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Lição 4 - Comunicação e Liderança

1. Introdução
Comunicação: comunicação é o ato de tornar comum. Entende-se pela
transferência e a compreensão de um significado.

Algumas funções da comunicação no ambiente organizacional:


• Controlar o comportamento;
• Melhorar a motivação dos funcionários;
• Fornecer o meio para a expressão emocional;
• Oferecer as informações necessárias para a tomada de decisões;
• Entre outros.
Seguem, abaixo, os elementos do processo de comunicação e alguns exemplos
no ambiente corporativo.

Fonte: é a pessoa ou organização que deseja transmitir uma informação no


ambiente corporativo. Um exemplo de fonte pode ser um gerente que deseja
comunicar uma nova política interna para a equipe.

Codificação: é o processo pelo qual a mensagem é transformada em um for-


mato adequado para transmissão. Um exemplo de codificação é a elaboração
de um e-mail com as informações sobre a nova política interna.

Mensagem: é a informação a ser transmitida no ambiente corporativo. Um


exemplo de mensagem pode ser a comunicação de uma mudança na política
de reembolso de despesas.

Canal: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida no ambiente corpo-


rativo. Um exemplo de canal pode ser o envio de um e-mail para todos os
funcionários da empresa.

Decodificação: é o processo pelo qual o receptor interpreta a mensagem no


ambiente corporativo. Um exemplo de decodificação é a leitura e compreen-
são do e-mail pelos funcionários.

Receptor: é a pessoa ou grupo que recebe a mensagem no ambiente corpora-


tivo. Um exemplo de receptor são os funcionários da empresa que recebem o
e-mail sobre a mudança na política de reembolso.

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Ruído: são as interferências que podem afetar a transmissão e compreensão
da mensagem no ambiente corporativo. Um exemplo de ruído pode ser a falta
de clareza na mensagem ou a leitura incompleta do e-mail.

Feedback: é a resposta ou reação do receptor à mensagem no ambiente cor-


porativo. Um exemplo de feedback pode ser a confirmação do entendimento
da nova política de reembolso por parte dos funcionários.

Fonte Receptor
Mensagem Codificação
Mensagem Codificação
a ser da Canal
recebida decodificada
enviada mensagem

Ruído

Feedback

É importante destacar que, além de o canal ser a mídia através da qual a men-
sagem é transmitida, existem dois tipos de canais no ambiente corporativo:
canais formais e canais informais.

Os canais formais são aqueles estabelecidos pela empresa e que seguem a


hierarquia organizacional. Eles são estruturados, padronizados e possuem
regras e procedimentos estabelecidos pela organização. A comunicação ofi-
cial da empresa, como memorandos, relatórios, reuniões e e-mails oficiais, é
um exemplo de canais formais.

Já os canais informais são aqueles que surgem naturalmente entre os mem-


bros da organização, sem estarem estabelecidos formalmente. Eles são ba-
seados em relações pessoais e de confiança, sendo utilizados para transmitir
informações que não se enquadram nos canais formais. Alguns exemplos de
canais informais são conversas informais no corredor, redes sociais internas
e grupos de discussão.

A diferença entre os canais formais e os informais é a de que os canais formais


são estabelecidos pela organização e seguem as normas e procedimentos es-
tabelecidos pela empresa, enquanto os canais informais são mais flexíveis e
não seguem as regras e procedimentos da organização.

Os canais formais são importantes para a comunicação oficial da empresa


e para garantir que as informações sejam transmitidas de forma clara e
objetiva, enquanto os canais informais são importantes para a comunica-
ção informal e para a criação de relações de confiança entre os membros
da organização.

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Uma das etapas mais importantes para se conseguir uma comunicação
eficaz é reconhecer e compreender por que ocorrem desentendimentos:
• O que é importante para nós pode não ser para uma outra pessoa;
• Às vezes, não comunicamos o que pretendemos;
• A comunicação é 7% verbal e 93% não verbal (sentimentos, pensamentos,
experiências, percepções e interpretações).

Alguns significados da Comunicação para melhoria do Comportamento


Organizacional:
• A troca de informações entre os membros de uma organização, incluindo
a transmissão de instruções, feedback, sugestões e outros tipos de
comunicação relacionados ao trabalho;
• A ferramenta essencial para o trabalho em equipe e para a coordenação de
esforços, permitindo que os membros da organização se comuniquem de
forma efetiva para alcançar os objetivos da empresa;
• O processo de comunicação formal e informal que ocorre entre os
membros da organização, incluindo a comunicação vertical (entre
gerentes e subordinados) e a comunicação horizontal (entre membros do
mesmo nível hierárquico);
• A habilidade de se comunicar de forma clara e efetiva em diferentes
situações, incluindo a comunicação escrita, verbal e não verbal;
• O processo que permite a resolução de conflitos e problemas dentro da
organização, por meio da comunicação aberta e da negociação;
• A capacidade de criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo, por
meio da comunicação aberta e do feedback regular entre os membros da
organização;
• A disciplina que estuda a comunicação no contexto organizacional,
incluindo as melhores práticas para a comunicação efetiva e a forma
como a comunicação afeta o comportamento e o desempenho dos
membros da organização.

Resumidamente, “comunicação é tornar comum!”.

2. Tipos de Comunicação
Comunicação verbal: a comunicação verbal é a transmissão de uma mensa-
gem por meio da linguagem falada ou escrita.

