Você está na página 1de 7

Proibida a reprodução e comercialização sem autorização

Usuário: RAILSON DOS SANTOS, iago.lima.790@gmail.com, CPF: 05388722503

Denise Carneiro Santos


Teoria atualizada em 29/05/2023

Interpretação de Textos (Compreensão)

"Pessoas dizem: "Um dia nós iremos olhar tudo isso e rir". Eu digo: Por que esperar?"

Fran Salomon

INTRODUÇÃO

Sobrinhos e sobrinhas, estudaremos neste módulo a "análise textual", certo? Com certeza você já notou que a
incidência de questões envolvendo esta temática é absurda nas provas de concurso. Dificilmente há um edital que
não contemple o tema e não o explore em pelo menos um terço das questões. Como o nosso objetivo é o seu nome
na lista dos aprovados, vamos nos dedicar, ler bastante, resolver questões e, assim, garantir os pontos das questões
de compreensão e interpretação textual. Simbora!

TEXTO, em regra, é um conjunto de frases organizadas (um todo significativo) com uma finalidade: argumentar,
informar, narrar, entreter, convencer, descrever... (há um "mundo" de possibilidades).

No geral, um texto tem início, desenvolvimento e conclusão, com ideias interligadas por meio de conectivos
(conjunções, preposições, advérbios) de forma harmônica e lógica. Entretanto, ele também pode ser produzido com
poucas palavras, sem nenhuma complexidade: o que importa é que a mensagem seja transmitida da forma
pretendida pelo autor.

Falamos aqui em compreensão e em interpretação de textos, mas essas expressões são sinônimas? Formalmente,
não!

A rigor, a compreensão engloba aquilo que está no texto, aquilo que foi dito explicitamente pelo autor. Geralmente, o
comando da questão pede a compreensão usando as seguintes expressões:

“o autor afirma que…”, “o texto informa que…”, “segundo o autor”, “segundo o texto”, “o narrador diz que…”.

A interpretação vai mais além e engloba aquilo que é dito nas entrelinhas pelo autor. Você vai deduzir a partir da
leitura, mas é bom destacar que não podemos "interpretar na doida", "do jeito que a gente quiser", e sim de uma
forma autorizada pelo texto.

Geralmente, o comando da questão pede a interpretação usando as seguintes expressões:

“podemos deduzir que”, “a leitura do texto nos permite concluir que…”, "Depreende-se que…”, “Infere-se
que…”, “a intenção do autor é…”, “subentende-se que…”.

Para que essa diferença fique mais clara, vamos dar um exemplo:

TEXTO: Joana parecia reluzente enquanto cantarolava. (Dissemos que o texto pode ser formado por poucas
palavras, não foi?!)

Compreensão do texto: Joana aparentava ter um brilho próprio enquanto cantava. CORRETO.

(Reluzente é sinônimo de brilhar, transmitir luz. Cantarolar e cantar têm basicamente o mesmo sentido.)

Interpretação correta do texto: Joana parecia feliz enquanto cantava. CORRETO.


(O texto não fala diretamente que Joana parecia feliz, mas usa o termo “reluzente”, geralmente empregado para
qualificar pessoas felizes. Assim, o que estamos fazendo é uma inferência: tirando uma conclusão a partir da leitura,
e não apenas compreendendo.)

Interpretação inadequada do texto: Joana parecia preocupada enquanto cantarolava. ERRADO.

(O texto não dá margem para que digamos que Joana parecia preocupada, assim não podemos “viajar” e concluir o
que quisermos, devemos nos ater ao que é indicado pelo autor, realizar uma interpretação autorizada pelo texto.
Reluzente não é um termo usado comumente para indicar preocupação.)

