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avaliação contínua:
- 2 teste (primeiro teste 7 valores) – semana de interrupção dos mini-testes
1º teste – questões fundamentais 2º teste – Teoria Geral do crime
- avaliação oral (uma sabatina obrigatória/participação na aula/assiduidade)
Sabatina (18 outubro- 5 primeiros alunos /13 de novembro)
O que é o crime?
É um conjunto de normas que ligam certos comportamentos humanos/factos numa
consequência (artigo 1º do CP)
Para eu punir alguém, para alguém ser responsabilizado tem que ser tipificado na lei, ilícito
(contra a lei) e tem que haver culpa (aplica-se uma pena, se n houver culpa aplica-se uma
medida de segurança).
Fim do Direito Penal: Tutelar bens jurídicos fundamentais (...) a função do DP é tutelar os
valores individuais/fundamentais à realização pessoal e social
Artigos:
131º - homicídio
203º fruto (não é com violência)
210º roubo (é com violência)
Tipos de penas:
Principais: pena de multa e pena de prisão
Substituição: ex. pena de multa
Acessórias: ex. proibição do exercício de função (se uma pessoa viola uma criança e a sua
profissão envolve trabalhar com as mesmas, não o vai puder fazer)
13.09.
Ciência global do direito penal
ii. conjunto dos princípios ético-individuais e ético-sociais que devem orientar, promover,
controlar a luta contra a criminalidade.
Lei 51/2023, de 28 de agosto
Para Liszt:
i. dogmática penal: (topo da hierarquia)
- depositário dos pps normativos que garantiam os direitos individuais fundamentais do
delinquente.
– operava segundo critérios de legitimidade normativa.
i. política criminal:
- ciência autónoma;
- motor dinamizado da dogmática penal;
- posição de supremacia em relação ao DP em sentido estrito
Pp da política criminal:
1. Pp da legalidade; (tem que estar na lei)
2. Da culpa;
3. Da humanidade na definição das penas e na sua execução; (ex. em Portugal a pena
de morte é proibida)
4. Da recuperação social do recluso.
Seculo xx:
Política criminal, dogmática penal e a criminologia:
-Ciências complementares e interdependentes;
-Objeto comum: crime;
-Indispensáveis para uma abordagem eficaz e justa de delinquências.
Ex. 1ª hipótese: se um homem num jantar de amigos dá uma palmada à namorada no rabo.
Segundo Liszt seria crime, porém no estado de direito material não seria crime.
2ª hipótese: ambos os namorados são agressores. Segundo Liszt: crime, segundo o EST. DT.
MAT: não seria crime.
I. Questões Fundamentais:
2. evolução do direito penal.
Importância:
- político-social – vai espelhar individuo e o Estado
- jurídico-criminal – relativo sempre a uma determinada época
Se for ativa: contra o pedro e a sua família, os danos feridos vão ter que ser reparados não
só ao pedro mas a cada um da sua família.
Pena e crimes:
Perda absoluta da paz (pena mais grave):
- delito mais grave – crime de traição;
- destituído de personalidade jurídica;
- destruição da casa do infrator;
- confisco dos seus bens.
Composição pecuniária:
- crimes menos graves;
- pagamento de uma quantia ao ofendido;
Composição corporal:
- crime.
15.09.
2. BAIXA IDADE MÉDIA (XIII-XV) e IDADE MODERNA (XV-XVIII)
Incremento do comercio e artesanato;
Crescimento de centros urbanos;
Aumento demográfico;
Emigração do campo para a cidade;
Descoberta de novas rotas e entrepostos comerciais mediterrânicos;
Redescoberta do direito romano-justinianeu;
Reencontro com a filosofia e o pensamento helénicos;
Centralização e fortalecimento do poder político.
Penas capitais:
o Morte simples;
o Morte cruel.
Penas corporais:
o Mutilação;
o Castração.
Penas pecuniárias:
o Confisco;
o Multa.
Pena de infâmia:
o Crimes mais graves lesa majestade divina, lesa majestade humana.
o Incapacidades sociais, profissionais e jurídicas.
o (a família do criminoso era também punida pelo crime que ele cometeu). ->
SANÇÃO PENAL ERA TRANSMISSÍVEL: ex. incapacidade de herdar, de ter
determinada profissão; ordenações Afonsinas.
o Utilitarismo – o estado deve definir o que é crime e o que são as penas, mas
tem que haver limites. Ou seja, tinha que haver utilidade à pena/ser útil.
O contributo da escola clássica para o direito penal foi a afirmação do princípio da culpa
como condição irrenunciável da aplicação da pena.
