criminal causas do crime nas condições sociais económicas
Cesare Lombroso entendia que devia haver características físicas ou psicologias que os
levavam à pratica de determinados crimes ( canhotos tinham mais probabilidades de
praticar crimes, orelha bicudas, certo formato de crânio ) os criminosos teriam
retrocedido à categoria de primatas
- que explica o crime são as características físicas e psíquicas

Politica criminal:

• Fornece os instrumentos e os meios para o controlo da criminalidade e deve orientar-


se pelas conclusões da criminologia
• estratégia
• Tem de orientar-se pro critérios de legitimidade e tem que ter eficácia

Lei 51/2023 de 28 de Agosto


• Lei que define os objetivos de política criminal para o biénio 2023/2025
• Aumentar a prioridade ao combate do terrorismo
• Combater o cibercrime
• …outros

Princípios da política criminal

• princípio da legalidade : procura evitar a arbitrariedade administrativa e judicial


• Principio da culpa : (não ha responsabilidade penal pelo risco) básico do direito
penal que impede que haja responsabilidade objetiva ou penal pelo risco
• Principio da humanidade das penas e da sua execução : proibição de pena perpetua,
da tortura , tratamentos degradantes dentro da prisão
• Principio da recuperação social do recluso : os estabelecimentos deve ter condições
para reintegração do recluso na vida social

Evolução histórica do direito penal

No século V dá-se a queda do império romano do ocidente e começam as invasores


bárbaros, este período foi de terror absoluto e instabilidade. Depois vieram as invasões
árabes com a reconquista cristã, período militar e a justiça penal era limitada, feita por
famílias e depois por grupos.

Séc oitavo- começo do direito penal pelo livro


-Árabes invadem a peninsula do norte para o sul
-Alta idade media - séc VIII ao séc XII
-Determinantes os valores da solidariedade, lealdade e fidelidade

O bem jurídico mais importante nesta altura é a paz


- Paz geral - paz do reino
- Paz especial de determinadas localidades - do caminho, do mercado, da casa
O crime mais grave era o crime de traição - homicídio qualificado, alguém matava outra
pessoa violando uma relação de fidelidade para com essa pessoa na sua casa ou etc. e
tinha uma pena - perda absoluta da paz : o indivíduo perdi a personalidade juridica
podendo ser morto em qualquer lugar, os Bens eram confiscados.
Rapto, ofensas culturais, etc; - perda relativa da paz : anúncio da pena de sair do
conselho , caos nao o fizesse poderia ser morto

A familia exercia a justiça penal e o município -


solidariedade penal ativa -
Solidariedade penal passiva - todos os familiares eram responsáveis pelas consequências
do atos

132º CP - 12 a 25 anos

A pena servia uma função retributiva - fazer espiar o mal que se tinha causado,
proporcionalidade entre o dano e a pena

Baixa idade media ( Sec 12 ao 15 ) e idade moderna ( 15 ao 18 )


( prevenção geral negativa era o mais aplicado )

• centralizar se o poder nas mãos do rei


• Desenvolvimento comercial
• Crescimento das cidades
• Verifica-se um esforço da codificação da lei na península ibérica ( ordenações
afonsinas ) e em Castela

Auto tutela e ha uma forte reação dos nobres à codificação das leis
Subordinação ao poder real central . Começasse a substituir o crime de traça medieval
pelo de traiçao regia
Justiça penal desta altura

• progressiva atribuição de punir ao rei


• Consideração do crime como ofensa de valores coletivos
• Recurso frequente à pena de morte não como retribuição mas como pena
• Sistema penal serve como um mecanismo de dissuasão da pratica do crime -
• Prevenção geral negativa - coletiva : aplicada todos e é negativa pois é através do
medo
• Prevenção especial - delinquente : positiva - reintegração do delinquente; negativa -
prevenção da pratica-te crimes por aquela pessoa
• A justiça penal deste período é bárbara - métodos de tortura