ALERTA! Na prática, esta distinção não será lá muito importante para a resolução e o acerto de questões, pois,
sinceramente, muitas bancas usam termos "de compreensão", mas a resposta só vem se o candidato desenvolver
uma interpretação e vice-versa. Então. não se apegue muito a essas expressões, nem busque nisso um motivo para
uma possível anulação de questão, pois isso simplesmente não acontece. Vai haver questões de compreensão com
enunciado "Conclui-se que", vai haver questões de interpretação com enunciado "De acordo com o texto", vida que
segue, vamos lá!

PONTOS IMPORTANTES PARA UMA BOA COMPREENSÃO/INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

A) Identificar o tema e a ideia principal:

Primeiramente, para que a análise ocorra da melhor forma, precisamos identificar o tema principal do texto e, para
isso, devemos lê-lo por completo (sim, é o jeito!) com as seguintes perguntas na cabeça: este texto foi escrito para
quê? Qual é a principal intenção do autor? Vamos colocar em prática essa dica, ok? Vejam o texto a seguir:

Confiar e desconfiar

Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu
acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da
aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência
essencial.

Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não damos
o passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar.

O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que deixamos
de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu
arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais difícil, parece-me valer a pena. Falo da confiança marcada pela
positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado,
a confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O desconfiado pode até contar
vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com os pés chumbados no chão da cautela temerosa, o
desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe,
não viajam nunca, apenas podem celebrar os grandes e ousados descobridores.

“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda
ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o verdadeiro e radical desafio.

(Ascendino Sales, inédito)

O título já nos dá uma boa dica sobre o tema principal do texto e, durante a leitura, tiramos a prova de que ele
realmente gira em torno da confiança (com ênfase na desconfiança e no que ela pode acarretar). Sempre sugiro que
o candidato destaque o que entender como fundamental para a compreensão/interpretação: o tema, as ideias
principais, verbos, conectivos. Vamos destacar juntos?

Confiar e desconfiar

Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu
acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho
da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma
experiência essencial.
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não
damos o passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar.

O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que
deixamos de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da
desconfiança eu arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais difícil, parece-me valer a pena. Falo da confiança
marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o
confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O
desconfiado pode até contar vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com os pés chumbados no
chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao mar e voltou consagrado.
As estátuas, como se sabe, não viajam nunca, apenas podem celebrar os grandes e ousados descobridores.

“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda
ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o verdadeiro e radical desafio.

Viram como facilita? Com os destaques, percebemos que o autor defende a confiança, alegando que ela pode
proporcionar experiências que não ocorreriam/seriam travadas se desconfiássemos em excesso, vejamos: "A
desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a
passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial."

B) Enxergar o objetivo do autor e os recursos utilizados:

O próximo passo é identificar o porquê do autor ter escrito o texto e quais recursos utilizou para alcançar o
objetivo. O texto foi produzido para informar o leitor? Para convencê-lo? Para diverti-lo? Para narrar algo? Tomando
por base o texto que analisamos acima, percebemos que o objetivo do autor é criticar a desconfiança exagerada,
apresentando argumentos para que o leitor concorde que confiar é bem mais benéfico para o indivíduo. Vejamos um
trecho do texto que apresenta tal argumento: "A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da
aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência
essencial."

Perceberam que o autor defende o ponto de vista dele e apresenta argumentos a fim de convencer o leitor?

C) Comentar e resumir o texto (parafrasear):

Depois de ler, destacar os pontos principais e identificar o tema, as ideias, o objetivo e os recursos empregados, o
candidato deve ser capaz de resumir o conteúdo do texto em poucas linhas, potencializando a capacidade de
interpretação. A tática é aquela dos tempos de colégio: ler o livro e dizer com suas palavras o que entendeu. É
evidente que na hora da prova não teremos tempo para escrever um resumo bonitinho, mas podemos fazer isso
rapidamente de forma mental e, se necessário, escrever apenas algumas palavras-chave, ao lado de cada parágrafo,
que ajudem na hora da interpretação (os trechos sublinhados já facilitarão a resolução de quase todas as questões).

