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Cirúrgica
Idade
Sexo
Sintomas associados
História pregressa e história familiar
Cirurgias prévias
Irradiação cervical
Se já fez uso de iodo radioativo
Nódulo palpável ou não, se ele for palpável se é regular, irregular, tamanho, móvel ou fixo,
presença de outros nódulos.
EXAMES COMPLEMENTARES
Classificação de Chammas
I Ausência de vascularização
II Vascularização periférica
III Vascularização periférica maior ou igual a central
IV Vascularização central maior que a periférica
V Vascularização apenas central
CONGELAÇÃO TRANSOPERATÓRIA
Tira a peça e manda aquela peça diretamente para o patologista, no mesmo momento
Literalmente você congela a peça, corta em fatias e coloca na lamina, sem nenhum
corante
Serve para tecidos moles
24/02 – DRA KARINA
Glicose o SNC só usa glicose como fonte energética. Vamos ver no metabolismo anaeróbico
que a gente consegue usar outras fontes de energia também. Porém, via de regra o SNC só
trabalha com a glicose como fonte energética.
Metabolismo intermediário
Anabolismo: construção do estoque
Catabolismo: destruição do estoque.
Em que se baseia essa resposta?
Fluxo sanguíneo
Oxigênio
Glicose – SNC e área lesada (ferida operatória).
A dor é um mecanismo que deflagra as respostas endócrino-metabólicas.
Anabolismo
Período pós-prandial (depois que acabei de comer): aumento da glicemia e insulina
insulina joga glicose para dentro da célula.
INSULINA: principal hormônio anabolizante.
A insulina não joga só a glicose, a insulina abre canal de K+, fosfato, então é um mecanismo que
faz com que a gente consiga jogar essa glicose com alguns eletrólitos para dentro da célula.
Por isso que quando o paciente está com hipercalemina usamos uma solução polarizante (insulina,
por exemplo).
Sobrou glicose? Insulina começa o anabolismo construção de estoque de 2 formas:
Glicogênio (gliconeogênese)
Gordura (lipogênese)
Quando você está em jejum, em um estado de trauma a primeira glicose que vai ser utilizada é a
do glicogênio. E uma outra forma de estoque é através da gordura.
Catabolismo
É O QUE PRECISAMOS APRENDER. É o que acontece quando estou à frente de um paciente
vítima de trauma. No trauma eles são muito mais exacerbados.
Jejum ou trauma: diminui a glicose e insulina aumento dos hormonios contra-insulínicos
o Hormonios contra-insulinicos: glucagon (é o contrário da insulina)
o Mas o principal é o CORTISOL
CORTISOL
Cortisol: principal hormônio catabolizante
Diante de um trauma ou jejum prolongado preciso de uma fonte de energia rápida Quebra
do glicogênio – glicogenólise.
O estoque de glicogênio se esgota em cerca de 48h de jejum. No trauma grave se esgota
em algumas horas (queimados, pacientes graves, trauma grave) até 8 h consegue manter,
depois começa com hipoglicemia grave.
Depois disso preciso mobilizar energia, “achar glicose” de outra forma.
2ª fase
Formação de “nova glicose”
Gliconeogênese – começa onde está estocado quebra de músculo e gordura. Hoje sabe
que o processo de quebra de músculo e gordura acontece ao mesmo tempo. Com a quebra
do músculo começo quebrar proteína.
o Proteólise libera glutamina e alanina (aa não essenciais) em uma UTI a dieta é o
mais importante de todos porque a sua falta, paciente desnutrido, dificulta a
cicatrização, infecta e aumenta a chance de morrer.
o Glutamina na dieta hospitalar ela é o único aminoácido capaz de ser utilizado no
TGI como fonte energética devido a beta-oxidação. Ela é absorvida diretamente no
TGI e isso é muito importante porque a partir desse momento ela começa ser
quebrada metabólito ativo ALANINA (ela consegue ser transformada
diretamente em glicose dentro do fígado).
o Lipólise lipídeos, glicerol e ácidos graxos
o Lactato.
Ações do cortisol
Fígado: gliconeogênese a partir dos aminoácidos (proteólise)
Pâncreas: libera glucagon (hormônio contra-insulinico direto) sinergismo para antagonizar
a insulina.
Musculo: libera lactato, inibe a captação e uso dessa glicose.
Tecido adiposo: lipólise glicose e ácidos graxos.
Cardiovascular: estimula síntese de catecolaminas e atua no tônus vascular (vasoconstrição
periférica para melhorar a perfusão tecidual dos órgãos nobres)
Catabolismo no REMIT
Principal deflagrador: dor + lesão
Não considero só no trauma, mas que uma cirurgia pode causar, o trauma que o paciente
recebe.
Parte endócrina: Hipotálamo hipófise ACTH adrenal cortisol, catecolaminas e
aldosterona
Cortisol: gliconeogenese facilitador da ação das catecolaminas (adrenalina,
noradrenalina, dopamina). Se eu não tiver cortisol não vou conseguir ter a ação das
catecolaminas.
CATECOLAMINAS
Tem lesão, acabou de acontecer o trauma, a primeira célula que migram para a ferida
operatória são os macrófagos, dá a sinalização inicial, primeiro fator que libera é o fator de
necrose tumoral alfa, assim com a atonia intestinal que as catecolaminas fazem, a TNF-alfa
fazendo anorexia
IL-1: hipertermia discreta, 24-36h de trauma, aumenta temperatura corporal por causa neural
(?)
TNF-alfa: anorexia
Quando entra em hipotermia, pode desenvolver distúrbios de coagulação e acidose
metabólica (tríade letal), então como mecanismo protetor para não ter hipotermia agora, IL-
1 aumenta um pouco a temperatura para proteger esse mecanismo
IL-4, IL-10, IL-13: são anti-inflamatórias
Efeitos de pós-operatório (trauma, operado, pós cirurgia cardíaca, colecistectomia)
Íleo adinâmico -não vai evacuar, raro antes de 24h, pela ação de catecolaminas
Oligúria funcional (< 30 ml/h)
Alcalose mista
Hiperglicemia -insulina está suprimida
Elevação discreta da temperatura (IL-1) -levemente hipertérmico (39° não já), não é infecção
vigente
Anorexia (TNF-alfa)
Efeitos exacerbados
Catabolismo proteico intenso fraqueza/ proteólise diafragmática diminui o drive
respiratório (fadiga) infecção - PAV (pneumonia associada a ventilação, bactéria vem do
intestino)
Catabolismo lipídico intenso microembolias gordurosas (pode causar AVC)
Vasoconstrição intensa má perfusão órgãos translocação bacteriana sepse
Liberação intensa de citocinas SIRS disfunção múltipla de órgãos e sistemas.
É possível modular a REMIT?
Anestesia epidural diminui a resposta endócrina
Cirurgia laparoscópica diminui a resposta imune diminui mais rápido a anorexia.