Princípios fundamentais:
- corresponsabilidade social ao lado de uma responsabilidade individual;
- corrigibilidade de todo o delinquente;
- finalidade da pena: prevenção especial positiva. (querer recuperar o delinquente na
sociedade. Todo o delinquente deve ser considerado corrigível).
Escola Correcionalista -> Evolução dos sistemas prisionais em Portugal -> preocupações
relacionadas com a exceção da pena de prisão como meio de correção do delinquente.
O contributo da escola correcionalista para o DP atual vai ser atribuir à pena a função de
prevenção especial positiva (no sentido de reintegração, integração ou socialização).
d. Escola positiva (final século XIX/início século XX)
determinismo: há uma concessão de fatores alheios à minha vontade, que levam a que eu
pratique o crime. A liberdade não existe, eu ajo de maneira criminosa porque existem
fatores que me levam àquilo = inevitável. Não existe culpa porque não foi propositado, mas
existe sim perigosidade - o DP tem que proteger a sociedade desta perigosidade. Só há
pena se houver culpa, não podemos aplicar uma pena se não houver culpa. Logo, só se
pode proteger a sociedade aplicando medidas de segurança.
Biologia criminal:
o Lombroso;
o 1876: L’uomo delinquente;
o Explicação biológica do crime: atavismo do “delinquente nato”;
o Explicação biopsicológica.
Sociologia criminal:
o Ferri;
o 1892: Sociologia Criminale
o Explicação sociológica: fatores sociais como principais ...
Apreciação critica:
Positiva:
o Consideração da personalidade concreta do delinquente;
o Aparecimento de medidas alternativa à prisão;
o Elevação da criminologia ...
Negativa:
o ...
o ...
o ...
e. correntes mistas (final do século XIX até à década de 70 século XIX) – NÃO VAMOS DAR.
20.09.
DP - > Ultima ratio
1. Bem jurídico-penal: limite (pq se n for jurídico-penal o estado não pode intervir) à
intervenção preventiva do Estado, mas também um fundamento (pq pode intervir) para a
intervenção preventiva do Estado.
Nenhuma destas concessões deveria ser adotada. A conceção adotada foi a seguinte:
O art. 18o/2 estabelece que a restrição de BJP só́ é legítima quando tal for necessário para
salvaguardar os dtos/interesses constitucionalmente protegidos (pressuposto da dignidade
penal e dimensão axiológica de BJP) isto porque as sanções traduzem-se na limitação de
dtos fundamentais e por isso exige-se que tais sejam estritamente necessárias.
Necessidade penal:
insuficiência ou inexistência de outros meios sociais ou jurídicos na tutela eficaz do
bem j. fundamental;
adequação da sanção penal à tutela eficaz desses bens; (forma mais adequada e
única de proteção a garantir uma tutela eficaz) – se não for adequada o DP não pode
atuar
proporcionalidade entre a gravidade das sanções penais e a relevância dos bens j.
lesados ou postos em perigo. (vai questionar a forma mais adequada, e que
eficazmente vai proteger os bens JP).
*Para ser um BJP tem que ter alguma referência na CRP de forma expressa ou implícita*
V Relação de analogia material -> X relação de identidade
X recusa de injunções constitucionais implícitas na criminalização.
22.09.2023
Finalidades das penas – DP em Portugal
1. Professor Taipa acha que o artigo 40º, nº1 deveria ser mais claro quanto à sua
interpretação, pois é uma prevenção geral e especial.
o Conceção unilateral da culpa: toda a pena implica a culpa, mas nem sempre a
culpa implica pena.
Bilateral: Não há pena se culpa, mas também não há culpa sem pena. (?)
Prevenção:
1. Especial – diz respeito ao infrator, prevenir que ele não volte a cometer crimes.
o Positiva: aquele infrator não volte a cometer crimes através da ressocialização
o Negativa: dissuasão da prática de futuros crimes
2. Geral – diz respeito aos membros da comunidade, prevenir que a comunidade não
cometa crimes.
o Positiva ou de integração: interiorização dos bens JP; confiança e pacificação
social. (se eu vir alguém a ser punida por um crime eu posso confiar na justiça);
o Negativa ou de discussão: advertência geral.
Quem é inimputável – aplica-se uma medida de segurança (não têm liberdade de decisão) –
quem é imputável - aplica-se penas (a pena pressupõe liberdade)
2/3 da pena: para um imputável seria 6 anos, mas para um inimputável seria 2/3 de 6, ou
seja, 4 anos de pena.
