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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL - UNIJUÍ

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA


IMUNOTERAPIA
HORMONIOTERAPIA

Acadêmicas: Caroline Rosa, Eduarda Inocêncio e Tacieli Schmeling


Professor: Mateus Souza
Disciplina: Fisioterapia em Oncologia
IJUÍ, 2023
01
TRANSPLANTE DE
MEDULA ÓSSEA - TMO
CONCEITO TMO

Procedimento terapêutico que consiste na infusão de sangue da medula óssea em um


receptor compatível.
➔ Tratamento para algumas doenças que afetam as células do sangue, como:
➔ Leucemias, Linfomas;
➔ Mieloma múltiplo

Consiste na substituição de uma medula óssea doente/defictária por células


normais de medula óssea.

Objetivo de reconstituição de uma medula saudável.


TIPOS DE TMO
TRANSPLANTE AUTÓLOGO
● Quando a medula vem do próprio paciente;
● As células-tronco são coletadas por meio de uma veia, congeladas e armazenadas (criopreservação).

TRANSPLANTE ALOGÊNICO
➔ Células-tronco de um doador ( familiar ou não);
➔ O grau de compatibilidade é determinado por um conjunto de genes localizados no cromossomo de
número 6.
Transplante Alogênico Não Aparentado
Transplante Alogênico Aparentado
Quando o doador não é da família.
Quando o doador de medula é um familiar.

Transplante Alogênico Haploidêntico


Encontra doadores 50% compatíveis, geralmente feito por meio do pai e da mãe.
TIPOS DE TMO
TRANSPLANTE SINGÊNICO
➔ Mesmo do alogênico, porém, nesse caso o doador e o receptor são
irmãos gêmeos univitelinos, da mesma placenta.

TRANSPLANTE CORDÃO UMBILICAL


➔ Paciente recebe as células para transplante oriundas de um cordão
umbilical
➔ Para o resultado é crucial o cordão apresentar compatibilidade no HLA
com o paciente.
ATUAÇÃO FISIOTERAPIA NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO
TMO

Fisioterapeuta como integrante da equipe multidisciplinar avalia as demandas do indivíduo


em todas as fases do transplante principalmente:
● Quesitos funcionalidade
● Desempenho físico e respiratório
● Qualidade de vida.

A fisioterapia é importante na:


● Reabilitação e na prevenção de danos funcionais
● Avaliação e no desenvolvimento de programas de reabilitação para melhorar e/ou
minimizar as sequelas musculoesqueléticas e cardiorrespiratórias do transplante.
TÍTULO DESFECHO CLÍNICO

MÉTODOS
● Estudo seccional e
documental realizado por
meio de revisão sistemática
da literatura disponível nas
bibliotecas virtuais de saúde:
BIREME, PEDro, Scielo e
PubMed.
● Critérios para inclusão: Artigos que tratem sobre a Fisioterapia
englobando a avaliação, diagnóstico, tratamento e/ou prognóstico
fisioterapêutico em pacientes transplantados de medula óssea.
ANDERS, 2000
● Incentivar o paciente a sair do leito para realizar MELODY:
a cinesioterapia motora em pé com exercicios ● As avaliações devem começar logo após a
de alongamento e fortalecimento muscular, admissão hospitalar
podendo ser utilizada a bicicleta ergométrica. ● Avaliar: (grau de força motora, a amplitude
● Orientações posturais para evitar dores de movimento, o equilíbrio, a coordenação
musculares e ser incentivado a permanecer e a resistência).
sentado sempre que for possível. Tratamento:
● Fisioterapia respiratória por meio de técnicas de ● alongamentos, fortalecimento, exercícios
expansão pulmonar com padrões respiratórios: ativos livres e aeróbicos (bicicleta e
(inspiração profunda, incentivador respiratório) abdominais) e exercícios respiratórios,
● Uso de CPAP e BIPAP e, se necessário. manutenção da ADM articular, equilíbrio,
coordenação e resistência.
01
IMUNOTERAPIA
HISTÓRICO

➔ William Coley (1862–1936), cirurgião de Nova York, é considerado o pai da


imunoterapia;
➔ O primeiro a investigar seriamente e a escrever sobre a associação entre
infecção e remissão do câncer;

◆ Coley ficou interessado na ligação entre imunidade e oncologia depois


que um de seus pacientes foi aparentemente curado de um câncer após
dois ataques de erisipela, causados por uma infecção aguda pela
bactéria Streptococcus pyogenes.