Fases de recuperação cirúrgica
1. Fase adrenérgica – (liberação de muito cortisol nos primeiros dias) corticoide: 4-8 dias (perde
peso pela proteólise, lipólise)
2. Fase anabólica precoce (está melhorando)
3. Fase anabólica tardia: até 1 ano, reganho de peso.
Resposta ao jejum prolongado
Choque
Choque não é sinônimo de hipotensão arterial
Definição
Má perfusão tecidual
Hipotensão: consequência de choque
Vai causar grande dano que temos no choque
Nossos tecidos dependem de O2, precisam de perfusão adequada, quando não adequada,
eles vão entrar em falência choque
Desequilíbrio entre a perfusão e as necessidades celulares causando por anormalidades no
veículo de transporte de oxigênio (sangue) ou no sistema de transporte (sistema cardiovascular).
Fisiopatologia do choque
O grande vilão do choque é o NO acidose metabólica
falência de órgãos óbito.
Choque refratário choque séptico
Óxido nítrico
Radical livre
Neurotransmissor
É fisiológico, porém com produção excessiva, passa a ser
deletério porque o NO atua nos vasos, causando vasoplegia
ou seja, torna os vasos paréticos, a musculatura deixa de
trabalhar
A diminuição da resistência vascular sistêmica leva a
produção excessiva de NO
Age na musculatura lida dos vasos vasoplegia
Provoca progressiva vasodilatação, reduzindo o fluxo
sanguíneo para áreas metabolicamente ativas produzindo
lesão orgânica
O NO induz perda da sensibilidade vascular a catecolaminas
(drogas vasoconstritores) e depressão miocárdica
hipotensão letal.
Corticoide tem reação ao reduzir a produção de NO
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
Aumento do débito cardíaco: compensaremos a falta de O2 nos tecidos lesados
Liberação de catecolaminas: fazer vasoconstrição oxigênio onde precisa
Estágios do choque
I. Estágio não progressivo ou compensado
Os mecanismos compensatórios orgânicos conseguem reversão completa do choque sme
precisar de terapia externa
Não tem acidose
Pacientes jovens, hígidos, o organismo consegue reverter
Classificação do choque
Etiológica
o Hipovolêmico
o Cardiogênico
o Séptico
o Neurogênico
o Anafilático
Fisiopatológica
o Hipovolêmico
o Cardiogênico
o Distributivo:
Anafilático
Neurogênico
Séptico
Insuficiência suprarrenal
o Obstrutivo
Choques hipodinâmicos
Diminui DC
Aumenta RVP – o que explica a cianose de extremidades
Choques hipovolêmicos, cardiogênicos, obstrutivos
Choques hiperdinâmicos
Aumenta DC
Diminui RVP
Choques distributivos (sépticos)
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Hipovolemia por perda de volume plasmático: Ex: grandes queimados
Hipovolemia por desidratação. Ex: infecções graves do trato gastrointestinal. Mais em
crianças.
Hipovolemia por hemorragia. Ex: sangramentos transoperatórios/ traumas. É a maior
incidência.
Classificação da hipovolemia
Leve: < 20% de perda do volume sanguíneo
Moderada: 20-40% de perda do volume sanguíneo
Grave: > 40% de perda do volume sanguíneo
CHOQUE SÉPTICO
Único que tem vasodilatação – hiperdinâmico e distributivo.
Choque de maior gravidade e maior mortalidade
Único que o mecanismo compensatório do organismo não consegue atuar
Resposta do organismo a uma infecção sistêmica
Infecção gastrointestinal, pulmonares e urinárias
Falência de órgãos
Síndrome secundária e hipóxia de órgãos vitais
Mortalidade (por sistema)
Exames complementares:
Laboratório:
Hemograma
Eletrólitos
Função renal
Enzimas pancreáticas
Enzimas cardíacas: fazemos quando suspeitamos de um choque cardiogênico.
Gasometria arterial
Lactato: ajuda na parte infecciosa. Ajuda no pós-operatório, em cirurgias com potencial de
contaminação.
D-dímero: suspeita de choque obstrutivo. Imagem:
Raio X de tórax: pouco utilizado.
TC de abdômen e tórax: paciente com trauma, acidentado. Tomografia é o mais utilizado.
ECG
Ecocardiograma
Imagem:
Raio X de tórax: pouco utilizado.
TC de abdômen e tórax: paciente com trauma, acidentado. Tomografia é o mais utilizado.
ECG
Ecocardiograma
Tratamento
Agressivo, iniciado precocemente e preciso.
Objetivos:
o Tratar a causa
o Corrigir alteração hemodinâmica
o Neutralizar as anormalidades decorrentes que a má perfusão vai provocar
o Otimizar o transporte de O2 e consumo de CO2
o Otimizar a PA
o Otimizar FC
o Otimizar debito urinário
o Antibioticoterapia
o Estabilização da glicemia – cuidar com a hiperglicemia. Fazer o controle de hora em
hora. Porque cuidar a glicemia? Porque aumenta as chances de infecção e falhas na
cicatrização dentre outras consequências.
Choque Hipovolêmico
Choque leve/ moderado: organismo compensa liberação de vasopressina e angiotensina
(catecolaminas), porém em pacientes idosos, com comorbidades isso não funciona muito
bem.
Reposição volêmica (choque grave): restaurar o espaço extracelular (intravascular e
intersticial) – dar volume. Porém “copo furado não segura cerveja”, de nada adianta eu
encher o paciente de soro e sangue se eu não corrigir onde está perdendo, preciso corrigir
o local de perda. As maiores causas de choque hipovolêmico é hemorragia, eu preciso
localizar essa hemorragia e estancar. Como fazer essa reposição volêmica:
o Coloides: sangue, plasma, albumina, dextran
o Cristaloides: soluções eletrolíticas, ringer-lactato (porque ele é o que mais se parece
com o nosso organismo, ao nosso plasma).
Reposição volêmica
Classe I e II: cristaloide
Classe III e IV: coloide e cristaloide
Cristaloide: permanece no intravascular 15min, passando para o interstício. Evitar o uso excessivo
devido ao risco de SARA, hemodiluição.
ATENÇÃO: 36 a 72h após tratar o choque ocorre retorno do líquido para o intravascular restrição
de volume para evitar insuficiência cardíaca e respiratória.
Cirurgia no Idoso
DEFINIÇÃO
Brasil – idoso 65 anos (OMS)
Quem será considerada uma pessoa idosa?