Vantagens: incluem a capacidade de transmitir informações de forma rápida


e precisa, possibilitando um feedback imediato e uma troca mais efetiva de
ideias. No ambiente corporativo, a comunicação verbal pode ser usada em re-
uniões, apresentações, discussões, entrevistas e outras situações de interação.

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Desvantagens: é a possibilidade de mal-entendidos decorrentes da falta de
clareza ou de contexto.

Comunicação não verbal: a comunicação não verbal é aquela que utiliza


gestos, expressões faciais, postura e outros sinais não verbais para transmitir
uma mensagem.

Vantagens: incluem a possibilidade de transmitir emoções e sentimentos que


não podem ser expressos apenas por palavras, além de possibilitar a comuni-
cação em ambientes em que o uso da linguagem verbal é limitado ou impos-
sível. No ambiente corporativo, a comunicação não verbal pode ser utilizada
em apresentações, entrevistas e até mesmo em situações informais, como
durante o almoço.

Desvantagens: incluem o risco de interpretações equivocadas e a necessida-


de de uma atenção mais cuidadosa aos sinais enviados.

2.1. Comunicação escrita

A comunicação escrita é aquela que utiliza a palavra escrita para transmitir


uma mensagem.

Vantagens: incluem a possibilidade de revisão e edição, além de uma docu-


mentação clara e precisa do que foi comunicado. No ambiente corporativo, a
comunicação escrita pode ser usada em e-mails, relatórios, atas de reunião,
cartas e outros documentos formais.

Desvantagens: é a possibilidade de uma resposta mais lenta, bem como a


dificuldade de transmitir emoções e sentimentos.

É importante destacar que a escolha do tipo de comunicação mais adequado


no ambiente corporativo dependerá das circunstâncias, do objetivo da men-
sagem e do perfil dos interlocutores. É preciso levar em conta as caracterís-
ticas de cada um desses tipos de comunicação, a fim de utilizá-los de forma
eficaz e evitar possíveis mal-entendidos ou falhas na comunicação.

2.2. A Comunicação e o Direcionamento Ocular

A relação entre a comunicação e o direcionamento ocular é conhecida como


a Teoria da Programação Neurolinguística (PNL), que sugere que as pessoas
processam informações de forma diferente com base na sua preferência
sensorial, que pode ser visual, auditiva, digital ou sinestésica.

Visual: as pessoas que têm uma preferência sensorial visual tendem a pro-
cessar melhor informações através da visão. Elas geralmente gostam de ler e
ver imagens, gráficos e diagramas para entender a informação. Essas pessoas
tendem a olhar para cima e para a direita quando estão tentando visualizar
ou lembrar algo.

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Auditivo: as pessoas que têm uma preferência sensorial auditiva tendem a
processar melhor informações através da audição. Elas geralmente preferem
ouvir palestras, discussões e gravações para entender a informação. Essas
pessoas tendem a olhar para os lados e para a direita quando estão tentando
lembrar algo que ouviram.

Digital: as pessoas que têm uma preferência sensorial digital tendem a proces-
sar melhor informações através da lógica e da compreensão conceitual. Elas
geralmente gostam de analisar e comparar informações para entender a infor-
mação. Essas pessoas tendem a olhar para baixo e para a esquerda quando estão
pensando em algo.

Sinestésico: as pessoas que têm uma preferência sensorial sinestésica ten-


dem a processar melhor informações através do toque e da experiência prá-
tica. Elas geralmente preferem fazer e sentir as coisas para entender a infor-
mação. Essas pessoas tendem a olhar para baixo e para a direita quando estão
tentando lembrar algo que fizeram.

Ao entender a preferência sensorial das pessoas, é possível ajustar a lingua-


gem e o estilo de comunicação para se adequar melhor às necessidades dos
interlocutores, aumentando, assim, a eficácia da comunicação. Por exemplo,
ao apresentar informações para alguém que tem uma preferência sensorial
visual, pode ser útil incluir gráficos e diagramas para facilitar a compreensão.
Já para alguém com uma preferência sensorial auditiva, é importante utilizar
uma linguagem clara e objetiva e dar espaço para que a pessoa possa fazer
perguntas e comentários durante a comunicação.

2.3. Rapport

O Rapport é a essência da comunicação, Rapport é fazer com que dois sejam


um. Rapport é um termo utilizado para descrever a sensação de harmonia
e conexão que se estabelece entre duas ou mais pessoas em uma interação
social. É uma espécie de sintonia que ocorre quando as pessoas se sentem
confortáveis e confiantes na presença umas das outras. Quando há Rapport, a
comunicação flui de maneira mais natural e agradável, facilitando a troca de
informações e ideias.

No contexto organizacional, o Rapport é importante porque pode ajudar a


melhorar o comportamento das equipes e o clima organizacional de maneira
geral. Quando os colaboradores estabelecem um bom Rapport entre si e com
seus líderes, eles se sentem mais motivados a trabalhar juntos em prol de ob-
jetivos comuns. A confiança mútua que se estabelece pode reduzir conflitos e
aumentar a colaboração.

Além disso, quando há Rapport, a comunicação se torna mais efetiva. As pes-


soas se sentem mais confortáveis em expor suas ideias e opiniões, o que pode

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levar a soluções criativas e inovadoras para os desafios enfrentados pela or-
ganização. Por outro lado, quando não há Rapport, a comunicação pode ser
prejudicada por mal-entendidos, conflitos e resistência a mudanças.