R. Bryan Bell, (2018)


SISTEMA IMUNOLOGICO

Reconhecer ameaças e proteger o corpo contra


doenças de origem exógena e endógena.

Composto por:
● Glóbulos brancos
Eliminar para continuar a ● Órgãos e tecidos do sistema linfático:
○ Timo
homeostase.
○ Baço
○ Amígdalas
○ Gânglios linfáticos
○ Vasos linfáticos
○ Medula óssea

ABBOTT, Maura (2019).


MECANISMO DE AÇÃO

Células cancerígenas e a interação com o sistema imunológico:


➔ Diferente da quimioterapia, que mata o cancro através de
propriedades citotóxicas;
➔ As imunoterapias, em seus vários tipos, com diferentes
mecanismos de acção:

Utilizam globalmente o sistema imunitário do hospedeiro


para matar células tumorais.

ABBOTT, Maura (2019).


MECANISMO DE AÇÃO

Conceito de imunovigilância, onde células T


apresentam a capacidade de reconhecer
proteínas cancerígenas

Logo, o sistema imunológico é capaz de


controlar a imunogenicidade e a carga tumoral.
MECANISMO DE AÇÃO

➔ Uma função importante do sistema ➔ As células cancerígenas, usam


imunológico consiste em sua esses pontos de controle para
capacidade de atacar as células evitar serem atacadas pelo sistema
normais e anormais do corpo. imunológico.
➔ Para fazer isso, ele usa pontos de ➔ Imunoterápicos têm como alvo
verificação – as chamadas moléculas esses pontos de controle,
de controle imunológico em células restabelecendo a atividade destas
imunológicas que precisam ser células da imunidade no combate
ativadas (ou desativadas) para iniciar às células cancerosas.
uma resposta imunológica.

Efeitos como a promoção da ativação


linfocitária e reversão da exaustão
celular T.
INDICAÇÃO

Atualmente, no Brasil, existem medicamentos


imunoterápicos aprovados para os seguintes
cânceres:

➔ Pulmão; Alguns subtipos de


➔ Rim; cânceres de:
➔ Bexiga; ➔ mama
➔ Estômago; ➔ pele
➔ Cabeça e pescoço;
➔ Melanoma.

ABBOTT, Maura (2019).


TRATAMENT0

➔ A duração do tratamento depende da eficiência do


medicamento no sistema imunológico;
➔ Uma sessão para aplicação do medicamento dura em
torno de uma hora;
➔ Podendo ser repetida entre duas e quatro semanas de
intervalo conforme o medicamento escolhido e a
indicação.
EFEITOS ADVERSOS
➔ Febre
➔ Aumento ou perda de peso
➔ Alterações de comportamento
Com a imunoterapia, os pacientes
➔ Ansiedade ou irritabilidade. podem vivenciar uma melhor qualidade
➔ Mal-estar geral de vida durante o tratamento, já que os
efeitos colaterais tendem a ser menos
➔ Fadiga intensos.
➔ Dor nas costas e articulações
➔ Náusea
➔ Cefaleia.
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HORMONIOTERAPIA
CONCEITO

Tratamento medicamentoso utilizada em casos onde se detecta a


positividade de receptores de estrogênio e progesterona em células cancerígenas.

● Importante no tratamento do câncer de


mama, endométrio e próstata
Pode ser:
Neoadjuvante Adjuvante Paliativa

(INCA, 2015)
Hormonioterapia Neoadjuvante

Objetivo:
Reduzir o tamanho ou extensão do tumor para
Geralmente é usado em conjunto com a
tornar possível a realização da cirurgia
quimioterapia e/ou radioterapia.
aumentando a chance de cura da doença.

Inibidores da aromatase:
● Anastrozol;
● Letrozol;
● Exemestano.
(SCHORR, 2015)
Hormonioterapia Adjuvante - tHa

Tratamento sistêmico
Principais medicamentos:
usado após a cirurgia. Tratamento: 5 anos ou pode
Tamoxifeno;
Objetivo: Inibidores da aromatiza prolongar até 10 anos casos de

Aumentar a sobrevida e reduzir o (exemestano, anastrozol, risco.

risco de recidiva do câncer. letrozol), goserelina e


fulvestranto
Diferentes indicações a
depender do status
menopausa
Hormonioterapia Paliativa
Devido a baixa toxicidade inerente
ao tratamento, a hormonioterapia
torna-se um dos pilares no
tratamento paliativo de pacientes
com câncer

O tamoxifeno medicamento
amplamente empregado no
tratamento paliativo ou adjuvante.
EFEITOS ADVERSOS: Hormonioterapia
● Relacionados com a diminuição dos níveis hormonais durante o tratamento.