Esse dado (65 anos) satisfaz estatísticos, demógrafos e epidemiologistas
Mão não é suficiente e é contestável na pratica médica
Na prática médica idoso é: pacientes com 65 anos possuem uma doença crônica ou paciente
saudável com mais de 75 anos
INTRODUÇÃO
Na união europeia a expectativa de vida aumentou 5,5 anos desde 1990
OMS idoso > 65 anos
Conceito moderno “qualidade de vida”
Idade não é contra indicação cirúrgica (estado geral é mais importante que a idade
cronológica)
Cuidados cirúrgicos pré, per, pós operatório minucioso -preparar bem, sem bem incisivo, ser
perda de tempo
Avaliação cuidadosa é primordial
Duas dificuldades:
o PRIMEIRA- particularidades da fisiologia, doenças associadas e abordagem de
emergência
o SEGUNDA- dificuldades técnicas quanto a anestesia e tática cirúrgica
EPIDEMIOLOGIA
Representam 9% da pop brasileira
2025 representará 18%
O maior numero de aposentados é do sexo masculino
O maior numero de pensionistas é de mulher
27% dos homens são aposentados
21 % não tem família
12% moram sozinhos
A pirâmide etária está se tornando mais estreita na base e mais alargada no topo, devido a
menor taxa de natalidade e maior expectativa de vida
HISTÓRICO
1893- primeiro trabalho na literatura cirurgia do idoso, estudo de 65 pacientes com mais de
70 anos que foram operados
65 pacientes foram operados durante um período de 33 anos no saint lukes hospital, NY,
com mortalidade de 24,5%
ANATOMIA
Pele e tecidos moles – perde elasticidade, cicatrização, pele mais sensível, risco maior de
sangramento, mais lesões cutâneas induzidas pelo sol, tecido celular subcutâneo diminui,
tem menos coxim gorduroso para absorver traumas, resistência cutânea e subcutânea ficam
menor
Óssea -evolui com perda de massa óssea gradativa, osteopenia, osteoporose, risco de
fratura espontânea
Cardiopulmonares -arteriosclerose, IC, infarto, fibrose
Renais -mais risco de evoluir com insuficiência renal
Neurológicas -sensorial piora
Gastrointestinais
FISIOLOGIA O ENVELHECIMENTO
Cardiovascular (arteriosclerose, doença coronariana, HAS)
Respiratório (perda de massa muscular, ossificações das cartilagens que diminuem a
expansividade pulmonar)
Declínio da função renal
DOENÇAS ASSOCIADAS
IAM- ideal operar após 1 ano do infarto
ICC- corrigir e compensar antes de operar
Paciente idoso precisa de boa analgesia para o pós operatório
Angina- investigada e trata antes do procedimento cirúrgico
Arritmias
HAS
Doenças respiratórias:
o Avaliação cuidadosa, oxigenação adequada, fisioterapia pós op, extubação criteriosa
e analgesia ideal
Sistema renal:
o Evitar medicamentos nefrotóxicos, ajustar dose de acordo com função renal e
observar interação medicamentosa (evitar anti inflamatórios não hormonais e
aminoglicosídeos)
Sistema endócrino:
o Infecção e DM aumentam mortalidade, ajuste adequado da dose de insulina, faixa
ideal para operar 150-200 e evitar hipoglicemia = <50 ou <60 (lesão neurológica
irreversível)
CIRURGIA DE EMERGÊNCIA
4x maior a mortalidade
Abordagem mais rápida possível
Diagnóstico correto -conduta correta
Menor procedimento que salve a vida
Sangramento: parar sangramento (não para espontaneamente, arteriosclerose)
RISCO CIRÚRGICO
Idade cronológica não representa o estado fisiológico
Pacientes de mesma idade, respostas diferentes
O cirurgião avalia o “risco cirúrgico”
ATO CIRÚRGICO
Objetivo= prolongar a vida, se possível com qualidade, sem cunho estético
Deve ser= preciso, delicado e enxague
Minimizar tempo= sem gestos repetitivos e perdidos e sem sangramento
3 passos= quando não aperar / quando operar / como operar
A idade não é contra indicação para cirurgia
O idoso não tolera hipovolemia e hipotensão
COMO OPERAR
Incisões bem situadas
Boa exposição
Evitar dissecções sem objetivos
Ressecções menores
Evitar perda sanguínea
Suturas sem tensão, pontos de reforço se necessário
PÓS OPERATÓRIO
Ser cuidadoso
Minimizar complicações pneumonia e trombose de membro inferior são as mais comuns
(deambulação precoce, fisioterapia respiratória são muito bons).
Evitar sondas e drenos desnecessários
Delirium pós operatório dor / hipoxemia, hipoglicemia / desnutrição e hipoalbuminemia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O cirurgião deve exercer a medicina com carinho, atenção e interesse pessoal
Deve ser ético e técnico sempre com bom senso
Evitar e minimizar complicações
Sempre aliviar o sofrimento
SIRS
Toda vez que temos um processo fora do normal no organismo, seja inflamatório ou infeccioso,
existem mecanismos de compensação do organismo que nos sinalizam que algo não vai bem. Por
isso é importante a aferição correta dos sinais vitais:
Temperatura corporal > 38°C ou <36°C
FC >90 bpm
F respiratória >20 ou Paco2 <32 mmHg ou VM
Leucócitos >12. 000/mm³ ou <4.000 /mm³ ou >10% de bastonetes
FISIOLOPATOLOGIA
Pode ser dividida em três estágios:
O primeiro é exclusivamente local e mediado pela produção de citocinas, elas são
mediadores inflamatórios que vão levar a vasodilatação, recrutamento de células de defesa,
processo inflamatório de linfócitos.
O segundo, representado pela liberação de pequenas concentrações dos mediadores
químicos, acentuando os efeitos locais e iniciando os sistêmicos, a fase aguda inflamatória
Já o terceiro estágio, ocorre quando não há reestabilização da homeostase do organismo,
com evolução para um quadro generalizado e a ocorrência dos efeitos colaterais da SIRS.
Quando a gente tem o mecanismo de resposta inflamatória a gente tem algumas alterações
circulatórias, vasodilatação, hipotensão, depressão miocárdica, alterações na microcirculação,
aumentando a permeabilidade (edema), diminuindo a densidade capilar, trombose, alterações
sistêmicas e apoptose, hipoxemia tecidual.
E tudo isso vai estar ligado ao NO. Ele vai ter ação direta na musculatura lisa dos vasos e essa
musculatura faz vasoconstrição e a vasoconstrição mantem a PA boa. A vasodilatação leva a má
perfusão. O excesso de NO vai levar a: perda de sensibilidade vascular a catecolaminas, depressão
miocárdica e hipotensão letal.
Tudo o que tentamos fazer é bloquear a ação do NO.
Novas definições
SEPSE: disfunção orgânica (SOFA > 2 pontos)
CHOQUE SÉPTICO: sepse associada a hipotensão, necessitando de vasopressores e
com nível de lactato sérico > 2 mmol/L apesar de reposição volêmica. Se o lactato está
alto o paciente está mal perfundido.
o CHOQUE SÉPTICO = MÁ PERFUSÃO TECIDUAL.
TRATAMENTO
Ao receber o paciente em choque:
Reposição volêmica ele está vasodilatado e o volume dentro dele não está sendo o
suficiente para perfundir, faço reposição volêmica para compensar essa vasodilatação.
Antibiótico o mais potente que eu tiver, não sei ainda o que causou
Coleta de cultura para definir o agente que está causando, mas depois que tratei, porque
se eu não fizer nada agora em 24h meu paciente pode morrer.
Se o paciente não melhorou em 24h eu vou reavaliar.
Se não precisa de drogas vasoativas já dei muito volume e não adiantou.
15/03 – DRA MARIAH ROUX
Abdome agudo
DEFINIÇÃO
Síndrome caracterizada por dor abdominal difusa de início súbito que necessita de
intervenção médica, clínica ou cirúrgica, de urgência
Dor referida
Presença de RHA
Timbre
Intensidade
Palpação abdominal
Contratura muscular
o É o sinal mais importante.
o Possui substrato fisiopatológico.
o É permanente.
o Significa irritação do paritoneo pariteal.
o Exemplo clássico: úlcera perfurada.