Funções/fins-meios:
Prevenção especial: recuperação social (tratamento – inimputáveis/correção – imputáveis
perigosos);
- neutralização da perigosidade criminal (internamento)
Prevenção geral:
- inimputáveis: - prevenção geral positiva de pacificação social; - Taipa de Carvalho: não tem
a função de prevenção geral de integração.
25.09.
Interesses protegidos:
penal: protege bens jurídicos de toda a comunidade;
civil: protege interesses jurídicos civis.
Sanções:
penal: finalidade preventiva (olham ao presente e ao futuro); medidas de pena
reduz-se ao indispensável para assegurar a prevenção geral + especial;
civil: finalidade reparadora de danos (olham ao passado e ao presente); medidas da
sanção civil corresponde aos danos/prejuízo causado.
Pressupostos da responsabilidade:
responsabilidade penal: facto ilícito + culpa dolosa (regra);
responsabilidade civil: por factos ilícitos – admite a mera culpa (negligencia); por
facto lícitos e responsabilidade civil objetiva.
!passar em casa!
Se o tipo legal não disser o mínimo de dias de pena aplica-se -> artigo 47º - regra geral de
10 dias a 360 dias.
27.09.2023
1. Pp da legalidade:
Estado de Direito (substituição do Estado Absoluto) – finais séc. XVIII
Fundamentos do pp da legalidade penal:
a. Jurídico-políticos: garantia do cidadão frente ao poder
punitivo do Estado;
b. Político-criminais: prevenção geral de dissuasão.
Dimensões/exigência do pp da legalidade:
a. Exigência de lei em sentido formal;
b. Exigência de determinabilidade ou tipicidade;
c. Proibição da aplicação analógica;
d. Proibição da retroatividade da lei penal desfavorável.
Normas penais em branco: norma que contem a sanção penal e que, quanto ao facto
típico, remete, total ou parcialmente, para a descrição feita por uma norma
extrapenal do ordenamento jurídico. (para perceber o facto típico, vai remeter para
uma outra norma extrapenal do OJ).
Normas penais em branco devem evitar-se. A norma penal deve ser completa.
Conclusão: a única fonte da lei penal é a lei da AR, que pode legar no governo essa mesma
competência mediante uma lei de autorização. Devemos evitar ao máximo as leis penais
em branco, pois contém a sanção penal mas remetem total ou parcialmente para uma
outra norma extrapenal do OJ. Só são admissíveis em exceções (quando existe
dificuldades).
Ex. a mata b. b adotou faticamente (não houve documentação, nada) a. Deveria ser
homicídio simples (131º) ou homicídio qualificado (132º)? Deveria ser homicídio simples.
29º, n1, 3 e 4 (1ª parte) CRP + 1ºn1 e 2, 2ºn1 CP (fazer remissões no CP e CRP)
Lei penal desfavorável: lei criminalizadora + lei agravante da responsabilidade
penal.
Apenas se for favorável (cometi um crime no ano passado no dia 27 de setembro,
entretanto entrou uma nova lei em vigor no dia 1 de dezembro deste ano, mas só
se aplica essa nova lei se ela for favorável).
Fundamentos da proibição:
o Garantia do cidadão face ao ius puniendi estatal;
o Função da pena: prevenção geral de dissuasão.
A. Tempus delieti
Momento em que se deve considerar cometido o crime.
29.09.
Problema: quando a conduta se protrai no tempo? Ex. crimes duradouros (sequestro);
crimes de omissão; comparticipação; actio libera in causa.
APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI PENAL FAVORÁVEL VS PROIBIÇÃO DA APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI PENAL DESFAVORÁVEL.
Lei Nova. Descriminaliza ou diminui a responsabilidade penal -> aplicação retroativa
da lei penal favorável.
Lei Nova. Criminaliza -> proibição da aplicação retroativa da lei criminalizadora. L.N.
só se aplica a ações praticadas depois do seu início de vigência.
Quando a L.N. é desfavorável porque agrava a pena. Deve-se aplicar a Lei Antiga:
exceto, totalidade dos pressupostos típicos da LN se tenham verificado na vigência
desta.
o Ex. furto simples e qualificado. No dia 1 de set até ao dia de hoje cometi
simples e qualificados. A LN entra em vigor hoje e agrava a pena do furto
qualificado. desde o início da LN não pratiquei mais furtos qualificados mas sim
simples, os pressupostos da LN não são preenchidos porque só apliquei furtos
simples, por isso aplica-se a LA porque os pratiquei quando estava em vigor a
LA. Não se aplica a retroatividade.
