Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GASTROENTEROLOGIA
Diarreia
Gastrite/úlcera
Cirrose hepática
Hemorragia digestiva alta (HDA)
Hemorragia digestiva baixa (HDB)
Pancreatite
Litíase biliar
Colecistite
Apendicite
Faringe
Boca
Glândula sublingual*
Glândula submandibular*
Fígado Esôfago
Pâncreas
Intestino delgado
Reto
Intestino grosso
CONCEITO
FISIOPATOLOGIA
Bristol 6 Bristol 7
Diarreia leve Diarreia severa
Intolerância alimentar
Agentes patogênicos
70
2
%SpO
90
AGUDA
● Medidas gerais:
● Tem uma duração de até 3 ou 4 semanas O quadro clínico varia de acordo com a etiologia, pode ● Clínico: ○ Hidratação
● Geralmente tem relação com infecção apresentar: ○ Anamnese i. Oral para casos leves
intestinal e intoxicação alimentar ○ Exame físico ii. Venosa para caso graves,
● Principais etiologias: ● Diarreia ● Exames complementares: quando há perda maior que 10%
○ Viral ● Dor abdominal ○ Hemograma do peso corporal
i. Rotavírus: crianças e adultos ● Vômitos ○ Eletrólitos ○ Sintomáticos
ii. Norovírus: adultos ● Náuseas ○ Exame de fezes ● Medidas específicas:
○ Bacteriana ● Febre i. Coprocultura ○ Antidiarreicos
i. E. coli ● Astenia ii. Exame parasitológico de fezes i. Loperamida - 1ª escolha
ii. Campylobacter ● Desidratação iii. Pesquisa de sangue oculto nas fezes ii. Difenoxilato com atropina - 2ª
iii. Yersinia iv. Pesquisa de toxinas escolha
iv. V. cholerae iii. Subsalicilato de bismuto -
○ Parasitária quando há vômito associado
i. Ancilostoma ○ Probióticos
ii. Enterobius ○ Antibióticos
iii. Giardia i. Feito empiricamente nos
iv. Entamoeba histolytica pacientes com diarreia grave e
○ Medicamentosa de maior chance em ser
i. AINES bacteriana
ii. Antibióticos ii. Ciprofloxacino - 1ª escolha
iii. Levofloxacino - 2ª escolha
CRÔNICA
● Tem uma duração superior a 4 semanas ● Doença Celíaca ● Clínico: ● Doença Celíaca
● Ocorre por quatro mecanismos ○ Diarreia ○ Anamnese ○ Dieta com restrição absoluta de glúten
● Disabsortivo ○ Esteatorreia ○ Exame físico ○ Tratar desnutrição e doenças
○ Doença Celíaca ○ Perda ponderal ● Exames complementares: associadas
i. Reação imunomediada a proteína ○ Deficiência nutricinal ○ Doença Celíaca ● Intolerância à lactose
do glúten que leva a lesão intestinal ○ Distensão abdominal i. Biópsia de delgado - padrão-ouro ○ Redução da lactose na dieta
○ Intolerância à Lactose ○ Irritação ou apatia ii. Marcadores sorológicos ○ Reposição enzimática - não vai tratar,
i. Deficiência da enzima lactase, ● Intolerância à lactose ○ Intolerância à Lactose porém, pode ajudar a digerir a lactose e
responsável por digerir a lactose ○ Diarreia i. Teste de absorção de lactose reduzir os sintomas
● Inflamatório ○ Dor abdominal ii. Excreção respiratória de hidrogênio - padrão-ouro ● Colite Ulcerativa
○ Colite Ulcerativa ○ Flatulência ○ Colite Ulcerativa ○ Corticoides
i. Inflamação da mucosa intestinal, ○ Vômitos i. Laboratorial: VHS, PCR, leucócitos, plaquetas, albumina e ○ Ácido Aminossalicílico
que pouca a camada muscular ● Colite Ulcerativa eletrólitos ○ Imunomoduladores
○ Doença de Chron ○ Diarreia com sangue e muco, com piora à noite e ii. Sorologia: p-ANCA ○ Tratamento cirúrgico em casos graves
i. Inflamação que acomete todas as no pós-prandial iii. Colonoscopia - padrão-ouro e refratários
