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Provas e
Jornalismo
Questionário
Cursos-1998
Exame Nacional de
Brasília, 1999
Introdução 5
Análise da Prova 7
Validade do Conteúdo 9
Correção 10
Análise das Questões 10
Estatísticas Básicas: Resultados Gerais 10
Questionário-pesquisa 23
Introdução
Gráfico 1
Distribuição de Notas
Notas 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
• Discursiva
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Prova e
Padrão de
Resposta
Responda às questões de números 1 a 18, cujo valor está indicado nas próprias questões, totalizando 100 (cem) pontos,
preferivelmente com tinta azul ou preta, nos espaços próprios das páginas do Caderno de Respostas no tempo de até
04 (quatro) horas.
O espaço disponível para desenvolvimento, resposta e eventuais rascunhos é SUFICIENTE. NÃO serão fornecidas folhas
adicionais e os rascunhos NÃO serão considerados na correção.
Questão n º 1
Considere como se as tabelas abaixo tivessem sido obtidas junto a uma das superintendências regionais da Polícia
Rodoviária Federal.
Utilize os dados para produzir três textos: um para jornal, um para rádio e um para TV, seguindo as indicações abaixo.
a) Jornal:
b) Rádio:
chamada do locutor;
fala do repórter;
assinatura do repórter. (valor: 12,0 pontos)
c) TV:
Comentários
Elabore o planejamento de cobertura do evento abaixo definindo a equipe, os equipamentos e recursos de apoio que
serão utilizados e as pautas que vão orientar a reportagem. Organize a cobertura do evento para um jornal de grande porte.
O presidente mundial da indústria de automóveis Vlika, Pedro Budapeste, chega ao Brasil para inaugurar no dia
seguinte a montadora na cidade de Tabugi.
• A fábrica lançará, no final do ano, um novo carro mundial: o Vlika 2000. A fábrica brasileira de Tabugi será
a primeira a fabricá-lo.
• O investimento é da ordem de USS 400 milhões.
• O automóvel terá o mais moderno motor antipoluição já produzido no mundo.
• Todas as peças do automóvel terão indicação para reciclagem em novos produtos.
• A escolha de Tabugi deveu-se:
- no nível de educação da população;
- à ausência de tradição sindical na região;
- à proximidade de portos e sistema de transporte para cidades de alto consumo;
- aos incentivos fiscais garantidos pelo governo do Estado.
• O presidente da República, o governador do Estado e o prefeito de Tabugi estarão presentes ao evento.
(valor: 12,0 pontos)
Comentários
Questão nº 3
Os direitos à informação e à privacidade podem ser conflitantes. O jornalista enfrenta cotidianamente o dilema de
publicar ou não: a) informações e fotografias de suspeitos por crimes ainda não julgados e elucidados; b) identificação
de vítimas de violência; c) imagens de pessoas em estado de choque, mortas ou gravemente feridas sem que haja
consentimento dos familiares, entre outros exemplos que qualquer leitor pode identificar e que podem ser caracterizados
como invasão de privacidade. Escolha uma das situações acima e avalie qual o procedimento ético adequado. Justifique
e dê exemplos. (valor: 12,0 pontos)
Comentários
Questão n° 4
(valor: 3,0 pontos)
Comentários
Relate os principais episódios político-econômicos que marcaram o período de Fernando Collor de Mello na Presidência
da República.
Comentários
Questão n° 6
(valor: 2,5 pontos)
Questão nº 7
(valor: 3,0 pontos)
Qual a diferença entre o conceito de cultura na Antropologia e a noção de cultura no Jornalismo Cultural?
Comentários
Conteúdos estabelecidos pela questão: Padrão de Resposta Esperado:
Fundamentos teóricos, estéticos e sociológicos da • O Jornalismo Cultural inclui, na noção de cultura, as
comunicação aplicados ao Jornalismo; artes, os espetáculos, a produção erudita e o entrete-
Habilidades aferidas: nimento.
Capacidade de: Demonstrar domínio do idioma (leitura, • O conceito antropológico de cultura é mais amplo e
compreensão e redação); Aplicar conhecimentos de di- refere-se a todo produto da atividade humana.
ferentes disciplinas no exercício da função de jornalista.
A "espetacularização da notícia" e o "jornalismo declaratório" têm sido apontados como problemas da imprensa
contemporânea. Defina cada um deles.
Comentários
Questão n° 9
(valor: 2,5 pontos)
Quem foi Assis Chateaubriand e qual a sua contribuição no desenvolvimento dos meios de comunicação no Brasil?
Comentários
Comentários
Questão nº 11
(valor: 2,5 pontos)
O que é a regra dos 180° (cento e oitenta graus) e em que situações ela é importante no telejornalismo?
Comentários
Questão nº 12
(valor: 2,5 pontos)
Comentários
Questão nº 14
(valor: 2,5 pontos)
Por que a reforma gráfica do Jornal do Brasil, iniciada na década de 50, pode ser considerada como um dos principais
episódios da modernização técnica da imprensa nacional?
Comentários
Questão nº 15
(valor: 3,0 pontos)
Comentários
Questão nº 16
(valor: 2,5 pontos)
Qual a regulagem que deve ser feita na câmara para aumentar a profundidade de campo de uma fotografia?
Comentários
Na década de 40, o Repórter Esso da Rádio Nacional introduziu um novo padrão no radiojornalismo brasileiro. Quais as
diferenças de linguagem do Repórter Esso para o radiojornalismo praticado atualmente?
Comentários
Conteúdos estabelecidos na questão: Compreender e sistematizar os processos de produ-
História do Radiojornalismo ção jornalística.
Habilidades Aferídas:
Padrão de Resposta Esperado:
Capacidade de: Demonstrar domínio do idioma(ieitura:
• Texto manchetado, todo escrito previamente, lido por
compreensão e redação); Demonstrar compreensão de
voz empostada, com notícias abertas e informação
técnicas de codificação de mensagens e de edição de
matérias jornalísticas para meios impressos e de procedência. O Repórter Esso caractenzava-se
audiovisuais; Avaliar criticamente produtos jornalísticos; pela ausência de cortinas sonoras e de reportagens
ao vivo.
Questão n° 18
(valor: 3,0 pontos)
O direito de resposta assegura ao cidadão defender-se de notícias falsas ou distorcidas, de calúnia, difamação ou injúria.
Quais os princípios básicos desse direito?
Comentários
Aqui se apresenta a distribuição das freqüências obtida a partir das respostas dos graduandos dos cursos
de Jornalismo ao questionário sociocultural que integra o Exame Nacional de Cursos 1998 - ENC-98.
As respostas correspondem a um máximo de 3.686. Naturalmente, existem variações em torno deste total
devido às diferenças de respostas válidas'.
A análise aqui apresentada focaliza os dados agregados por região geopolítica e por dependência adminis-
trativa das instituições. O objetivo deste estudo é traçar um perfil socioeconômico e atitudinal dos graduandos em
Jornalismo, contemplando um variado leque de questões que incluem desde indicadores objetivos, como estado
civil, renda e escolaridade dos pais, até apreciações subjetivas sobre os recursos e serviços das instituições de
ensino nas quais os alunos estavam matriculados, avaliações de desempenho dos professores e do nível de
exigência do curso, além de expectativas para o futuro.
Predominam, no curso de Jornalismo, os graduandos solteiros, que são mais numerosos no Sul e no
Sudeste. A maior parte possui família pouco numerosa, com até dois irmãos, especialmente no Sul e Sudeste e
nas IES municipais e particulares. Os que têm quatro ou mais irmãos são mais freqüentes nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste. Também nessas regiões encontram-se os mais altos percentuais de graduandos que
têm filhos, sendo que, em todas as regiões e tipos de IES segundo a dependência, a maior parte dos que são
pais ou mães têm apenas um filho.
Tabela 1
Estado Civil dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições
em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
1
Nas Tabelas, a categoria SI (Sem Informação) corresponde às situações em que a pergunta deixou de ser respondida. O número
absoluto de respostas, em algumas questões, sofre ligeira variação devido a perda de informação.
Tabela 2
Número de Irmãos dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 3
Número de Filhos dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Com percentuais que variam entre um pouco menos de 2/3 e um pouco mais de 3/4, a maioria dos
graduandos residiu com os pais ou parentes durante o curso. Os que menos o fizeram foram os que cursaram
Jornalismo no Sul e nas IES municipais e, em especial, nas estaduais, onde elevadas parcelas viveram com
amigos. No Norte, um pouco mais de 1/5 residiu com cônjuge e filhos durante o curso.