Actio Libera in Causa (20º, nº4): momento em que o agente se coloca no estado de
inimputabilidade.
o Quero matar o meu marido, mas não tenho coragem então vou para um bar,
no dia 3, às 23h e bebo, bebo, bebo,... colocando-me num estado de
inimputabilidade. Depois disto ganho coragem e mato o meu marido à 1h da
manha. Só o mato no dia 4, à 1h da manha, porém eu coloquei me no estado
de inimputabilidade às 23h do dia anterior, aplicando-se assim a LA.
Fundamentos:
- atribuição à pena de um função preventiva geral e/ou especial;
- pp da constitucional da restrição mínima dos direitos fundamentais da pessoa(18º, nº2
CRP).
18º, nº2 e 29º, nº4 (2ª parte) CRP + 2º, nº2 e 4º (1ª parte) CP
II. Crime -> contraordenação -> LN: lei descriminalizadora + lei contraordenacionalizadora
Factos deixam de ser puníveis penalmente -29º, nº4 (2ªparte) CRP +2º, nº2 CP ->
aplicação retroativa da LN descriminalizadora.
o Procedimento criminal: não se pode iniciar ou extingue-se com a entrada em
vigor da LN.
Já ocorreu o trânsito em julgado (não há nada a fazer, não é possível
recorrer) da sentença penal condenatória: “cessam a execução e os
seus efeitos penais” (2º, nº2 CP)
Não podem ser punidos penalmente mas será que podem ser punidos
contraordenacionalmente com base na LN?
o Sucessão de leis de diferente natureza jurídica: 2º,n º4 CP + 3º, nº2 DL nº
433/82 = não podem resolver esta questão.
o LN: lei descriminalizadora + lei contraordenacionalizadora
o 3º, nº1 DL nº 433/82: lei contraordenacional só se pode aplicar aos factos
praticados depois do seu início de vigência = factos praticados não podem ser
retroativamente punidos como contraordenação.
o Factos perderam relevância penal + relevância contraordenacional
Inclusão na LN de uma norma transitória que estabeleça a punição como
contraordenação dos factos praticados na vigência da LA (penal);
Inclusão no RGC de uma norma deste tipo.
02.09.
C. consequências do pp da aplicação da lei penal favorável
3. lei penal intermédia
Ex. mato a sara no dia 10 de novembro de 2023, LA= 2-10 anos /artigo 158º, 2º,a ...
04.10.
Lei nº59/2007: alterou o atual 2º, nº4 do CP
- Consentimento.
d. Leis Temporárias
Lei penal que: (2º, 3).
o Visa prevenir a prática de determinadas condutas numa situação de
emergência ou de anormalidade social -> pressuposto material.
o Destina-se a vigorar apenas durante essa situação;
o Predetermina ela própria a data de cessação da sua vigência -> pressuposto
formal.
Ex. antes do covid podia se comprar o papel higiénico que quisesse.
Durante o covid só podia comprar 2 embalagens por pessoas, se não
era crime. Atualmente, já não é crime, pode-se voltar a comprar o que
quiser.
Casos práticos:
1. lei temporária 2º, nº3, dizer o que é, os pressupostos, dizer que é uma especialidade do
regime e explicar, porque é que é uma exceção e não um pp.
Sansa era condenada com pena de multa até 320 dias.
2. não existe norma transitória. Norma/Lei descriminalizadora Artigo 29º, 4º CRP e 2º, nº2
CP. RGC 2º, nº4 e 3º, nº1 – não se pode aplicar retroativamente esta lei. Não se vai puder
iniciar, cessa a ... (pedir a alguém).
3.
06.10.
I. eficácia espacial da lei penal
Razões:
- material: necessidade prevenção geral e especial;
- processual: investigação e prova do crime mais fáceis.
Artigo 4º., al. a) - “em território português, seja qual for a nacionalidade do agente”.
lei penal portuguesa aplica-se: factos praticados em território português +
independentemente da nacionalidade do agente.
Determinação do locus delieti – Estado onde o crime deve ser considerado praticado
– artigo 7º.
09.10.
2.5. pp da nacionalidade ativa 5º, nº1, al. e), 1ª parte
2.7. PP da aplicação supletiva da lei penal portuguesa a crimes cometidos por estrangeiros
contra estrangeiros
Evitar imputabilidade;
Pressupostos:
o Infrator seja encontrado em Portugal;
o Extradição/entrega foi requerida e recusada.
Caso prático:
a) não se pode aplicar o pp da territorialidade, pois o crime foi aplicado no estrangeiro.