camadas intestinais, por isso é ○ Dor abdominal iv. Retossigmoidoscopia ● Doença de Chron
chamada de transmural ● Doença de Chron ○ Doença de Chron ○ Corticoides
● Dismotilidade ○ Diarreia i. Laboratorial: hemograma, VHS, PCR, albumina ○ Imunomoduladores
○ Síndrome do Intestino Irritável ○ Perda ponderal ii. Sorologia: ASCA ○ Tratamento cirúrgico em casos de
i. Ocorre por disfunção do intestino, ○ Dor abdominal iii. Enterografia por TC complicações
com alteração na motilidade ○ Cólica intensa com alívio pós-defecação ○ Síndrome do Intestino Irritável ● Síndrome do Intestino Irritável
● Síndrome do Intestino Irritável i. Não há exames específicos, sendo considerado um ○ Suspender ou susbtituir medicações
○ Diarreia intercalada com constipação diagnóstico de exclusão que alterem o trânsito intestinal
○ Dor abdominal ii. Os Critérios de Manning ajudam a diagnosticar : (1) dor ○ Exercícios físicos
aliviada ao defecar; (2) aumento da frequência de ○ Medicações sintomáticas -
evacuações junto a dor; (3) diminuição da consistência antiespasmódicos, antidiarreicos e
fecal; (4) sensação de evacuação incompleta; (5) suplemento de fibras
distensão abdominal; (6) evacuação de muco
Prof. Demetrius Sampaio, MB, MPhil
FISIOPATOLOGIA
AGENTES LESIVOS:
Células do sistema imune, vírus, álcool,
endotoxinas, ferro, cobre e hipóxia
LESÃO HEPATOCELULAR
FIBROSE HEPÁTICA, com formação de shunts vasculares REARRANJO DA ARQUITETURA LOBULAR: nódulos de
no interior dessas traves fibróticas. regeneração, desprovidos de comunicação com uma veia HIPERTENSÃO-PORTAL
centrolobular.
Conteúdo licenciado para William Lameu Pinheiro - 014.520.282-81
PRbpm
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
70
2
%SpO
90
Cirrose é um termo anatomopatológico que deve ser empregado quando
forem observadas à biópsia hepática as alterações estruturais características É um quadro irreversível, nesse sentido o
CIRROSE da doença. A pesquisa deve sempre ser orientado pela história, exames físico, tratamento tem como objetivo aumentar a
COMPENSADA laboratoriais e de imagem. Os portadores de cirrose hepática podem se sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
Morfológica apresentar de variadas maneiras.
● Frequentemente assintomáticos ou oligossintomáticos:
● Terapia antifibrótica
○ Fadiga
● Terapia nutricional
CIRROSE MACRONODULAR: ● Tratamento específico da causa
○ Anorexia LABORATÓRIO
○ Perda de massa muscular
● Tratamento das complicações da cirrose
● Constituída por nódulos com diâmetro maior ● Transplante hepático
ou igual a 3 mm.
● Mais frequente nas cirroses secundárias às SINAIS PERIFÉRICOS DE DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA:
HIPERESTROGENISMO
● Biomarcadores relacionados à presença de fibrose hepática ou
hepatites virais e à doença de Wilson cirrose:
● Eritema palmar
○ Contagem de plaquetas
CIRROSE MICRONODULAR: ● telangiectasias
○ Tempo de protombina
● Constituí-da por nódulos menores que 3 mm. ● ginecomastia
○ Níveis de aminotransferases, gamaglutamiltransferase, bilirrubina,
● Mais frequente na etiologia alcoólica;
HIPOANDROGENISMO: colesterol, glicemia, ureia, ácido hialurônico, alfa-2-
● redução da massa muscular macroglobulina, haptoglobina e apolipoproteína A1.