Penas

• penas capitais : tens de morte natural ( enforcamento, decapitação ou fogo ou cruel


( antecedida de tortura )
• Penas corporais - flagelação, mutação, castração
• Penas pecuniarias : fisco e multa
• Penas contra a liberdade : degredo servidão e galés ( pena desproporcional )
• Os condenados a morte eram trazidos nas vilas ate ao pelourinho pelas ruas de tela
com um anuncio da sua execução
• Penas cruéis e públicas
• Despersonalizarão do condenado
• Desproporção da pena quanto ao ato cometido

Direito penal tutelava valores religiosos e morais

——————

Aula 22/9/2023

A baixa idade media ( 12 a 15 ) e a idade moderna ( 15 a 18 )


• período de renascimento económico cultural e crescimento comercial
• Direito penal cruel
• Centralização do poder e do exercício das penas nas mãos do rei
• Penas aplicadas com publicidade ara evitar novos crimes, intimidavam
• Prevenção geral negativa
• Direito penal tutela valores religiosos e morais

Justiça penal : desigual e arbitraria


• Indulto :
• Amnistia : extingue a infração e a sanção penal
• Graça : perdão de todos os crimes praticados ; clemência soberana ; natureza
individual

A sanção penal era transmissível :


• Ordenações Afonsinas : passavam para um x numero de gerações pertencentes ao
criminosos
• Ordenações Filipinas : as penas chegam aos netos

Não havia garantias em processo penal

O direito penal na época contemporânea

Iluminismo criminal :

• Individualismo
• Jusnaturalismo
• Racionalismo
• Contratualismo
• Utilitarismo: pena tem que ser útil
• Legalismo/garantismo :
• Secularização deixa de haver a mesma relação entre o direito e religião que havia no
período antigo

Feuerbach - teoria da coacção psicológica:


• ele entendia que a pena devia servir para afastar o indivíduo da prática criminal ;
para funcionar é necessário que o indiciou conhece a pena antes de cometer o crime (
custos e benefícios ) isto obriga que os crimes e as penas estejam previstos na lei ; só
funciona se estiver articulada com o principio da legalidade

Cesare Beccaria ( 1738-1794 ): nobre falido,


• escreveu um livro, “Dos delitos e das penas”, que influenciou primeiramente os
EUA e depois a Europa que representou uma mudança dos quadros mentais em
vigor na altura
• Considera que a pena de morte deve ser sulbituido pela pena de prisão e que a pena
não serve para retribuir crimes mas para prevenir a pratica de outros atos por parte
da coletividade
• principio da igualdade na aplicação das penas : defende que o tema penal deve ser
igual para todos, não haver distintos entre classes e etc.
• Principio da legalidade : as penas e os crimes deve estar devidamente escritas na lei
• Principio da proporcionalidade: a pena deve ser proporcional ao delito cometido
• Princípios de bom senso : defende a adoção de regras praticas capazes de diminuir a
pratica de crimes, as leis penais deviam ser redigidas na língua dos seus países

Cristóvão Colombo (1451-1506)

Pensamento iluminista influencio os nosss quadros jurídicos e a nossa constituição de


1822 ( sob a influencia das revoluções liberais )

Pensamento Pascoal
Código penal de 1852
• proibiu a analogia
• Estabelecer a proporcionalidade as penas
• Proibir a transmissibilidade das penas

A filosofia idealista e a Escola Clássica ( 1º metade do séc XIX )


• muito embora o Iluminismo criminal se tenha começado a preocupar com a pessoa e
os seus direitos…
• Kant e Hegel valorizam a ideia da dignidade e da justiça acima da ideia de
utilitarismo; a discussão em torno das penas deixa de dizer respeito ao fim das
penas , finalidade das penas, para passar a relacionar-se com a legitimidade da pena,
eram para reprovar o comportamento do
• A aplicação da pena é garantia de justiça e dignidade da pessoa humana
• A pena corresponde ao que o indivíduo merece pelo seu ilícito
• A pena é um direito do indivíduo
- Garantia de justiça uma vez que corresponde ao que cada um merece.
• Exigência de dignidade, exercício de liberdade da parte do sujeito que merece a pena