(pedir a alguém). Aplicação do artigo 5º, o pp complementar ou subsidiário em causa é, o
pp da nacionalidade ativa e passiva - 5º, º1 al. b). será sempre aplicada a lei penal
portuguesa, artigo 6º, nº3.
b) deixou de ser crime, logo aplica-se o pp da lei retroativa da lei mais favorável – 2º, nº2
CP.
2.
a) não podemos extraditar um cidadão português 33º, 3º CRP + 32º, 1º, al. b) + 2º da lei
144/99. Não.
b) não se pode aplicar o pp da territorialidade (artigo 7º). Artigo 5º, nº1 al. a), porém este
caso vai lesar interesses brasileiros, logo não se pode aplicar o 5º, nº1, al. a). Recorremos
assim, ao pp da nacionalidade ativa 5º, nº1, al. e). abstrata
11.10.2023
Caso pratico:
3. crime praticado parcialmente no território português (7ºnº1), passou por Portugal. Logo,
aplica-se o pp da territorialidade (4º, al.a)). A lei aplicada é a lei penal portuguesa, ora vai
ser julgado de 3 a 6 anos.
História da evolução
o Culpa:
Críticas:
Ex. um caso de sonambulismo/ tsunami – estou debaixo de água consigo vir ao de cima e
tento respirar, porém magoo pessoas nesse processo de tentar respirar. = incontrolável
pela ação humana.
Culpa jurídico-penal:
1.
16.10.2023
Evolução histórica
Críticas:
- não dá resposta ao casos de causalidade alternativa ou concurso de causas
paralelas;
- não distingue: condições relevantes de condições irrelevantes; (atropelo
alguém e esse alguém só parte o dedo do pé, foi na ambulância e o pneu
arrebentou. Acaba por morrer e a culpa, segundo esta teoria seria minha).
- não basta relação de causalidade.
Hipóteses
18.10.2023
Pedir casos a alguém.
Caso 2:
O Paulo com o objetivo de matar Óscar, mistura na comida deste uma dose
mortal de veneno, só que pouco tempo depois, Diogo, sem saber o que Paulo
fez, zanga-se com Óscar e dispara um tiro em direção deste, acabando Óscar
por morrer. Provou-se que a causa da morte foi o tiro.
20.10.
V e F:
1. V
2. F, é do sistema dualista
3. V
4. V
5. F, aplicadas pelas autoridades administrativas.
6. F, competência reserva relativa da AR.
7. V, o papel desempenhado pela culpa é o pressuposto e limite máximo.
8. V
06.11.2023
Pedir o caso 3.
Dimensão psicológico-intelectual:
- ilícito doloso;
- dolo do facto, dolo do tipo ou dolo da factualidade típica;
- conhecimento das características/elementos do facto descrito no tipo legal +
vontade de realizar este facto.
Dimensão ética:
- culpa dolosa;
- dolo-culpa;
- atitude ético-pessoal de oposição ou de indiferença do agente perante o bem
jurídico-penal.
Ex: Mato uma pessoa a achar que é a que quero matar, mas acaba por não ser
(mesmo tipo legal de crime) – artigo 131º, respondo pelo crime consumado, ou
seja, pela morte da pessoa que matei por engano, e a título doloso.
b. erro na execução
agente atinge objeto diferente daquele que projetou atingir
15.11.2023
a. Legítima defesa
exclui-se a ilicitude se se verificar preenchidos os seus pressupostos.
i. Doutrina geral
Ação típica será, em princípio, ilícita;
Juízo de ilicitude = verificação do tipo legal + inexistência de causa de
justificação -> causa de exclusão da ilicitude
Tipo legal – causa de justificação: relação de complementaridade material
e funcional
Causa de justificação: aprovação jurídica
Autonomia:
o Formal: não sujeitas ao pp de legalidade;
o Sistemática.
Fundamentos:
Princípio da autoproteção individual;
Princípio da prevenção geral e especial de dissuasão.
1) Agressão
- conduta humana dirigida contra interesses/bens jurídicos;
- ação/omissão dolosa + social + juridicamente relevante;
- dolo direto /dolo se necessário /dolo eventual;
- não são atos de agressão: (direito de necessidade defensiva)
Ataques provenientes de animais – NÃO É LD, MAS SIM DTO DE
NECESSIDADE DEFENSIVA 212º ;
Perigos resultantes de coisas inanimadas ou de fenómenos naturais;
Atos executados por pessoas que se encontrem em estado de
inconsciência/sob o efeito de coação física absoluta/de puros atos
reflexos ou automatismos. (ex. convulsões, não se pode agir em LD
contra alguém que está a ter convulsões. Sonâmbulo, etc. aqui usa-
se o dto de necessidade defensiva)
2) Ilicitude da agressão
- Ilícito penal; ilícito civil ou ilícito contraordenacional;
- desvalor de resultado e desvalor da ação.