Para estabelecer Rapport em uma organização, é importante que os lí-


deres e colaboradores desenvolvam habilidades de comunicação, como
a capacidade de ouvir ativamente e demonstrar empatia pelos outros.
Além disso, é importante criar um ambiente de trabalho que incentive a
confiança e a colaboração, por exemplo, por meio de atividades de team
building e reconhecimento de desempenho.

Em resumo, o Rapport é um elemento-chave para uma comunicação efetiva


e para a melhoria do comportamento organizacional. Quando as pessoas se
sentem conectadas e confiantes em suas interações, elas tendem a trabalhar
melhor juntas, o que pode levar a melhores resultados para a organização
como um todo.

O Rapport é:
• Uma conexão emocional e de confiança estabelecida entre duas ou mais
pessoas;
• Uma sensação de sintonia e harmonia que facilita a comunicação;
• Um ambiente confortável e acolhedor onde as pessoas se sentem à
vontade para se expressar;
• Uma atitude de respeito e empatia em relação ao outro;
• Um processo mútuo que envolve ouvir ativamente, demonstrar interesse
e ser receptivo às ideias do outro;
• Uma habilidade que pode ser desenvolvida por meio da prática e do
aprimoramento das habilidades de comunicação.
O Rapport não é:
• Uma técnica de manipulação para persuadir as pessoas a concordar com
algo;
• Uma forma de ser falso ou inautêntico para agradar os outros;
• Algo que pode ser estabelecido de maneira unilateral, sem a participação e
aceitação do outro;
• Uma garantia de que as pessoas sempre estarão de acordo umas com as
outras;
• Uma solução mágica para todos os problemas de comunicação ou
comportamentais em uma organização.

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A Comunicação Eficaz é capaz de:
• Transformar o outro;
• Mudar o comportamento;
• Informar;
• Convencer;
• Persuadir.
A partir dessa teoria, os objetivos da comunicação são os seguintes.

A comunicação é uma das habilidades mais importantes para qualquer pro-


fissional. Ela é essencial para transmitir ideias, informações e conhecimentos
e pode ser utilizada de diferentes formas para alcançar diferentes objetivos.

A teoria dos objetivos da comunicação estabelece que existem três principais


objetivos que podem ser alcançados por meio da comunicação: informativo,
de convencimento e persuasivo. Cada um desses objetivos envolve um tipo
diferente de apelo e é utilizado em diferentes contextos e situações.

Informativo: um apelo à mente.

É aquele que busca transmitir informações de forma clara e objetiva, sem


buscar influenciar as emoções ou crenças das pessoas. Esse tipo de comu-
nicação é utilizado em situações em que é importante transmitir dados
e fatos precisos e confiáveis, sem criar expectativas exageradas ou gerar
dúvidas e confusões. O apelo desse tipo de comunicação é direcionado à
mente, buscando fazer com que as pessoas entendam e memorizem a in-
formação.

Convencimento: um apelo à consciência.

É aquele que busca influenciar a consciência das pessoas, mostrando os be-


nefícios de uma determinada ideia, produto ou serviço. Esse tipo de comu-
nicação é utilizado em situações em que é necessário mudar a opinião ou
o comportamento das pessoas, mostrando que uma determinada ação é a
melhor escolha. O apelo desse tipo de comunicação é dirigido à razão, bus-
cando fazer com que as pessoas concordem com uma determinada ideia ou
proposta.

Persuasivo: um apelo à alma, às emoções.

É aquele que busca apelar às emoções das pessoas, buscando influenciar suas
crenças e comportamentos por meio de argumentos emocionais. Esse tipo
de comunicação é utilizado em situações em que é necessário gerar uma res-
posta emocional, como vender um produto ou serviço, motivar as pessoas ou

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inspirar mudanças de comportamento. O apelo desse tipo de comunicação
é dirigido à alma, buscando fazer com que as pessoas se sintam inspiradas e
motivadas a agir de uma determinada maneira.

Em resumo, a teoria dos objetivos da comunicação ajuda a entender que a


comunicação pode ser utilizada de diferentes formas para alcançar diferen-
tes objetivos. Cada objetivo envolve um tipo diferente de apelo e é utiliza-
do em diferentes contextos e situações, permitindo que as pessoas utilizem
a comunicação de forma estratégica para alcançar seus objetivos pessoais e
profissionais.

CUIDADO!!!

O excesso de informações gera confusão na mente das pessoas.

Quando você for o RECEPTOR, tenha a humildade em dizer: “Eu não entendi
o que você disse!”; “Você pode ser mais objetivo? Ou... você poderia repetir?”

Quando você for o EMISSOR e perceber que a pessoa não entendeu o que
você falou, tenha, também, a humildade em perguntar: “Você entendeu o que
eu disse?”; “Você pode repetir o que você entendeu?”

3. Estilos de Comunicação
Os estilos de comunicação são formas distintas de se comunicar que podem
influenciar o relacionamento interpessoal, a tomada de decisão e a resolução
de conflitos. Entre os principais estilos de comunicação, estão o complementar,
cruzada e ulterior.

Complementar: o estímulo é enviado e volta pelo mesmo caminho, é aque-


le em que as pessoas usam padrões de comunicação diferentes e comple-
mentares para atingir um objetivo comum. Nesse estilo, uma pessoa tende
a ser mais dominante e assertiva enquanto a outra é mais passiva e recep-
tiva. Esse estilo de comunicação é útil em situações em que uma pessoa
precisa liderar e tomar decisões, enquanto a outra precisa seguir e exe-
cutar tarefas. Um exemplo de estilo de comunicação complementar é um
gerente que precisa liderar uma equipe, enquanto um membro da equipe
precisa executar as tarefas.