CIRROSE MISTA: Constituí-da por nódulos de
tamanho variados. ● rarefação de pelos
● atrofia dos testículos
● Achados frequentes: aumento de bilirrubinas (geralmente as custas da
● redução da libido BD); hipoalbuminemia; alargamento do tempo de protrombina e
● disfunção erétil diminuição de atividade de protrombina; hipergamaglobulinemia;
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
70
2
%SpO
90
Gastrite aguda Dispepsia
CLÍNICO TRATAMENTO DA H. PYLORI
Associada a H. Pylori ● IBPS + CLARITROMICINA 500mg + AMOXICILINA
Desconforto epigátrico
Envolve preferencialmente antro gástrico 1000mg, 2x/dia por 7 dias
Infiltração neutrofílica Náusea e vômitos
Súbita ANAMNESE EXAME FÍSICO INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS
Curta duração ● Omeprazol pantoprazol, esomeprasol, lansoprazol,
Perda de apetite
rabeprazol
Gastrite crônica ● Melhora da pirose
Dor abdominal aguda
Envolvimento do antro e do corpo gástrico = ● Geralmente com duração de 2 meses de uso
pangastrite
Febre
Secreção exagerada de gastrina
Atrofia gástrica ANTIÁCIDOS
Má absorção COMPLEMENTAR
Mononucleares e neutrófilos ● Hidróxido de aumínio e/ou magnésio
A atrofia pode evoluir à acloridria (ausência de ● Neutralizam a acidez do suco gástrico
Sangramento digestivo em casos graves
secreção de ácido clorídrico) ● Efeito a curto prazo
Diarreia
Perdade peso
Vômitos de sangue vivo, Fezes enegrecidas, pastosas e ● Uso prolongado de AINES e infecção por Helicobacter
geralmente em grande de odor fétido, na maioria das pylori (H. pylori)
volume, com rápida vezes decorrente de
repercussão hemodinâmica. sangramento do trato digestivo
alto e mais raramente FISIOPATOLOGIA
sangramento originário do
jejuno, íleo ou cólon
ascendente. HDA VARICOSA
HDA NÃO VARICOSA
Síndrome de Mallory-Weiss,
hipertensão portal e formação de VÔMITOS INCOERCÍVEIS
varizes. varizes ● Vômitos incoercíveis
mais frequente em
pacientes etilistas e
gestantes.
Aumento da tensão da
Aumento da pressão parede da variz (+) Congestão à montante: LACERAÇÃO DA
hidrostática no vaso resistência ao fluxo, quanto o MUCOSA ESOFÁGICA
aumento do influxo portal
Lesão de plexos
venosos e /ou arteriais
RUPTURA DAS VARIZES
SANGRAMENTO
DIGESTIVO ALTO
Conteúdo licenciado para William Lameu Pinheiro - 014.520.282-81 ● Hematêmese Expressiva mortalidade
Expressiva mortalidade
● Melena
PRbpm
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
70
2
%SpO
90
Diagnóstico deve ser baseado em uma anamnese e exame físico TRATAMENTO INESPECÍFICO, MEDIDAS DE ESTABILIZAÇÃO:
A HDA pode ser dividida em dois grandes grupos baseados HEMATÊMESE: Vômitos de sangue vivo, geralmente em
bem feitos associados aos exames complementares para
em sua etiologia: HDA varicosa e HDA não-varicosa grande volume, com rápida repercussão hemodinâmica.
investigação da etiologia. ● Manutenção de via área pérvia
● Acessos venosos calibrosos
MELENA: Fezes enegrecidas, pastosas e de odor fétido.
