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Álvaro Furtado Costa

João Miranda
Thiago Aragão Leite

EXTRAS

RADIOLOGIA

1
SUMÁRIO

IMAGEM DO TÓRAX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1. Método ABCDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2. Lesões principais nos contextos mais prevalentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1. É trauma? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2. É dispneia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3. É febre? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4. É suspeita de neoplasia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Bibliografia consultada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Mapa mental. Imagem do tórax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12


Questões comentadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

2
IMAGEM DO TÓRAX

importância/prevalência

O QUE VOCÊ PRECISA SABER?

u Antes de olhar a imagem, veja o contexto.


u Siga um ABCDE para ver a imagem.
u As lesões geralmente são clássicas.
u Nada de desespero ao ver as imagens.
u Lembre-se do normal.

1. MÉTODO ABCDE
   BASES DA MEDICINA

A radiografia normal segue abaixo na Figura 1 (memorize Crie uma sistemática de avaliação da radiografia.
Segue uma sugestão:
esse padrão).
A – Airways
u Traqueia – se está no centro (desvio pode ser
Figura 1. Imagem do tórax normal em PA e perfil.
tumor ou atelectasia).
u Pulmões – opacidades, consolidações, nódulos
(sem esquecer de ver os ápices).
u Brônquios – ver a posição, orientação e trans-
parência.
u Pleuras – recessos pleurais, seios costofrênicos
e cardiofrênicos, simetria.

Figura 2. Como analisar uma imagem


de tórax? A - Airway.

Fonte: Acervo do autor. Fonte: Acervo Sanar.

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Imagem do tórax Radiologia

B – Bones Figura 4. Como analisar uma imagem


de tórax? C - Circulation.
u Ossos – procure por metástases ou fraturas
na radiografia lateral, principalmente para ver
a coluna. Olhe bem as costelas se for trauma.
Clavículas e úmeros também podem ter lesões.

Figura 3. Como analisar uma imagem de tórax? B - Bones.

Fonte: Acervo Sanar.

C – Circulation
u Coração – veja se há cardiomegalia, aumento do
índice cardiotorácico, sinal do duplo contorno.
u Mediastino – alargamento do mediastino pode
ser linfoma, tumor de mediastino ou mesmo
ectasia da aorta, que no trauma pode ser por
pseudoaneurisma.
u Vasos – olhe a aorta para buscar aneurisma ou
dissecção (alargamento). Olhe o tronco da artéria
pulmonar e abaulamentos do arco médio.

Fonte: Acervo Sanar.

D – Diafragma
u Veja se há hérnia de hiato no esôfago, ou rotura
em casos de trauma. Elevações do diafragma po-
dem sugerir paralisia ou invasão do nervo frênico.
u Alargamento do mediastino pode ser linfoma, tu-
mor de mediastino, ou mesmo ectasia da aorta.

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Imagem do tórax 

u Aproveite para olhar o andar superior do abdo- rax; marca-passos; tubo traqueal e sua posição;
me, principalmente para ver pneumoperitônio. corpo estranho.

Figura 5. Como analisar uma imagem Figura 6. Como analisar uma imagem
de tórax? D - Diafragma. de tórax? E - Exterior.

Fonte: Acervo Sanar.

2. LESÕES PRINCIPAIS NOS


CONTEXTOS MAIS PREVALENTES

Sempre pergunte antes o contexto da imagem. Isso


vai facilitar muito a interpretação nas provas.
u É trauma?
u É dispneia?
u É febre?
u É suspeita de neoplasia?
u É outra coisa?

2.1. É TRAUMA?

u Procure: hemotórax, pneumotórax, fraturas cos-


tais, hérnias diafragmáticas, fraturas de clavícula
e coluna.

Fonte: Acervo Sanar.

E – Exterior
u Procure por cateteres (central), pois podem estar
associados a complicações como o pneumotó-

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Imagem do tórax Radiologia

Figura 7. Hemopneumotórax esquerdo u Jovens que sibilam; pense em asma, cujo prin-
com obliteração do seio costofrênico e cipal achado é radiografia normal.
desvio do mediastino para a direita.
Principais achados do DPOC:
u Aumento da transparência, rarefação das marcas
vasculares, retificação das cúpulas diafragmáti-
cas, aumento dos espaços intercostais. Podem
ter bolhas também.
u Enfisema em paciente jovem: lembre-se da defi-
ciência de alfa 1-antitripsina como causa.

Figura 9. Sinais de enfisema.

Fonte: Acervo do autor.

Figura 8. Alargamento do mediastino sugerindo lesão da


aorta. Indica angiotomografia para melhor caracterizar.

Fonte: Acervo do autor.

