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ADVOCACIA E

M MOURA
MENDONÇA &
MOREIRA
CONSULTORIA JURÍDICA

EXMA. SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE


FUNDÃO COMARCA DA CAPITAL / ES

PROCESSO Nº: 0000580-82.2022.8.08.0059

URGENTE!!!

SANDERSON DE SOUZA FONSECA, já qualificado nos autos da ação em epígrafe,


através de seus advogados constituídos conforme procuração em anexo, pelos fatos e
fundamentos a seguir, vem a presença de Vossa Excelência apresentar, com fulcro no
art. 403, § 3º, do CPP, pelas razões de fato e direito a seguir expostas:

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

1. DOS FATOS:
Relatório já juntado aos autos.

Segundo o relato fático, contido na peça acusatória, em 29 de abril de 2022 no período


noturno, o acusado Sanderson juntamente com seu sogro José Osvaldo teriam deferido
vários golpes com arma branca na vítima, tendo então a levado a óbito.
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(27) 9 9620-8334 SERRA/ES W.W.W.3MADVOCACIA.COM.BR


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2. PRELIMINARMENTE

I- Da falta de fundamentação da denúncia:

Em primeiro lugar, é imperativo destacar que a acusação repousa sobre a falta de


achado da suposta arma do crime. O Delegado, em depoimento durante a
audiência, confirmou que não foi encontrada a arma utilizada no delito, fato já
corroborado pelo laudo de exame cadavérico, embora o Ministério Público em sua
peça inicial tenha especificado como sendo arma de cozinha.

Ainda nesta toada, vemos também que a peça inicial narra que o crime ocorreu
dentro da casa do acusado, contudo não há provas que indiquem tal feito, sendo
inclusive expressado pelo delegado em seu depoimento durante a instrução que
não há determinação do local do crime.

Por fim, há também a descrição da forma como o crime fora cometido, sendo
novamente fato mentiroso e inventado pela acusação, pois a própria médica legista
disse que não sabe precisar a ordem das lesões, nem a arma usada ou se ainda
foram provocadas por uma ou mais pessoas.

Sendo assim , pugna esta defesa pela determinação da inépcia da denúncia por
faltar os requisitos do art. 41 do CPP.

3. DO MÉRITO:

II - DA AUSÊNCIA DE PROVAS DA ARMA DO CRIME

O Delegado, em depoimento durante a audiência, reconheceu a falta de evidências


relacionadas à arma do crime, elemento central na acusação.

III - DIVERGÊNCIAS NO INQUÉRITO POLICIAL

Inconsistências no inquérito, tais como a alegação de que o réu teria saído


ensanguentado no veículo Gol VW vermelho, contraposta à perícia que negou a
presença de sangue no automóvel, minam a credibilidade da acusação.

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IV - CREDIBILIDADE QUESTIONÁVEL DE "TAIRONE" COMO TESTEMUNHA:

A testemunha que alega ter recebido a moto do réu, conhecido como "Tairone", responde
a processos por roubo e tráfico de drogas conforme dados do INFOPEN, comprometendo
sua idoneidade como testemunha,.

V - DEPOIMENTO FAVORÁVEL DE "DONA BIANCA"

A testemunha "Dona Bianca" atestou a excelente reputação e conduta do réu, reforçando


a fragilidade das acusações.

VI - LIMITAÇÕES DO GOOGLE MAPS COMO PROVA

A prova obtida por meio do “Google Maps”, embora moderna, foi devidamente contestada
pelo perito, que destacou sua limitação e possibilidade de manipulação.

4. CONCLUSÃO E PEDIDO:
Diante da insuficiência de elementos probatórios consistentes, requer-se a absolvição do
réu, em observância ao princípio da presunção de inocência, como também pelo que trás
o art 386, VII do CPP, verbis:

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
VII - não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
2008) - grifo nosso

Como resta provado até aqui não há indícios suficientes para a condenação do réu, ora
inocente, devendo inclusive imperar o “in dubio pro réu” levando então a absolvição legal
do mesmo.

Requer ainda com urgência o relaxamento da prisão do acusado, uma vez que esta se
demonstra até o momento, ilegal.

Serra, 11 de Dezembro de 2023

EDILAINE MOURA INGRID MOREIRA NICOLAS MENDONÇA


OAB XXXXX OAB XXXXX OAB XXXXX

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