HDA VARICOSA ● Técnicas endoscópicas (endoscopia digestiva alta, ● Oxigenação e ventilação adequadas
colonoscopia, enteroscopia, cápsula endoscópica); ● Ressucitação volêmica inicial
Quadros mais graves: ● Avaliar necessidade de hemocomponentes
● Palidez cutâneo-mucosa
● Sangramento originado da ruptura de varizes esôfago- ● Radiológicas (angiografia, angiotomografia
● Hipotensão
gástricas computadorizada, trânsito intestinal); TRATAMENTO ESPECÍFICO:
● Taquicardia
● Esse tipo de hemorragia é uma das complicações mais ● Radioisotópicas (cintilografia com hemácias ● Drogas vasoativas
graves da cirrose hepática, associada a importante marcadas com tecnécio). ● Terapia endoscópica
morbidade e mortalidade. ● Tamponamento com balão esofágico
● Colocação de TIPS (Transjugular Intrahepatic
● A incidência em pacientes cirróticos varia de 25 a 35%. . ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA Portosystemic Shunt)
● Cirurgias de derivação portal
A hemorragia digestiva baixa (HDB) é definida como o sangramento ● Idade maior que 60 anos
originário distalmente ao ligamento de Treitz (junção duodeno jejunal). ● História familiar de câncer
ETIOLOGIA ● Doença inflamatótia intestinal e síndromes polipoides
● Uso de antiagregante plaquetário e anticoagulante,
● Antibioticoterapia recente
PACIENTES ACIMA DE 60 ANOS PACIENTES MAIS JOVENS ● História de câncer pélvico, submetido radioterapia
A HDB corresponde a 20% dos casos de hemorragia ● Episódios prévios de sangramento no TGI
gastrintestinal e é mais freqüente em idosos. ● Doença diverticular Coagulopatia
● Doença hemorroidária, fissuras, úlceras retais ●
● Angiodisplasia ● Doença inflamatória intestinal
Na grande maioria dos casos, o sangramento é autolimitado ● Neoplasia colorretal ● Divertículo de Meckel,
(de 80 a 90%)11. ● Colite isquêmica ● Colite infecciosa
● Pós-polipectomia ● Colopatia induzida por AINE
● Colopatia induzida por AINE ● Varizes retais
HEMATOQUEZIA ENTERORRAGIA ● Varizes retais ● Fístula aorto-entérica
. ● Fístula aorto-entérica
SANGRAMENTO
SANGRAMENTO DIGESTIVO BAIXO
DIGESTIVO BAIXO
SANGRAMENTO
SANGRAMENTO
DIGESTIVO BAIXO
DIGESTIVO BAIXO
PRbpm
QUADRO CLÍNICO
70
DIAGNÓSTICO
2
%SpO
90
TRATAMENTO INESPECÍFICO, MEDIDAS DE ESTABILIZAÇÃO:
Casos leves: Pequenas quantidades de sangue vermelho- ● Manutenção de via área pérvia
vivo , geralmente com as fezes (hematoquezia). ● Acessos venosos calibrosos
● Oxigenação e ventilação adequadas
Casos moderados a graves: Sangramento volumoso ● Ressucitação volêmica inicial
(enterorragia), que pode provocar instabilidade ● Avaliar necessidade de hemocomponentes
hemodinâmica: ○ A transfusão de concentrado de hemácias é
necessária para manter a hemoglobina entre 8 e 9
● Palidez cutâneo-mucosa g/dL.
● Hipotensão ou síncope
● Taquicardia. ○ A coagulopatia (INR > 1,5 ou plaquetas < 50.000)
● Dispneia pode requerer reposições de fatores de
coagulação com plasma fresco ou concentrado
protrombínico ou ainda a transfusão de plaquetas.
INVESTIGAR
TRATAMENTO ESPECÍFICO:
Hematoquezia indolor : pode sugerir sangramento diverticular
● Drogas específicas: uso ainda é controverso
Mudanças de hábitos intestinais, perda de peso, diarreia, dor
abdominal : malignidade, doença inflamatória intestinal, colite ● Intervenções terapêuticas:
isquêmica ○ As técnicas hemostáticas utilizadas em
colonoscopia variam conforme a etiologia do
Dor anal: fissura, trombose hemorroidária sangramento (tabela VI).