Tabela 4
Situação de Moradia dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Com pais ou Com cônjuge Com Alojamento Sozinho SI Total (N)
Dependência parentes e filhos amigos universitário
Regiões
Norte 70,7 21,3 2,7 1,3 4,0 75
Nordeste 74,3 12,0 6,4 1,4 4,2 1,8 502
Sudeste 76,8 6,5 10,2 0,5 5,0 1,1 2.346
Sul 63,8 7,9 15,7 1,9 9,4 1,4 594
Centro-Oeste 74,0 11,2 7,1 0,6 6,5 0,6 169
Dependência
Federal 75,3 7,7 9,5 1,9 5,9 1,8 730
Estadual 43,9 6,0 42,9 1,0 6,0 0,2 301
Municipal 70,5 4,9 16,4 1,6 6,6 122
Particular 78,1 8,5 6,3 0,5 5,5 1,1 2.533
Total Brasil 74,1 8,0 10,3 0,8 5,6 1,2 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A renda familiar mensal registrada pelos graduandos varia, com parcelas distribuídas bastante
equilibradamente nas três faixas, entre R$ 391,00 e R$ 6.500,00. No Nordeste e nas IES estaduais, encontram-
se os maiores percentuais de graduandos com renda familiar mensal de somente três salários mínimos ou
menos. Entre os graduandos do Norte e Nordeste, e nas IES municipais, estaduais e federais, predominam os
que se situam nas faixas de R$ 391,00 a R$ 2.600,00. Já nas demais regiões e nas IES privadas prevalecem os
que se situam nas faixas de R$ 1.301,00 a R$ 6.500,00.
Tabela 5
Renda Familiar Mensal dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões
Norte 2,7 36,0 25,3 25,3 5,3 5,3 75
Nordeste 10,4 34,3 27,1 21,3 4,4 2,6 502
Sudeste 1,9 24,5 29,8 30,7 11,3 1,8 2.346
Sul 3,5 29,8 29,8 26,6 8,4 1,9 594
Centro-Oeste 2,4 27,2 25,4 33,7 11,2 - 169
Dependência
Federal 5,3 29,5 29,5 27,3 5,6 2,9 730
Estadual 8,3 35,9 26,9 22,3 5,7 1,0 301
Municipal 4,9 41,8 27,9 19,7 4,1 1,6 122
Particular 2,1 24,6 29,4 30,5 11,7 1,7 2.533
Total Brasil 3,4 27,0 29,2 28,8 9,7 1,9 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
As proporções de graduandos que contam com carro ou motocicleta próprios ou de seus pais mostram-
se bastante compatíveis com os níveis de renda acima descritos. Com exceção do Centro-Oeste, onde metade
possuem veículo próprio ou de seus pais, nas demais regiões o percentual correspondente fica ao redor de
30,0%. Entre as IES, conforme a dependência, a maior parcela dos que dispõem de veículo próprio ou dos pais
encontra-se entre os graduandos que estudaram nas particulares e a menor, entre os das municipais.
Tabela 6
Meio de Transporte mais Utilizado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Carro ou Carro dos pais Carona Coletivos Outro SI Total (N)
Dependência motocicleta
próprios
Regiões
Norte 20,0 9,3 68,0 2,7 - 75
Nordeste 20,5 11,2 2,8 58,8 4,6 2,2 502
Sudeste 22,6 10,4 4,9 54,6 6,5 0,9 2.346
Sul 20,4 8,6 4,4 54,9 10,8 1,0 594
Centro-Oeste 33,7 16.6 5,3 43,2 1,2 - 169
Dependência
Federal 14,5 8,4 2,1 68,8 4,4 1,9 730
Estadual 16,9 7,0 10,0 52,5 13,3 0,3 301
Municipal 11,5 5,7 6,6 60,7 15,6 - 122
Particular 25,9 11,8 4,4 51,0 6,0 1,0 2.533
Total Brasil 22,4 10,5 4,5 55,0 6,6 1,1 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 7
Tipo de Bolsa de Estudos Utilizada pelos Graduandos para o Custeio do Curso de Jornalismo,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A maior parte dos graduandos em Jornalismo estudou o curso médio em escolas particulares. A exceção
cabe ao que estavam concluindo o curso no Norte e nas IES estaduais e municipais. Nestas últimas, cerca de
metade estudou totalmente ou quase totalmente em escolas públicas. Entre as IES, destacam-se as federais
como as que mais agregam graduandos que estudaram o ensino médio em escolas particulares, seguindo-se as
IES privadas.
Estes dados são de grande importância para a correção de suposições, comuns até o passado recente,
de que as IES públicas agregariam maior percentual de estudantes provenientes do ensino médio privado, caben-
do às particulares absorver os estudantes provenientes do ensino médio público. Na realidade, os graduandos
provenientes do ensino médio público, no todo ou em parte, limitam-se a cerca de 1/3 do total nos cursos,
enquanto os que estudaram em escolas médias particulares correspondem a cerca de metade dos cursos de
Jornalismo em todo o Brasil. As variações existentes obedecem ao recorte regional e não propriamente à clivagem
público/privado.
Tabela 8
Tipo de Escola na qual os Graduandos cursaram o Ensino Médio, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência Todo Todo Mais Mais Metade público, SI Total (N)
público privado público privado metade privado
Regiões
Norte 40,0 42,7 4,0 6,7 5,3 1,3 75
Nordeste 21,7 60,2 5,8 6,0 3,6 2,8 502
Sudeste 33,8 48,3 6,8 5,8 4,1 1,2 2.346
Sul 32,0 44,1 9,3 8,8 5,1 0,8 594
Centro-Oeste 29,0 49,7 8,9 9,5 3,0 - 169
Dependência
Federal 26,6 56,4 6,2 6,6 2,1 2,2 730
Estadual 38,5 41,9 11,3 5,0 2,0 1.3 301
Municipal 36,1 36,9 13,1 7,4 6,6 ~ 122
Particular 32,3 48,6 6,6 6,6 4,9 1,1 2.533
Total Brasil 31,8 49,2 7,1 6,5 4,2 1,3 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Parcelas de graduandos, variáveis entre cerca de 3/5 no Norte, e um pouco mais de 3/4 no Nordeste e nas
IES federais e estaduais, fizeram cursos médios regulares. Destaca-se, no Norte, o maior percentual de graduandos
provenientes de cursos técnicos. São pouco expressivos os percentuais que fizeram cursos médios de magisté-
rio ou que estudaram em cursos supletivos.
Tabela 9
Tipo de Curso Médio concluído pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões
Norte 58,7 24,0 9,3 2,7 2,7 2,7 75
Nordeste 75,5 14,1 4,6 1,4 1,8 2,6 502
Sudeste 72,2 15,3 6,2 3,9 1,0 1,4 2.346
Sul 70,2 12,8 6,4 6,7 2,7 1,2 594
Centro-Oeste 71,6 14,2 8,3 3,0 2,4 0,6 169
Dependência
Federal 77,8 14,1 4,0 1,0 1,0 2,2 730
Estadual 76,4 12,6 7,0 2,0 1,0 1,0 301
Municipal 69,7 13,9 5,7 5,7 4,1 0,8 122
Particular 70,0 15,4 6,8 4,9 1,6 1,4 2.533
Total Brasil 72,0 14,9 6,2 3,9 1,5 1,5 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Um pouco mais de 1/5 dos graduandos em Jornalismo, no Brasil como um todo, dedicou exclusivamente a
estudar, não realizando trabalho remunerado durante o curso. Esses percentuais, entretanto, apresentam grandes
variações. No Norte, foi menor o percentual que se dedicou somente aos estudos. Foi também no Norte e nas IES
federais que maior parcela cumpriu jornadas parciais de trabalho de mais de vinte e menos de quarenta horas
semanais. No Nordeste e no Sul e nas IES estaduais , registraram-se as maiores proporções de graduandos que
exerceram atividades remuneradas eventuais, sem vínculo empregatício. Finalmente, no Sudeste e nas IES munici-
pais, observam-se os maiores índices de graduandos que cumpriram jornadas semanais integrais de trabalho.
Tabela 10
Carga Horária Semanal de Trabalho Remunerado dos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Não Trabalho Trabalharam Trabalharam Trabalharam SI Total
Dependência trabalharam eventual, até 20 horas mais de 20 e em tempo (N)
sem menos de 40 integral
vínculo horas
Regiões
Norte 6,7 8,0 22,7 42,7 20,0 - 75
Nordeste 11,6 21,3 21,1 30,9 13,4 1,8 502
Sudeste 12,6 15,9 10,4 27,8 32,1 1,2 2.346
Sul 12,3 20,4 15,2 27,6 23,6 1,0 594
Centro-Oeste 10,7 17,2 18,9 30,8 22,5 — 169
Dependência
Federal 9,5 18,8 27,3 33,3 9,6 1,6 730
Estadual 22,6 25,3 15,3 19,9 16,3 0,7 301
Municipal 13,1 13,1 8,2 20,5 41,8 3,3 122
Particular 11,7 16,0 9,2 28,7 33,2 1,0 2.533
Total Brasil 22,2 17,2 13,3 28,7 27,5 1,2 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Embora as maiores parcelas tenham estudado entre uma e cinco horas semanais, também o tempo
destinado aos estudos fora de sala de aula apresentou variações. Os que menos freqüentemente se restringiram
a assistir às aulas foram os graduandos do Nordeste e das IES federais e estaduais. Os graduandos do Sudeste
foram os que informaram dedicar menos tempo aos estudos fora de sala de aula. talvez por serem os que mais
freqüentemente trabalham em horário integral. Os que informaram dedicar mais tempo aos estudos foram os
graduandos do Sul e das IES estaduais.