Um segundo contexto comum: insuficiência car-


díaca:
u Achados clínicos: edema de membros inferiores,
dispneia paroxística noturna.
u Em casos mais urgentes e com insuficiência
respiratória, pense sempre em edema agudo de
pulmão.
u Achados de imagem: aumento da área cardíaca,
cefalização dos vasos, linhas B de Kerley, pe-
Fonte: Acervo do autor. quenos derrames pleurais, aumento dos hilos e
da artéria pulmonar (sugerindo hipertensão pul-
2.2. É DISPNEIA? monar secundária). Nem sempre todos estarão
presentes.
Contexto de dispneia pode ser amplo:
u Tabagista, exposição crônica à fumaça; pense
em DPOC.

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Imagem do tórax 

Figura 10. Sinais de insuficiência cardíaca.


B

Fonte: Acervo do autor.

u Sinal de Fleischner: artéria pulmonar aumentada.


u Corcova de Hampton: cunha periférica da opacida-
Fonte: Acervo do autor. de do espaço aéreo e implica infarto do pulmão.
u Sinal Westermark: oligoemia regional.
Um outro contexto importante é a suspeita de embo- u Sinal de Palla: artéria pulmonar descendente di-
lia pulmonar (TEP). reita aumentada.
u Quando suspeitar: dispneia súbita, geralmente u Sinal de Chang: artéria pulmonar descendente
em pós-operatório ou paciente com doença de direita dilatada com súbito corte.
base (oncológico).
u Achados de imagem: DICA
Importante para a prova e para
a vida: o exame que diagnostica TEP é
Figura 11. A. Corcova de Hampton; B. a angiotomografia de tórax com proto-
Oligoemia de Westermark. colo para TEP. Os achados são falhas
A de enchimento do contraste (trombos).

Figura 12. Falhas de enchimento


caracterizando êmbolos/coágulos.

Fonte: Acervo do autor.

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Imagem do tórax Radiologia

2.3. É FEBRE? u Febre arrastada, sudorese; um caso mais leve e


inespecífico, sempre devemos pensar em tuber-
u Pensar primeiramente nas infecções. culose ou até doenças fúngicas.
u O primeiro padrão, mais comum, é o de conso- u A tuberculose pode se manifestar como lesão
lidação. escavada e micronódulos pulmonares com as-
pecto de árvore em brotamento na tomografia.
u Neste caso, embora existam diagnósticos dife-
renciais, para fins de prova será diagnóstico de
pneumonia.
DICA
Nem tudo que escava é tuberculo-
Figura 13. Pneumonia com extensa se. Embora raro, já caiu em prova outras
consolidação do lobo esquerdo. causas como lesões fúngicas, abcessos,
tumores (pouco frequente).
W Lembre-se ainda da paracoccidioidomi-
cose, que é frequente em indivíduos do
sexo masculino e da zona rural.

Fonte: Acervo do autor.

Figura 14. A. Escavação com micronódulos adjacentes em paciente com tuberculose. B.


Nódulos bilaterais em campos médios (lembrar de paracoccidioidomicose).
A B

Fonte: Acervo do autor.

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Imagem do tórax 

Derrames pleurais: Algo que sempre aparece é a incidência lateral com


u Associados à infecção (parapneumônico). raios horizontais de Laurell (pouco usada hoje, mas
ainda frequente nas provas).
u Podem ser secundários a neoplasias, tubercu-
lose etc. Atelectasia:
u Pode ser causa de febre, principalmente no pós-
-operatório do abdome superior (dificuldade de
DICA
Quem vai dar o diagnóstico é o qua- respirar por conta da dor).
dro clínico e o exame do líquido pleural. u Pode ser também secundária a rolhas de muco
W Derrames podem se tornar empiemas: por processos infecciosos.
derrame loculado na tomografia com
aderências pleurais. DICA
Lembrar que na atelectasia há
redução de volume pulmonar e ela puxa
tudo o que estiver próximo para o seu lado
Figura 15. Derrame pleural simples esquerdo. (mediastino, traqueia, costelas, coração).

Figura 17. Atelectasia do lobo esquerdo com desvio


do mediastino e da traqueia para o mesmo lado.

Fonte: Acervo do autor.

Figura 16. Empiema pleural esquerdo (aspecto


loculado do derrame e espessamento pleural).
Fonte: Acervo do autor.

2.4. É SUSPEITA DE NEOPLASIA?

u Tosse, escarro hemoptoico, perda ponderal.


u Histórico de tabagismo: pensar em neoplasia
de pulmão carcinoma espinocelular, grandes ou
pequenas células.
u Não tabagistas: adenocarcinoma de pulmão.

Fonte: Acervo do autor.