Cruzada: o estímulo é enviado com um objetivo e a resposta volta por um


caminho diferente. Na maioria das vezes, provoca situações negativas, sendo
aquele em que as pessoas usam padrões de comunicação opostos e incom-
patíveis, criando uma dinâmica de conflito e tensão. Nesse estilo, uma pessoa
tende a ser mais dominante e assertiva enquanto a outra também é domi-
nante e assertiva, criando uma disputa de poder. Esse estilo de comunicação
é geralmente prejudicial, pois pode levar a confrontos e desentendimentos.
Um exemplo de estilo de comunicação cruzada é uma discussão acalorada
entre dois colegas de trabalho que têm ideias diferentes sobre como realizar
uma tarefa.

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Ulterior: são conhecidas como ocultas, contendo uma mensagem social-
mente aceitável e uma oculta, que é a mais importante, constituindo o ver-
dadeiro objetivo da comunicação. É aquele em que as pessoas usam padrões
de comunicação ambíguos e indiretos, geralmente com segundas intenções.
Nesse estilo, uma pessoa pode dizer uma coisa, mas, na verdade, quer dizer
outra coisa. Esse estilo de comunicação pode ser prejudicial, pois pode levar
a mal-entendidos e falta de confiança. Um exemplo de estilo de comunicação
ulterior é um colega de trabalho que diz que está tudo bem, mas, na verdade,
está chateado com algo que aconteceu no escritório.

Os estilos de comunicação podem influenciar o relacionamento interpes-


soal e a resolução de conflitos. O estilo complementar é útil em situações em
que uma pessoa precisa liderar e tomar decisões, enquanto a outra precisa
seguir e executar tarefas. Já o estilo cruzado pode levar a confrontos e de-
sentendimentos, enquanto o estilo ulterior pode levar a mal-entendidos e
falta de confiança. É importante conhecer e entender os diferentes estilos de
comunicação para escolher a abordagem mais adequada em cada situação.

4. As Três Peneiras da Assertividade


As três peneiras da assertividade na comunicação são uma técnica que ajuda
a avaliar se é adequado falar algo ou não. Essas três peneiras são: “Vai ser bom
falar?”, “Vai ser útil falar?” e “É necessário falar?”.

A primeira peneira, “Vai ser bom falar?”, refere-se à avaliação do impacto


emocional da mensagem que se deseja transmitir. Isso significa que, antes
de falar, é preciso considerar se o que se tem a dizer é algo que irá fazer bem
ou mal ao receptor da mensagem. É importante lembrar que, mesmo que a
mensagem seja verdadeira, pode ser inapropriada ou mal interpretada pelo
outro, o que pode gerar conflitos ou problemas no relacionamento.

A segunda peneira, “Vai ser útil falar?”, está relacionada à avaliação do valor
prático da mensagem. Nesse caso, é preciso considerar se a mensagem é rele-
vante e se tem alguma utilidade ou benefício para o receptor. Se a mensagem
não for útil, então pode ser considerada uma perda de tempo e energia.

Por fim, a terceira peneira, “É necessário falar?”, está relacionada à avalia-


ção da importância e necessidade da mensagem. É preciso considerar se a
mensagem é realmente importante e necessária ou se pode ser deixada de
lado. Nesse caso, é importante avaliar se a mensagem pode causar algum
prejuízo, se não for transmitida, ou se pode gerar algum benefício, se for
compartilhada.

É importante lembrar que a assertividade na comunicação não significa ser


agressivo ou rude. Pelo contrário, ser assertivo significa ser claro, objetivo e
direto na comunicação, expressando os sentimentos e necessidades de forma
respeitosa e sem violar os direitos do outro.

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As três peneiras da assertividade na comunicação são uma técnica útil para
avaliar se é adequado falar algo ou não. Ao considerar se é bom falar, se é útil
falar e se é necessário falar, é possível evitar conflitos, mal-entendidos e des-
perdício de energia na comunicação.

Entonação: é a forma como você diz as coisas!

Mude seu tom e você mudará o significado do que


está dizendo:
Colocação da ênfase O que significa
Por que eu não levo você para jantar Pensava em levar outra pessoa.
hoje?
Por que eu não levo você para jantar Ao invés daquele sujeito com que você
hoje? anda saindo.
Por que eu não levo você para jantar Procurando um motivo para não
hoje? fazê-lo.
Por que eu não levo você para jantar Você tem algum problema em relação
hoje? a mim?
Por que eu não levo você para jantar Ao invés de você ir sozinho.
hoje?
Por que eu não levo você para jantar Ao invés de almoçar amanhã.
hoje?
Por que eu não levo você para jantar E não amanhã a noite.
hoje?

A entonação é uma parte fundamental da comunicação, que pode influen-


ciar a interpretação da mensagem transmitida. Por isso, é importante saber
fazer a entonação da frase corretamente, evitando possíveis mal-entendidos
e problemas de comunicação.

Uma das principais consequências de não saber fazer a entonação correta-


mente é a possibilidade de transmitir uma mensagem diferente daquela que
se pretende. Por exemplo, uma frase que deveria ser interpretada como uma
pergunta pode ser interpretada como uma afirmação, dependendo da ento-
nação utilizada. Isso pode levar a situações de confusão, mal-entendidos e, até
mesmo, conflitos interpessoais.