Ex. hipoteticamente o Daniel insulta a professora e a professora pode agir em
LD. Posto isto, a professora dá-lhe um estalo e o Daniel quer dar-lhe de volta
mas não pode, porque a atitude da professora foi de LD. Se o Daniel a bater
novamente, a sua ação é ilícita.
4) Atualidade da agressão
- agressão iminente, já iniciada ou que ainda perdura; (ex. ter a arma no bolso,
pronta para a tirar)
- termo da agressão: atender à finalidade da LD (impedir efetiva lesão bem
j./reiteração/perduração da lesão); (ex. dou socos a alguém, depois paro viro as
costas e vou à minha vida, se a pessoa que eu bati me vier bater está a agir
ilicitamente porque a agressão já tinha acabado)
- dúvidas: agressões contra coisas imóveis (ex. furto); detenção “pacífica” do
objetivo furtado. (ex. furto algo a alguém vou embora e essa pessoa vem atrás
de mim – ao agir é LD, mas se a pessoa não vier atrás de mim e só depois me
encontrar e me bater ou até matar - não é LD)
Subsidiariedade da LD privada:
-> face à defesa pelas autoridades policiais
Artigo 21º CRP: “Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que
ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força
qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade
pública.”
2 - O recurso a arma de fogo contra pessoas só é permitido desde que, cumulativamente, a respetiva
finalidade não possa ser alcançada através do recurso a arma de fogo, nos termos do n.º 1 do presente
artigo, e se verifique uma das circunstâncias a seguir taxativamente enumeradas:
a) Para repelir a agressão atual ilícita dirigida contra o agente ou terceiros, se houver perigo iminente de
morte ou ofensa grave à integridade física;
b) Para prevenir a prática de crime particularmente grave que ameace vidas humanas;
c) Para proceder à detenção de pessoa que represente essa ameaça e que resista à autoridade ou impedir
a sua fuga.
Não posso utilizar uma arma de fogo contra o agressor se não estiver em
causa a integridade física. Só a necessidade não basta.
Elemento subjetivo:
Conhecimento da situação objetiva justificante: conhecimento da
situação da LD (de todos os elementos/pressupostos objetivos da
justificação por LD).
Não se verificando elemento subjetivo: facto não é justificado – ilícito
Ex. tenho uma quinta e o Daniel vai saltar o muro e fruta me as maças. Eu
chateada dou lhe um tiro com a minha caçadeira. Posso ou não usar a arma de
fogo? Há meios menos danosos, para além disso só posso usar arma de fogo
só se estiver em causa a vida ou integridade física essencial da minha pessoa.
A minha ação, logo, foi ilícita. não há Proporcionalidade qualitativa do bem
b. Direito de necessidade
34º + 31º,nº1 e 2, b)
Fundamentos: pp da solidariedade.
Elemento subjetivo:
Conhecimento da situação objetiva justificante:
conhecimento/representação
Casos práticos:
1. “Debora arromba a porta de casa do vizinho, Bernardo para ir buscar água
necessária para um incendio. Quid iuris?”
R: artigo 190º, nº3 CP, direito de necessidade 31º, nº1 e 2; 34º, al. b) e c)
Débora não vai ser responsabilizada, pois está justificado, exclui-se a ilicitude.
3. “Carlos...”
R: legitima defesa por a violar, está justificada. Direito de necessidade, para
partir a peça de cristal.
4. “Chandler...)
a) estamos perante um direito de necessidade, logo a ação de mónica está
justificada, exclui-se a ilicitude não sendo responsabilizada pelo dano.
c. Conflito de deveres
artigo 31º, nº1 e 2º, al. c) + artigo 36º, nº1
c) Grau de perigo
Prioridade daquele que não pode esperar nenhum tempo pela
intervenção (risco mais iminente);
Igualdade prevalece o dever de salvar a vítima sobre salvar o criador
de perigo;
Imponderabilidade da vida humana: irrelevância da quantidade ou
qualidade das vidas em conflito.
31º, nº1 e 2º al. c) + 36º, nº1 e 2 ( apenas o 2º - 271º, nº3 CRP) + 348º, nº1 e 2
+
Lei 35/2014 – artigo 73º, nº 2 e 8 + artigo 177º, nº 5
Copiar quadro
Pressupostos:
1. Bem jurídico:
a) Disponibilidade do bem jurídico
bens indisponíveis:
- Vida;
- Integridade física essencial (144º - lesão grave, privar de órgão,
desfigurar);
- Dignidade ou personalidade humana;
- Obras de arte “catalogadas” oficialmente com de interesse cultural
público;
- instalações de uma empresa em funcionamento;
- bens jurídico patrimoniais comunitários.