Assim, vamos resumir com nossas palavras o conteúdo do texto “Confiar e desconfiar” já analisado?

Resumo do texto: O texto fala sobre confiar e desconfiar, com ênfase na desconfiança. O autor mostra-se contrário
ao ato de desconfiar excessivamente, alegando que tal cautela pode impedir o homem de ter experiências
fundamentais. Defende a confiança e a ousadia, fazendo-se valer do ditado popular: melhor se arrepender do que fez
do que lamentar o que não fez.

Fácil, não é? Essa técnica também é conhecida como paráfrase, sendo muito útil para facilitar a compreensão e a
interpretação textual.

ERROS COMUNS QUE CONTAMINAM A COMPREENSÃO E A INTERPRETAÇÃO

Além de sabermos o que fazer para que a compreensão/interpretação textual seja eficiente, é importante termos em
mente o que não devemos fazer! Assim, enumeraremos algumas manias proibidas para quem quer acertar todas as
questões da prova, vamos lá?

A) Extrapolar o que é dado pelo texto (“viajar”)


Quando dizemos que a pessoa “viajou” na ideia, queremos dizer que ela foi além do que deveria ao interpretar
algo, “fantasiou” coisas que não foram ditas ou indicadas pelo autor. Assim, se queremos acertar as questões de
interpretação, devemos nos concentrar no que é dito de forma direta ou indireta pelo texto, mas não extrapolar o seu
conteúdo.

No texto “Confiar e desconfiar”, o autor defende que a desconfiança pode travar o indivíduo e impedir que viva
experiências essenciais. Se uma questão da prova afirmar que a pessoa desconfiada sempre acaba arrependida,
poderemos marcá-la como correta? NÃO! Em algum momento o texto fala que a desconfiança é certeza de
arrependimento ou de erro? NÃO! Então não devemos “viajar” e acrescentar ideias que não existem!

Cuidado com palavras e expressões como “sempre”, “nunca”, “certamente”,


“sem exceções”, “absolutamente”, “certeza”, pois elas podem ser indício de armadilha da banca! Quando o
comando da questão trouxer palavras assim, cuidado redobrado!

B) Reduzir

Enquanto alguns candidatos “viajam”(extrapolam) com frequência, outros têm a mania de reduzir o conteúdo do
texto a um aspecto, a uma única ideia das várias abordadas pelo autor. A redução ou particularização indevida
ocorre quando nos apegamos a um único elemento verdadeiro do texto e deixamos de lado muitos outros,
necessários para a compreensão correta do conjunto.

Vamos contar uma rápida "historinha" para que a ideia de redução fique bem fixada na cabeça de todos, ok?

Historinha: Sabem quando convivemos com alguém, sempre fazemos tudo certo, mas aí erramos uma vez e a
pessoa se apega àquele erro e só fala nele, nele, nele...? A criatura basicamente esquece tudo de bom que fizemos
antes, nos reduz ao erro que comentemos. (Que raiva! rs...) A ideia é por aí... Reduzir é limitar o conteúdo do texto a
um único aspecto, quando existem vários outros.

No texto “Confiar e desconfiar” o autor enfatiza que desconfiar pode ser ruim para o indivíduo e apresenta
argumentos a fim de convencer o leitor sobre esse ponto de vista. Entretanto, não podemos reduzir o texto apenas a
esse ponto, quando estão presentes outros elementos como “a confiança nem sempre nos leva ao sucesso”. (Trecho
que fala sobre confiar: “Falo da confiança marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera
credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou, a
qualidade da aposta que perdeu.”)

C) Contradizer

A contradição ocorre quando afirmamos algo que contraria a informação oferecida pelo texto. Assim, só
podemos contradizer o autor seo comando da questão pedir claramente: caso contrário, nunca devemos
contradizer o que há no texto!

As bancas comumente elaboram questões com informações verdadeiras contidas em


parte do texto, mas que vão contra a ideia do autor, a fim de induzir o candidato em erro. Também misturam
ideias verdadeiras com detalhes falsos, geralmente discretos. Muito cuidado, gente!