Tabela 11
Número Médio de Horas Semanais dedicadas ao Estudo fora de Sala de Aula pelos Graduandos
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
De um modo geral, a escolaridade paterna e materna dos graduandos em Jornalismo é pouco elevada, já
que em nenhuma das regiões ou das dependências administrativas chega à metade o percentual cujos pais e/ou
mães possuem diploma superior. Embora sejam baixos os índices de pais e mães completamente sem escola-
ridade, chegam próximo a 1/4 os que se limitaram ao ensino fundamental incompleto, sendo mais numerosos
nas IES municipais.
O percentual de mães com escolaridade média, no Brasil como um todo, é um pouco maior que o percentual
de pais com o mesmo nível, mas esta relação se inverte quando se trata da educação superior As proporções de
pais com educação superior variam do mínimo no Norte e nas IES municipais, ao máximo no Centro-Oeste e nas
IES federais. Já os percentuais de mães com educação superior variam do mínimo no Norte e nas IES munici-
pais ao máximo no Sul e nas IES federais.
Esses valores sugerem a generalidade de um processo de ascensão educacional intergeracional, observado
também em outros cursos, que se traduz na razão entre filhos graduados pela média de pais e mães não-gradua-
dos. Esse processo é menos acentuado onde são mais elevados os índices de escolaridade paterna e materna dos
graduandos: regiões Centro-Oeste e Sul e IES federais. E é mais intenso onde são mais baixos os índices de
escolaridade paterna e materna, que, por sua vez, registram-se entre os graduandos do Norte e das IES municipais.
Tabela 12
Escolaridade dos Pais dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Nenhuma Ensino Ensino Ensino Superior SI Total (N)
Dependência Fundamental Fundamental Médio
Incompleto Completo (*) Completo
Regiões
Norte 4,0 21,3 14,7 30,7 28,0 1,3 75
Nordeste 4,0 25,5 11,0 23,9 33,3 2,4 502
Sudeste 2,3 23,9 11,4 21,5 39,7 1,3 2.346
Sul 1,2 23,9 10,1 23,4 39,6 1,9 594
Centro-Oeste 1,8 26,0 10,7 17,2 44,4 - 169
Dependência
Federal 2,7 21,2 9,2 23,2 41,2 2,5 730
Estadual 3,3 28,6 15,0 19,3 32,9 1,0 301
Municipal 3,3 36,1 13,1 20,5 25,4 1,6 122
Particular 2,1 23,9 11,2 22,2 39,4 1,2 2.533
Total Brasil 2,3 24,2 11,2 22,1 38,8 1,5 3.686
(*) 8 série.
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 13
Escolaridade das Mães dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Nenhuma Ensino Ensino Ensino Superior SI Total (N)
Dependência Fundamental Fundamental Médio
Incompleto Completo (*) Completo
Regiões
Norte 4,0 26,7 17,3 28,0 22,7 1,3 75
Nordeste 2,4 25,1 11,4 28,5 30,9 1,8 502
Sudeste 3,0 24,7 14,2 28,5 28,5 1,1 2.346
Sul 1,5 20,5 11,6 31,0 34,5 0,8 594
Centro-Oeste 2,4 26,6 8,3 30,2 32,5 — 169
Dependência
Federal 2,1 20,3 11,8 30,7 33,4 1,8 730
Estadual 2,7 32,9 14,0 22,6 27,6 0,3 301
Municipal - 33,6 11,5 35,3 19,7 ~ 122
Particular 3,0 23,9 13,6 28,9 29,6 1,1 2.533
Total Brasil 2,7 24,2 13,2 29,0 29,9 1,1 3.686
(*) 8ª série.
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Com exceção do Nordeste, a maioria dos graduandos em Jornalismo possui microcomputador em casa.
Os percentuais mais elevados são observados no Sul e nas IES privadas. A maioria dos graduandos serve-se
desse tipo de equipamento para finalidades múltiplas, especialmente os que estudaram no Sudeste e Sul e nas
IES federais e privadas.
Conforme mostra a Tabela 15, destaca-se, no Nordeste, parcela relativamente numerosa que não usa
microcomputadores. No Centro-Oeste e nas IES estaduais e municipais, registram-se expressivas proporções
que utilizam os microcomputadores estritamente para trabalhos escolares. É possível que estas parcelas
correspondam, ao menos em parte, aos graduandos que não possuem esse tipo de equipamento em casa, o que
torna mais importante o papel das IES na sua disponibilização e na capacitação desses graduandos para o uso
desse recurso tecnológico essencial à vida contemporânea.
Tabela 14
Disponibilidade de Microcomputador em Ambiente Doméstico entre os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 15
Finalidades da Utilização de Microcomputadores entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Todavia, as IES parecem ter tido pouca participação neste sentido. A maior parte dos graduandos em
Jornalismo, em todas as regiões e tipos de IES, aprendeu por si só a operar os microcomputadores. A segunda
maior parcela desenvolveu essa habilidade em cursos especializados, destacando-se os graduandos do Nordes-
te e do Centro-Oeste. Finalmente, em terceiro lugar vêm os que aprenderam no trabalho, entre os quais o maior
percentual ocorreu no Norte.
Tabela 16
Forma de Aprendizado de Operação de Microcomputadores entre os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Aprenderam Usaram Aprenderam Aprenderam Fizeram cursos SI Total
Dependência sozinhos bibliografia na instituição no trabalho especializados (N)
especializada de Ensino
Superior
Regiões
Norte 32,4 4,2 4,2 39,9 19,7 71
Nordeste 34,2 2,8 7,4 23,7 31,6 0,2 430
Sudeste 44,3 1,1 11,1 19,3 23,9 0,4 2.242
Sul 46,8 1,8 22,9 15,6 12,6 0,4 571
Centro-Oeste 32,1 2,5 11,3 25,8 27,7 0,6 159
Dependência
Federal 41,5 2,5 11,6 20,5 23,8 0,2 682
Estadual 55,0 1,9 11,5 11,5 19,2 0,8 260
Municipal 44,4 0,9 8,7 22,6 23,5 115
Particular 41,6 1,3 13,0 20,5 23,3 0,4 2.416
Total Brasil 42,6 1,6 12,4 19.9 23,1 0,4 3.473
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 17
Programas de Microcomputador mais Utilizados pelos Graduandos, segundo as Regiões e
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
específicos do curso
Todos os anteriores,
Eletrônicas e Banco
além de programas
Eletrônicas, Banco
Processadores de
Processadores de
Processadores de
Processadores de
Texto e Planilhas
Texto, Planilhas
Texto, Planilhas
Programas de
Apresentação
Dependência
de Dados e
Eletrônicas
programas
pessoais e
de Dados
Regiões/
Total (N)
Texto
SI
Regiões
Norte 63,4 11,3 9,9 9,9 5,6 ~ 71
Nordeste 58,8 8,8 8,6 18,4 4,0 1,4 430
Sudeste 52,8 12,9 12,6 15,2 5,9 0,7 2.242
Sul 52,4 11,0 9,1 14,9 11,7 0,9 571
Centro-Oeste 59,8 10,7 11,3 13,2 4,4 0,6 159
Dependência
Federal 59,4 10,1 8,5 14,8 6,7 0,4 682
Estadual 59,2 12,7 8,1 11,9 7,3 0,8 260
Municipal 60,9 6,1 11,3 12,2 7,8 1,7 115
Particular 51,6 12,6 12,6 16,0 6,3 0,8 2.416
Total Brasil 54,0 11,9 11,4 15,4 6,5 0,8 3.473
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Menos de 1/5 desses graduandos, no Brasil como um todo, informou não ter tido oportunidade de acessar
a Internet, destacando-se o maior percentual no Nordeste. Parcelas aproximadamente equivalentes dos que
acessam a rede, usam equipamento disponível na IES, no local de trabalho ou em sua própria residência, medi-
ante assinatura paga. Os que mais usaram equipamento da IES foram os graduandos do Sul e das IES munici-
pais. Já os que estavam concluindo o curso nas federais, no Norte e no Centro-Oeste usaram principalmente o
equipamento do local de trabalho.
Tabela 18
Equipamento de Acesso à Internet usado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Embora sejam estudantes de Jornalismo, parcelas significativas desses graduandos não têm no jornal o
seu principal meio de informação. Os que usam o jornal como principal meio de informação são mais freqüentes
no Sudeste e no Norte e nas IES privadas. No Nordeste, registram-se percentuais equivalentes dos que lêem
jornal e assistem à televisão para se informar e nas IES municipais predominam os que usam a TV como principal
meio de informação. Apesar de serem numerosos os que acessam a Internet, percentuais pouco significativos
usam a rede como principal meio de informação.
Tabela 19
Meio de Informação mais utilizado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A média de livros não-escolares lidos por ano é bastante elevada entre esses estudantes. No Brasil como
um todo, quase 30,0% afirmaram ter lido por ano seis ou mais livros não-escolares, enquanto que quase 1/4
afirmou ter lido de quatro a cinco desses livros por ano durante o curso. Os que leram seis ou mais livros não-
escolares por ano durante o curso foram mais numerosos no Sul e nas IES federais e estaduais. Os graduandos
do Sudeste e das IES municipais e privadas foram os que mais freqüentemente leram apenas um livro não-
escolarporano.