Defesa muscular
o Só aparece quando provocada.
o Significa irritação do peritônio visceral.
o Paciente tem dor a compressão da FID.
o Exemplo clássico: apendicite fase inicial.
Descompressão dolorosa
o Causada pela reação inflamatória localizada.
o Exemplo clássico: apendicite.
o Sinal de Blumberg positivo: patognomônico de apendicite.
Hiperestesia
o Sensibilidade excessiva.
o Presente em hemoperitôneo.
o Pode ser pesquisada com agulha oupercussão.
o Mais comum em região infra-umbilical
Visceromegalias
Tumorações
Percussão abdominal
Apendicite aguda
Afecção cirúrgica mais atendida em urgência
A principal causa é obstrução por fecalitos, mas pode ter outras causas (vermes, parasitas,
cálculos da vesícula biliar, alimentos)
FISIOPATOLOGIA
1- Obstrução da luz apendicular: fecalitos, vermes.
2- Fase edematosa: Secreção persiste, aumenta pressão intraluminal
3- Fase fibrinosa: estase e proliferação bacteriana
4- Fase flegmosa: edema, obstrução linfática e ulceração da mucosa
5- Fase perfurativa/ gangrenosa: obstrução venosa e arterial, perfuração.
Diagnostico: é clinico, não precisa de exames de imagem para confirmar (apenasse tiver dúvidas).
Anamnese:
Colecistite aguda
Mulher
Obesa/ sobrepeso
Sedentária
> 40 anos
Cálculo obstrui o ducto cístico vesícula biliar inflama e distende.
Anamnese: dor lenta, insidiosa e progressiva em hipocôndrio direito associada a náuseas e
vômitos (mas nem sempre, na maioria das vezes sim)
Exame físico:
Sinal de Murphy positivo: palpação dolorosa do hipocôndrio direito a inspiração
profunda.
Exames laboratoriais:
HMG: leucocitose com desvio a esquerda.
Aumento das enzimas canaliculares: gama-GT, fosfatase alcalina, bilirrubina indireta
Exames de imagem:
USG: é o exame padrão-ouro.
Se apresenta com espessamento da vesícula biliar (>4 mm), visualização de cálculo com
sobra acústica ou lama biliar, presença de gás ao redor da vesícula.
Tratamento: Colecistectomia
Videolaparoscopica
Aberta
Pancreatite aguda
Definição: processo inflamatório do pâncreas de natureza química, provocado por enzimas
produzidas por ele próprio, fazendo com que ocorra autodigestão da glândula
Etiologia:
Litíase biliar (70%): principal causa!
Etilismo: segunda causa mais comum.
Hipertrigliciridemia.
Idiopática (5-10%).
Anamnese: dor abdominal em faixa no abdome superior, que
pode irradiar para o dorso (50%) e está associada a vômitos. Os
outros 50% tem uma dor abdominal difusa.
Exame físico: nem sempre estão presentes.
Sinal de Cullen: equimose periumbilical secundária
ahemorragia peritoneal.
Sinal de Grey-Turner: equimose em flancos secundária
ahemorragia retroperitoneal
Exames laboratoriais:
Amilase
o Alta sensibilidade e especificidade média.
o Amilase sérica eleva nas primeiras 2 a 12 horas do início dos sintomas e retorna ao
normal em 3 a 4 dias.
o Hiperamilasemia prolongada (>1 semana): indica uma continuidade do processo
inflamatório,podendo haver complicações
Lipase
o Mantém-se elevada por mais tempo.
o É mais específica.
o Pode também estar elevada no câncer do pâncreas, obstrução intestinal, perfuração
intestinal, usode opiáceos e após CPRE.
Elas podem estar aumentadas em pacientes críticos, com apendicite, com traumas graves,
sempre fazer diagnostico diferencial.
Para o diagnóstico precisa de pelo menos 2:
Tratamento:
Clinico (mais comum): jejum até 48h, hidratação e reavalia, se não melhorou parte para o
procedimento cirúrgico. Se melhorou retorna a dieta gradativamente.
Cirúrgico
o Necrose 14 dias após
o Necrose + quadro infeccioso imediatamente.
Diverticulite aguda
É causada por uma inflamação de divertículo
Fecalito obstrui a luz intestinal Aumento da pressão intraluminal inflamação
perfuração.
Anamnese: dor na fossa ilíaca esquerda e febre persistente.
Exame físico: defesa (abdome em tábua) principalmente em fossa ilíaca esquerda/ sigmoide e
peritonite no quadrante inferior esquerdo.
Imagem:
TC: padrão-ouro!
Colonoscopia e enema opaco: são contra indicados na fase aguda
Tratamento: depende da classificação.
Classificação de Hinchey:
Tratamento clínico:
HINCHEY 1: abscesso pericólico →
infecção é localizada.
o Tratamento clinico:
internação hospitalar,
hidratação,antiespasmódico
e antibiótico para gram
negativo e anaeróbios.
Observação de 48 a 72h
sem necessidadede cirurgia.
HINCHEY 2: peritonite localizada
→ o abscesso aumenta e gera uma
peritonite localizada.
o Tratamento: drenagem do
abcesso por radiologia
intervencionista ou cirurgia.
Não precisa fazer
colectomia.
Tratamento cirúrgico:
HINCHEY 3: peritonite purulenta generalizada todo abdome fica em tábua.
o Tratamento cirúrgico: ressecção cirúrgica com reconstrução primaria, sem
necessidade de ostomia (desvio do trânsito intestinal para fora do abdome).
HINCHEY 4: peritonite fecal: o divertículo perfura e há conteúdo fecalóide na cavidade.
o Tratamento cirúrgico: ressecção cirúrgica sem reconstrução, com necessidade de
colostomia.
Cirurgia eletiva (sem urgência): sigmoidectomia para evitar quadros futuros.
Pode ser realizada cirurgia eletiva no Hinchey I e II.
Quando houver 2 ou mais crises em pacientes com mais de 50 anos.
Em um quadro agudo em paciente em menos de 50 anos.
Presença de complicações: fistula, estenose segmentar, perfuração, hemorragia.
Imunodeprimidos.
Quando há impossibilidade de excluir câncer
Tratamento
Cirúrgico de emergência – laparotomia exploradora e depende do que perfurou.
o Úlceras pépticas: sutura + proteção com o grande omento.
o Perfuração de delgado: sutura ou enterectomia segmentar.
o Perfuração de cólon (peritonite estercorácea): retossigmoidectomia.
As suturas, o grau de contaminação e o estado hemodinâmico do paciente
devem ser avaliados individualmente
Tratamento
Clinico: compensação cirúrgica
Cirúrgico:
o Laparotomia mediana
o Enterectomia
o Embolectomia
Litíase biliar
ANATOMIA
São três as principais estruturas relacionadas que precisamos lembrar:
Tubo colédoco
Tubo cístico
Borda superior do fígado
Artéria cística
São as estruturas mais relevantes no ponto de vista cirurgico (Trigono de Callot). Além disso temos:
via biliar, fígado, pâncreas, estomago que são os órgãos adjacentes a vesícula biliar.
