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A C Ó R D Ã O
Órgão Especial
GMALR/lhp
RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE
SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.
INSCRIÇÃO. ANALISTA JUDICIÁRIO. PESSOA
COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA. SURDEZ
UNILATERAL. ANACUSIA. RESERVA DE VAGA
1. A jurisprudência majoritária do Órgão Especial do
TST caminha no sentido de que a perda auditiva igual
ou superior a 41 decibéis (dB) em pelo menos um dos
ouvidos (surdez unilateral), aferida por audiograma nas
frequências de 500HZ, 1.00OHZ, 2.000HZ e 3.000HZ,
caracteriza deficiência auditiva de grau profundo –
anacusia – devendo ser considerada deficiência, apta a
permitir a participação na lista. Inteligência dos arts. 3º
e 4º do Decreto nº 3.298/99 com a redação do Decreto
nº 5.296/2004.
2. Nessa condição, assegura-se à pessoa com surdez
unilateral, nos concursos públicos, a reserva de vagas
destinadas aos candidatos com deficiência física.
Precedentes. Ressalva de entendimento pessoal em
contrário.
3. Recurso Ordinário conhecido e ao qual se dá
provimento.
VOTO
1. CONHECIMENTO
Firmado por assinatura digital em 05/09/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme
MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
fls.2
PROCESSO Nº TST-RO-1096-65.2018.5.12.0000
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PROCESSO Nº TST-RO-1096-65.2018.5.12.0000
PROCESSO Nº TST-RO-1096-65.2018.5.12.0000
No referido julgado, a Eg. Segunda Turma do STF concluiu que "a perda
auditiva unilateral não é condição apta a qualificar o candidato a concorrer às vagas destinadas aos
portadores de deficiência."
Na esteira do referido precedente do STF, o Órgão Especial do Superior
Tribunal de Justiça alterou o antigo posicionamento daquela Corte, no julgamento do MS 18.966/DF
(Rel. P/ Acórdão Min. Humberto Martins, julgado em 02/10/2013, DJe 20/03/2014), para se alinhar ao
entendimento de que o candidato portador de surdez unilateral não deve concorrer em concurso
público às vagas destinadas a portadores de deficiência.
O destacado acórdão do STJ, no exame da ratio da legislação, buscou
proteger os hipervulneráveis, ou seja, buscou assegurar a vaga no serviço público àqueles que mais
precisam.
Posteriormente à referida decisão, o Superior Tribunal de Justiça, revisando
a jurisprudência até então prevalente, consolidou o novo entendimento ao editar a Súmula nº 552:
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PROCESSO Nº TST-RO-1096-65.2018.5.12.0000
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PROCESSO Nº TST-RO-1096-65.2018.5.12.0000
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