Tabela 20
Média Anual de Livros Não-Escolares lidos durante o Curso pelos Graduandos, segundo as Regiões e
a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A sua capacidade de comunicação em língua estrangeira deixa a desejar. Pouco mais de 2/5 desses
graduandos, no Brasil como um todo, são capazes de compreender e de se expressar de forma oral e escrita em
língua inglesa, independentemente da sua fluência. São mais freqüentes no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nas
IES federais. Os que só são capazes de leitura ou de leitura e escrita correspondem a cerca de 30,0%, sendo
mais freqüentes no Nordeste. Os que afirmaram ter conhecimento nulo são mais numerosos no Norte e nas IES
municipais.
Tabela 21
Auto-avaliação do Conhecimento de Língua Inglesa pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O conhecimento de língua espanhola, entretanto, mostra-se muito deficiente, a despeito do tronco lingüístico
comum e da vizinhança dos países latino-americanos de língua espanhola. Os dados da Tabela 22 mostram que
4/5 dos graduandos em Jornalismo, no Brasil como um todo, afirmam ser nulo o seu conhecimento de espanhol
ou só se mostram capazes de ler, mas não de escrever e falar essa língua Os maiores percentuais de graduandos
cujo conhecimento de espanhol é descrito como nulo são observados no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e
nas IES municipais e particulares.
Tabela 22
Auto-Avaliação do Conhecimento de Língua Espanhola pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A capacidade de comunicação em outras línguas estrangeiras modernas também é bastante restrita. Mais
de 3/5 simplesmente não possuem esta capacidade. Cerca de 1/5 é capaz de se comunicar em italiano, sendo
mais numerosos no Sul e Sudeste e nas IES municipais. Os que são capazes de se comunicar em francês são
mais freqüentes no Centro-Oeste e nas IES federais.
Tabela 23
Língua Estrangeira na qual é melhor da Capacidade de Comunicação dos Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os graduandos de Jornalismo pouco se dedicaram a quaisquer das atividades extraclasses oferecidas
pela instituição onde estudavam. Entre os que o fizeram, são expressivos no Norte e nas IES federais os que
estudaram língua estrangeira; no Sul os que estudaram lingua estrangeira e praticaram esportes; e nas IES
estaduais os que desenvolveram atividades artísticas e praticaram esportes.
Tabela 24
Atividade Extraclasse oferecida pela Instituição mais Desenvolvida pelos Graduandos durante o
Curso de Jornalismo, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Independentemente do contexto, foram relativamente poucos os que desenvolveram outras atividades si-
multaneamente ao curso. Os que se ocuparam com atividades artísticas preferiram a música — especialmente
no Centro-Oeste e nas IES federais - e o teatro - notadamente no Sudeste e Nordeste e nas IES privadas.
Tabela 25
Atividades Artísticas desenvolvidas pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os que se dedicaram aos esportes preferiram as atividades físicas individuais, observando-se os percentuais
mais expressivos no Centro-Oeste e nas IES federais. Entre as modalidades coletivas, apenas o futebol apresen-
tou percentuais expressivos. Chama a atenção a parcela comparativamente baixa de graduandos das IES muni-
cipais que praticaram atividades físicas/desportivas.
Tabela 26
Atividades Físicas/Desportivas desenvolvidas pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame das características das instituições e dos cursos destina-se a esclarecer que atividades foram
propostas, como foram desenvolvidas, qual o grau de participação dos alunos, de maneira a proporcionar uma
imagem de como transcorreu o processo de formação dos graduandos.
O primeiro dado a ser explorado é a distribuição dos graduandos segundo a dependência administrativa
das instituições. O conjunto dos graduandos em Jornalismo que responderam ao questionário socioeconômico
do ENC/98 era formado por 19,8% provenientes das IES federais, 8,1% que estudaram nas estaduais, 3,3% nas
municipais e 68,8% que realizaram o curso nas IES particulares.
O número médio de alunos por turma nas aulas teóricas, segundo a maior parte dos graduandos, foi de até
30. A segunda maior parcela indica turmas de 31 a 50 alunos. No Sudeste e nas IES privadas, as turmas
pequenas, com até 30 alunos foram menos freqüentes e, por outro lado, foram expressivos os registros de turmas
com mais de 50 alunos.
Tabela 27
Número Médio de Alunos por Turma nas Aulas Teóricas, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Até 30 De 31 a 50 De 51 a 70 De 71 a 100 Mais de 100 SI Total (N)
Dependência
Regiões
Norte 49,3 36,0 10,7 1,3 1,3 1,3 75
Nordeste 55,4 32,3 10,0 0,4 0,0 2,0 502
Sudeste 34,2 42,0 16,7 5,2 0,6 1,3 2.346
Sul 56,9 34,5 6,7 0,5 0,2 1,2 594
Centro-Oeste 48,5 43,2 7,7 0,6 - - 169
Dependência
Federal 62,2 31,4 4,0 0,4 0,3 1,8 730
Estadual 56,2 41,9 1,0 - - 1,0 301
Municipal 63,1 35,3 0,8 ~ -- 0,8 122
Particular 33,0 41,6 18,6 5,0 0,5 1,3 2.533
Total Brasil 41,7 39,4 13,7 3,5 0,4 1,3 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Fazendo reportagens, redigindo textos, realizando ilustração fotográfica ou planejamento gráfico, sob a
supervisão de professores do curso, a maior parte dos graduandos participou de três a cinco jornais-laboratórios
durante o curso, especialmente no Sul e no Sudeste e nas IES municipais. Asegunda maior proporção corresponde
aos que participaram de um a dois jornais-laboratório, cuja maior freqüência ocorreu no Nordeste. Destacam-se
no Norte os maiores índices de graduandos que não participaram de nenhum jornal-laboratório e no Centro-Oeste
os que participaram de seis ou mais dessas experiências.
Tabela 28
Número de Jornais-laboratório dos quais participaram os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Percentuais mais elevados, no Brasil como um todo, correspondem aos que participaram da produção de
mais de três produtos jornalísticos audiovisuais preparando roteiros, ou como repórteres, editores ou redatores,
supervisionados por professores do curso. Quase 1/3 se envolveu com a produção de três a cinco produtos desse
tipo, especialmente no Centro-Oeste. Parcela um pouco mais elevada agrega os que participaram de seis ou
mais produtos jornalísticos audiovisuais, sendo mais numerosos no Sul e no Sudeste e nas IES municipais. Os
que mais mencionaram ter tido uma única dessas experiências foram os graduandos do Norte e das IES federais.
Tabela 29
Número de Produtos Jornalísticos Audiovisuais dos quais participaram os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Incomparavelmente menos freqüentes foram as oportunidades propiciadas pelo curso de participar na
criação ou elaboração de produtos jornalísticos veiculados na Internet ou em CD-rom. Percentuais expressivos
são observados apenas entre os graduandos do Sudeste e das IES federais e particulares.
Tabela 30
Número de Experiências de Criação ou Elaboração de Produtos Jornalísticos em Mídia Eletrônica
das quais participaram os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Nenhuma Uma Uma a duas Três a cinco Seis ou mais SI Total (N)
Dependência
Regiões
Norte 84,0 2,7 5,3 1,3 6,7 75
Nordeste 81,1 8,6 3,6 2,4 1,4 3,0 502
Sudeste 72,3 16,8 5,3 2,2 1,7 1,6 2.346
Sul 82,3 9,1 3,0 2,0 1,5 2,0 594
Centro-Oeste 85,2 9,5 2,4 1,2 1,2 0,6 169
Dependência
Federal 77,0 11,2 4,5 2,5 1,8 3,0 730
Estadual 84,7 8,0 3,0 0,7 0,7 2,7 301
Municipal 88,5 3,3 2,5 4,1 1,6 122
Particular 74,0 15,8 4,9 2,1 1,7 1,5 2.533
Total Brasil 76,0 13,8 4,6 2,1 1,6 1,9 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
É possível que a distribuição das experiências acima mencionadas componha o pano de fundo para a
avaliação da oferta de aulas práticas pelos graduandos de Jornalismo. Quase metade deles, no Brasil como um
todo, sustentou que as aulas práticas são oferecidas, mas não são suficientes. Os percentuais mais elevados
são registrados no Centro-Oeste e nas IES municipais. Chamam a atenção as elevadas proporções de graduandos
do Norte, Nordeste e das IES federais que afirmam que, embora necessárias, essas aulas não foram oferecidas
e os que informam que as aulas práticas raramente foram oferecidas. Os graduandos do Sul e das IES estaduais
e particulares foram os que mais freqüentemente consideraram que as aulas práticas foram oferecidas com a
freqüência exigida pelo currículo do curso.