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Imagem do tórax Radiologia

Figura 18. Múltiplos nódulos pulmonares


e derrame pleural direito.    DIA A DIA DO MÉDICO

Além da radiografia de tórax, a tomografia computadori-


zada também entra como importante ferramenta nos diag-
nósticos da patologias torácicas, sendo de fundamental
importância saber a forma correta de pedir esse exame.

W Quando pedir a TC sem contraste?


A TC sem contraste é muito bem indicada em situações
de rastreios como na pesquisa de nódulos pulmonares,
processo infeccioso/inflamatório não complicado (inclu-
sive na covid-19).
A tomografia de tórax possui duas “janelas” do mediastino,
em que é possível estudar os vasos e a região dos vasos
e mediastino, e a “janela” do pulmão, em que é possível
estudar o parênquima pulmonar.
Figura 20. Tomografia computadorizada sem con-
Esse padrão pode ser compatível com traste. A. Janela mediastino; B. Janela pulmonar.
metástases de diversas neoplasias
Fonte: Acervo do autor. A

Neoplasia no mediastino anterior: 4Ts do medias-


tino anterior:
u TERATOMA + TIREOIDE + TIMO + TERRÍVEL
LINFOMA.

Figura 19. Massa no mediastino anterior.

Fonte: Acervo Sanar.

W TC com contraste
A TC com contraste é fundamental no estudo dos vasos,
de neoplasias pulmonares e de processos infeccioso/
inflamatórios complicados (abscesso ou empiema).

Fonte: Acervo do autor.

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Imagem do tórax 

Figura 21. Tomografia computadorizada com contraste.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Müller CIS, Müller NL, editores. Tórax. 2. ed. Elsevier; 2016.


(Série CBR - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico
por Imagem).
Silva CIS, Marchiori E, Souza Júnior AS, Müller NL. Con-
senso brasileiro ilustrado sobre a terminologia dos des-
critores e padrões fundamentais da TC de tórax. J Bras
Pneumol. 2010;36(1):99-123. https://doi.org/10.1590/S1806-
37132010000100016
Smithuis R. Radiology Assistant [Internet]. Netherlands; 2022
[acesso em 27 out 2022]. Disponível em: https://radiologya-
Fonte: Acervo Sanar. ssistant.nl

W TC de tórax protocolo TEP


Quando o estudo é adquirido de forma mais precoce, a
artéria pulmonar (parece um Y invertido no mediastino) é
mais contrastada (fica mais branca) que os demais vasos,
facilitando verificar se existe um trombo no seu interior.
O trombo é visto como uma falha de enchimento, ou seja,
em vez de ficar branco, o vaso fica escuro e ectasiado,
inferindo trombose na artéria pulmonar (TEP).
Figura 22. Tomografia computadorizada protocolo TEP.

Fonte: Acervo Sanar.

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Imagem do tórax Radiologia

Mapa mental. Imagem do tórax

IMAGEM DO TORAX

Trauma Dispneia Febre Neoplasia

• DPOC: Aumento • Pensar • Histórico de


• Procure: hemotórax, da transparência, primeiramente tabagismo: pensar
pneumotórax, rarefação das nas infecções: O em neoplasia de
fraturas marcas vasculares, primeiro padrão, pulmão carcinoma
costais, hérnias retificação mais comum, é o espinocelular,
diafragmáticas, das cúpulas de consolidação. grandes ou
fraturas de clavícula diafragmáticas, • Febre arrastada, pequenas células.
e coluna. aumento sudorese, um • Não tabagistas:
dos espaços caso mais leve e adenocarcinoma
intercostais. Podem inespecífico, pensar de pulmão.
ter bolhas também. em tuberculose • Neoplasia no
• Insuficiência ou até doenças mediastino
cardíaca: aumento fúngicas. anterior: 4Ts do
da área cardíaca, • Tuberculose: mediastino anterior:
cefalização dos lesão escavada • TERATOMA +
vasos, linhas B de e micronódulos TIREOIDE + TIMO
Kerley, pequenos pulmonares com + TERRÍVEL
derrames pleurais, aspecto de árvore LINFOMA.
aumento dos hilos e em brotamento
da artéria pulmonar. na tomografia
• Derrames pleurais:
associados
à infecção
(parapneumônico),
podem ser
secundários
a neoplasias,
tuberculose etc.