CONCEITO
FISIOPATOLOGIA
Presença de cálculos biliares (> 3mm) ou barros biliares (< 3mm)
no interior da vesícula biliar, dos ductos biliares ou em ambos
Normal
Patológica
70
2
%SpO
90
O tratamento varia de acordo com a
Será classificada de acordo com a classificaçãoda
CLÍNICO
presença ou não de sintomas
ASSINTOMÁTICA
Geralmente é um achado incindental em
exames de imagens ANAMNESE EXAME FÍSICO
ASSINTOMÁTICA Não necessitam de tratamento, exceto
Ocorre em 40 a 60% dos casos de litíase Características da dor Sinal de Murphy positivo casos de risco ou na presença de
Sintomatologia complicações
ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS
● Colelitíase
● Infecções gastrointestinais frequentes
Condição inflamatória do vesícula biliar, sendo
● Parasitose
comumente manifestação inicial da colelitíase, que é a ETIOLOGIA ● Variações anatômicas das vias biliares
causa subjacente em 90% dos casos.
● Alimentação rica em colesterol
● Cálculos biliares (90%):
Em geral, é decorrente da obstrução do ducto cístico, sendo
○ É a complicação mais frequente da litíase biliar
responsável por 14 a 30% das colecistectomias
● Neoplasia da vesícula biliar
● Pólipos da vesícula biliar
Acomete preferencialmente no sexo feminino, adultos jovens e ● Parasitas
idosos ● Corpos estranhos
FISIOPATOLOGIA
OBSTRUÇÃO DO DUCTO
CÍSTICO
COLESCISTITE CALCULOSA ● Cálculos biliares
● Neoplasia da vesícula biliar Hipersecreção
● Pólipos da vesícula biliar de muco
● Parasitas
● Corpos estranhos
AUMENTO DA PRESSÃO
VESICULAR
Distensão
Compressão arterial
Estase venosa Estase linfática
ISQUEMIA E NECROSE
DOR ABDOMINAL
Complicações: Perfuração
e empiema
COLESCISTITE ACALCULOSA
70
2
%SpO
90
O diagnóstico deve sempre ser orientado pela história, exames A colecistite aguda costuma ceder com jejum, hidratação
físico, laboratoriais e de imagem. O exame padrão--ouro para o venosa, analgesia e antibióticos.
diagnóstico definitivo é o exame anatomopa-tológico da vesícula hospitalização.
biliar
Colescistite aguda 1. A utilização de sondagem gástrica está indicada nos
pacientes com náuseas e vômitos associados a íleo ou
● Dor abdominal: distensão abdominal.
LABORATÓRIO
○ Contínua e de muitas horas em QSD ou no
● É a inflamação aguda da vesícula biliar que se desenvolve epigástrio 2. ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA:
○ Cefazolina, cefuroxima ou ceftriaxona nos
em horas. ○ Irradiação em faixa para o dorso ● Hemograma infeccioso:
○ Os pacientes descrevem, muitas vezes, ○ Leucocitose moderada (50%); casos leves a moderado
● VHS e PCR aumentados ○ Nos casos mais graves podem ser usados
episódios prévios de dor biliar e, por vezes,
tem caráter pós-prandial, particular-mente ● Dosagem de bilirrubinas carbapenêmicos, betalactâmicos com inibidores
após refeições gordurosas. ● AST , ALT e fosfatase alcalina elevadas de betalactamase, fluoroquinolonas com
● Náuseas e vômitos
metronidazol.
○ A utilização de antibióticos com ação
● Anorexia
● Febre, calafrios e taquicardia: Febre superior a EXAMES DE IMAGEM específica contra anaeróbios, tais como
38°C pode estar presente (20% dos casos); metronidazol ou clindamicina, deve ser
realizada apenas em pacientes de alto risco,
● USG: como ictéricos, idosos ou diabéticos
● Exame físico: ○ Sensibilidade alta (90-95%);
○ Sensibilidade à palpação da região ○ Espessamento da parede da vesícula biliar (> 4 mm) 1. COLECISTECTOMIA DE EMERGÊNCIA em pacientes
epigástrica ou do QSD. ○ Edema, cálculos biliares ou lama
○ Icterícia (25%) : Síndrome de Mirizzi
com instabilidade hemodinâmica ou dor intratável e
○ Líquido pericolecísticos para aqueles com complicações.