FISIOLOGIA
Transporte biliar
1. Excreção de toxinas e metabólitos celulares normais
2. Sais biliares: papel crucial na absorção da maioria dos lipídeos no íleo terminal
Bile
Água
Sais biliares
Proteínas
Lipídeos
Pigmentos biliares
Fluxo biliar
Estímulo neural:
Humoral (secretina e CKK): mais importante que o neural
Químico
Quando você se alimenta e o quimo chega no duodeno ele
estimula a secreção de secretina e CKK que vai auxiliar na
formação da bile e excreção do sal biliar dentro
do aparelho digestivo. Essa bile cai dentro do
aparelho digestivo e grande parte dos sais
biliares é reabsorvida no íleo terminal, a parte
que não é reabsorvida dos sais biliares vai ser
excretada nas fezes. E quando temos acolia
quer dizer que a bile não está chegando no
tubo digestivo.
FISIOPATOLOGIA
Bile litogênica
Desequilíbrio entre solventes e solutos
Colesterol
Exame de escolha
Avalia dilatação da via biliar
Sensibilidade, especificidade: 95-99%
Critérios: massa hiperecogenica, móvel e com sombra acústica.
Exame barato, sensível e não invasivo.
Raio-X simples de abdome:10-15% dos cálculos (colesterol é radiotransparente). Não é muito
adequado, só vai aparecer se o cálculo for calcificado.
TC de abdome: 60-80%. Semelhante ao RX.
RM abdome: 90-95%. Custo é muito alto.
Colecintilografia e colecistograma oral: pouco usados. Exames mais antigos. Exames
contrastados.
TRATAMENTO
Colecistectomia laparoscópica eletiva – padrão ouro. É menos invasivo, tem menos trauma
no paciente, recuperação é rápida e o paciente pode receber alta no mesmo dia.
Complicações: lesão de via biliar; conversão para cirurgia aberta.
Litíase assintomática: tratar ou não tratar?
o Se nunca teve crise, cálculos menores que 1 cm a conduta é expectante.
o Se tiver micro- cálculo: melhor tratar, pois tem mais chance desses cálculos
migrarem de dentro da vesícula para o ducto colédoco e aí ter uma obstrução e uma
possível colangite secundária (grave e o tratamento é de urgência).
o Cálculos > 1 cm: aumento do risco de carcinoma de vesícula biliar, mesmo que
assintomático vamos tratar.
o Já o paciente que teve uma crise de cólica biliar, ele tem 40% de chance de ter uma
nova crise em 1 ano, também é interessante tratar (melhor ser eletiva do que de
urgência).
Avaliar: história natural da litíase assintomática, custo e complicações da colecistectomia,
idade, doenças associadas, risco de câncer de vesícula biliar.
Colangiografia
Exame contrastado para ver as vias biliares
Não é necessário ser feito de rotina, mas em algumas situações a gente deve fazer.
Investigar a perviedade das vias biliares e se não tem nenhum corpo estranho ou suspeita
de lesão.
Identificar colédoco litíase não detectada previamente
Identificar estenoses, dilatações ou obstruções das vias biliares
Indicação de colangiografia transoperatória: fosfatase alcalina elevada e bilirrubina
elevada no pré-operatório. Outra indicação é duvida da anatomia.
Fatores pré-operatórios:
Icterícia ou pancreatite
Alteração de enzimas hepáticas
US com coledocolitíase ou dilatação do colétdoco (> 6 mm).
Fatores intra-operatórios
Dificuldades anatômicas
Ducto cístico dilatado
Colangiografia intra-operatória
Segurança
Redução do número de re-internações na via biliar
Redução de morbidade e de mortalidade
Redução da internação e dos custos hospitalares
Imagem: calculo na via biliar (parece que fica algo transparente
no ducto).
COLECISTITE AGUDA
Relacionada a cálculos em 90-95% (litiásica)
Obstrução do canal cístico distensão da vesícula biliar inflamação e edema
Isquemia, necrose da parede vesicular e sepse
CARACTERÍSTICAS CLINICAS
Colecistite enfisematosa: bactéria anaeróbia (na imagem forma pequenas bolhas na vesícula
biliar).
Gangrena, perfuração, empiema.
Síndrome de Mirizzi: obstrução do ducto hepático comum por cálculo impactado no
infundíbulo.
Fistula biliar
Íleo biliar
CA de vesícula
COLEDOCOLITÍASE
Primários ou secundários.
Residual: até 2 anos da colecistectomia.
5-10% pacientes submetidos a colecistectomia
tem calculo no colédoco.
Suspeita de obstrução biliar: dor/ cólica biliar,
icterícia, coluria e acolia fecal
Pode causar pancreatite aguda
Elevação de bilirrubina, FA e gama GT
Icterícia: pode ser permanente ou transitória, se
o cálculo sai diminui a icterícia, e uma icterícia
mais persistente fala a favor de uma neoplasia.
TRATAMENTO
Cirrose Hepática
FÍGADO
É a maior glândula do corpo e 2º maior órgão do corpo humano
Síntese de proteínas e açucares
Produção de fatores de coagulação
Secreção de sais e ácidos biliares – acaba indo para o intestino.
Biotransformação de substancias tóxicas, drogas, hormonios
Metabolismo de lipídeos, proteínas e carboidratos
Armazenamento, ativação e transporte de vitaminas lipossolúveis (ADEK), vitamina B12, Zn,
Fe, Mg, Cu.
ANATOMIA
Se baseia na ramificação da veia porta e
ductos hepáticos (linha de Cantle), toca na
fossa da vesícula biliar até a cava inferior
supra-hepática, a partir dessa divisão foi
possível fazer lobectomias com importante
redução de mortalidade pós-operatória.
Com o passar do tempo foi feita essa outra
divisão dividindo o lobo em esquerdo e direito.
Também foi diferenciado em lobo esquerdo, lobo
direito, lobo quadrado e lobo posterior que é o
caudado.
CIRROSE HEPÁTICA
É um estágio tardio da fibrose hepática progressiva e irreversível, caracterizada por
distorção da arquitetura hepática e formação de nódulos de regeneração
O fígado saudável tem um grau de controle dessa alteração de produção e degradação da matriz
extracelular e quando o paciente tem o fígado prejudicado/cirrótico acaba tendo um desarranjo
nessa síntese e degradação levando ao acúmulo de matriz extracelular levando a fibrose.
Vai ter um aumento de infiltrado linfocitário nos hepatócitos e acaba reduzindo o espaço sinusoide
e tudo isso acaba contribuindo com a patologia aumentando a resistência da passagem do sangue
pelo fígado.
Fibrose hepática
Perde a capacidade de produzir albumina (hipoalbuminemia) – ascite, edema, anasarca.
Perde a capacidade de produzir fatores de coagulação – RNI alargado, coagulopatia
Perde a capacidade de metabolizar substancias tóxicas – aumento de amônia no sangue e
evoluir para encefalopatia hepática.