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Imagem do tórax 

QUESTÕES COMENTADAS

Questão 1 Além de iniciar dexametasona, a conduta imediata é:

(FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – UNICAMP – SP – 2022) Mu- ⮦ Iniciar ceftriaxone e azitromicina.


lher, 45a, queixa-se de dispneia há três dias, asso-
⮧ Manter tratamento e internar em UTI-covid.
ciada a tosse seca. Há uma semana com ageusia.
Antecedentes: tabagista (20 anos/maço). ⮨ Solicitar angiotomografia de tórax.
Hipertensão arterial em uso de hidroclorotiazida. ⮩ Solicitar angiotomografia de tórax.
Exame físico: PA= 112x74 mmHg, FC= 134 bpm,
FR= 29 irpm, T= 36,1o C, oximetria de pulso (ar
Questão 2
ambiente)= 89%; consciente, alerta, fala normal.
Pulmões: murmúrio vesicular presente simétrico; (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RP –
membros: extremidades frias, sem edema. Iniciado USP – SP – 2022) Mulher, 73 anos, tabagista 55 anos-
cateter nasal de O2 a 3L/min, sem melhora da -maço, procura pneumologista com queixa de tosse
hipoxemia; aumentado para 6L/min em cateter, e hemoptóicos há 4 semanas. Tomografia de tórax
mantida a mesma hipoxemia, mas sem aumento mostra lesão espiculada periférica de 4,0 cm no lobo
do desconforto respiratório. Ultrassonografia à superior direito, PET-TC (tomografia por emissão de
beira do leito evidencia algumas linhas B em bases. pósitrons) apresenta lesão pulmonar com captação
Tomografia de tórax sem contraste (evidenciado aumentada (SUV = 7) e em linfonodos mediastinais
o corte que apresenta as principais alterações do (SUV = 6) e hilares à direita (SUV = 4). A avaliação
exame) e eletrocardiograma: funcional pulmonar mostrou espirometria com VEF1
= 2,3L compatível com ressecção até bilo bectomia.

Qual o próximo passo mais adequado no manejo


deste paciente?

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Imagem do tórax Radiologia

⮦ Pneumonectomia direita e broncoplastia (mar- Questão 4


gem de segurança).
(HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS – 2021) Paciente
⮧ Preparo para cirurgia com intenção curativa com
de 62 anos, tabagista, vinha apresentando episódios
programação de segmentectomia apical direita
de hemoptise há um mês. Imagem da radiografia de
e esvaziamento mediastinal.
tórax anteroposterior está reproduzida abaixo. Que
⮨ Realizar amostragem dos linfonodos mediasti- conduta, dentre as propostas, é a mais adequada?
nais e hilares por EBUS (endobronchial ultrasou-
nd - Ultrassonografia endobrônquica).
⮩ Encaminhar para avaliação oncológica clínica
para protocolo de neoadjuvância.

Questão 3

(PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG – 2022) Homem de


68 anos queixa-se de dispneia e tosse há 10 dias.
É tabagista desde os 20 anos e fuma um maço de
cigarros ao dia. É operário em uma mineradora há
25 anos. Ao exame físico, a avaliação do tórax revela
expansibilidade reduzida no hemitórax direito, ob-
servando-se no 1/3 superior ipsilateral: submacicez
à percussão, frêmito toracovocal abolido, ausência
de sons respiratórios na mesma região. Assinale a ⮦ Realizar drenagem do pneumotórax à esquerda.
alternativa que apresenta a causa MAIS PROVÁVEL ⮧ Solicitar tomografia computadorizada de tórax
para os achados observados ao exame físico e na para melhor avaliação de opacidade nodular
radiografia do tórax desse paciente: projetada sobre o lobo superior direito, devido
à possibilidade de neoplasia.
⮨ Solicitar ressonância magnética de tórax com
gadolínio para melhor avaliação de massa pa-
ratraqueal à esquerda no mediastino.
⮩ Solicitar ultrassonografia de tórax para melhor
avaliação da cavidade pleural direita, devido à
obstrução do seio costofrênico desse lado, que
pode corresponder à presença de derrame pleural

Questão 5

(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFJF – MG – 2020) Paciente


26 anos com tosse, episódios de febre, dor toráci-
ca tipo pleurítica, apresenta a radiografia de tórax
a seguir. A dosagem de ADA no líquido obtido por
meio da toracocentese está acima do normal. Qual
⮦ Atelectasia do lobo médio.
diagnóstico provável:
⮧ Câncer do pulmão.
⮨ Pneumonia lobar.
⮩ Silicose pulmonar.