○ Sinal de Murphy positivo
● Alcoolismo
Condição inflamatória do pâncreas que envolve a ● Predisposição hereditária
glândula e os tecidos peripancreáticos ● Cálculos biliares
ETIOLOGIA
Na maioria dos casos, correlaciona-se com
● Metabólicas: ● Metabólicas: ● Vasculares:
quadros de colelitíase e uso de álcool.
○ Alcoolismo ○ Alcoolismo (80-95%) ○ Choque
○ Hiperlipoproteinemia ○ Hipertireoidismo ○ Ateroembolia
Acomete principalmente homens, numa ○ Hipercalcemia ● Genéticas: ○ Poliartrite nodosa
proporção de 1:3. ○ Drogas ○ Mutações nos genes PRSSI e SPINKI
● Genéticas: ○ Pancreatite tropical ● Infecciosos:
○ Mutações nos genes ● Autoimune; ○ AIDS (vulnerabilidade)
PRSSI e SPINKI ● Anomalias congênitas: ○ Caxumba
● Mecânicas: ○ Pâncreas divisum
○ Cálculos biliares ● Mecânicas:
○ Trauma ○ Estenoses pós-inflamatórias ou pós-
○ Dano iatrogênico traumática
○ Neoplasias ○ Dano iatrogênico
periampulares ○ Neoplasias periampulares
● Idiopática (40%)
FISIOPATOLOGIA
Pancreatite aguda
ISQUEMIA
ATIVAÇÃO DE ENZIMAS
DANO ÀS CÉLULAS ACINARES
focos de necrose
em casos graves
DANO CRÔNICO
ENZIMAS ATIVADAS
Inflamação e edema
intersticial
+ Proteólise
(proteases) + Esteatonecrose (lipases,
fosfolipases) +
Hemorragia
(elastase) DANO AGUDO
Conteúdo licenciado para William Lameu Pinheiro - 014.520.282-81
PRbpm
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
70
2
%SpO
90
Pancreatite aguda
PANCREATITE AGUDA LEVE:
De acordo com o o Acute Pancreatitis Classification Working
Hospitalização, em geral de curto período;
Group (APCWG) a atual definição do diagnóstico de pancreatite
Hidratação;
aguda requer dois de três critérios seguintes:
Pancreatite aguda A ressuscitação volêmica é de extrema importância nas
primeiras 12-24 horas e deve ser realizada com solução
● Dor abdominal: ● Dor abdominal fortemente sugestiva de pancreatite aguda
cristaloide 200 a 500ml/hora ou 5-10 ml/kg de peso/h.
○ Início súbito (dor epigástrica grave que se irradia para as costas,
● Distúrbio inflamatório reversível ● Total de 2500-4000ml/24horas
○ Forte intensidade e constante associada de náuseas, vômitos e febre).
○ Ao retirar o fator desencadeante, a função ● Em casos de hipercalcemia é preferível solução salina
○ Em faixa: dor em epigastro com irradiação
normalmente se reestabelece do que SRL
para dorso ● Elevação dos níveis séricos de amilase em pelo menos três
● SRL: auxilia a reduzir marcadores inflamatórios;
○ Associada, ou não, a ingestão de vezes o valor normal.
● Graus variados de gravidade:
○ Edema focal e esteatonecrose
alimentos gordurosos e álcool
Analgesia
○ Necrose hemorrágica paquenquimatosa difusa
● Náuseas e vômitos ● Achados característicos nos exames de imagem
● Opioides parenterais: meperidina
● Anorexia
● Codeína, destrometorfano, fentanil, metadona e tramal
● Febre (raramente)
● Evitar MORFINA: Aumenta a pressão no esfíncter de
● Dispneia secundária a irritação diafragmática
Oddi
● Exame físico:
○ Diminuição dos ruídos hidroaéreos
Jejum com o intuito de descansar o pâncreas > Só é
○ Icterícia (25%)
possível reinserir a dieta via oral após 3-5 dias de evolução.