Principio da culpa : fundamento e o limite da pena e é limitação ética do poder punitivo


do Estado

Escola correcionalista e o humanitarismo penal

• ideia da preocupação com a prevenção especial


• O delinquente é alguém que precisa da ajuda da sociedade para deixar de delinquir e
é por natureza corrigivel e a pena é um meio que permite essa correção
• Pena por excelência é a pena de prisão
• Grande influencia na península ibérica e ficou relacionada com a abúlico da pena de
morte e implementação do sistema Filadelfia na execução da pena de prisão
• A pena de morte foi abulia em 1867 para todos os crimes excetuando os crimes
militares

Contra a pena de morte


• o risco do erro judicial : o condenado não ter cometido o crime ao qual era
condenado
• As razoes da intimidação não funciona
• A lei de talião ou regra do “olho por olho, dentre por dente”

Em 1867 foi abolida a pena de trabalhos públicos e veio a necessidade d aperfeiçoar a


pena de prisão através de:
• o sistema de Filadelfia : isolamento completo do condenado e esta associado a
determinadas estruturas penitenciarias ( modelo radial de construção )
• sistema de auburn : obrigação de silêncio e isolamento noturno
• Sistema progressivo ou irlandês : começa pela fase de isolamento, depois fase de
grupo, e com bom comportamento tem benefícios na execução da pena
O cientismo oitocentista e a escola positiva

• o positivismo e o racionalismo vai reduzir o fenómeno humano individual e coletivo


a um puro fenómeno natural que se dá a conhecer como qualquer outro facto ou
acontecimento da natureza.
• Colocam a relação determinismo, perigosidade na vida de segurança

04/10

Conceções etico-retributivas
Artº 40º ( finalidade das penas e das medidas de segurança )
1. A aplicação de penas e de medidas de segurança vida a proteção de bens jurídicos
(fim) e a reintegração do agente na sociedade (meio) PREVENTIVA
2. Em caso algum a pena pode ultrapassar a medida da culpa (ÉTICA) CONCEÇÃO
unilateral de culpa, art 74º
3. A medida de segurança tem de ser proporcionada

( Prevenção especial positiva )


Artº 40º, n 1 , 2º parte
Art º 43º, 44º, 45º, e 46º
Artº 70º , 72º, nº2
Tudo CP

( Prevenção especial negativa )


Artº 49º, n1
Artº 75, n1
Tudo CP

Artº 71 CP
Critérios decisivos são considerações de prevenção.

Artº 132º

Medidas de segurança
- Perigosidade ( graus de perigosidade , tratamento medico psiquiátrico ou psicológico
social, em caso de incorrigibilidade perpetuidade de tratamento )
- Imputaveis
- Inimputáveis
- Imputáveis perigosos ou delinquentes por tendências

Atualmente a maior parte dos códigos penais coloca de lado de um sistema de penas

Sistema dualista e sistema monista

Sistema dualista de reações criminais - penas para imputaveis e medidas de segurança


para inimputaveis
Sistema monista - aos imputáveis so aplica penas e aos inimpiutaveis so aplica medidas
de segurança , este sistema, de maneira pura não permitem resolver os problemas dos
inimputaveis perigosos ou delinquentes

Imputaveis perigosos ou delinquentes po tendência


Sistema dualista : pena + medida de segurança
Sistema monista : pena

Artº 83 CP
Pena + medida de segurança
Sistema dualista

Medidas de segurança te como objetivo a protecção de bens jurídicos.

Artº 92º, n3

O direito pen al e o direito


civil

Critério dos interesses - o direito penal tutela interesses fundamentais da coletividade,


que transcendem , por isso, o interesse do particular ofendido. O crime não atinge o
interesse individual de A ou B, mas o valor social enquanto tal- o património ou a
integridade

Critério dos sujeitos e da natureza cativa da norma : uma vez que cabe ao estado o
exercício do direito de punir ele surge dotado de superioridade em relação ao indivíduo ,
exercendo uma função, e não um direito que possa ser contraposto ao dever do
criminoso.