Além disso, a entonação inadequada também pode transmitir emoções e ati-


tudes diferentes das pretendidas, influenciando na percepção do interlocutor
sobre o emissor da mensagem. Por exemplo, uma frase dita com tom de sar-
casmo pode transmitir uma mensagem de desrespeito ou desdém, mesmo
que o conteúdo da frase seja positivo.

Outro perigo da falta de habilidade na entonação é a possibilidade de trans-


mitir insegurança, falta de confiança ou falta de credibilidade, o que pode
prejudicar a imagem e reputação do emissor da mensagem. Isso pode ser

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especialmente crítico em situações de negociação, liderança ou tomada de
decisões, onde a confiança e a credibilidade são fundamentais para o sucesso
da comunicação.

Para evitar esses perigos, é importante desenvolver a habilidade de fazer a


entonação da frase corretamente, considerando o contexto da comunica-
ção, o objetivo da mensagem e o perfil do interlocutor. É importante também
prestar atenção à linguagem corporal e outras pistas não verbais que possam
ajudar a transmitir a mensagem de forma adequada.

Em resumo, a entonação é uma parte fundamental da comunicação, que


pode influenciar significativamente a interpretação da mensagem transmi-
tida. Por isso, é importante desenvolver habilidades nessa área e estar atento
aos perigos da falta de habilidade na entonação da frase.

5. A Comunicação Eletrônica e/ou Digital


A comunicação eletrônica é uma forma cada vez mais comum de comuni-
cação nos dias de hoje e inclui diversos meios, tais como e-mails, mensagens
instantâneas, videochamadas e emoticons. Cada meio apresenta vantagens e
desvantagens próprias, as quais serão abordadas a seguir.

E-mails: os e-mails são uma forma de comunicação eletrônica que permite


enviar mensagens de texto e arquivos anexados para um ou mais destina-
tários. Entre as principais vantagens, podemos destacar a possibilidade de
enviar mensagens detalhadas e bem estruturadas, além de poder ser aces-
sado de qualquer lugar com acesso à internet. Porém, uma das principais
desvantagens é a dificuldade em manter a atenção do destinatário, que pode
se distrair ou não ter tempo para ler o e-mail completo.

Mensagens instantâneas: as mensagens instantâneas são uma forma de


comunicação em tempo real, permitindo enviar mensagens curtas e dire-
tas para um ou mais destinatários. Entre as principais vantagens, podemos
destacar a praticidade e rapidez em enviar e receber mensagens, além de
permitir a troca de informações em tempo real. Porém, as principais desvan-
tagens incluem a possibilidade de mal-entendidos devido à falta de contexto
e comunicação não verbal, além de ser mais difícil manter a privacidade das
conversas.

Videochamada: as videochamadas são uma forma de comunicação eletrôni-


ca que permite a interação visual e auditiva em tempo real. Entre as princi-
pais vantagens, podemos destacar a possibilidade de interação visual e audi-
tiva, além de permitir a realização de reuniões virtuais e a distância. Porém, as
principais desvantagens incluem a necessidade de equipamentos adequados
e conexão de internet estável, além de poder gerar interrupções ou distrações
durante a conversa.

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Emoticons: os emoticons são símbolos gráficos utilizados para expressar
emoções em mensagens eletrônicas. Entre as principais vantagens, podemos
destacar a possibilidade de transmitir emoções em mensagens curtas e di-
retas, além de facilitar a compreensão das mensagens. Porém, as principais
desvantagens incluem a possibilidade de mal-entendidos devido à interpreta-
ção subjetiva dos símbolos, além de poderem ser mal utilizados em situações
inadequadas.

A comunicação eletrônica apresenta diversas vantagens e desvantagens,


sendo importante escolher a forma mais adequada para cada situação e
contexto, considerando as necessidades e limitações de cada indivíduo e
organização.

6. O Que é Liderança?
6.1. Liderança

A incrível capacidade de influenciar uma ou um grupo de pessoas de forma


espontânea para alcançar metas e objetivos.

Liderança é um elemento crucial para influenciar o comportamento organi-


zacional. Ela é a capacidade de uma pessoa influenciar e estimular positiva-
mente um grupo de indivíduos a trabalhar em direção a um objetivo comum.
A liderança é necessária em todos os tipos de organizações, desde pequenas
empresas até grandes corporações. A liderança eficaz pode ajudar a melhorar
a produtividade, a qualidade do trabalho e a satisfação do funcionário, além
de criar um ambiente de trabalho positivo e saudável.

Uma das principais funções de um líder é estimular sua equipe. Isso pode ser
feito através de incentivos e recompensas, bem como através da criação de
um ambiente de trabalho que encoraje e inspire os funcionários. Um líder
eficaz também é capaz de resolver conflitos e promover a colaboração entre
os membros da equipe. Ele deve ter habilidades interpessoais e ser capaz de
se comunicar de forma clara e eficaz com sua equipe.

Outro aspecto importante da liderança é a capacidade de tomar decisões e


assumir riscos calculados. Um líder deve ser capaz de analisar informações
e tomar decisões rápidas e precisas. Ele também deve ser capaz de avaliar
e gerenciar riscos, para minimizar os impactos negativos nas operações da
empresa.

A liderança eficaz também é importante para criar um clima bom e uma cul-
tura organizacional positiva. Um líder deve ser capaz de definir e comuni-
car os valores e a visão da empresa, para que todos os membros da equipe
possam trabalhar em harmonia para alcançar objetivos comuns. Ele também
deve ser capaz de estabelecer normas e padrões de desempenho claros e jus-
tos, para que todos os membros da equipe possam entender o que é esperado
deles.