ETIOLOGIA
Nos países desenvolvidos, as causas mais comuns da cirrose incluem:
Hepatite viral crônica (B e C)
Doença hepática alcoólica
Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)
Hemocromatose
80% dos casos: hepatite C, doença hepática alcoólica e DHGNA.
Nos países desenvolvidos, as causas menos comuns da cirrose incluem:
Hepatite auto imune
Cirrose biliar primária e secundária
Colangite esclerosante primária
Medicamentos
Doença de Wilson
Deficiencia de alfa 1 antitripsina
Doença veno-oclusiva
Infecção
Insuficiência cardíaca do lado direito
Fibrose portal idiopática
Doença hepática policística
HEPATITES
Virais
o Hepatite C: a hepatite C é que mais cronifica (80% dos pacientes)
o Hepatite B: depende a idade que ocorre a infecção, quando ela ocorre devido uma
via vertical (parto) vai uma taxa de 80-90% da cronificação já na idade adulta. E se
foi contaminado na infância vai ter em torno de 25-50% de cronificação nos adultos é
um risco de 5-10% de cronificação.
o Hepatite B+D: a hepatite D (delta) só ocorre em indivíduos que já foram infectados
pela hepatite B. Quando ocorre a coinfecção (ao mesmo tempo) há um menor risco
de cronificação, se o paciente já tem hepatite B e depois de um longo período é
infecatado pela hepatite D tem um maior risco de ter uma hepatite fulminante e maior
risco de uma cronificação.
o Hepatite E: geralmente cronifica somente em pacientes imunossuprimidos.
o Hepatite A: geralmente tem um curso benigno, se resolve espontaneamente e é mais
raro de evoluir para uma hepatite fulminante.
DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA
Álcool é lesivo ao
tecido hepático
Lesão direta no
hepatócito
TGO > TGP
Geralmente
aumento de GGT e
ferritina
No Brasil a maior
causa de
transplante hepático
é devido a cirrose
A mulher tem menos
concentração da álcool
desidrogenase que degrada a o álcool então ela é menos capaz de digerir o álcool.
DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOOLICA
É o disturbio hepático mais comum nos países industrializados ocidentais
Princiapais fatores de risco: obesidade central, DM2, dislipidemia e síndrome metabólica
Pode haver aumento TGO, TGP, FA, ferritina e hepatomegalia
Tem uma teoria que implica a resistencia insulinica o fator que leva a esteatose hepática.
E também leva a uma esteato-hepatite
Afastar outras condições que causam esteatose hepática
Esteatose hepática na USG + componentes de síndrome metabólica.
Síndrome metabólica (3 dos 5):
Obesidade central (circunferencia da cintura > 88 cm M e 102 H)
Glicemia alterada (110 mg/dl) ou diagnostico de DM
Pressão sanguinea alta (PAS 130 e/ou PAD 85 mmHg) ou HAS
Triglicerídeos > 150 mg/dl
HDL > 40 mg/dl em homens e > 50 mg/dl em mulheres
Resistencia à insulina
Como princiapal causa é o ganho de peso aumento do tecido adiposo maior
necessidade do pancreas em produzir insulina
Elastografia
Para avaliar o grau de fibrose no fígado nos pacientes com esteatose usamos a elastografia
Utiliza a medida da velocidade de propagação de ondas USG que atravessam o fígado para
quantificar a fibrose hepática
Quanto mais enrijecido o fígado, maior a velocidade
Possivel diagnosticar o estágio de fibrose
pelo grau de rigidez do tecido hepático.
É indicado ao paciente com esteatose
hepática associada a elevação de
enzimas, cujo o motivo ainda não foi bem
elucidado.
Baseia-se na classificação de Metavir
o F0: normal
o F1: expansão na fibrose portal
sem septo
o F2: expansão fibrose com septo
o F3: expansão fibrosa com
numerosos septos
o F4: cirrose
A classificação pode ser comparada com a biópsia hepática:
HEMOCROMATOSE
Fadiga cronica, fraqueza, letargia
Deposito de ferro no organismo Artralgia, artrite
Absorção intestinal aumentada de Fe Perda de libido, impotencia,
esterilidade, amenorreia, menopausa
Fe se deposita nos tecidos (articulações,
precoce
pele, ...)
Perda capilar
Diagnóstico Alteração na pigmentação cutanea
Dor abdominal
Dosagem da ferritina (> 300 ng/ml no Perda de peso
homem e mulheres pós menopausa; > 200 Alterçaão da função hepática, cirrose,
ng/ml pré menopausa). hepatocarcinoma
Dosagem transferrina (>45%) DM
o Tem a função de transportar o ferro Arritmia cardiaca, alteração no ECG,
Se os dois positivos, confirmar com insuficiencia cardiaca
teste genético. Hipotereoidismo
Tratamento
Flebotomia – retirar 500 ml de sangue a cada semana
Atingir ferritina em torno de 50 ng/ml
DOENÇA DE WILSON
Distrubios genetico do metabolismo do cobre devido mutações que levam o
comprometimento da função do transportador intracelular do cobre ATP 7B
Doença autossomica recessiva.
Comprometimento na excreção do cobre pela via biliar
Acumulo de cobre no organismo (olhos, fígado, coração, rins, osso, ganglios da base)
Sinal patognominico: anel de Kayser Fleischer (localizado na iris)
Diagnóstico
Baixo nível de Ceruloplasmina no plasma (<20 mg/dl)
Dosagem cobre urinário de 24hs > 100 ug/24h
Testes inconclusivos: biópsia hepática e teste molecular para mutação do APT 7B
Tratamento
Dieta pobre em cobre
Trientina ou D-penicilamina – quelante do cobre
Casos mais graves – transplante hepático
HEPATITE AUTOIMUNE
Acomete geralmente mulheres jovens
Doença necroinflamatória cronica, cujos agentes desencadeantes ainda não estão
estabelecidos
Provalvemnte decorrente da interação entre predisposição genetica e agente
desencadeador externo (infeccioso, drogas ou toxinas)
Apresnetação típica (50%), inicio insidioso (semanas a meses) de letargia, astenia,
alterações laboratoriais, exame físico compatível com hepatopatia cronica ou cirrose.
Autoanticorpos pesquisados
Antinúcleo (ANA)
Antmusculo liso (SMA)
Antimicrossoma do fígado e rim tipo 1 (ALKM -1)
Anticitosol hepático (anti-LC1)
Antimitocondria (AMA)
Classificação
HAI tipo 1 (80%): FAN, antimusculo liso
HAI tipo 2: anti-LKM1, anticitosol hepático (mais comum em crianças e mais grave).
Tratamento
Indução de remissão: prednisona (solona)
Manutenção: azatioprina + prednisona
Falha: micofenolato, ciclosporna, tacrolimus, TX.
Tratamento definitivo: transplante hepático
CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA (CBP)
Doença autoimune, colestática e inflamatória do fígado
Destruição autoimune dos ductos biliares intra-hepáticos
Inflamação portal e fibrose progressiva até resultar em cirrose
95% sexo feminino, faixa etária 40-60 anos
Se manifesta com mais frequencia em paciente com tireoidite autoimune, artrite reumatóide,
Síndrome de Sjogren e esclerodermia.