Tabela 31
Oferta de Aulas Práticas, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Quase 2/3 desses graduandos no Brasil como um todo tiveram aulas sobre técnicas de redação de textos
opinativos durante um semestre. Os percentuais correspondentes foram mais elevados no Sul e Sudeste e nas
IES estaduais. Nas municipais, observa-se o maior percentual dos que só tiveram essas aulas durante dois a três
meses e no Nordeste e nas IES federais ocorrem as maiores proporções dos que não tiveram aulas sobre o
assunto.
Tabela 32
Oferta de Aulas, pela IES, sobre Técnicas de Redação de Textos Opinativos, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões
Norte 12,0 5,3 9,3 8,0 57,3 8,0 75
Nordeste 13,6 7,4 10,8 5,0 60,0 3,4 502
Sudeste 10,7 6,4 11,0 5,5 64,3 2,0 2.346
Sul 7,9 6,4 10,8 6,4 65,8 2,7 594
Centro-Oeste 10,7 14,2 15,4 3,6 55,6 0,6 169
Dependência
Federal 13,2 7,3 9,7 4,4 61,6 3,8 730
Estadual 10,6 3,0 10,0 3,3 70,4 2,7 301
Municipal 6,6 11,5 16,4 7,4 54,9 3,3 122
Particular 10,2 7,0 11,4 6,1 63,5 1,9 2.533
Total Brasil 10,7 6,9 11,1 5,6 63,4 2,4 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Forarn menos numerosos os que tiveram aulas sobre técnicas de redação de textos interpretativos com a
duração de um semestre. Também nesse caso, os maiores percentuais foram registrados no Sul e no Sudeste e
nas IES estaduais. No Norte e Nordeste e nas IES federais e privadas ocorrem as maiores parcelas dos que não
tiveram aulas sobre o assunto.
Tabela 33
Oferta de Aulas, pela IES, sobre Técnicas de Redação de Textos Interpretativos, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No Brasil como um todo, a maioria dos graduandos informa que o Estágio Curricular Supervisionado não
lhes foi oferecido. Os índices mais elevados foram registrados no Sudeste e Nordeste e nas IES municipais e
estaduais. Entre os graduandos aos quais foi oferecido o estágio, registra-se, no Centro-Oeste, cerca de 1/3 que
afirma que a duração dessa atividade foi de 200 a 299 horas.
Tabela 34
Oferta do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Não é Menos de Entre 200 e Entre 300 e Mais de SI Total (N)
Dependência oferecido 200 horas 299 horas 399 horas 400 horas
Regiões
Norte 74,7 4,0 8,0 ~ 5,3 8,0 75
Nordeste 81,5 4,2 5,2 2,0 1,6 5,6 502
Sudeste 84,6 4,1 3,5 1,6 2,2 4,1 2.346
Sul 65,3 18,2 5,9 2,9 1,9 5,9 594
Centro-Oeste 54,4 3,6 34,3 3,6 1,8 2,4 169
Dependência
Federal 80,7 3,4 4,9 2,7 2,7 5,5 730
Estadual 88,4 4,0 2,0 ~ 1,0 4,7 301
Municipal 92,6 1,6 0,8 0,8 0,8 3,3 122
Particular 77,4 7,7 6,4 2,0 2,1 4,4 2.533
Total Brasil 79,5 6,3 5,6 1,9 2,1 4,9 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os que realizaram Estágio ou tiveram a oportunidade de algum tipo de exercício profissional continuado
durante o curso, na maior parte das vezes o fizeram em veículos de comunicação, especialmente no Norte. Os
graduandos do Centro-Oeste e das IES municipais foram os que mais mencionaram a realização dessas ativida-
des na própria IES. Os do Nordeste e das federais foram que mais se referiram às assessorias de imprensa como
o espaço institucional dessas experiências.
Tabela 35
Formas de Realização do Estágio ou de Exercício Profissional Continuado pelos Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Quase metade dos graduandos, no Brasil como um todo, não desenvolveu qualquer atividade acadêmica
não-obrigatória. Os que o fizeram, na maior parte das vezes, atuaram em projetos de pesquisa conduzidos por
professores ou em atividades de extensão promovidas pela própria instituição. No primeiro caso, os percentuais
mais expressivos são registrados entre os graduandos do Centro-Oeste e Sudeste e das IES municipais e
federais. Já nas atividades de extensão foram mais participantes os graduandos do Sul e das IES federais.
Tabela 36
Atividade Acadêmica Não Obrigatória, desenvolvida por mais tempo durante o Curso, pelos
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os que não participaram de eventos acadêmicos - cerca de 1/5 -foram mais freqüentes no Sudeste, Sul e
nas IES particulares. A maior parte dos que participaram envolveu-se em eventos promovidos pela própria IES,
destacando-se os graduandos do Norte e do Sul, das IES particulares e federais. No Nordeste, registra-se o maior
percentual dos que participaram de eventos promovidos por associações cientificas e nas IES estaduais observa-se
a maior proporção dos que compareceram às promoções de Diretórios Estudantis e Centros Acadêmicos.
Tabela 37
Instituição que promoveu a Maioria dos Eventos dos quais participaram os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Entre os graduandos em Jornalismo é generalizada a percepção da necessidade dos recursos de
microinformática. Além disso, quase todas as IES, segundo os graduandos, possuem microcomputadores. Com
exceção do Norte, são reduzidos os percentuais de graduandos que informam que a IES não permite aos alunos
de graduação usar esse equipamento. Entretanto, a maioria sustenta que o número de unidades colocadas à
disposição dos alunos é insuficiente e/ou o horário destinado à sua utilização é inadequado, especialmente no
Nordeste e Centro-Oeste e nas IES municipais, estaduais e federais.
Tabela 38
Acesso dos Alunos aos Microcomputadores da Instituição, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No Brasil como um todo, menos da metade dos graduandos informou usar freqüentemente a biblioteca,
sendo que no Norte o percentual correspondente reduz-se a cerca de 1/3. Nessa região observa-se a mais
elevada parcela dos que sustentam que usam pouco a biblioteca porque o horário de funcionamento é desfavorá-
vel. O mesmo motivo é apresentado por proporções significativas no Centro-Oeste e nas IES federais e munici-
pais. Vale registrar entretanto, que frações significativas afirmam que, seja por que motivo for, não têm necessi-
dade de usar a biblioteca. Esses percentuais são mais elevados no Sudeste e nas IES privadas.
Tabela 39
Utilização da Biblioteca da Instituição pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões / A IES não Não Utilizam Utilizam Utilizam SI Total
Dependência possui utilizam pouco: pouco: freqüentemente (N)
biblioteca biblioteca não têm horário
necessidade desfavorável
Regiões
Norte 1,3 2,7 30,7 26,7 34,7 4,0 75
Nordeste 0,6 6,0 27,9 9,6 53,6 2,4 502
Sudeste 0,7 15,5 33,2 7.8 40,8 2,1 2.346
Sul 0,5 9,9 21,4 7,1 59,9 1,2 594
Centro-Oeste 0,6 11,2 27,8 13,0 45,6 1,8 169
Dependência
Federal 0,7 7,8 27,7 11,2 49,9 2,7 730
Estadual 1,0 6,0 25,6 7,6 58,1 1,7 301
Municipal 0,8 8,2 16,4 14,8 59,0 0,8 122
Particular 0,6 15,4 32,2 7,5 42,4 1,9 2.533
Total Brasil 0,7 12,9 30,3 8,5 45,7 2,0 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
3. Indicadores de Qualidade
Além das características dos cursos e dos recursos e atividades oferecidos pelas instituições, menciona-
dos na seção anterior, que podem ser considerados indicadores objetivos da qualidade dos cursos, um instru-
mento de grande importância são as apreciações subjetivas dos estudantes sobre a adequação dos recursos
disponíveis, o currículo do curso, o desempenho dos docentes, o nível de exigência do curso e outros aspectos.
Sobre o material bibliográfico mais utilizado pelos professores, a maioria dos graduandos afirma que foram
indicadas, predominantemente, cópias de capítulos e trechos de livros, destacando-se os expressivos percentuais
registrados no Nordeste e nas IES federais e estaduais. Entretanto, para 1/5 dos graduandos, predominam as
indicações de apostilas e resumos, anotações manuais e cadernos de notas como material bibliográfico. Vale
observar que os percentuais correspondentes são ainda mais elevados nas IES municipais. Os dados da Tabela
40 podem representar parte da explicação para o fato de um relevante percentual dos graduandos de Jornalismo
afirmar que não tem necessidade de usar a biblioteca.
Tabela 40
Tipo de Material Bibliográfico mais Indicado pelos Professores, conforme os Graduandos, segundo
as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Por outro lado, é possível que a baixa disseminação do uso freqüente da biblioteca resulte de deficiências
do acervo. De fato, os dados da Tabela 41 mostram que mais de 2/5 consideram o acervo pouco atualizado ou
completamente desatualizado. Os percentuais são mais elevados entre os graduandos do Norte e Nordeste e
das IES federais e estaduais. Os registros mais freqüentes de que o acervo da biblioteca é plenamente atualizado
são observados no Sudeste e Centro-Oeste e nas IES particulares.