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Imagem do tórax 

⮦ Adenocarcinoma pulmonar. ⮦ Iniciar antibioticoterapia de amplo espectro,


devido à suspeita de pneumonia Nosocomial.
⮧ Tuberculose pleural.
⮧ Realizar coleta de escarro (três amostras), colocar
⮨ Sarcoidose.
o paciente em isolamento e iniciar esquema RIPE.
⮩ Dengue.
⮨ Realizar sorologia de HIV, pois trata-se de um
caso sugestivo de pneumocistose.
Questão 6 ⮩ Solicitar pesquisa de galactomanana, devido à
hipótese de aspergilose.
(INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL – IAMSPE – SP – 2022) Um paciente de 58 anos ⮪ Solicitar ecocardiograma, devido à possibilidade
de idade, com antecedente pessoal de hipertensão de endocardite infecciosa.
arterial sistêmica, diabetes melito e doença renal
crônica estádio 4, pouco aderente ao tratamento
Questão 7
medicamentoso, necessitou de internação recen-
te devido a estado hiperglicêmico e hiperosmolar (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ/SP – 2009) Paciente
há três semanas. Nesta internação, permaneceu com 60 anos, fumante ativo, apresenta tosse e ex-
sob cuidados intensivos e, entre outras terapias, pectoração hemóptica. Procurou assistência médi-
foi submetido a quatro sessões de hemodiálise. ca. A radiografia de tórax em PA (posteroanterior)
Desde a alta, alguns episódios de febre, que o pa- e perfil revelou opacidade hilar, gerando suspeita
ciente tem atribuído aos medicamentos que agora de câncer pulmonar. A realização de tomografia
passou a usar. Há um dia, iniciou quadro de tosse computadorizada (TC) de tórax e abdome superior
e dor ventilatório-dependente e, devido a isso, re- poderá fornecer, EXCETO:
solveu procurar o pronto-socorro. Na triagem, apre-
sentava FC de 101 PA de 160 x 100, T 37,6 e sat. de ⮦ Detalhes sobre as características da superfície
O2 de 92%. O médico plantonista, sem examinar do tumor, sua localização em relação às estru-
o doente, solicitou uma tomografia de tórax, que turas de mediastino e à parede torácica.
revelou a imagem seguinte. Com base nesse caso ⮧ Visualização mais periférica da árvore traqueo-
hipotético, assinale a alternativa que apresenta a brônquica e possibilidade de biópsias de lesões
melhor conduta. situadas em brônquios segmentares.
⮨ Detalhes da presença de metástases em pul-
mões, fígado, adrenais e esqueleto ósseo to-
rácico.

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Imagem do tórax Radiologia

⮩ Detalhes da existência de derrames pleurais ou de consolidação pulmonar. Qual a melhor conduta


pericárdicos pouco volumosos. a ser tomada de início?
⮪ Estudo dos linfonodos do mediastino com pre-
⮦ Toracocenteses repetidas.
cisão, permitindo divisar sua localização anatô-
mica, sua densidade e seu tamanho. ⮧ Drenagem pleural.
⮨ Troca de antibiótico.
⮩ Instalar CPAP.
Questão 8

(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ – 2016) A respeito


Questão 10
da pneumonia hospitalar, considere as seguintes
afirmativas: (UDI HOSPITAL/MA – 2017) Homem, 60 anos, ex-tabagis-
ta com carga tabágica = 40 maços-ano, parou há 7
1. Pneumonias hospitalares que ocorrem dentro
anos. Foi tratado de tuberculose aos 45 anos. É hi-
dos primeiros quatro dias de internação são
pertenso e diabético (em uso de losartana e metfor-
causadas por organismos multirresistentes a
mina). Realizou tomografia de tórax, que evidenciou
antibióticos.
nódulo pulmonar em lobo superior esquerdo, me-
2. Culturas estéreis de secreções do trato respira- dindo 16 mm de diâmetro, sem calcificações. Não
tório inferior podem ocorrer em infecções por possui exames de imagem prévios. Como classifi-
Legionella. car o nódulo e qual a melhor conduta?
3. Na pneumonia aspirativa, a radiografia do tórax
pode demonstrar a presença de abscesso pul- ⮦ Nódulo benigno por sequela de tuberculose. Ci-
monar, com paredes espessas e nível líquido, rurgia para ressecção do nódulo.
mais comumente localizado em segmentos ⮧ Nódulo indeterminado. Realizar broncoscopia
basais dos lobos inferiores. com lavado broncoalveolar. Se os resultados
4. A tomografia computadorizada do tórax pode ser forem negativos para neoplasia, manter segui-
utilizada para esclarecer achados radiográficos mento com tomografia a cada seis meses.
e identificar complicações como o empiema ⮨ Nódulo suspeito de malignidade. Realizar bron-
pleural. coscopia com lavado brônquico e biopsia guia-
Assinale a alternativa CORRETA. da por TC.
⮩ Nódulo benigno por sequela da tuberculose. Se-
⮦ Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
guimento com Rx de tórax semestral.
⮧ Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
⮪ Nódulo indeterminado. Realizar nova TC em três
⮨ Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. meses. Se houver aumento de tamanho do nó-
⮩ Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. dulo, fazer biópsia ou ressecção cirúrgica para
⮪ As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. diagnóstico.

