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CURSO: JUR 4099 -DIREITO CONST.

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
AVALIAÇÃO PARA COMPOR A SEGUNDA N2 – VALOR 2,0
PROF. DR. ANTONIO EVALDO OLIVEIRA
INDIVIDUAL OU EM GRUPO DE ATÉ 3 – DATA PARA ENTREGA: 21/11/2023

-ACADÊMICA: Raquel Pires Tavares

-PESQUISA: DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, COM BASE NA CONSTITUIÇÃO

DO BRASIL DE 1988

A). CONCEITO;

A Constituição Federal de 1988 introduziu uma extensa proteção de direitos

fundamentais, essenciais para resguardar o indivíduo diante da atuação estatal. Baseados na

dignidade da pessoa humana, esses direitos, como vida, liberdade e propriedade, são

inalienáveis e buscam assegurar autonomia e proteção a todos os cidadãos. Localizados no

título II da Constituição Federal, buscam formas de estabelecer com que cada indivíduo tenha

seus direitos assegurados pelo Estado, são elementos essenciais do contrato social, cuja

inviolabilidade garante a integridade da relação entre o indivíduo e o Estado no contexto do

Estado Democrático de Direito.

Os direitos fundamentais, estabelecidos no contrato social entre o corpo social e o

Estado, são inalienáveis e essenciais para preservar a relação indivíduo-Estado. Sua

inviolabilidade garante a integridade dessa conexão, sendo crucial para o Estado Democrático

de Direito.
B). CARACTERÍSTICAS;

Os direitos fundamentais possuem características essenciais que moldam sua


aplicação no ordenamento jurídico. Destacam-se:

1. Universalidade: Abrangem toda a população, sem distinções, conforme


estabelecido na Constituição Federal de 1988.

2. Imprescritibilidade: Não prescrevem com o tempo, podendo ser exercidos a


qualquer momento, sem prazo de validade.

3. Inalienabilidade: Por natureza, são inalienáveis, não podendo ser transferidos,


ignorados ou negociados.

4. Relatividade: Embora universais, são relativos e podem ser ponderados conforme


situações e conflitos de interesses, sem perder sua aplicabilidade.

5. Complementariedade: Devem ser analisados em conjunto, sendo direitos


individuais e coletivos complementares.

6. Irrenunciabilidade: Não podem ser renunciados por nenhum indivíduo, sendo


inalienáveis por vontade própria.

7. Multifuncionalidade: Uma das características mais relevantes - indica que esse


documento é composto por um feixe de posições jurídicas distintas, toda disposição
de direito fundamental possui as dimensões do direito subjetivo.

C). DIMENSÕES;

As dimensões dos direitos fundamentais, divididas em Individual, Social e Política,

desempenham papéis distintos na construção de uma sociedade justa e livre no Brasil. A

Dimensão Individual protege a autonomia do cidadão, abrangendo direitos como vida,

intimidade, igualdade, liberdade e propriedade. A Dimensão Social visa garantir condições

dignas para todos, incluindo direitos coletivos como saúde, educação e meio ambiente
controlado. A Dimensão Política é crucial para a democracia, assegurando a participação

ativa dos cidadãos com direitos como liberdade de expressão, associação, voto e acesso à

informação.

Portanto a integração dessas dimensões proporciona a proteção abrangente dos

direitos fundamentais, promovendo uma sociedade igualitária e harmônica, atendendo às

necessidades individuais e demandas sociais e políticas.

D). DIREITO À VIDA;

O direito à vida é fundamental para a existência na sociedade, indo além da mera

garantia da vida em si. Envolve a busca por uma existência digna, preservando a integridade

física e moral de cada indivíduo. Além disso, práticas que humilham física e

psicologicamente, como coação e tortura, são expressamente proibidas pela Constituição

Federal, reforçando a proteção do direito à vida e repudiando a violência física e psicológica

contra qualquer indivíduo. O direito à vida está interligado com os outros direitos

fundamentais, como o direito à saúde, à alimentação, e à educação, seu reconhecimento e

proteção são essenciais para a construção de uma nação justa e respeitosa.

E). DIREITO À VIDA E ABORTO;

No Brasil, o aborto é considerado crime contra a vida, sendo permitido apenas em


casos de estupro, riscos para a mãe ou anencefalia fetal até vinte e duas semanas de
gravidez, denominado aborto ético ou humanitário. O direito à vida, por sua vez, assegura o
direito de nascer e permanecer vivo. Após vinte e duas semanas, o embrião é reconhecido
como nascituro, garantindo-lhe o direito à vida e tornando o aborto ilegal. Essa relação entre
o direito à vida e o contexto legal do aborto é complexa e envolve considerações éticas e
jurídicas.

F). PRINCÍPIO DA IGUALDADE.


O princípio da igualdade sustenta que todos são iguais perante a lei, buscando garantir

oportunidades idênticas independentemente de características como cor da pele, sexo,

trabalho ou classe social. Essa igualdade pode ser formal, assegurando tratamento igualitário

perante a lei, ou material, indo além da não discriminação para proporcionar oportunidades

equitativas a todos os membros da sociedade brasileira.

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