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Planejamento de

ações em EAN
PROFESSORA DYANARA DE ALMEIDA OLIVEIRA
NUTRICIONISTA
DYANARA.OLIVEIRA@ESTACIO.BR
Você já percebeu que as pessoas sempre têm algo para
falar sobre alimentação ?

Já parou para pensar nas inúmeras possibilidades de


promover a alimentação saudável no seu cotidiano ?

Papel central da alimentação na vida das pessoas, em todas as suas dimensões.

Podemos criar espaços para diálogos, reflexões e ações que possam propiciar o
aprimoramento da alimentação, e, por sua vez da saúde da população.
Etapas do Projeto

 Definição do grupo com o qual o trabalho será realizado;

 Diagnóstico;

 Definição de prioridades e objetivos;

 Planejamento;

 Desenvolvimento e Implementação, e;

 Avaliação das ações.


Por que planejar as ações de EAN?

Porque, quando nos dedicamos ao planejamento, pensamos em diversos


aspectos que devemos considerar, para que a atividade gere os frutos
esperados. Além disso, podemos prever obstáculos e imprevistos,
buscando estratégias e soluções para superá-los ou minimizá-los.

 IMPORTANTE: pensar nas pessoas, nas problemáticas, nos processos e no que se


espera alcançar com o resultado das ações.
Conhecer o Território
Porque é importante considerar o território para a realização de
EAN?
 Conhecer como os sujeitos deste território, quais são suas condições econômicas,
sociais, culturais, bem como as inter-relações.
 Espaço em que se desenvolve uma infinidade de práticas estratégicas em torno da
melhoria das condições de vida das pessoas - abastecimento, lazer, cultura, serviços
de saúde, associações comunitárias, religiosa, escolas, etc.
 A existência de tradições culinárias locais, buscando a percepção do elo entre cultura,
história e memórias;
 A existência de locais potenciais para realização das ações.
Objetivos
Os objetivos devem expressar os resultados a serem alcançados. O
que dever ser mudado?

Duas características fundamentais:


▪ Clareza: frase clara e precisa.
▪ Factabilidade: os objetivos devem ser alcançáveis e, para isso,
devem estar adequados aos recursos disponíveis, à duração da
prática e das características do grupo.
Objetivos
 Os objetivos denotam ações e, por isso, são iniciados por verbo
no infinitivo.
 Geral e/ou específicos.

Verbos mais precisos em EAN Verbos menos precisos em EAN


Aplicar Adquirir
Classificar Apreciar
Comparar Conhecer
Descrever Dominar
Identificar Verificar
Diferenciar Desenvolver
Reconhecer Aprender
Objetivos
 Exemplos 1

“O objetivo deste projeto é que, ao final da prática educativa, os


participantes possam ter suas dúvidas esclarecidas sobre a
importância de uma alimentação saudável e uma boa hidratação no
verão, utilizando sucos e saladas.”

▪ Identificar mudanças no hábito alimentar durante o verão;


▪ Compor uma refeição nutritiva e saborosa no verão.
▪ Reconhecer a função da água na alimentação.
Objetivos
 Exemplo 2
“Reconhecer as diferenças entre os produtos diet e light e os
edulcorantes recomendados na gestação e na lactação.”

▪ Reconhecer as diferenças entre produtos diet e light,


▪ Identificar os edulcorantes recomendados na gestação e na
lactação.
Objetivos

 Exemplo 3
“Desenvolver os conhecimentos das crianças acerca de formas,
cheiros, sabor, aparência, tamanhos e cores das frutas.”

▪ Diferenciar as frutas quanto a forma, cheiro, sabor, aparência,


tamanho e cores.
Objetivos
 Exemplo 4
“Aumentar o consumo de frutas. Estimular o consumo de frutas.”
“Substitui o consumo de alimentos ultraprocessados por alimentos
in natura.”

▪ Reconhecer as vantagens do consumo de frutas.


▪ Reconhecer as vantagens do consumo de alimentos in natura.
Conteúdo programático
 Os conteúdos a serem discutidos dever ser pertinentes à realidade do
grupo – por isso, a importância do diagnóstico.
 A quantidade de informação deve estar adequada – duração da
atividade, aos objetivos propostos e a prática educativa escolhida.
 Listar os conteúdos em tópicos facilita a identificação.

“Identificação de nutrientes que podem melhorar ou prejudicar a absorção


e aproveitamento de ferro.”

▪ Biodisponibilidade de ferro.
▪ Alimentos fontes de ferro heme e não heme.
Estratégia

 Envolve métodos e a escolha das práticas educativas.

 Temas relativos à alimentação, requerem a reflexão sobre a


complexidade das práticas alimentares individuais e familiares –
métodos que favoreçam o dialogo, métodos lúdicos...
Fonte: FREIRE,1988; BOOG, 1997; MENEZES, 1997.
Questões
chaves
 O que fazer?

 O que priorizar?

 Por que fazer?

 A quem fazer?

 Onde fazer?

 Quando fazer?

 Como fazer?

 Quem vai fazer?

 Quando vai custar?

 Como avaliar?
Exemplo
 Crianças de 8 e 10 anos, de uma escola pública de Belém.
 Diagnóstico: Baixo Consumo de frutas e hortaliças.
 Local: Escola. Sala
 Proposta: Quem sou eu? Conhecendo as frutas e hortaliças.
 Objetivos:
▪ Diferenciar frutas e hortaliças.
▪ Exemplificar frutas e hortaliças.
➢ Conteúdo programático:
▪ Frutas e hortaliças: características organolépticas (cor, cheiro, sabor, formato,
textura, sabor).
▪ Aspectos nutricionais de frutas e hortaliças.
Exemplo
 Método
▪ Gostam de frutas e hortaliças? Por que?
▪ Jogo – dado – 2 grupos- pontuação na cartolina. Acertou – tem uma explicação
breve das características e nutriente.
➢ Recursos:
▪ Dado dos “sentidos” – olfato, tato, paladar, visão, livre escolha/coringa e
adivinhações (O que é? O que é?)
▪ Cartolinas, canetas, caixa para os alimentos.
▪ Frutas e hortaliças.
▪ Papel toalha.
▪ Fichas de adivinhações – “Tenho várias cores e sempre estou acompanhada das
minhas irmãs.”
Cuidados com as ações de EAN
 Exercitar a escuta.

 Promover ações contextualizadas e articuladas com as necessidades das


pessoas e do território, com o consentimento e envolvimento da
comunidade e que contribuam para a ampliação do repertório de
informações, o desenvolvimento de habilidades e a autonomia para
escolhas conscientes.

 Cuidado com falas preconceituosas, que reforcem a exclusão social e


estigmatização de grupos populacionais, pois precisamos respeitar a
diversidade e as diferenças.
Cuidados com as ações de EAN
 Evitar abordagens normativas e autoritárias, que desconsideram as
vivências, os saberes e os desejos dos indivíduos ou comunidades. Ou
mesmo, falas que culpabilizam as pessoas sobre situações de saúde ou de
vida, pelas quais não têm total responsabilidade ou condições de mudança.

 Escolher temas, técnicas e recursos que sejam adequadas aos públicos.

 Experimentar ou planejar cuidadosamente as estratégias e dinâmicas,


evitando o improviso e situações indesejáveis. Se necessário, realizar testes
pilotos.
Referências

Obrigada.
dyanara.oliveira@estacio.br

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