Questão 9 Questão 11

(UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO/RJ – 2016) Uma senhora de (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP/SP – 2017)
80 anos está internada devido a uma pneumonia Homem de 58 anos refere dor torácica ventilató-
lobar direita associada a derrame pleural parapneu- rio-dependente em hemitórax direito e dispneia há
mônico. Recebe antibióticos, fisioterapia respiratória 2 meses, que se intensificaram na última semana.
e já foi submetida a três toracocenteses sem reso- Após raio X de tórax com opacidade homogênea
lução do quadro. Apresenta piora da dispneia e a na base pulmonar direita, realizou tomografia de
tomografia demonstra opacidade de 2/3 inferiores tórax que mostrou espessamento irregular da
do hemitórax acometido por derrame pleural, além pleura nos campos inferiores do pulmão direito,
que se estende em toda circunjacência pulmonar,

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Imagem do tórax 

associado a derrame pleural de pequeno volume. É CORRETO o que está contido em:
Nega tuberculose, pneumonia ou trauma torácico
prévio. Nunca fumou. Único antecedente é ter tra- ⮦ I, II, III e IV.
balhado dos 20 aos 25 anos de idade em mina de ⮧ I, II e III, apenas.
amianto (asbesto) em Goiás. Assinale a alternati- ⮨ I e II, apenas.
va INCORRETA: ⮩ III e IV, apenas.
⮦ Deve se tratar de um mesotelioma maligno de ⮪ IV, apenas.
pleura.
⮧ O asbesto explorado no Brasil (crisotila) pode Questão 14
causar doenças pulmonares e pleurais.
⮨ A exposição há mais de 25 anos é incompatível (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES – UFRN – 2017) Uma
com o aparecimento de doenças pleurais asso- paciente de 65 anos procura pronto-atendimento
ciadas ao amianto. com dor torácica e dispneia há 24 h. Passado de
TVP há 2 anos. Negava febre. Tabagista e hipertensa
⮩ O espessamento pleural difuso pode ser uma
de longa data. Estava taquicárdica (105 bpm), com
evolução do derrame pleural por asbesto.
hiperfonese de P2. PA 100 x 60 mmHg; SaO2 92%;
edema e dor em membro inferior D. AP = MV dimi-
Questão 12 nuído em base D. Na radiografia de tórax, observa-se
elevação da cúpula frênica D. Considerando o qua-
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA/MA – 2018) Ao dro descrito, a conduta mais apropriada é realizar:
avaliar um nódulo pulmonar solitário à tomografia
de tórax, QUAL das características abaixo é consi- ⮦ Ultrassonografia de tórax.
derada sugestiva de benignidade? ⮧ RM de tórax.

⮦ Tamanho de 10 mm. ⮨ Cintilografia de ventilação/perfusão.

⮧ Contornos espiculados. ⮩ Angio-TC de tórax.

⮨ Localização em lobos superiores.


⮩ Calcificação em pipoca.
⮪ Nódulo subsólido (ou em vidro fosco) com com-
ponente sólido.

Questão 13

(HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS/DF – 2014) A Tomogra-


fia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR) é
uma ferramenta crítica para a avaliação das doen-
ças pulmonares. Ao verificar o remodelamento do
pulmão em favo de mel (faveolamento), reflete-se
o estágio terminal de um número de doenças que
causam destruição do parênquima. Ao observar
esse tipo de imagem, com faveolamento intenso,
é possível sugerir diagnóstico de:

I. Pneumonia intersticial;
II. Fibrose pulmonar idiopática;
III. Sarcoidose;
IV. Tuberculose miliar.

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Imagem do tórax Radiologia

GABARITO E COMENTÁRIOS

Questão 1 dificuldade:   Questão 3 dificuldade:  

Y Dica do professor: Paciente com quadro clínico Y Dica do professor: Paciente idoso, tabagista 20m/a
sugestivo de alguma síndrome respiratória aguda e trabalha em mineradora. Aqui a questão quis con-
com ageusia, taquipneia e hipoxemia. US de tórax fundir, tendenciando você a pensar em silicose pela
com linhas B localizadas e TC de tórax com discretas exposição ocupacional, mas a radiografia e o tem-
áreas de opacidades em vidro fosco sugestivas de po de evolução eram as grandes pistas. A silicose
processo infeccioso viral. Neste contexto, pensamos habitualmente apresenta-se com micronódulos em
em pneumonia por covid, por isto a indicação da campos superiores bilaterais, que, muitas vezes,
dexametasona, pelo contexto de hipoxemia. Mas a coalescem e formam grandes opacidades. Além
hipoxemia não está respondendo adequadamente disso, os sintomas são crônicos, ao longo de mui-
ao aumento do fluxo de oxigênio, paciente muito tos anos. O que vemos na radiografia é o famoso
taquicárdica e ECG com sinal de sobrecarga de sinal do S de Golden, que acontece devido à ate-
ventrículo direito (o famoso S1Q3T3). Devido a isto, lectasia do lobo superior direito, em sua maioria,
a suspeita de tromboembolismo pulmonar faz-se devido à obstrução brônquica por um câncer de
necessária. Ao realizarmos o escore de Wells simpli- pulmão. A pequena fissura desvia-se para cima e
ficado, o resultado é de 2 pontos (FC e diagnóstico assume a configuração côncava da porção lateral
alternativo menos provável), definindo a paciente e abaulamento inferior da porção medial em razão
como alto risco. Por este motivo, o principal exame de grandes tumores hilares. Os sintomas agudos,
a ser realizado é a angiotomografia de tórax. de dez dias de evolução, demonstram que a atelec-
✔ resposta: D tasia aconteceu recentemente, pela progressão da
lesão tumoral. O exame físico também era típico
de atelectasia.
resposta: B
Questão 2 dificuldade:   