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Um líder eficaz também deve ser capaz de desenvolver e treinar sua equipe.
Isso pode ser feito através do estabelecimento de programas de treinamen-
to e desenvolvimento, bem como através da criação de um ambiente de tra-
balho que incentive o aprendizado e o desenvolvimento contínuo. Um líder
também deve ser capaz de fornecer feedback construtivo e orientação aos
membros da equipe para ajudá-los a melhorar seu desempenho.

A liderança é fundamental para o comportamento organizacional, pois um


líder eficaz é capaz de motivar, inspirar e guiar sua equipe para alcançar obje-
tivos comuns. Ele também é capaz de criar uma cultura organizacional positi-
va e desenvolver a equipe, o que pode levar a um aumento da produtividade,
qualidade do trabalho e satisfação do funcionário. A liderança eficaz é um
ingrediente-chave para o sucesso de qualquer organização.

Existem vários tipos e estilos de liderança, cada um com suas próprias ca-
racterísticas e abordagens. O estilo de liderança adotado por um líder pode
ter um impacto significativo no comportamento organizacional e na cultura
da empresa. Abaixo, vamos discutir alguns dos principais tipos e estilos de
liderança e como eles podem influenciar o comportamento organizacional.

Liderança autocrática: nesse estilo de liderança, o líder tem controle total so-
bre as decisões e direcionamento da empresa. Ele não compartilha poder ou
responsabilidade com a equipe, geralmente tomando decisões sem levar em
consideração as opiniões e ideias dos funcionários. Esse estilo de liderança
pode ser eficaz em situações de crise ou em empresas com hierarquias bem
estabelecidas, mas pode criar um ambiente de trabalho autoritário e desmo-
tivador. Um exemplo de liderança autocrática seria um CEO que toma todas
as decisões sozinho, sem levar em conta a opinião da equipe.

Liderança democrática: nesse estilo de liderança, o líder envolve a equipe


nas decisões e direcionamento da empresa. Ele incentiva a participação e a
colaboração e valoriza as opiniões e ideias dos funcionários. Esse estilo de
liderança pode ser eficaz em empresas que valorizam a inovação e a criati-
vidade, podendo criar um ambiente de trabalho positivo e colaborativo. Um
exemplo de liderança democrática seria um gerente que consulta a equipe
antes de tomar decisões importantes.

Liderança transacional: nesse estilo de liderança, o líder estabelece recom-


pensas e punições para os funcionários, com base em seu desempenho e re-
sultados. Ele usa a motivação extrínseca para incentivar a equipe a trabalhar
mais duro e alcançar os objetivos da empresa. Esse estilo de liderança pode
ser eficaz em empresas com equipes orientadas a resultados, mas pode criar
um ambiente de trabalho competitivo e individualista. Um exemplo de lide-
rança transacional seria um gerente que oferece um bônus aos funcionários
que alcançam suas metas de vendas.

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Liderança transformacional: nesse estilo de liderança, o líder inspira e moti-
va a equipe a alcançar um objetivo comum. Ele foca no desenvolvimento pes-
soal e profissional dos funcionários e promove a inovação e a mudança. Esse
estilo de liderança pode ser eficaz em empresas que buscam crescimento e
mudança, podendo criar um ambiente de trabalho dinâmico e engajador. Um
exemplo de liderança transformacional seria um líder que encoraja a equipe
a pensar fora da caixa e busca constantemente novas oportunidades.

Liderança situacional: nesse estilo de liderança, o líder adapta sua aborda-


gem de acordo com a situação e o nível de habilidade dos funcionários. Ele
pode ser mais diretivo em situações de crise ou mais colaborativo em situa-
ções de mudança. Esse estilo de liderança pode ser eficaz em empresas com
equipes diversificadas em termos de habilidades e experiências, podendo
criar um ambiente de trabalho flexível e adaptável. Um exemplo de liderança
situacional seria um gerente que fornece orientação e suporte aos funcioná-
rios iniciantes, mas permite que os funcionários experientes trabalhem de
forma mais independente.

Liderança laissez-faire: nesse estilo de liderança, o líder delega poder e res-


ponsabilidade aos funcionários, deixando-os trabalhar de forma indepen-
dente. Ele não oferece muita orientação ou supervisão e geralmente não
interfere nas decisões dos funcionários. Esse estilo de liderança pode ser efi-
caz em empresas com equipes experientes e autônomas, mas pode criar um
ambiente de trabalho desorganizado e sem direção. Um exemplo de lideran-
ça laissez-faire seria um líder que delega tarefas aos funcionários sem muita
supervisão ou orientação.

Liderança carismática: esse estilo de liderança é baseado na personalidade e


habilidades de liderança do indivíduo. O líder carismático é altamente moti-
vador, inspirador e persuasivo, conseguindo influenciar a equipe a alcançar
objetivos ambiciosos. Esse estilo de liderança pode ser eficaz em empresas
que buscam inovação e mudança, mas pode criar um ambiente de trabalho
dependente do líder e desmotivador quando esse líder não está presente. Um
exemplo de liderança carismática seria Steve Jobs, fundador da Apple, que
inspirou a equipe a criar produtos inovadores e revolucionários.