Essa função é exercida pelo ministério público , mas a promoção e o desenvolvimento


da ação penal não depende da sua vontade.

Claro que na medida em que é o ministério publico que investiga e acusa é ele que
decide do destino da acto penal, mas não de acordo com critérios de oportunidade e
conveniência pessoal e politico ( principio da legalidade )

Mesmo quando o inicio da ação depende da queixa , ou de queixa e acusação particular ,


por parte do particular ofendido , é sempre o ministério publico o efetivo titular da acho
penal ( funcionamento e estrutura do processo penal )

——
Direito penal e direito civil

O direito penal tem autonomia valorativa axiológica, a responsabilidade penal tem


pressupostos próprios, uma finalidade especifica , e ha normas penais que se referem a
condutas que não são contempladas por outros ramos do ordenamento.

Sanções
O direito civil visa a reparação do dano e o direito penal visa a prevenção da pratica de
novos crimes.

Enquanto que a sanção penal olha ao presente ( pratica do crime e julgamento ) e ao


futuro, porque apresenta uma dimensão preventiva, as medidas de natureza civil apenas
olham ao presente ( as consequentes da prática do facto ilícito )

Pressupostos das duas formas de responsabilidade


• A responsabilidade penal assenta na prática de um facto típico , supõe um ilícito que
integra momentos subjetivos, e exige a culpa do agente.
• A responsabilidade civil supõe a pratica de um facto objetivamente ilícito , e cada
vez mais se basta com a pratica de factos ilícitos para desencadear a obrigação de
indemnizar o ano causado ( a responsabilidade pelo risco e pelos factos ilícitos )

Facto ilícito (subjetivo)


: resultado + dolo
: resultado + negligencia

Culpa ( dolo ou negligência ) : censura á pessoa que sendo livre, optou pela pratica do
facto ou por negligencia

Direito Civil ( responsabilidade por atos ilícitos) :


- Facto ilícito ( objetivo )
Resultado
- Sem culpa

Direito penal e direito de mera ordenação social

Direito sansionatório de natureza administrativa


Coima é uma sanção de natureza administrativa mas responde a uma pratica de uma
contra ordenação

Regime: DL, Nº 433/82 de 27 de Outubro revisto pelo Decreto lei 244/95 de 14 de


setembro

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PP DA LEGALIDADE
4 DIMENSOES

5. Exigencia de lei em sentido formal - só pode agir sob normas legisladas


6. A exigencia da determinabilidade ou tipicidade - as normas penais tem de ser
7. A proibição da aplicação analogica da lei penal - ha uma lacuna na lei , caso que no
esta contemplado na lei, então o aplicados dos direito tem de criar uma norma como
se fosse ele a legislar,
Art. 190º
• a proibição d aplicação retroativa da lei penal desfavorável eo principio da aplicação
retroativa favorável
A eficácia temporal da lei no tempo
Princípio da proibição da retroatividade da lei penal Desfavorável - consagrados na
constituição , art29º n1 e n4, e no código penal, art 1º e art. 2º n 2

1. o direito penal destina-se a orientar e evitar condutas, são as condutas que podem ser
controladas não o resultado, a conduta é que é reprovada e não deve ser realizada
2. O dolo do agente é referido ao momento da prática do facto, a intenção de praticar o
crime existe no momento da conduta , ha crimes me que não ha resultado, o que é
punido é o comportamento, a conduta.

Mas há casos em que a conduta criminosa não se esgota num do momento, e se


prolonga no tempo. Nesses casos podem surgir entretanto novas leis criminalizados.
Um caso: crime continuado - na lei só se pode referir a bens materiais
Sucessão de factos praticados no mesmo contexto que o legislador considera menos
censurável.

