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ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo falar das condições de Acessibilidade


Arquitetônica das escolas públicas no município de Manaus, em particular das
condições que os alunos com deficiência enfrentam para ter acesso a esses locais
públicos.
A algumas escolas já realizaram adaptações necessárias a necessidades
dos alunos com mobilidade reduzida. Porém, algumas condições ainda
necessitam ser mais projetadas para atender as diferentes características e
necessidades dos alunos. Mas, para isso, existe a necessidade de investimentos
para que as escolas possam cumprir as normas e poderem receber os alunos com
deficiências em suas instalações.

PALAVRAS-CHAVE: Acessibilidade. Deficiência. Escolas.

ABSTRACT

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XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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KEYWORD: Xxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxxxx. xxxxxxxxxxx .Xxxxxxxxxx.


INTRODUÇÃO

Cada vez mais o livre acesso de pessoas com deficiência em todos os


lugares está sendo possíveis graças à mudança no estilo das construções aliadas
as conscientizações das pessoas no sentido de facilitar cada vez mais a
acessibilidade de todos. No entanto, alguns ambientes ainda se encontram longe
do que se considera ideal, pois no caso das escolas, determinados espaços são
totalmente inacessíveis, sejam as áreas de circulação ou ainda os banheiros,
biblioteca, salas de aula, área administrativa. Enfim, um direito básico do cidadão
lhe é negado no principal ambiente de esclarecimento e informação que é a
escola.
Com base na universalidade do direito de ir e vir, projetos novos de
acessibilidade está surgindo cada vez mais e trazendo inúmeros benefícios a
população.
Sabe-se que é difícil ter um padrão correto em todos os locais de acesso da
população e ainda estamos longe de poder estender a todos o direito de ir e vir,
principalmente no que diz respeito às pessoas com deficiência, seja esta de
qualquer natureza.
As condições de acessibilidade arquitetônica em ambientes como escolas,
teatros, universidades e demais locais públicos podem facilitar para que a inclusão
social ocorra. No espaço escolar, nos deparamos com recintos que ainda não
estão adaptados para receberem pessoas com necessidades específicas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos primórdios da história, a deficiência era considerada expressão de


inferioridade em aos demais seres humanos, sendo muitas vezes dita como
castigo divino. Na Grécia antiga e em Roma, os antigos criavam leis que
legitimavam práticas de exclusão e segregação em relação às pessoas com
deficiência. Durante a Idade Média, na Europa feudal e Medieval, muitas pessoas
com deficiências passavam a ser aceitas para diversos trabalhos, mas quando
tinha alguma praga, elas eram culpadas. Com a Revolução Industrial, o mundo
passou a pregar a razão acima de tudo operando nova lógica sobre o corpo
humano, ainda assim para as pessoas com deficiência, não havia oportunidades
de trabalho nem de convívio social. No século XIX um grande número de
cientistas, fazendo uso das teorias de Darwin, diziam que as pessoas com
deficiência enfraqueciam a raça. Esse argumento permitia o isolamento perpétuo
das pessoas com deficiência (ASSIS, 1992).

Historicamente, a pessoa com deficiência, tem tido a sua visibilidade como


sujeito de direitos, condicionada ao empenho das Políticas Públicas com a plena
integração a vida social. Ao longo de quase todo o século XX, a sociedade
brasileira, sua agências formadoras e seus agentes empregadores regeram-se por
padrões de normalidade. As pessoas com deficiência eram naturalmente
compreendidas como fora do âmbito social (BRASIL, 2006). Este quadro
contribuiu para a formação de uma visão da pessoa com deficiência geralmente
ligada a incapacidade e limitações.

A Lei nº 10.098/00 define acessibilidade como sendo a possibilidade e a


condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços,
mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos
sistemas e meios de comunicação por pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida (Art.2º, inciso I). Nesse sentido, a disposição contida na NBR 9050: 2004
conceitua a acessibilidade como sendo a possibilidade e condição de alcance,
percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia de
edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano. A supracitada Lei define
barreira como sendo qualquer entrava ou obstáculo que limite ou impeça o
acesso, a liberdade de movimento e circulação, com segurança de pessoas.

A Política Nacional para a integração da Pessoa de Deficiência de 1999


(Decreto nº 3298 de 20/12/99) “assegura o pleno exercício dos direitos individuais
e sociais das pessoas com deficiência”, sendo direitos básicos “os acessos à
educação, a saúde, ao trabalho, ao transporte e a edificação pública” e tem como
uma de suas diretrizes “estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a
inclusão social da pessoa com deficiência” ( BRASIL,1999).

A partir do direito básico da pessoa com deficiência ter acesso à educação


a atual política educacional brasileira inclui, em suas metas, a integração de
crianças e jovens com deficiências na escola regular, com atendimento
educacional especializado, quando necessário (MEC, 1994).

No entanto, a implementação dessa nova política, de certo modo


revolucionária pela conjuntura da educação no Brasil, deve considerar como
importantes desafios à capacitação de recursos humanos e a promoção de
mudanças necessárias dos recursos físicos, materiais e pedagógicos para a sua
concretização. Além disso, o desenvolvimento de novas atitudes e formas de
interação social na escola pode influenciar diretamente a efetivação da integração
dos alunos com deficiência no sistema de ensino regular (MANTOAN, 1997).

Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade,


público ou privado, deverão proporcionar condições de acesso e utilização de
todos os seus ambientes ou compartimentos para as pessoas com deficiência ou
com mobilidade reduzida, inclusive salas de aulas, bibliotecas, auditórios, ginásios
e instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários (Art. 24, do
decreto nº5. 296/04), sendo assim, toda pessoa, incluindo aquelas que
apresentam deficiência, têm direito ao acesso a educação, a saúde, ao lazer e ao
trabalho. Logo, as pessoas devem ser percebidas com igualdade, implicando
assim no reconhecimento e atendimento de suas necessidades específicas
(ANDRADE ET AL., 2007).

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), no Art. 55,


determina que os pais ou responsáveis tenham a obrigação de matricular seus
filhos ou pupilos na rede regular de ensino, assegurando a criança e ao
adolescente, no Art. 53 e incisos, igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola, o direito de serem respeitados por seus educadores, de
contestarem critérios de avaliação, de se organizarem e participarem de atividades
estudantis, além de terem acesso à escola pública mais próxima de suas
residências.

Conforme afirmou Giordana Calado (2006, p.34)

Especificamente no que se refere ao ambiente escolar, para perceber de maneira adequada


todo e qualquer aluno, oferecendo condições propícias para o aprendizado, troca e
interações das crianças, é fundamental que o ambiente seja projetado de maneira a permitir
a inclusão, viabilizando a recepção e o acolhimento dos alunos, independente de suas
diferenças físicas, de expressão, de comunicação, de aprendizado. Enfim, tratar a todos,
igualmente, em suas singularidades, com respeito e dignidade, conforme prevê a legislação.

No Art. 206, da Constituição Federal estão enunciados os princípios


embasados do direito a educação, quais sejam: igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar pensamento, arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino,
gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Porém, o direito a
educação fica somente no plano conceitual das leis e diretrizes, pois é fato que na
prática muitas das instituições públicas, por culpa das barreiras arquitetônicas,
nãopermitem o acesso de pessoas com deficiência, negando-lhes assim direitos
garantidos por lei.
METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva. Onde serão abordados as


dificuldades e acesso do educando na área escolar, visando utilizar formas
pedagógicas para integrar as crianças no âmbito escolar.
Para identificas as barreiras arquitetônicas, bem como a avaliação da
acessibilidade das escolas, utilizou-se de artigos e acervos da escolas públicas,
com caráter descritivo, pois tratou-se de descrever os fatos sobre arquitetura das
escolas e acessibilidade das pessoas com deficiência física.
Neste estudo de caso foram levados em conta sete parâmetros definidos na
NBR 5090 (2004). Estes sete parâmetros foram utilizados por proporcionarem, em
primeiro plano o básico da acessibilidade necessária para que uma pessoa com
deficiência física possa ingressar e frequentar a unidade escolar dando
prosseguimento em seu processo educativo. São eles:
- Corredores;
- Desníveis no piso;
- Escadas:
- Portas;
- Calçadas;
- Banheiros;
- Bebedouros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pessoas que nascem com deficiências, ou adquirem ao longo da vida,


são continuamente privadas de oportunidades de convivência com a família, da
vida escolar, do acesso ao trabalho, a atividades de lazer e cultura, entre outros.
No âmbito da educação, dados oficiais (MEC/SEESP, 2008) indicam que,
embora as matrículas estejam aumentando na rede de ensino, as condições
educacionais se mantém desiguais para os estudantes com deficiência: com muita
frequência, alunos com deficiência são discriminados nas escolas brasileiras
quando não tem o acesso aos recursos estruturais e apoio de que necessitam (e
garantidos por lei) para estudarem em condições de igualdade com relação aos
seus colegas.
As barreiras arquitetônicas acabam, não só aumentando as distâncias entre
pessoas com deficiência e o ambiente escolar, como também acabam
representando mais um fator de exclusão social.
É preciso olhar a sociedade em sua totalidade e não formar padrões de
acordo com as necessidades de uma parcela dela. As pessoas com deficiência
não só tem os direitos, como também direito a de exercê-los sem discriminações,
ou seja, de serem recebida e ensinada no mesmo espaço que os demais
educando. Esse espaço deve ser adequado as suas deficiências.
É responsabilidade de cada um, manter viva a cidadania em todos os
momentos e ambientes de nossas vidas. O ambiente é de extrema importância no
dia a dia de todos, sendo necessário estabelecer uma relação de bem estar com
as pessoas que o utilizam. As escolas devem obedecer aos padrões de
acessibilidade necessários para receber pessoas comm deficiências. É importante
lembrar, contudo, que a questão estrutural abordada no estudo, no caso as
barreiras, é apenas “a ponta do iceberg”, haja vista existirem outras barreiras que
dificultam o acesso de pessoas com deficiência a educação, como por exemplo, a
discriminação.

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