Liderança de nível 5: esse estilo de liderança foi identificado por Jim Collins
em seu livro “Empresas Feitas para Vencer”. O líder de nível 5 é caracteriza-
do por uma mistura de humildade pessoal e ambição profissional. Ele é alta-
mente comprometido com o sucesso da empresa, mas coloca os interesses
da equipe e da organização acima dos seus próprios interesses. Esse estilo de
liderança pode ser eficaz em empresas com uma cultura forte e foco em lon-
go prazo, podendo criar um ambiente de trabalho positivo e colaborativo. Um
exemplo de liderança de nível 5 seria Herb Kelleher, fundador da Southwest
Airlines, que se concentrava na criação de uma cultura forte e na satisfação
dos funcionários.

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Os diferentes estilos de liderança podem afetar o comportamento organi-
zacional de maneiras distintas. Cabe aos líderes identificar qual estilo de
liderança é mais adequado à cultura e objetivos da empresa, a fim de in-
fluenciar positivamente o comportamento da equipe e alcançar o sucesso
organizacional.

7. Atualmente
Atualmente, os líderes desempenham diversos papéis, incluindo o de
mentor, coach, líder on-line, autoliderança e empowerment. Neste texto,
vamos explorar cada um desses papéis e entender como eles influenciam
o comportamento organizacional.

Mentor: um mentor é um líder experiente que oferece orientação, conselhos


e suporte a indivíduos que estão iniciando suas carreiras profissionais. O
mentor compartilha seus conhecimentos e experiências, fornecendo orien-
tação para que os liderados possam desenvolver suas habilidades e crescer
profissionalmente. O mentor também ajuda a estabelecer metas e a criar pla-
nos para alcançá-las. A liderança do mentor é essencial em organizações que
buscam reter e desenvolver talentos, promovendo a aprendizagem contínua
e o desenvolvimento de habilidades.

Coach: o papel do coach é desenvolver as habilidades e competências de in-


divíduos ou equipes, a fim de melhorar o desempenho profissional e alcançar
objetivos específicos. O coach trabalha em conjunto com os liderados, forne-
cendo feedback e orientação para melhorar seu desempenho e desenvolvi-
mento de habilidades. O coaching é uma prática valiosa em organizações que
valorizam o desenvolvimento contínuo de seus funcionários.

Liderança on-line: a liderança on-line é a habilidade de liderar equipes em


um ambiente virtual. Com o aumento do trabalho remoto, a liderança on-line
se tornou cada vez mais importante. A liderança on-line envolve a comuni-
cação eficaz, estabelecimento de metas claras e acompanhamento do desem-
penho da equipe. Um bom líder on-line sabe como manter a equipe engajada,
motivada e produtiva, mesmo em um ambiente virtual.

Autoliderança: a autoliderança é a habilidade de liderar a si mesmo. É a prá-


tica de definir objetivos pessoais, motivar-se e gerenciar seu próprio desem-
penho. A autoliderança é importante para aprimorar as habilidades pessoais
e profissionais e alcançar o sucesso pessoal e profissional. Um líder autoge-
renciado é alguém que é capaz de se automotivar e que se mantém produtivo
e focado, mesmo em situações difíceis.

Empowerment: o empowerment é o processo de dar poder aos funcioná-


rios, permitindo que eles assumam responsabilidade por suas próprias ações
e tomem decisões importantes em nome da organização. O empowerment
ajuda a aumentar a satisfação e o engajamento dos funcionários, melhoran-

39
do a qualidade do trabalho e reduzindo a rotatividade. A liderança empode-
rada é essencial em organizações que desejam manter uma cultura de ino-
vação e criatividade, onde os funcionários são incentivados a assumir riscos
e a pensar fora da caixa.

A liderança contemporânea exige que os líderes desempenhem diversos


papéis, incluindo mentor, coach, líder on-line, autoliderança e empower-
ment. Cada um desses papéis desempenha uma função importante no de-
senvolvimento e no engajamento dos funcionários, bem como na melhoria
do comportamento organizacional.

8. Curiosidades sobre a Matriz 9x9


Alto 9

9 1,9 9,9

7
Voltado as pessoas

5 5,5

3
Baixo 1

1 1,1 9,1

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Baixo Voltado à produção Alto

A matriz 9x9 é uma ferramenta que foi desenvolvida por Robert Blake e
Jane Mouton para ajudar os líderes a entenderem os diferentes estilos de
liderança e como aplicá-los em diferentes situações. A matriz é composta
por nove pontos em cada um dos dois eixos, que representam nove graus
de preocupação com as pessoas e nove graus de preocupação com a tarefa.

A preocupação com as pessoas refere-se à atenção que um líder dedica ao


bem-estar, desenvolvimento e satisfação dos membros da equipe, enquanto
a preocupação com a tarefa refere-se à importância que um líder atribui à
realização dos objetivos e metas da organização.

40
Os nove pontos ao longo de cada eixo representam um espectro de preocu-
pação com as pessoas e tarefas, variando de baixa preocupação a alta preocu-
pação. A interseção dos dois eixos resulta em uma matriz 9x9, que representa
81 diferentes estilos de liderança.

Cada um desses estilos de liderança tem suas próprias características e é


mais adequado para diferentes situações e contextos. Por exemplo, um líder
que se concentra apenas na tarefa e tem pouca preocupação com as pessoas
pode ser eficaz em um ambiente de produção em massa, onde as metas de
produção são a principal preocupação. Por outro lado, um líder que se con-
centra apenas nas pessoas e não dá importância à tarefa pode ser eficaz
em um ambiente de equipe altamente colaborativo, onde a satisfação e o
desenvolvimento dos membros da equipe são fundamentais.

Entre os 81 estilos de liderança da matriz 9x9, quatro deles são considerados


ideais.