Mais comum incluem:

Secura vaginal Alterações de humor


Secura cutânea Impotência
Trombose Dores ósseas e articulares
Osteopenia Diminuição da libido
Ondas de calor Alterações menstruais
Suores noturnos Perda de massa muscular
Ganho de peso Osteoporose grave

(SILVA, 2021)
ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NA IMUNOTERAPIA E
HORMONIOTERAPIA

Faz parte da equipe multidisciplinar da saúde e atua de forma bastante abrangente


na sintomatologia dos pacientes oncológicos.

Metas: preservar e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas,


assim como prevenir, tratar e minimizar os distúrbios e sequelas causados pelo
tratamento oncológico (quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia
ou mesmo no cuidado paliativo).
A fisioterapia na hormonioterapia pode:

➔ Prevenir várias complicações da terapia endócrina


➔ Melhorar a qualidade de vida
➔ Aumentar a aderência ao tratamento hormonal
➔ Evitar a evolução da doença neoplásica
➔ Aumentar a sobrevida global

Intervenções fisioterapêuticas podem ser utilizadas:


➔ Analgesia (eletroterapia e massoterapia);
➔ Alongamentos (passivos e ativos);
➔ Exercícios de fortalecimento muscular (com ou
sem carga);
➔ Exercícios de amplitude de movimento;
➔ Exercícios cardiorrespiratórios.
Principais recursos utilizados:
TENS: analgesia
FES: força muscular aumento da vascularização, redução da dor,
LASER: aceleração na síntese de colágeno ação anti-inflamatória
e redução dos microrganismos.
TERAPIA FÍSICA: drenagem linfática, cuidados com a
pele, enfaixamento compressivo e exercícios mucosite, estimulo a cicatrização nas lesões
na cavidade oral e em glândulas.
miolinfocinéticos;
KINESIOTPE (bandagens): drenagem
REFERÊNCIAS
VILELA, Bruna. SOUZA, Everton. CARMO, Gisele. BASTOS, João. SOARES, Natália. Hormonioterapia para o Tratamento do Câncer de
Mama em Mulheres. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel em Farmácia do
Centro Universitário UNA. Belo Horizonte, 2023. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/34305/1/TCC%20Hormonioterapia%20para%20o%20tratamento%20do%
20c%c3%a2ncer%20de%20mama%20em%20mulheres.pdf

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Transplante de Medula Óssea. 2023. Disponível em:


https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/transplante-de-medula-ossea

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA. Disponível em:


https://www.abrale.org.br/informacoes/tratamentos/transplante-de-medula-ossea/#1583784563473-b4fcd247-d406f58a-e11a

ABBOTT, Maura; USTOYEV, Yelena. Cancer and the immune system: the history and background of immunotherapy. In: Seminars in
oncology nursing. WB Saunders, 2019. p. 150923.
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0749208119301056?via%3Dihub
REFERÊNCIAS
SILVA, Italo. Atuação da fisioterapia em pacientes transplantados de medula óssea: revisão sistemática de literatura. Health Biel Sct.
2017; 5(4):371-377. dot: 10.12662/2317-3076jhbs.154.1207.p371-377.2017.

MORAIS, Débora. Manual de Exercícios Fisioterapêuticos para pacientes submetidos a Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas.
Dissertação submetida como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional
em Pesquisa Clínica, do Hospital de Clínicas. Porto Alegre 2020.

PINHEIRO T.S; BARROS H.V.O; BORGES K.W.C. ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE SEQUELAS INCAPACITANTES
EM PACIENTES COM CANCER DE MAMA. Revista Liberum Accessum. 2020. Disponível em:
https://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/35/45. Acessado: 26 nov. 2023.

JORGE, Juliano José. Imunoterapia no tratamento do câncer. Arq Asma Alerg Imunol, v. 3, n. 2, p. 133-8, 2019. DOI:
10.5935/2526-5393.20190023.

QUEIROLO, Paola et al. Inibidores do ponto de verificação imunológico para o tratamento do melanoma metastático: um modelo de
imunoterapia contra o câncer. In: Seminários em biologia do câncer . Imprensa Acadêmica, 2019. p. 290-297. DOI:
10.1016/j.semcancer.2019.08.001
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