Y Dica do professor: paciente com alto risco de doen-


ça neoplásica por suas características clínicas (> dificuldade:  
Questão 4
60 anos, tabagismo atual e com hemoptise) e da
lesão principal (espiculada, > 2 cm, em lobo supe- Y Dica do professor:
rior e com captação ao PET com SUV ≥ 2,5). Para A hipótese de neoplasia pulmonar deve ser sempre
todas as lesões suspeitas de neoplasia pulmonar pensada em tabagista com hemoptise. Ao avaliar
que são centrais, maiores que 3 cm, ou que tenham a radiografia de tórax, evidenciamos uma lesão
captação de linfonodos mediastinais ao PET, é obri- nodular em ápice de pulmão direito projetada sobre a
gatória a avaliação mediastinal por biópsia, para clavícula. Neste caso, a tomografia de tórax auxiliaria
definir tratamento. A biópsia por ser por mediasti- em uma melhor avaliação. As demais alterações des-
noscopia ou EBUS/EUS. critas nas outras alternativas não são encontradas.
✔ resposta: C ✔ resposta: B

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Imagem do tórax 

Questão 5 dificuldade:   de drogas endovenosas. O aspecto tomográfico é de


múltiplos nódulos bilaterais, bem ou mal definidos,
Y Dica do professor: A questão nos descreve um pa- predominantemente periféricos, mostrando graus
ciente com tosse, febre e dor pleurítica, com uma variados de escavação. Imagens triangulares peri-
radiografia de tórax que mostra opacidade em ter- féricas associadas frequentemente correspondem
ço inferior de hemitórax direito, sugerindo derrame a infartos por oclusão vascular. A embolia séptica
pleural. A dosagem da atividade de adenosina dea- pode cursar com derrame pleural uni ou bilateral.
minase (ADA) é um exame solicitado para avaliação
✔ resposta: E
do líquido pleural em casos de alta suspeição de
tuberculose. O teste é muito específico, de modo
a ser ótimo para descartar este diagnóstico. Um Questão 7 dificuldade:  
resultado positivo, por outro lado, pode ocorrer em
outras situações, como câncer. Y Dica do professor: A tomografia de tórax e abdome
superior consegue nos fornecer informações sobre
ALTERNATIVA A: INCORRETA. O adenocarcinoma é o
as características da lesão pulmonar, as suas rela-
tipo histológico mais comum de câncer de pulmão
ções com as estruturas adjacentes, a presença de
e, geralmente, se apresenta como um nódulo sub-
metástases linfonodais, mediastinais e a distância
sólido, sólido ou em padrão de vidro fosco.
e avalia derrames (pleural e pericárdico). A TC pode
ALTERNATIVA B: CORRETA. A clínica apresentada é ser usada para guiar biópsia de lesões periféricas
compatível, e os exames complementares firmam no pulmão. No entanto, a visualização e caracteri-
este como o diagnóstico mais provável. zação da árvore traqueobrôquica mais periférica
ALTERNATIVA C: INCORRETA. A sarcoidose se apre- não é possível com precisão.
senta também como nódulo pulmonar.
✔ resposta: B
ALTERNATIVA D: INCORRETA. A dengue pode de fato
se manifestar como efusão pleural e edema pulmo-
nar, mas é uma sintomatologia bastante rara. O ADA Questão 8 dificuldade:  
também fala contra este diagnóstico.
Y Dica do professor: Conceitos gerais de pneumo-
✔ resposta: B nias hospitalares e BCP aspirativa.
Assertiva 1: FALSA. As causadas dentro dos primeiros
Questão 6 dificuldade:    dias são por agentes da comunidade e sem perfil
de resistência ruim.
Y Dica do professor: O diagnóstico diferencial de Assertiva 2: VERDADEIRA. Esses agentes são intra-
nódulos escavados pulmonares inclui doenças celulares e raramente aparecem em cultura, sendo
neoplásicas e doenças infecciosas (embolia sépti- o diagnóstico feito por marcadores sorológicos (le-
ca, doenças granulomatosas etc.), além de outras gionella, micoplasma e clamídia).
etiologias menos frequentes (sarcoidose nodular,
Assertiva 3: FALSA. Lobos superiores são a principal
nódulos reumatoides, granulomatose de Wegener,
topografia desses abscessos. O restante das infor-
amiloidose nodular, entre outras). As causas mais
mações está correto.
comuns são as metástases escavadas e a embolia
séptica. A embolia séptica ocorre por embolização Assertiva 4: VERDADEIRA. TC de tórax é uma ferra-
de fragmentos infectados com microrganismos menta importante para esclarecimento diagnóstico
para os pulmões. A doença mais comumente é em pacientes com diagnósticos diferenciais não
secundária à endocardite direita ou à tromboflebite infecciosos/infecciosos pulmonares.
séptica, mas pode ocorrer secundariamente ao uso ✔ resposta: C
de cateteres endovasculares infectados (lembrar
do histórico de internação recente do paciente da
questão), a processos supurativos de pele, cabeça
ou pescoço, ou à contaminação relacionada ao uso