Problema

Lei nova vem agravar o regime aplicável

Deve aplicar- se a lei antiga a não ser que a totalidade dos pressupostos da LN se
preencham na sua vigência

Artº 79º n1

A LN vem agravar a pena do furto qualificado

Princípio da proibição da retroatividade da lei penal favorável

- Art 2, nº2 CP – discriminalizaçao das condutas – um facto deixou de ser crime.


Entender se a norma: descriminaliza ou criminaliza condutas / contraordenaliza ou
descontraordenaliza uma norma

- Criminalização / descontraordenalizaçao de condutas: contraordenação passou a crime

- Descriminalização / contraordenalizaçao de norma : conduta que passa de crime a


contraordenação: esta lei descriminaliza pelo que não pode ser aplicada aos factos
praticados para tras. Não se poder aplicar o regime de contraordenação, os factos não
eram contraordenaçao pelo que não vao passar a sê-lo agora. Por outro lado o agente
não podia contar com essa qualificação no momento em que praticou o facto. Recorre-
se , quando muito, a uma norma transitória.

Leis intermédias – leis posteriores no sentido utilizado pelo art. Nº4

- Art 2, nº4 CP – sucessão de leis penais, aplicação retroativa da lei penal mais
favorável
Contrapõe-se uma ponderação concreta a uma ponderação abstrata, e uma ponderação
unitaria a uma ponderaçao diferenciada

Ponderação abstrata: vê- se a mais favorável de maneira fácil

Ponderação concreta: exige que o juiz tenha presentes todas as circunstâncias do caso
concreto e defina a pena concreta aplicável ao agente face a uma lei e face a outra lei

Ponderação unitária : o juiz só compara dos dois regimes a pena principal

Ponderação diferenciada: o juiz toma em conta todos os aspetos de regime que possam
beneficiar o arguido

Caso julgado: antes de 2007 o caso julgado constituía um limite absoluto à aplicação
retroativa da lei penal favorável. Esta soluçao era inconstitucional sob um ponto de vista
de igualdade e restringia......... ia contra o art 29, nº4

A partir de 15 de setembro de 2007 entrou em vigor a atual 371º A, do código do


processo penal.

Leis temporárias – lei que esta vigorada num determinado espaço de tempo, visam
regular situações de emergência.

Art2º nº3 CP
Sucessão de leis temporárias – art 2, n 4- lei mais favorável

Casos práticos
a) sucessão de leis penais, art 2º n º 4.
Ponderação concreta e diferenciadas, vai ter em conta a pena de prisão aplicável como a
pena acessória
b) art 2 n 2 . o facto não pode ser retroativamente criminalizado. Deixa de ser
retroativamente contraordenação, ou seja, não pode ser punível sem lei transitória
c) decreto-lei 433/82, no momento do facto era um crime, e não pode ser retroativamente
tratado como contraordenação

fazer caso 2 e 3

13/10

A eficácia espacial da lei penal. Princípios sobre o âmbito de aplicabilidade no


espaço da lei penal portuguesa.
Direito penal internacional - conjunto de disposições que em cada estado regulam a
aplicação das suas normas penais no espaço, isto é, em relação a crimes cometidos no
seu território e no estrangeiro.

Direito internacional penal – conjunto de regras de direito penal constantes de


tratados ou convenções internacionais a que adere o Estado. Estatuto de Roma que
institui o TPI.

CP – 4º e seguintes

- Existe uma crescente consciencialização dos Estados para necessária cooperação na


luta contra o crime.
- verifica-se uma tendência para a globalização do fenómeno criminoso- terrorismo,
ambiente, informática, etc.
- tradicionalmente, e uma vez que se entendia a soberania como poder absolito sobre
o território os estados tinham relutância em ceder qualquer fração (pp da
territorialidade. – os estados rejeitavam interferências de leis de outros países no seu
território)
- sistema de cooperação

Direito penal internacional ( direito interno )

- principio base:
Principio da territorialidade : durante muito tempo discutiu-se se era de ter como
determinante a nacionalidade do agente ou o princípio da territorialidade, entre nos,
art. 4º, alínea a), adotou-se o principio da territorialidade por razoes materiais: é onde
se dá o crime que se verificam as razoes que justificam a pena , e por razoes
processuais, designadamente de prova . Ver também art. 7º, CP.