Podemos afirmar que no texto “Confiar e desconfiar” o autor preza a cautela como direcionamento para uma boa
vida? NÃO!! De jeito nenhum!! De onde saiu essa ideia??
Gente, o texto inteiro fala sobre confiar, ousar e indica que a desconfiança (cautela) pode impedir/travar experiências
essenciais para o indivíduo, então como vamos afirmar que o autor preza a cautela? Infelizmente, quem erra
questões como essa, geralmente leu rapidamente o texto ou "olhou por cima" pedaços soltos do texto na hora de
responder. Vejam como:

Confiar e desconfiar

Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu
acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da
aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência
essencial.

(...)

No primeiro parágrafo, o autor começa falando sobre o senso comum e cita: “Desconfiar é bom e não custa nada − é
o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura.” Entretanto, quem leu um pouco mais, no
mesmo parágrafo, já observou a posição do autor no trecho: “Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes
custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta,
atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial.”

Estão vendo o perigo de ler apenas pedaços aleatórios do texto? A banca sabe dessa mania, por isso,
recorrentemente, cria pegadinhas, utilizando, nos comandos das questões, expressões do próprio texto, mas em
ideias contraditórias para que erremos!

Neste caso está mais fácil, pois a informação dada pelo comando da questão e a ideia do autor estão no mesmo
parágrafo, entretanto isso pode acontecer com trechos mais distantes do texto, assim...LEIAM O TEXTO TODO,
SEMPRE.

OPERADORES ARGUMENTATIVOS

Para que as ideias estejam adequadamente concatenadas dentro do texto, fazemos uso dos chamados operadores
argumentativos: elementos linguísticos, geralmente invariáveis, que ligam as orações estabelecendo relação entre
as ideias e indicando o “tom” pretendido pelo autor.

Caso o autor queira indicar uma contradição, pode fazer uso da conjunção “embora”, vejamos: “Embora tenha
chovido muito, a temperatura permaneceu elevada”. Percebem que a conjunção liga as ideias indicando que há
contradição entre elas?

Vamos a outro exemplo: “Ou estudo, ou vou ao shopping”.

O que podemos inferir a partir da leitura? A conjunção “ou”, empregada dessa maneira, indica alternância e exclusão,
assim fica claro que só poderemos fazer uma das duas atividades: ou estudar ou ir ao shopping. Teremos que
escolher entre as atividades e, ao fazer uma, não poderemos fazer a outra no mesmo momento.

Sabendo disso, é importante conhecermos o sentido dos operadores argumentativos para que a nossa compreensão
textual ocorra de forma eficiente.

Apresentaremos agora alguns desses operadores com seus respectivos valores semânticos , vamos lá?

Operadores que indicam contradição, oposição de ideias: mas, porém, todavia, entretanto, por mais que, ao
contrário, mesmo que, embora, ainda que, a despeito de.

Operadores que indicam conclusão, consequência: logo, portanto, assim, então, de modo que, por isso, por
conseguinte, de maneira que, em vista disso, pois (quando usado depois do verbo).

Operadores que indicam causa: porque, que, porquanto, senão, por causa de, por razão de, em decorrência de,
posto que.

Atenção! portanto = indica conclusão porquanto = indica causa


Operadores que indicam condição, probabilidade, hipótese: caso, se, desde que, a não ser que, exceto se, a menos
que.

Operadores que indicam tempo: assim que, logo que, quando, depois de, depois que, mal (Exemplo: Ela mal
chegou, fez confusão), antes de, antes que.

Operadores que indicam finalidade: com o fim de, a fim de que, com o intuito de, para que, para, com o propósito
de.

Operadores que indicam relevância da informação: acima de tudo, primeiramente, antes de mais nada,
sobretudo.

Operadores que indicam adição de ideias: e, não só, como também, nem (com sentido de “e não”), além de, ainda,
também, mas também.