Tabela 41
Atualização do Acervo da Biblioteca, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Bem menos satisfatórias mostram-se as avaliações dos graduandos quanto ao número de exemplares
disponíveis na biblioteca. No Brasil como um todo, o percentual que indica como plenamente satisfatório o
número de exemplares não chega a 1/10. Para a maior parte, o número de exemplares atende apenas
medianamente. Em segundo lugar registra-se a elevada proporção dos que sustentam que o número de exempla-
res é insuficiente. As mais expressivas indicações de insuficiência são observadas no Norte e Nordeste e nas IES
estaduais e federais.
Tabela 42
Avaliação do Número de Exemplares da Biblioteca, pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 43
Atualização do Acervo de Periódicos Especializados da Biblioteca, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Para cerca de 3/5 dos graduandos a biblioteca oferece serviço de empréstimos que cobre todo o acervo.
Porém, no Norte e Nordeste e nas IES municipais, são expressivos os percentuais indicando a restrição dos
empréstimos às obras didáticas.
Tabela 44
Oferta de Serviço de Empréstimo de Livros pela Biblioteca da Instituição, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Para todo Só para Só para obras Não há Não SI Total (N)
Dependência o acervo obras de interesse empréstimo sabem
didáticas geral
Regiões
Norte 47,9 29,6 12,7 2,8 4,2 2,8 71
Nordeste 56,9 28,8 11,3 0,8 1,9 0,4 487
Sudeste 59,1 17,0 9,7 6,1 7,5 0,8 2.281
Sul 67,8 18,3 9,4 0,3 3,3 0,9 584
Centro-Oeste 68,5 12,7 12,7 4,9 1,2 165
Dependência
Federal 64,7 19,9 11,6 0,9 1,8 1,1 705
Estadual 71,3 17,1 8,9 0,3 2,4 293
Municipal 55,0 23,3 14,2 5,0 2,5 120
Particular 58,1 18,5 9,6 5,6 7,4 0,7 2.470
Total Brasil 60,4 18,8 10,1 4,1 5,8 0,8 3.588
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Quase metade dos graduandos informou que o serviço de pesquisa bibliográfica nas instituições onde
estudaram contava com sistema informatizado local. Porém, cerca de 1/3 registrou a utilização de processos
manuais, mencionados principalmente no Sudeste e nas IES estaduais. Entre os graduandos destas, entretan-
to, constata-se o maior índice de registros de que as bibliotecas contam com acesso à rede nacional de bibliote-
cas universitárias.
Tabela 45
Caracterização do Serviço de Pesquisa Bibliográfica, conforme os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Numerosas parcelas de graduandos, da ordem de 9/10, indicam que o horário de funcionamento da biblio-
teca mostra-se plenamente ou medianamente adequado, e apenas nas IES municipais manifestam-se expressi-
vas restrições ao mesmo.
Tabela 46
Adequação do Horário de Funcionamento da Biblioteca da Instituição, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Já a avaliação das condições de leitura e estudo mostra-se bem mais rigorosa. Primeiramente, menos da
metade considera tais condições plenamente adequadas, e cerca de apenas 1/3 dos graduandos as avalia como
medianamente adequadas. As maiores ressalvas são evidenciadas pelos altos percentuais de graduandos do
Norte e Nordeste e das IES federais e estaduais que consideram tais condições como pouco adequadas e
inadequadas.
Tabela 47
Adequação das Condições de Leitura e Estudo na Biblioteca da Instituição, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Uma outra dimensão indiscutivelmente relevante das avaliações de qualidade em educação diz respeito às
técnicas de ensino utilizadas, as condições de oferta das aulas práticas e a situação dos equipamentos utiliza-
dos nessas aulas ou em laboratórios. Conforme pode ser observado na Tabela 48, a maior parte dos graduandos
teve a sua formação baseada em técnicas de ensino diversificadas, cabendo ao grupo imediatamente mais
numeroso a combinação de aulas expositivas e trabalhos de grupo.
Os graduandos do Sudeste e do Sul e das IES privadas e municipais foram os que mais freqüentemente
assinalaram a adoção de técnicas de ensino variadas. Já no Centro-Oeste, Norte e Nordeste e IES federais e
estaduais prevalecem os que mencionam a combinação de aulas expositivas e trabalhos de grupo. O maior percentual
de graduandos que indica a utilização exclusiva de aulas expositivas encontra-se no Norte, enquanto a combinação
de aulas expositivas e aulas práticas foi mais freqüente no Sul e Centro-Oeste e nas IES municipais.
Tabela 48
Técnicas de Ensino Predominantemente Utilizadas pela Maioria dos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Trabalhos de grupo
Aulas expositivas e
Aulas expositivas e
trabalhos de grupo
trabalhos de grupo
Aulas expositivas,
Aulas expositivas
em sala de aula
aulas práticas,
aulas práticas
Dependência
e videoaulas
Regiões/
Total (N)
SI
Regiões
Norte 18,7 2,7 4,0 44,0 26,7 4,0 75
Nordeste 12,8 9,0 8,4 44,6 22,9 2,4 502
Sudeste 11,0 5,1 9,1 33,1 40,5 1,3 2.346
Sul 9,3 6,4 16,2 29,1 37,5 1,5 594
Centro-Oeste 7,1 5,3 12,4 40,2 33,7 1,2 169
Dependência
Federal 13,8 3,8 10,6 43,0 26,2 2,6 730
Estadual 11,6 5,7 8,0 43,9 29,2 1,7 301
Municipal 18,0 11,5 13,9 22,1 33,6 122
Particular 9,6 6,1 10,2 31,6 41,3 1,3 2.533
Total Brasil 10,9 5,8 10,2 34,6 37,0 1,6 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
As maiores parcelas de graduandos, no País como um todo, registram que poucas ou nenhuma das aulas
práticas foram oferecidas em condições de adequação entre o número de alunos e os equipamentos, material e
espaço pedagógico disponível. Particularmente expressivos são os percentuais correspondentes no Norte e
Nordeste e nas IES federais e estaduais. Somente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e nas IES privadas propor-
ções significativas apontam que a maioria dessas aulas ofereceu condições adequadas.
Tabela 49
Quantidade de Aulas Práticas que Comportam Número Adequado de Alunos em Relação aos
Equipamentos, Material e Espaço Pedagógico Disponível, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência Todas A maioria Metade Poucas Nenhuma SI Total (N)
Regiões
Norte 2,9 10,1 14,5 33,3 39,1 - 69
Nordeste 1,5 6,1 12,0 34,3 45,9 0,2 458
Sudeste 8,0 24,2 17,2 27,7 22,8 0,1 2.195
Sul 9,6 28,5 14,3 25,3 22,0 0,4 573
Centro-Oeste 4,3 19,1 17,3 27,2 32,1 - 162
Dependência
Federal 2,8 12,1 13,5 32,0 39,5 0,2 676
Estadual 1,8 14,7 15,4 29,0 38,8 0,4 286
Municipal 6,0 14,7 16,4 36,2 25,9 0,9 116
Particular 9,1 26,0 16,8 26,7 21,4 0,1 2.379
Total Brasil 7,1 22,0 16,0 28,2 26,5 0,1 3.457
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Consistentemente, parcelas majoritárias de graduandos apontam a insuficiência do número de equipa-
mentos utilizados nos laboratórios. De fato, enquanto quase 2/5 no Brasil como um todo indicam que esses
equipamentos são atualizados, mas insuficientes, quase 1/3 informa que são conservados, mas desatualizados
e insuficientes. A situação mais crítica parece ser a dos graduandos do Norte e Nordeste e das IES federais e
estaduais, onde além de elevados percentuais afirmarem que os equipamentos são conservados, mas
desatualizados e insuficientes, proporções também expressivas sustentam que os equipamentos são antigos,
inoperantes e insuficientes.
Tabela 50
Situação dos Equipamentos Utilizados nos Laboratórios, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
mas conservados
mas conservados
Atualizados mas
Desatualizados,
Desatualizados,
e insuficientes
inoperantes e
Atualizados e
Dependência
e suficientes
insuficientes
insuficientes
suficientes
Regiões/
Total (N)
Antigos,
SI
Regiões
Norte 4,4 14,5 2,9 40,6 37,7 69
Nordeste 1,8 19,0 1.3 37,3 40,0 0,7 458
Sudeste 9,9 42,2 4,7 31,2 11,4 0,5 2.195
Sul 13,3 44,2 2,6 26,9 12,2 0,9 573
Centro-Oeste 6,2 44,4 3,7 26,5 19,1 162
Dependência
Federal 3,6 22,2 2,2 37,6 34,0 0,4 676
Estadual 2,5 22,7 1,8 51,4 20,6 1,1 286
Municipal 4,3 50,9 2,6 33,6 6,9 1,7 116
Particular 11,7 45,2 4,6 26,9 11,1 0,4 2.379
Total Brasil 9,1 39,0 3,9 31,3 16,2 0,5 3.457
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Outro aspecto de fundamental relevância para a qualidade do curso é o seu currículo. Como pode ser
observado na Tabela 51, são relativamente pequenas as parcelas, no Brasil como um todo, que consideram não
haver no currículo disciplinas a serem eliminadas ou cujo conteúdo deveria ser integrado ao de outras.