- O que faz funcionar o principio da territorialidade? A conduta ou o resultado?


O facto considera-se aplicado em Portugal no local onde a conduta foi produzida, do
local onde o resultado foi produzido, ou no local onde o resultado se devia ter
produzido.

O artigo 7º nº1 adota um critério alternativo que pode ter por efeito quwe posa existir
mis do que um estado competente quando outro estado adore o mesmo critério
alternativo.

Convenção de Tóquio – competente pra julgar o local onde os aviões se encontravam


registados durante o voo

Convenção de beijing – a aeronave esta em voo ate 24h depois a descolagem


Principios complementares : adicionam-se ao pp da territorialidade, ou subsidiários
( em relação ao pp da territorialidade
– art 5º, a) e seguintes ate g)
Art. 5º, nº1 alinea a) - Principio da proteção de interesses nacionais : não interessa a
nacionalidade do infrator. Estão em causa interesses nacionais relevantes ( burla
informática, contrafação de moeda

Art. 5º, nº1 , alínea B) – principio da nacionalidade ativa e passiva – É necessária a


nacionalidade portuguesa do agente e da vitima. O facto não e o crime à luz da lei do
Estado onde foi praticado. Procura evitar a fraude se um português fosse cometer um
crime contra outro português la fora. Depois depende dos outros requisitos. De outro
modo estes casos seriam abrangidos pelos princípios da nacionalidade ativa ou passiva.
É ainda necessário que o português tenha residência habitual no pais, que seja,
encontrado no pais, e que não exista possibilidade de extradição. Ativo – autor, passiva
– vitima, têm de ser ambos portugueses e haver intenção de ir ao exterior praticar a
fraude.

Art, 5º, n1, alínea c) – principio da universalidade . escravidão, trafego de pessoas,


rapto, abuso sexual de crianças, lenocínio, danos contra a natureza, etc. É necessário
que o infrator esteja em Portugal e que não possa ser extraditado ou entregue em
resultado de mandado de detenção europeu ou outro instrumento de cooperação
internacional que vincule o estado português.

Art 6º e 6º nº2 – se a lei estrangeira for mais favorável aplica-se a lei estrangeira

Art. 6º , nº3 – não interessa se a lei estrangeira é mais favorável

Extradição
- pode ter que extraditar nacionais, se o crime de encontrar no tratado de roma,
exceção ART.3,п°3, podemos ter que dar um nacional.
- a extradição não é permitida se for pedida por razões políticas ou pela pena de morte.
-ART.33,n°4° - extradição relativamente a crimes que prevêm prisão perpétua. A nossa
constituição não prevê prisão perpétua, se for português não deve ser entregue pois a
consttuição prevalece, se for estrangeiro também não deve ser entregue, porque o
ART.33,n°4 da CRP só admite a extradição com prisão perpétua se houver garantias da
sua não aplicação.

4. Casos práticos

Lei da cooperação judicial de matéria da lei penal


Extradição

-----------------------------

Mandado de detenção europeu – é mais simples e menos formalizado, mais rápido


Mandado de detenção europeu não supõe um pp de bilateralidade, só exige que se
trate de um dos crimes previstos no art2, da lei que regula o regime de detenção
europeu.

10/11

Teoria geral do crime


- Estudo das categorias essenciais e comuns a qualquer crime, bem como da relação
entre elas.