Bens disponíveis:
- Honra (180º a 184º e 187º);
- Bens jurídicos patrimoniais;
- Integridade física não essencial (143º, exceto se forem graves ou
irreversíveis).
2. liberdade de consentimento
- pressupõe capacidade de compreensão do sentido da decisão de
autorização na heterolesão + efeitos do ato de lesão consentido;
- 38º, nº3: 16 anos + discernimento necessário para avaliar o sentido e
alcance do consentimento;
- menores de 16 anos/maiores de 16 anos + anomalia psíquica:
consentimento – representante legal (age no interesse do incapaz);
- oposição do representante legal (intervenções médicas – 156º, nº1):
artigos 91º e 92º, nº 1 da lei nº 147/99;
- consentido plenamente livre (38º, nº2).
3. Forma de consentimento
- 38º, nº2: escrito, oral, gestual
4. Revogabilidade do consentimento
- 38º, nº2: consentimento revogável a qualquer momento ate à execução
do facto
5. Elemento subjetivo
- 38º, nº4: conhecimento da situação objetiva justificante – conhecimento
do consentimento.
Consentimento presumido – artigo 39º
Equiparado ao consentimento efetivo (39º, nº1);
Pressupostos:
o Necessidade urgente de praticar um facto;
o Impossibilidade de o titular do interesse/bem jurídico declarar o seu
consentimento;
o Presunção de que este, se pudesse, consentia efetivamente no facto.
Casos práticos:
2. “Raquel Murillo”...
a) R: obediência hierárquica, cessa quando a execução da ordem resulta da
prática de um crime 271, nº3 CRP + 36º, nº2 CP + 177º, nº5 da lei 35/14. Não
tinha que cumprir com a ordem, mas cumpriu, ou seja, ambos vão ser
responsabilizados. Alicia responsabilizada por factos ilícitos.
b) R: legítima defesa alheia logo, as lesões dele vão ser justificadas e não vai ter
responsabilidade penal. Todos os pressupostos foram cumpridos.
3. “Maria, médica...”
R: 134º, nº1 CP
Modelo de resposta:
29.11.
8. Culpa jurídico-penal
Responsabilização jurídico-penal = tipicidade + ilicitude + culpa
Censura-se o agente:
o Personalidade/atitude ético-pessoal de oposição ou indiferença
(culpa dolosa) OU
o Descuido ou leviandade (culpa negligente) perante as exigências
ético-sociais de respeito pelos bens jurídico-penais.
Imputabilidade jurídico-penal:
Pressupostos do juízo de culpa;
Duplo elemento – artigo 20º, nº1 a contrario
o Elemento intelectual: avaliação da ilicitude do facto praticado.
o Elemento volitivo: autodeterminação de acordo com a avaliação feita
sobre a ilicitude do facto.
Categorias de inimputabilidade:
o Inimputabilidade por anomalia psíquica: 20º, nº1
o Inimputabilidade em razão da idade: 19º
Menores de 16 anos;
Subtrair o jovem às consequências negativas que adviriam de
condenação penal + cumprimento da pena de prisão;
Responsabilidade penal dos “jovens adultos” (16-21 anos):
regime especial 9º CP + DL nº 401/82, de 23 de setembro (1º,
nº1 e 2º, 4º, 5º e 6º). (14-15 anos - aplica-se a lei titular
educativa)
Teorias/posição:
o Teorias do dolo (teoria estrita e teoria limitada);
o Teorias da culpa (teoria estrita e teoria limitada);
o Posição Professor Taipa de Carvalho. (acolhemos esta posição)
Ex: pertencemos a uma tribo, alguém trai a tribo e o castigo é queimar alguém
com a palavra “traidor”. A polícia intervém e diz que é crime, uma ofensa à
integridade física – existe um erro sobre a ilicitude
06.12.
1. Causas de desculpa
(Diferente das causas de justificação)
a. artigo 33º
1. Excesso de LD
Excesso intensivo: meio de defesa desnecessário – 33º, nº1 -> diretamente
(33º, nº2);
Excesso extensivo: não atualidade da agressão -> aplicação analógica (33º,
nº2)
Excesso está no “quanto” da ação de defesa que é desnecessário.
2. espécies de excesso de LD
Excesso de LD asténico: perturbação/medo/susto – 33º, nº2 ->
o desculpado se não censurável;
o censurável: forças de segurança públicas + privadas (culpa por
assunção). Pena especialmente atenuada –33º, nº3.