A maioria considera ser necessário integrar o conteúdo de algumas disciplinas a outras. As indicações mais
freqüentes da necessidade de integrar muitas disciplinas ocorreram nas IES estaduais, observando-se no Nordeste
e no Sul os maiores percentuais de graduandos que acreditam que seria preciso eliminar várias disciplinas.
Tabela 51
Existência de Disciplinas que deveriam ser Eliminadas ou ter o seu Conteúdo Integrado a Outras,
conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em
1998(%)
Regiões/Dependência Não há Integrar Integrar Eliminar Não SI Total (N)
poucas muitas várias sabem
Regiões
Norte 18,7 32,0 29,3 13,3 4,0 2,7 75
Nordeste 10,8 35,1 29,3 20,5 2,0 2,4 502
Sudeste 16,1 33,2 31,2 15,8 2,2 1,4 2.346
Sul 10,8 33,3 31,3 19,5 3,2 1,9 594
Centro-Oeste 21,9 34,3 27,8 10,1 4,1 1,8 169
Dependência
Federal 12,3 36,9 30,0 15,2 3,0 2,6 730
Estadual 11,3 34,6 35,2 16,0 1,3 1,7 301
Municipal 18,9 33,6 26,2 13,9 6,6 0,8 122
Particular 15,8 32,4 30,7 17,4 2,3 1,4 2.533
Total Brasil 14,8 33,5 30,8 16,7 2,5 1,7 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Um quadro bastante distinto emerge quando se trata da inovação curricular. A maior parcela, em todo o
Brasil, considera o currículo deficiente. Os percentuais variam do máximo de 52,0% no Norte ao mínimo de
30,0% no Sudeste e do máximo de 46,0% nas IES federais ao mínimo de 29,5% nas municipais. Além disso, a
maior parte dos graduandos considera ser necessário incorporar muitas disciplinas, sendo especialmente nume-
rosos nas IES municipais.
Tabela 52
Necessidade de Incorporação de Novas Disciplinas ao Currículo Pleno do Curso, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Ao avaliar o dimensionamento das disciplinas, a maior parcela dos graduandos em Jornalismo sustenta
haver demasiado conteúdo para pouco tempo Os valores correspondentes são mais altos no Norte e Nordeste e
nas IES particulares e federais. Todavia, a segunda maior parcela, no Brasil como um todo, registra haver tempo
demais para pouco conteúdo. Nesse sentido, especialmente preocupantes são os percentuais constatados no
Sul e Centro-Oeste, embora sejam também altas as proporções observadas no Nordeste e no Sudeste. Entre as
IES, os mais elevados percentuais são constatados nas estaduais e municipais.
Tabela 53
Avaliação do Dimensionamento das Disciplinas do Curso, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
É possível especular se essa última apreciação reportaria estritamente características curriculares ou se
envolveria o desempenho dos professores. De fato, os dados da Tabela 54 mostram haver dois grupos de avalia-
ções quanto ao empenho, assiduidade e pontualidade dos docentes. O primeiro, representando a maior parcela,
é composto pelos graduandos que consideram que a maioria ou todos os professores demonstraram empenho,
pontualidade e assiduidade. São especialmente significativos os valores observados no Sudeste e Sul e nas IES
privadas e municipais. O outro grupo reúne 46,0% de graduandos, no Brasil como um todo, que sustentam que
poucos ou apenas metade dos seus professores exibem essas caracteristicas. São mais numerosos no Nordes-
te, Norte e Centro-Oeste e nas IES federais e estaduais. Caberia indagar em que medida o conteúdo das discipli-
nas termina por se tornar reduzido pela falta de empenho na utilização adequada do tempo por parte dos profes-
sores ou por suas falhas quanto à pontualidade e assiduidade.
Tabela 54
Avaliação do Empenho, Assiduidade e Pontualidade dos Professores, pelos Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Vale observar que as maiores parcelas de graduandos consideram que a maioria ou todos os seus profes-
sores exibiram domínio atualizado dos conteúdos disciplinares que ministraram, sendo registrados os mais
elevados percentuais no Sudeste e Sul e nas IES particulares e municipais. Já no Norte e Nordeste e nas IES
federais e estaduais mais da metade informa que poucos ou apenas metade dos seus professores demonstraram
essa característica.
Tabela 55
Avaliação do Domínio Atualizado das Disciplinas Ministradas pelos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
As avaliações subjetivas dos graduandos, apresentadas nas duas tabelas anteriores, são bastante consis-
tentes com os dados sobre a apresentação do Plano de Ensino, um indicador bastante objetivo do cumprimento
de um aspecto básico das obrigações docentes. Ao serem indagados se seus professores usualmente apresen-
tavam aos alunos Plano de Ensino contendo os objetivos, metodologia, critérios de avaliação, Cronograma e
bibliografia das disciplinas que ministram, os graduandos que responderam que nenhum, poucos ou apenas
metade dos docentes cumpre esta responsabilidade somaram mais de 2/5 das respostas. Particularmente eleva-
dos foram os percentuais encontrados no Nordeste, Norte e nas IES estaduais.
Tabela 56
Apresentação do Plano de Ensino pelos Professores, conforme os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Nenhum Poucos Metade Maioria Todos SI Total (N)
Dependência apresenta apresentam apresenta apresenta apresentam
Regiões
Norte 1,3 38,7 10,7 28,0 16,0 5,3 75
Nordeste 2,6 39,2 13,0 31,5 11,0 2,8 502
Sudeste 2,6 26,2 14,8 36,6 18,4 1,5 2.346
Sul 2,2 18,4 12,1 46,6 18,5 2,2 594
Centro-Oeste 1,2 23,7 8,3 47,3 18,9 0,6 169
Dependência
Federal 2,2 26,0 12,6 39,2 17,0 3,0 730
Estadual 1,7 31,2 10,6 41,2 12,6 2,7 301
Municipal 2,5 22,1 12,3 44,3 16,4 2,5 122
Particular 2,6 26,8 14,5 36,7 18,1 1,3 2.533
Total Brasil 2,4 26,9 13,7 37,8 17,4 1,8 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
É também relativamente baixa, segundo os graduandos, a disponibilidade dos professores para orientação
extraclasse. Os percentuais que indicaram que os docentes estão sempre disponíveis variaram do mínimo de
13.2% no Nordeste e 11,5% nas IES municipais, até o máximo de 23,1% no Centro-Oeste e 21,9% nas IES
estaduais. Todavia, chama a atenção o fato de que quase 1/4 dos graduandos, no Brasil como um todo, jamais
procurou seus professores para receber orientação extraclasse. índices expressivos, neste sentido, são registrados
no Sudeste e Centro-Oeste e nas IES particulares.
Tabela 57
Avaliação da Disponibilidade de Orientação Extraclasse pelos Professores, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
não encontraram
Procuraram, mas
Corpo docente
Procuraram e
Procuraram e
Dependência
encontraram
encontraram
várias vezes
está sempre
procuraram
raramente
disponível
Regiões/
Total (N)
Nunca
SI
Regiões
Norte 21,3 2,7 21,3 34,7 13,3 6,7 75
Nordeste 19,7 3,2 24,9 36,5 13,2 2,6 502
Sudeste 24,6 3,4 12,7 36,3 21,3 1.8 2.346
Sul 20,2 2,2 15,3 40,9 18,5 2,9 594
Centro-Oeste 23,1 4,1 10,7 38,5 23,1 0,6 169
Dependência
Federal 19,9 2,2 14,9 39,6 20,0 3,4 730
Estadual 10,6 1,3 18,3 45,5 21,9 2,3 301
Municipal 20,5 5,7 11,5 48,4 11,5 2,5 122
Particular 25,6 3,6 14,6 34,9 19,7 1,7 2.533
Total Brasil 23,1 3,2 14,9 37,1 19,6 2,1 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os instrumentos de avaliação de aprendizagem utilizados no curso, segundo os graduandos de Jornalis-
mo, foram bastante diversificados. Embora a maior parcela tenha indicado o predomínio de provas escritas,
percentuais significativos apontaram trabalhos de grupo escritos e trabalhos individuais escritos. São poucas as
menções às provas práticas.