○ Irritação peritoneal: abdome em tábua
PÂNCREAS INFLAMAÇÃO INSTALADA GLÂNDULA COM ○ Sangramento retroperitoneal: Sinal de
SAUDÁVEL FOCOS NECRÓTICOS ● Reintrodução alimentar VO em até 48horas após
cullen e grey turner
admissão hospitalar: dieta com baixo teor de
gorduras, na ausência de dor intensa, íleo paralítico,
náuseas e vômitos;
Necrose pancreática delimitada. Fonte: Scielo Brasil Após isso, é feita a avaliação de risco (após 48h, utilizado o
critério de RANSON).
● Fecalitos
Acomete principalmente homens, numa proporção de 1,4:1 ● Presença de corpos estranhos
● Parasitas
● Hiperplasia linfonodal
O pico de incidência ocorre em pacientes entre 10 e 20 anos ● Tumores
FISIOPATOLOGIA
OBSTRUÇÃO DO
APÊNDICE
● Fecalitos
● Presença de corpos estranhos Hipersecreção
● Parasitas de muco
● Hiperplasia linfonodal
● Tumores
AUMENTO DA PRESSÃO
INTRALUMINAL
Distensão do apêndice
Compressão arterial e
Estase venosa isquemia Estase linfática
Perfu
ração
de vís
Form cera COMPROMETIMENTO DA
ação = BARREIRA MUCOSA
e per d
itonit e absce
e gen ss
eraliz os
ada
INVASÃO POR BACTÉRIAS
INTRALUMINAIS
Instalação de um
processo infeccioso
70
2
%SpO
90
PROGNÓSTICA ● Dor abdominal: O DIAGNÓSTICO É EMINENTEMENTE CLÍNICO, EXAMES
No Brasil, independente da classificação da apendicite, o
○ 1) Dor periumbilical AUXILIAM PRINCIPALMENTE EM CASOS DE DÚVIDA
tratamento de escolha é cirúrgico (apendicectomia) e o
○ 2) Dor epigástrica em cólica DIAGNÓSTICA.
● SIMPLES: procedimento de escolha é a apendicectomia precoce.
○ 3) Dor em fossa ilíaca direita ( 6-12
Apêndice edemaciado, mucosa com úlceras e pus horas de evolução do quadro)
LABORATÓRIO ● PERITONITE LOCALIZADA: Pode-se optar por manejo
no lúmen do órgão. ○ Dor de forte intensidade com que piora
clínico para melhoras das condições gerais até a
com a movimentação e deambulação
cirurgia eletiva ou por apendicectomia com menor
● Hemograma infeccioso: manuseio de tecidos (ex. apendicectomia através de
● SUPURATIVA: ● Náuseas e vômitos ○ Leucocitose moderada, neutrofilia e desvio à esquerda laparotomia por incisão de McBurney ou por
● Anorexia ○ Casos graves: Granulações toxicas e leucopenia
Congestão vascular, petéquias, aumento do volume videolaposcopia).
● Constipação ● VHS e PCR aumentados
peritoneal e migração do omento para o local. ● Febre : ● Sumário de urina: ● APENDICITE AGUDA COM ABSCESSO ORGANIZADO:
○ Início: febre moderada de até 38º
○ Excluir causas urinárias deve-se realizar a apendicectomia com aspiração de
○ Quadros perfurativos: febre acima de
● GANGRENOSA: pus
38ºC e taquicardia
.
Necrose, microperfurações ou rompimento total do EXAMES DE IMAGEM ● PERITONITE GENERALIZADA: o cirurgião tem que
apêndice, peritonite (secreção purulenta na cavidade ● Exame físico:
realizar a aspiração intraperitoneal em todo o abdome
○ Sensibilidade dolorosa junto ao
peritoneal). ● RAIO X:
quadrante inferior direito
○ Alça intestinal sentinela; .
○ Platrão: massa na palpação profunda
○ Velamento da margem direita do músculo psoas; ● APENDICITE AGUDA GANGRENADA: efetua-se a
○ Descompressão brusca dolorosa
○ Fecalitos retirada dos tecidos necrosados, aspiração,
ESCALAS DE AVALIAÇÃO: ESCALA DE ALVARADO fechamento do ceco e amputação do coto
○ Pneumoperitônio
SINAIS AO EXAME FÍSICO ○ Escoliose álgica apendicular.