1. O tipo legal do crime: exigências de garantia do direito penal


Art. 205º
- Surgem todas as questões de responsabilidade penal
Fronteira mais difícil de ultrapassar em questões de responsabilidade penal

2. O ilícito (o tipo legal do crime e faz parte do ilícito - parte visível e formal)
- Quando alem de preencher o tipo legal de crime, não há causas de justificação
para aquela conduta

3. A culpa (exclusão de culpa, como inimputáveis, alguém mata terrorista pra


salvar 20 pessoas – não culposa)

4. Os pressupostos de punibilidade

As grandes construções dogmáticas do crime

Conceção positiva naturalista – Beling e Von Liszt


Tipo legal de crime formal – interpretação da lei à letra
A culpa pra estes autores é culpa psicológica, representa a relação psicológica entre o
agente e o facto
O juiz não valora
- 2 problemas
- inimputável é culpado
- na negligencia inocente não há qualquer ligação psicológica ao facto

Conceção normativa – escola neo-classica ou neo-kantiana


Considera a culpa censura pelo facto praticado

Conceção finalista – Welzel


Toda a açao humana é orientada para um fim ( finalista ) uma ação só e relevante se
dor dolosa, por conseguinte incluir o dolo no titulo legal de crime

Conceção teleológica normativo-social do crime


A ação :
Relevancia negativa: so tem relevância negativa pois são excluídos atos reflexos, acoes
interiores , atos praticados em estado de inconsciência
Relevância positiva: denominador comum as varias formas de realização criminosa, o
conceito o conceito normativo-social da ação

A relevância do conceito normativo social de ação: não são tipicamente relevantes


porque socialmente normais as condutas socialmente adequadas, ou seja, não
relevantes criminalmente ( adequação social da conduta )

Não são tipicamente relevantes porque não tem a dignidade penal suposta pelo tipo
legal de crime as bagatelas penais.

A omissão é típica e criminalmente relevante porque normativamente é equiparada à


ação

Ver se o tipo legal de preenche ( garantia ) – causa de justificação

O consentimento vale de acordo nos tipos legais de crime quew tutelam bens legais
juirdicos que integram autonomia jurídica da pessoa

Caso 3 – ofensas a integridade física simples , 143, conduta típica mas o consentimento
justifica. Saber os pressupostos do 38º, consentimento em geral e 149º, ofensas a
integridade física, o f preenche o 143 , averiguar à luz fo 38 se se verificam os seus
pressupostos, o consentimento , 38, nº2 e o consentimento so e eficaz, se neste caso é,
tiver mais de 16 anos de idade e discernimento necessário pra avaliar o sentido do seu
consentimento, o artigo legal 143, não há que avaliar a conformidade dos bons
costumes, a integridade física não essencial é sempre disponível m n 2 e 3 tem de estar
preenchidos , f não é punido

Caso 5 – punimos a ajuda ao suicídio


Caso 6 – 156 – não se pode impor tratamento ao doente
Caso 7 – 156, 39
Caso 8 – quase suicídio \ está perturbado e não é titular de uma vontade seria e livre –
pressupostos do artigo 38 nº2 , vontade viciada, é possível adequar , quem intervem,
intervem jjustificadamente
Traz uma carta a recusar intervenção medica – salvar a não ser que existam , no registo
informático, uma declaração antecipada de vontade
Caso 10 – testemunha de jeová - adulto maior nega o consentimento , não podem
intervir – liberdade religiosa / estando em perigo a vida de um jovem é possível
recorrer ao tribunal de menores que normalmente ou decide ou retira o poder das
responsabilidade parentais para o medico decidir
Para efeitos de intervenção medica só utilizados os 16 anos
Casos 12 e 13 – 143, precisam de se reunir os presupsotos do artigo 38 e não há
averiaguaçai sobre os bons costumes
Quando são ofensas corporais graves aºlica-se o art 38 n 1
Bons costumes – 149 n 2
Caso 13 – tirar um rim – ofensa corporal grave , se a retirada do órgão é gratuita, não
haver nenhuma compensação de bens jurídicos que justifique esta lesão, há violação
dos bons costumes , o consemtimento não justifica, quem colhe os rins é punido pelo
artigo 144
Se for pra doar ao irmão, justifica a ofensa, os bons costumes admitem a justificação

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