Tabela 58
Instrumentos de Avaliação Predominantemente Utilizados pela Maioria dos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões
Norte 33,3 34,7 17,3 5,3 4,0 5,3 75
Nordeste 39,0 21,1 21,5 10,2 5,2 3,0 502
Sudeste 40,4 25,3 20,4 7,6 4,5 1,8 2.346
Sul 30,8 22,2 26,3 8,9 9,1 2,7 594
Centro-Oeste 35,5 29,0 21,9 7,7 4,7 1,2 169
Dependência
Federal 20,4 27,4 36,6 6,4 6,2 3,0 730
Estadual 26,9 26,9 36,5 2,7 5,0 2,0 301
Municipal 55,7 9,0 19,7 4,1 9,0 2,5 122
Particular 43,9 24,3 15,5 9,4 4,9 1,9 2.533
Total Brasil 38,3 24,6 21,5 8,1 5,3 2,2 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Cabe indagar quais os principais tipos de trabalhos utilizados no processo de avaliação de aprendizagem
desses graduandos. Os dados da Tabela 59 mostram que predominam a elaboração de peças ou matérias
jornalísticas, seguindo-se a elaboração de relatórios analíticos sobre matérias jornalísticas reais. Em terceiro
lugar vêm os trabalhos monográficos complementares aos conteúdos desenvolvidos em sala de aula, seguindo-
se os relatórios de seminários sobre temáticas específicas do curso. Os percentuais observados entre os graduandos
do Norte e das IES municipais são bastante inferiores aos encontrados nas demais regiões e tipos de IES. Os
graduandos do Sul e do Centro-Oeste e das IES federais e estaduais foram os que mais realizaram esses tipos
de trabalhos. Chamam a atenção, no Sudeste e no Centro-Oeste os reduzidos percentuais de graduandos que
registraram a realização de relatórios sobre visitas a veículos de comunicação.
O dado mais surpreendente, talvez, é o reduzido percentual de graduandos que registraram ter apresenta-
do Trabalho Final do curso perante banca examinadora. Embora esse tipo de trabalho já se tenha consolidado
como experiência essencial à formação de nivel superior, parcelas elevadas não o fizeram. Chamam a atenção,
especialmente, os índices observados no Norte e Sudeste e nas IES municipais e particulares.
Tabela 59
Tipos de Trabalhos Utilizados no Processo de Avaliação (*), conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Apresentação de trabalho
Relatórios analítico sobre
veículos de comunicação
respostas a questionários
Relatórios de seminários
pesquisa em Jornalismo
Elaboração de peças ou
Relatório de projetos de
banca examinadora
complementares
Monografias
Regiões
Norte 65,3 60,0 58,7 40,0 64,0 88,0 44,0 42,7
Nordeste 57,4 68,7 62,8 49,2 65,7 91,6 60,8 70,3
Sudeste 72,6 69,9 64,3 60,5 78,6 94,8 34,5 50,8
Sul 71,0 62,1 65,5 52,2 76,4 95,3 46,1 76,8
Centro-Oeste 74,6 63,9 62,1 59,2 69,2 94,7 33,7 81,1
Dependência
Federal 75,9 73,8 62,7 41,6 73,2 93,8 45,8 72,5
Estadual 68,4 75,8 53,5 44,2 81,4 92,7 42,5 76,7
Municipal 54,9 59,0 62,3 56,6 77,9 95,9 39,3 66,4
Particular 69,6 65,9 65,8 63,2 75,8 94,6 38,2 52,4
Total Brasil 70,2 68,0 64,1 57,1 75,8 94,3 40,1 58,8
É possível que todas os problemas acima registrados expliquem as ressalvas dos graduandos quanto ao
nivel de exigência do curso. De fato, no Brasil como um todo, chama a atenção o fato de que quase 3/4 dos
graduandos sustentem que o curso deveria ter exigido mais deles próprios - muito mais (33,8%), ou um pouco
mais (39,8%). No Nordeste e no Centro-Oeste, e nas IES, os percentuais correspondentes ultrapassam 4/5.
Tabela 60
Avaliação do Nivel de Exigência do Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Deveria ter Deveria ter Exigiu na Deveria ter Deveria ter SI Total
Dependência exigido exigido um medida exigido um exigido (N)
muito mais pouco mais certa pouco menos muito menos
Regiões
Norte 37,3 37,3 12,0 4,0 4,0 5,3 75
Nordeste 46,4 34,5 13,9 1,8 0,6 2,8 502
Sudeste 29,7 40,3 24,9 3,0 0,5 1,6 2.346
Sul 35,9 42,4 18,4 1,9 0,2 1,9 594
Centro-Oeste 45,6 40,8 12,4 - 0,6 0,6 169
Dependência
Federal 40,6 39,9 14,4 1,6 0,7 2,9 730
Estadual 37,5 44,5 14,3 1,0 0,3 2,3 301
Municipal 41,0 43,4 13,9 0,8 - 0,8 122
Particular 31,1 39,1 24,8 3,0 0,5 1,5 2.533
Total Brasil 33,8 39,8 21,5 2,5 0,5 1,8 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
4. Os Resultados Obtidos e as Perspectivas para o Futuro
Como conseqüência de todos esses elementos, que resultados obtiveram os graduandos? Que habilida-
des desenvolveram? O que conquistaram com o curso que estavam concluindo? E como pretendem prosseguir,
em termos de estudos e de trabalho, no futuro próximo?
A principal habilidade mais desenvolvida pelo curso, segundo a maior parte dos graduandos em Jornalis-
mo, foi a capacidade de análise crítica. Em seguida, indicou-se a capacidade de comunicação, cujos índices
foram especialmente elevados entre os graduandos das IES municipais e particulares, e no Centro-Oeste e nas
IES privadas, a habilidade de trabalhar em equipe. Dado o papel crucial desempenhado pelos veículos de comu-
nicação no mundo contemporâneo, causa surpresa o reduzido percentual de graduandos que mencionou o de-
senvolvimento do senso ético.
Tabela 61
Habilidades Mais Desenvolvidas pelo Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
EXAME NACIONAL DE CURSOS -1998 ANEXO 00 RELATÓRIO SÍNTESE JORNALISMO PROVAS E QUESTIONÁRIO
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A principal contribuição do Estágio Supervisionado, para a maior parcela dos graduandos - especialmente
do Centro-Oeste e do Norte e das IES municipais - foi o aperfeiçoamento técnico e profissional. Segue-se a
demonstração da necessidade de estudo continuado para o exercício profissional eficiente, mencionada princi-
palmente pelos graduandos do Nordeste e das IES estaduais.
Vale chamar a atenção para o reduzido número de graduandos que responderam a essa pergunta, possi-
velmente por não haverem realizado o estágio em questão.
Tabela 62
Principal Contribuição do Estágio Curricular Supervisionado, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Por outro lado, causa surpresa que no Brasil como um todo a maior parcela de graduandos aponte a
obtenção de cultura geral como a principal contribuição do curso, vindo em segundo lugar o aperfeiçoamento
técnico profissional e em quarto a formação teórica, após a conquista do diploma de nível superior. A obtenção de
cultura geral foi mais mencionada pelos graduandos do Sudeste. O aperfeiçoamento técnico profissional foi mais
freqüentemente registrado pelos graduandos do Sul e das IES municipais e privadas, enquanto a formação
teórica somente foi indicada por parcelas significativas nas IES estaduais e federais.
Tabela 63
Principal Contribuição do Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Diante desses resultados, é pouco surpreendente que uma expressiva parcela deseje prosseguir os estu-
dos realizando outro curso de graduação. Entre esses se destacam os graduandos do Nordeste, Sudeste e
Norte. Porém, as perspectivas de estudo mais freqüentes entre esses graduandos recaem sobre a realização de
cursos de aperfeiçoamento ou especialização, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste e nas IES municipais
e privadas. Os projetos de estudos de mestrado e doutorado na área foram mais freqüentes entre os graduandos
do Norte e das IES federais e municipais.
Tabela 64
Perspectivas de Estudo após a Conclusão do Curso, entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
ou especialização
Aperfeiçoamento
Parar de estudar
Outro curso de
doutorado em
doutorado na
Dependência
Mestrado ou
Mestrado ou
graduação
outra área
Regiões/
Total (N)
área
SI
Regiões
Norte 5,3 17,3 36,0 32,0 5,3 4,0 75
Nordeste 4,6 20,1 40,8 26,1 5,8 2,6 502
Sudeste 4,4 18,1 47,6 21,5 7,0 1,4 2.346
Sul 4,9 14,0 43,3 29,3 7,1 1,5 594
Centro-Oeste 5,9 13,6 46,2 27,8 5,9 0,6 169
Dependência
Federal 5,9 15,6 40,1 27,8 7,8 2,7 730
Estadual 5,7 19,9 41,5 20,9 10,0 2,0 301
Municipal 1,6 18,9 45,9 29,5 4,1 - 122
Particular 4,3 17,7 47,7 22,8 6,2 1,3 2.533
Total Brasil 4,6 17,5 45,7 23,9 6,8 1,6 3.686
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Quanto ao exercício da profissão, a maior parcela dos graduandos prefere o Jornalismo impresso, especi-
almente no Centro-Oeste, Sul e Sudeste e nas IES estaduais e federais. Nas IES municipais e privadas, encon-
tram-se as mais freqüentes menções ao trabalho em televisão. No Nordeste e nas IES municipais, percentuais
expressivos pretendem atuar em assessorias de imprensa.
Tabela 65
Área Preferida para o Exercício da Profissão entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A maioria dos graduandos pretende se dedicará profissão escolhida, atuando na área, seja permanecen-
do no emprego atual, seja iniciando negócio próprio. Os que mais se dispõem a procurar emprego em qualquer
área são os graduandos do Nordeste e das IES estaduais.
Tabela 66
Perspectivas para após o Curso entre os Graduandos que não pretendem atuar na área, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.