Excesso de LD esténico: ira/rancor/retaliação/vingança -> nunca
desculpável + pena especialmente atenuada (33º, nº1).
b. Estado de necessidade desculpante
Pressupõe situação de conflito resolvida de modo ilícito (não respeitou
pressupostos do artigo 34º.)
Pressupostos:
Atualidade de perigo;
Adequação + indispensabilidade da ação salvadora;
Bens jurídico-penais em perigo: integridade física, liberdade, vida, honra;
Bens jurídicos em perigo pertencem ao agente ou a terceiro -> Taipa de
carvalho: pessoa com a qual o agente tem especial vínculo pessoal.
Vínculo co ou sem fundamento legal, basta relação de “proximidade
existencial”.
Elemento subjetivo: animus salvandi (motivação principal salvar o bem
jurídico)
11.12.2023
Modelo de resposta: inimputabilidade autoprovocada preordenada: 20º, nº4
Culpa;
Imputabilidade penal:
o Pressuposto juízo culpa;
o Duplo elemento: elemento intelectual (avaliação ilicitude de facto) +
elemento volitivo (autodeterminação de acordo com avaliação);
o 19º e 20º CP.
Inimputabilidade autoprovocada preordenada – 20º, nº4
o X pratica o facto num estado de inimputabilidade: no momento em
que pratica o facto não tem capacidade de avaliação da ilicitude do
facto que pratica ou não tem a capacidade de se determinar de
acordo com esse juízo de ilicitude – 20º, nº1;
o X colocou-se nesse estado de inimputabilidade voluntariamente e
com o propósito de nesse estado praticar o crime Y (dolo direto);
Responsabilidade pelo crime Y (20º, nº4).
4. Desconhecimento de desculpa:
Agente representa os pressupostos, mas não sabe que a lei desculpa;
Desconhecimento é irrelevante – não impede desculpa do agente.
Casos práticos:
1. Kendall sabe que, quando se embriaga, fica bastante,...
R: Actio libera in causa preordenada – artigo 20º, nº4, ora coloca-se naquele
estado de inimputabilidade para ganhar coragem para praticar o crime, pois
sabia que só assim ganharia coragem. Objetivo principal com o estado de
embriaguez: cometer o crime – dolo direto. Há culpa dolosa, é um crime de
ofensas corporais 143º, nº1.
1. John Snow,...
A) Está em causa a LD alheia, e neste caso os pressupostos verificam-se.
Excluímos a ilicitude.
15.12
2. Alexandra e simão,...
R: crime de favorecimento pessoal, mas o nº5 al. b) do artigo 367º, afirma que a
lei vai excluir a culpa não sendo a pessoa responsabilizada. Recorrendo à
analogia.
3. Penny,...
a) excesso de LD, situação ilícita. Causa de desculpa excesso intensivo artigo
33º, nº1 e asténico 33º, nº2. Verificam-se os pressupostos, excluindo-se a culpa,
não sendo censurável.
4. Dwight,...
R: erro sobre a desculpa. Agente pensa que facto praticado é desculpado, mas
não é. O erro é irrelevante.
5. Frederica,...
R: erro sobre o pressuposto do estado de necessidade desculpante – artigo 34º.
Artigo 35º, nº1, será censurável.
Revisões
1. Carolina,...
R: de acordo com o artigo 156º, nº4, Carolina pode responsabilizar o médico nº1
+ 157º.
2. Alzira,...
R: ...não pode deixar de desconsiderar com pedra angular a pessoa humana e a
sua dignidade da pessoa humana e é imposta pelo próprio estado de direito.
Artigo 17º, nº1. É censurável, mas podemos atenuar especialmente a pena.
4. B convidou A,...
R: erro sobre a ilicitude censurável, não vamos excluir a culpa. pena pode ser
especialmente atenuada.
5. durante um passeio,...
R: caso sobre o consentimento presumido 31º, nº1 e nº2 + 39º. Ana não seria
responsabilizada, se os pressupostos se verificarem todos.
6. Basílio,...
R: não é conflito de deveres, mas sim omissão do médico, ou seja, está em
causa o artigo 35º, quer da desculpação ou não desculpação. Erro sobre a
ilicitude podia ser, mas não tinha a cotação toda.
7. Xavier,...
R: consentimento presumido, o facto de ser testemunha de jeova não vai altera
nada, porque o medico não tinha nenhuma indicação. Tudo indica que ele
queria ser salvo, exclui-se a ilicitude. Se o medico soubesse que ele era
testemunha de jeova, não teria consentido e seria diferente.