DICAS RÁPIDAS QUE OTIMIZAM A RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Apresentaremos algumas dicas rápidas que, com certeza, melhorarão o seu índice de acertos nas questões de
compreensão e de interpretação textual. Entenda como os segredinhos de ouro para "lacrar" esse tipo de questão,
vamos lá!

1) Tenha o hábito de ler! Quem lê muito, além de escrever bem, ganha experiência para interpretar com mais
facilidade! A leitura amplia nosso vocabulário, arma importante, pois muitas vezes “esbarramos” em palavras que
desconhecemos e que podem dificultar (mas não inviabilizar!) a compreensão do texto.

2) Caso esbarre numa dessas palavras desconhecidas, tente descobrir o significado com base no contexto, sem
desespero, a interpretação do texto não está “perdida” por causa de uma palavra mais complicada.

3) Leia o texto inteiro! Nada de ler pedaços aleatórios apenas ao buscar a resposta das assertivas! Já falamos sobre
isso, mas não custa enfatizar, pois é muito importante a leitura atenta e completa do texto alvo das questões. O texto
é um “todo significativo” e assim deve ser lido e visualizado.

4) Destaque os pontos importantes do texto para facilitar a busca por respostas. Caso queira, anote palavras-chave
nas laterais de cada parágrafo.

5) Preste atenção no comando da questão! Observando dúvidas de alguns alunos, percebo que, às vezes, o problema
é apenas interpretar o próprio enunciado. Muitos erros podem ser evitados se ficarmos atentos ao comando da
questão.

CUIDADO com expressões como:

“não é correto afirmar que” - procure a alternativa errada.

“o autor não defende que” - pede a ideia contrária a do autor.

“assinale a incorreta” - é isso mesmo, assinale a alternativa incorreta, rs... (Mencionei esta, mesmo sendo simples,
porque tem hora que parece que esse "in" de incorreta "some", parece que a gente "cega" e passa batido. Aí a banca
costuma apresentar logo a alternativa "A" correta e bem óbvia, acabamos marcando e depois notamos que, na
verdade, a questão pedia a assertiva INcorreta.)

“não podemos inferir que” - pede a ideia que contradiz o texto, que não pode ser concluída a partir da leitura, que
extrapola o texto.

“podemos inferir que” - pede a ideia defendida pelo texto, que pode ser concluída a partir dele.

"constitui paráfrase do trecho" - pede que identifiquemos a assertiva com mesmo conteúdo do trecho, mas escrito
em outras palavras.

"todas as assertivas estão corretas, exceto" - procure a assertiva incorreta.


6) Evite responder as questões sem ir ao texto, por mais que já o tenha lido por completo. Assegure-se de que a
resposta está lá em algum trecho!

7) Quando a questão pede a ideia principal, geralmente ela pode ser encontrada no início do texto (primeiro ou
segundo parágrafo). A conclusão do texto também deve trazer informações que confirmam a ideia principal.

8) Quando a questão pede argumentos que fundamentam o pensamento do autor, normalmente a responta
encontra-se no meio do texto.

9) Não "converse" com o autor, rs... A banca quer saber apenas a opinião dele, então não acrescente pensamentos
próprios ao responder as questões, foque naquilo que é "dito" no texto, nas ideias apresentadas e apenas nisso.

10) Cuidado com assertivas que começam corretas, leia-as até o fim, pois às vezes a "pegadinha" está apenas no final
delas.

Pronto! Agora é importante fixar o conteúdo por meio da resolução de questões de compreensão/interpretação, pois
já temos as diretrizes certinhas, não é? Treine muito e, em pouco tempo, responder tais questões será "fichinha".

Um forte abraço e...

Sorria, você será aprovado!

Proibida a reprodução e comercialização sem autorização


Usuário: RAILSON DOS SANTOS, iago.lima.790@gmail.com, CPF: 05388722503

Você também pode gostar