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Imagem do tórax Radiologia

Questão 9 dificuldade:  para lesão maligna, que correspondem a 35% dos


nódulos pulmonares solitários. Nódulos com cal-
Y Dica do professor: A drenagem pleural deve ser cificação difusa, central ou em pipoca (área com
o tratamento de escolha para os derrames parap- densidade de gordura corresponde ao hamartoma)
neumônicos volumosos (maiores que a metade do sugerem benignidade.
hemitórax) ou que se apresentem com Gram ou
✔ resposta: C
cultura positivos ou pH < 7,2, e no empiema franco.
Deve ser também considerada nos DPP recidivados
após toracocentese inicial ou nos pacientes com Questão 13 dificuldade: 
quadro clínico instável.
Dica do professor: Sabemos que o padrão descrito
resposta: B
Y

na questão é o de Penumonite Intersticial Usual (PIU),
caracterizado pela intensa fibrose e pela presença
Questão 10 dificuldade:   dos focos de faveolamento. Das patologias citadas,
temos um conceito bastante amplo de “Pneumonia
Y Dica do professor: Temos um paciente idoso, ex- intersticial”, que pode ser considerada apesar da
-tabagista, com passado de tuberculose, que apre- pouca especificação. A fibrose pulmonar idiopáti-
sentou nódulo pulmonar de 16 mm em lobo superior ca é o protótipo deste achado, e a sarcoidose tem,
esquerdo e sem calcificações. Trata-se de nódulo nos casos mais graves e terminais, o padrão de
indeterminado, pois não apresenta características fibrose pulmonar compatível com PIU. A tubercu-
de neoplasia maligna. Deve-se repetir a TC em três lose miliar se caracteriza pela presença de lesões
meses para acompanhar a evolução do nódulo. Caso multinodulares em ambos os pulmões, e não por
haja alteração, deve-se realizar biópsia. fibrose pulmonar em padrão PIU.
✔ resposta: E ✔ resposta: B

Questão 11 dificuldade:   Questão 14 dificuldade:  

Y Dica do professor: O asbesto é uma substância Y Dica do professor: A questão sugere a suspeição
carcinogênica e que está associada ao mesotelio- clínica de um quadro de Tromboembolismo Pulmo-
ma, além da asbestose (doença intersticial) e da nar. Para confirmação diagnóstica, o exame que se
paquipleuris (espessamento pleural fibrótico, com mostrou superior na detecção do quadro é a Angio-
ou sem derrame pleural associado). tomografia (superior à cintilografia ventilação/perfu-
✔ resposta: C Entretanto, a banca acabou dando como são). A ultrassonografia e a Ressonância Magnética
gabarito a letra B. não estão indicadas para diagnóstico do quadro.
✔ resposta: D
Questão 12 dificuldade:  

Y Dica do professor: Questão tranquila sobre nódulos


pulmonares. Na avaliação dos nódulos, devemos es-
tar atentos a sinais que apontem para malignidade
ou benignidade. Nódulos em pacientes com mais
de 35 anos, com história de tabagismo, maiores
do que 8 mm (ou 2 cm, segundo referências mais
antigas, fiquem atentos a este detalhe), com con-
tornos irregulares ou espiculados, com pneumonite
(vidro fosco) ou atelectasia associada, e localiza-
ção em lobos superiores devem levantar suspeita

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