Liderança de equipe: alta preocupação com as pessoas e a tarefa; busca por


colaboração e cooperação entre os membros da equipe para alcançar metas.

Liderança comprometida: alta preocupação com as pessoas e baixa preocu-


pação com a tarefa; foco no desenvolvimento e bem-estar dos membros da
equipe; menos foco nas metas e objetivos.

Liderança orientada para a tarefa: alta preocupação com a tarefa e baixa


preocupação com as pessoas; foco na realização das metas e objetivos; menos
foco no desenvolvimento dos membros da equipe.

Liderança impessoal: baixa preocupação tanto com as pessoas quanto com a


tarefa; foco na realização de tarefas e objetivos, sem muita preocupação com
a satisfação ou o desenvolvimento dos membros da equipe.

A matriz 9x9 é uma ferramenta útil para os líderes entenderem seus próprios
estilos de liderança e como eles podem ajustá-los para atender às necessida-
des de diferentes situações e equipes. Ao adaptar seu estilo de liderança às
necessidades da equipe e às demandas da tarefa, os líderes podem aumentar
a eficácia de sua liderança e melhorar o desempenho da equipe.

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9. Vamos falar de Confiança
Integridade

Competência Consistência

Lealdade Abertura

A confiança é um elemento crucial para qualquer relacionamento humano e


isso não é diferente na liderança. Quando os liderados confiam em seus líde-
res, eles se sentem mais seguros e motivados para seguir suas orientações e
trabalhar juntos em direção a objetivos comuns.

Em um ambiente organizacional, a confiança é especialmente importante


para o sucesso da liderança e do comportamento organizacional. Quando os
líderes são confiáveis, eles podem estabelecer relacionamentos mais fortes e
duradouros com seus liderados, que são mais propensos a compartilhar in-
formações, ideias e feedback de forma aberta e honesta.

A confiança também é importante para a criação de uma cultura organiza-


cional saudável. Quando os líderes são vistos como confiáveis, os funcionários
se sentem mais seguros em falar sobre problemas e preocupações, sem medo
de retaliação ou julgamento. Isso permite que as questões sejam resolvidas de
maneira rápida e eficaz, antes que se tornem problemas maiores.

Além disso, quando os líderes são confiáveis, eles são capazes de estabelecer
expectativas claras e realistas, o que ajuda a minimizar a ambiguidade e a
confusão. Isso leva a um aumento da produtividade e da eficácia, uma vez que
os liderados sabem exatamente o que se espera deles.

No entanto, construir confiança não é algo que acontece da noite para o dia.
Leva tempo e esforço constante para estabelecer e manter relacionamentos
confiáveis. Os líderes precisam ser transparentes e abertos, comunicando-se
com clareza e honestidade com seus liderados. Eles também precisam ser
consistentes em suas ações, demonstrando coerência e integridade.

A confiança é a base de qualquer liderança efetiva, sendo fundamental para


o sucesso do comportamento organizacional. Quando os líderes são vistos
como confiáveis, os funcionários são mais propensos a seguir suas orienta-
ções e trabalhar juntos em direção a objetivos comuns. Isso leva a um am-

42
biente de trabalho mais produtivo, colaborativo e saudável. Portanto, é im-
portante que os líderes trabalhem constantemente para construir e manter
a confiança de seus liderados, através de ações consistentes, comunicação
aberta e honesta, e transparência em suas decisões.

A confiança é uma das principais bases para qualquer relacionamento hu-


mano, sendo essencial para a construção de relacionamentos saudáveis e
bem-sucedidos, incluindo aqueles no ambiente de trabalho. É importante
entender que a confiança é composta por várias dimensões, que podem
ser resumidas em cinco principais: integridade, competência, consistência,
lealdade e abertura.

Integridade: refere-se à honestidade e confiabilidade de uma pessoa. Isso sig-


nifica que as pessoas confiam em alguém que é transparente e que age com
ética e moralidade. A integridade também inclui a capacidade de ser confiável
e cumprir suas promessas e compromissos.

Competência: é a segunda dimensão da confiança. Refere-se às habilidades e


conhecimentos técnicos e interpessoais que uma pessoa possui. A competên-
cia é importante porque as pessoas confiam em alguém que sabe o que está
fazendo e tem a capacidade de resolver problemas e tomar decisões eficazes.

Consistência: é a terceira dimensão da confiança e está relacionada à segu-


rança, previsibilidade e capacidade de julgamento que uma pessoa demons-
tra nas situações. As pessoas confiam em indivíduos que são consistentes em
suas ações e decisões, mesmo em momentos difíceis.

Lealdade: é a quarta dimensão da confiança e refere-se à disposição de prote-


ger e defender uma outra pessoa. As pessoas confiam em indivíduos que são
leais e que estão dispostos a apoiá-las, especialmente em situações difíceis.

Abertura: é a quinta dimensão da confiança, sendo relacionada à sensação


de que a outra pessoa tem total confiança em você. Isso significa que as pes-
soas confiam em alguém que é capaz de compartilhar informações, ideias e
feedback de forma aberta e honesta.

Resumindo, a confiança é uma parte crucial do sucesso em qualquer rela-


cionamento humano, sendo, portanto, importante entender suas várias di-
mensões. Para construir e manter a confiança, é importante ser transparente
e ter integridade, além de demonstrar competência e ser consistente, leal e
aberto. Ao trabalhar para construir essas dimensões, é possível desenvolver
relacionamentos confiáveis e saudáveis no ambiente de trabalho e em outros
aspectos da vida.

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