Diagnóstico
Elevação de TGO/ TGP/ FA/ GGT/ imunoglobulina IgM/ triglicerídeos/ colesterol/ bilirrubina
Principal marcador é o AMA
Tratamento
Ácido ursodesoxicólico
Metrotexate
COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA (CEP)
Doença com progressao lenta, que leva a inflamação, fibrose e consequente estenose das
vias biliares, levando ao acumulo de bile e sais biliares.
Etiologia autoimune
Mais comum em homens
Idade média 30-50 anos
Clinica
Ictericia, prurido, fraqueza, perda de peso, hepatomegalia
Associada com DII (80%) – especialmente a retocolite ulcerativa.
Metade é assintomáticos. Alterações laboratoriais (> fosfatase alcalina)
Diagnóstico
Positivação p-ANCA (33-88%), elevação IgM e CA 19.9
Biópsia hepática: inflitrado inflamatório linfocítico e fibrose concentrica periductal (25% dos
casos).
Tratamento
Ácido ursodesoxicólico + sintomáticos
CPRE: se o paciente tiver estenosado passa uma protese para
desobstruir, precisa trocar de 4-6 meses dependendo do material, é uma
protese de plástico que desobstrui.
Como diagnostico diferencial eu tenho que pensar em um tumor que
está obstruindo a saida. Como os tumores peri-biliares, pedir uma
tomografia, resssonacia.
HEPATITE MEDICAMENTOSA
Pode ser causada por: alopurinol, amitriptilina, amiodarona, azatioprina, halotano,
anticoncepcionais, ibuprofeno, indometacina, rifampicina, pirazinamida, isoniazida (RIP),
fitoterápicos, paracetamol, cetoconazol, metildopa, minociclina, nifedipina, nitrofurantoina,
fenitoína, ácido valproico, zidovudina.
INJÚRIA DEVIDO AOS CHÁS
3 produtos Herbais lideram os casos de toxicidade hepática: Camellia sinensis (chá verde),
Garcinia Cambogia, Herbalife.
HEPATOPATIAS CONGESTIVAS
ICC por doença valvar
Infarto do VD
Cardiomiopatia
Pericardite constritiva
Cor pulmonale
Hipertensão portopulmonar
ESQUISTOSSOMOSE
Também é uma causa de cirrose
Schitosoma mansoni – platelminto da classe trematoda
Parasitam vasos sanguíneos dos seres humanos (hospedeiro definitivo)
Hospedeiro intermediário – caramujos do reino biomphalaria
Caramujos vivem em córregos e lagoas de água parada
Áreas endêmicas: zona da mata do rio grande do norte até o sul da bahia e nordeste de
minas gerais
Focos endêmicos: são paulo, paará, maranhão, espírito santo, goiás e paraná
Ciclo: primeiro tem que ter o schitosoma nas fezes contaminada, vai ser depositada nas
águas/ rios, os ovos vão ser liberados, os miracídoes, que são as larvas no estágio inicial que
infectam/ invadem o tecido do caramujo/caracol, vai crescer e evoluir conseguindo se locomover
nas águas, as cercárias, se encontrar o hospedeiro/ ser humano vai acabar penetrando na pele e
vai se disseminar pelo sangue, vai atingir o fígado onde se maturam na forma mais adulta e também
esses ovos pdoem ficar nos vasos mesentéricos, circulação portal, causando congestão venosa e
mais tarde vários sintomas.
ESQUISTOSSOMOSE MANSONI:
Dermatite carcariana (fase inicial)
o Prudiro do nadador – prurido onde as cercarias penetram na pele
o Erupção máculo-papular pruriginosa
o Início 12-24h
o Pode durar uma semana
Ferbre de Katayama
o Reação imunológica por imunocomplexos – eliminação de antígenos pelo verme
o Início 4-8semanas após infestação – maturação dos vermes – oviposição
o Oviposição geraelmente inicia 40 dias após infecção
ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA:
Forma hepato-esplênica
o Hipertensão portal + esplenomegalia
o Varizes esôfago e fundo gástrico
o Hiperesplenismo – anemia, leucopenia, plaquetopenia
o Hipertensão Digestiva Alta- alta mortalidade
o Hepatomegalia com hipertensão lobo E
o Função hepática preservada
Diagnóstico:
Detectar ovos nas fezes após 40 dias de infecção (50%)
Biópsia retal – sensibildiade 80%
Provas imunológicas: positivas a partir 25° dia, sorologia ELISA e imunofluorescência
CRIPTOGÊNICA
Não consgue identificar a causa
BAQUETEAMENTO DIGITAL
Ângulo que a lâmina ungueal e a proximal é maior que 180°, mais comum em causas biliares de
cirrose, particularmente na cirrose biliar primária.
CONTRATURA DUPUYTREN
Espessamento e encurtamento da face palmar, deformidade na flexão do dedo. Caracterização da
proliferação fibroblástica e deposição de colágeno com espessamento da face.
ASTERÍXIS / FLAPPING
Tremor na mão quando o punho é distendido, na dorsoflexão. Geralmente se manifesta em
paciente com encefalopatia hepática.
HIPERTENSÃO PORTAL
Fígado vai estar mais endurecido, pressão portal vai ter dificuldade de passar ao fígado. Causa
vários sintomas e patologias, aumentando pressão nos capilares, desvio do fluxo porto-sistêmico e
hiperesplenismo (lê o fluxo e a imagem inferior da direita).
CABEÇA MEDUSA
Decanização da veia umbilical, com a hipertensão portal a veia umbilical pode se abrir, desviar do
sistema nervoso portal, acaba indo pelas veias periumbilicais.
DESCOMPENSAÇÃO CIRROSE
Não precisa ficar decorando.
Paciente já com
cirrose vai ter
hipertensão portal,
vai ocorrer a
descompensação
quando ocorre uma
translocação
bacteriana ou um
vírus, que vai
estimular a indução
da resposta
inflamatória, vai ativar
alguns receptores de
reconhecimento
dessa resposta inata
e liberação de
moléculas pró inflamatórias que vão causar uma série de efeitos no corpo, como vasodilatação
arterial esplênica associado a disfunção cardiovascular, cai causar disfunção na adrenal, disfunção
hepática, encefalopatia hepática, qualquer infecção ou outro doença associada pode levar a
disfunção hepática nesses pacientes. Paciente cirrótico com qualquer mini infecção que pegar já
vai ter essa descompensação.
DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
Vasodilatação do leito esplâcnico (vai ter aumento do óxido nítrico) / hipertensão portal
(líquido dentro do vaso, a pressão hidrostática do vaso acaba empurrando para o terceiro
espaço causando ascite) / hipoalbuminemia (diminui pressão córtica do vaso, contribuindo
para fazer ascite) -> redução do volume intravascular efetivo -> ativação do SRAA e
liberação do ADH (vai ter retenção e água e sal pelos rins, tem ativação do sistema simpático
com vasoconstrição periférica, com liberação de ADH na tentativa de reabsorver mais água
livre para fazer com que o volume intravascular efetivo aumente)
COMPLICAÇÕES DA CIRROSE
Hemorragia de varizes esofágicas e Síndrome hepatopulmonar
gástricas Hidrotórax hepático
Ascite Hiprtensão portopulmonar
Peritonite bacteriana espontânea Cardiomiopatia cirrótica
Encefalopatia hepática Trombose da veia porta
Carcinoma hepatocelular
PARACENTESE DE ALÍVIO
Ascite grau III
Paracentese >5L repor albumina (8g/L) para evitar descompensação circulatória (repõe 8g
para cada litro retirado)
Paciente deitado, lado esquerdo
PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA
Infecção do líquido ascético sem uma fonte evidente de tratamento cirúrgico intra-abdominal
Paracentese diagnóstica: PNM=polimorfonucleares (neutrófilos) > 250/mm³, cultura positiva
e causa secundárias de peritonite forem excluídas
Tratamento: cefotaxima 2g EV 8/8h ou ceftriaxona 1g EV 12/12h
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
Disfunção cerebral causada por insuficiência hepática e /ou shunt portosistêmico
O risco de desenvolver EPS é de 5-25% ao longo de 5 anos de diagnóstico de cirrose
Evolução:
Grau 1= distúrbio do sono/ sonolento
Grau 2= euforia/depressão, desorientado, sinal do asterix, fala mais arrastada
Grau 3= comportamento inapropriado, alteração dos reflexos, sonolento
Grau 4= confuso ou inconsciente, nistagmo e diminuição do reflexo, podendo evoluir para
coma
Precipitantes da encefalopatia:
Tratamento:
Pesquisar PBE em todo paciente com ascite!
Descartar outras causas de encefalopatia
Pesquisar e corrigir fatores desencadeantes: infecções, sangramentos GI, diuréticos,
distúrbio hidroeletrolítico e constipação
EPS grau III/ IV: cuidados intensivos + jejum
Dissacarídeos não absorvíveis -> lactulose
o Diminuição PH lúmen do colón -> transforma NH3 e NH4 -> forma não absorvível de
amônia
o Aumenta a produção de bactérias probióticas -> produzem menos NH3
o Efeito laxativo
o 25 a 30ml/hora até atingir fezes líquidas. Após, 25 a 30ml 6/6h
o Objetivo de 2 a 3 evacuações/ dia
Alterações renais:
IRA pré-renal é a alteração mais comum, cerca de 70%
o Responde a prova volêmica -> albumina 1g/kg por 2 dias
Fatores desencadeantes: diuréticos, AINE, infecções, sangramento GI, paracentese
volumosa
SÍNDROME HEPATORRENAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abdômen Agudo
DOR ABDOMINAL
A dor abdominal é uma das queixas mais comuns no pronto-socorro, constituindo um desafio
diagnóstico e terapêutico.
Pode ser causada por doenças benignas ou até potencialmente fatais
Pode ser causada por doenças intra-abdominais mecânicas ou funcionais, por doenças
extra-abdominais ou até por doenças sistêmicas.
CLASSIFICAÇÃO DA DOR
A dor somática ou parietal: tem origem no peritônio parietal, é constante, fixa e se acentura
com os movimentos, o paciente fica imóvel
Dor visceral: provocada por distensão ou contração de vísceras ocas, de localização
imprecisa, que faz o paciente se movimentar constantemente
Dor referida ou irradiada: dor de origem intra-abdominal que se manifesta em área
anatomicamente distante, por compartilhas os mesmos circuitos neurais centrais (dor no
ombro direito por irradiação do diafragma)
ABDÔMEN AGUDO
Abdômen agudo é uma condição clinica que tem como principal sintomas a dor
abdominal aguda, necessitando de avaliação e tratamento rápidos, seja este cirúrgico
ou não.
Classificação do abdômen agudo segundo causas abdominais
Gastroitestinais Apendicite, obstrução intestinal, perfuração intestinal,
isquemia mesentérica, ulcera perfurada, diverticulite de
Meckel, diverticulite do cólon, doença inflamatória
intestinal.
Pâncreas, vias biliares, fígado e Pancreatite, colecistite aguda, colangite, hepatite, abcesso
baço hepático, ruptura esplênica, tumores hepáticos
hemorrágicos
Peritoneal PBE – peritonite bacteriana espontânea.
Peritonites secundárias a doenças agudas do órgão
abdominais e/ou pélvicos
Urológica Cálculo ureteral, cistite e pielonefrite
Retroperitoneal Aneurisma de aorta e hemorragias
Ginecológica Cisto ovariano roto, gravidez ectópica, endometriose,
torção ovariana, salpingite e rotura uterina
Parede abdominal Hematoma do músculo abdominal
Causas de abdômen agudo não traumático e suas prováveis etiologias de acordo com a
localização:
QSD QSE QID QIE Difusa
Hepatite Pancreatite Apendicite Obstrução Pancreatite
aguda aguda aguda intestinal aguda
Pancreatite Ulcera Obstrução Diverticulite Obstrução
aguda duodenal intestinal Prenhez intestinal
Colangite Ulcera Diverticulite ectópica Dissecção
Colelitíase gástrica Prenhez Endometriose aórtica
Úlcera IAM ectópica Hérnia Apendicite
abdominal Pericardite Endometriose Adenite aguda (fase
Abcesso Pneumonia Hérnia mesentérica inicial)
hepático Abcesso Doença Litíase renal Infarto
Hepatopatia esplênico intestinal Doença mesentérico
com ICC Infarto inflamatória inflamatória Ruptura de
Herpes zoster esplênico Síndrome intestinal aneurisma de
IAM Rotura cólon irritável Torção de aorta
Pericardite esplênica Litíase renal ovário abdominal
Apendicite Adenite DIP Crise
retrocecal mesentérica Abcesso falcemica
Pneumonia Diverticulite tubo-ovariano
de Meckel Abcesso do
Torção de psoas
ovário
DIP
Abcesso tubo
ovariano
SBCCP
Fundada em 08/12/1967 em SP, na sede da associação paulista de medicina
Regiões anatômicas
Anatomia rica e complexa
Comunicação entre tórax e crânio
Níveis cervicais
Trígonos cervicais
Procedimentos cirúrgicos em cabeça e pescoço
Tireoidectomia
Paratireidectomia
Oaratidectoma
Ressecção de glândula submandibular
PGM
Laringectomias
Glossectomia
Ressecção de tumores ósseos e partes moles
Ressecção tumores de pele
Reconstrução
RECONSTRUÇÃO
FREE FLAP
Coleta de uma grande quantidade de tecido revascularizado, pode ser adaptada ao defeito.
A técnica de retalho livre representou uma revolução na cirurgia reconstrutiva.
A cirurgia para tumores de cabeça e pescoço pode causar defeitos significativos nos tecidos
moles, ossos e na pele, isso pode resultar em comprometimento funcional e estético, como
déficits de fala e deglutição.
03/05- DRA KARINA
Pancreatite Aguda
Quinto diagnóstico etiológico de abdome agudo mais registrado em salas de emergência
Quarta causa de internamento por abdome agudo no mundo
Mortalidade entre 10-15% (muito alta)
Dentre os óbitos, 50% são na fase precoce (10 a 15 primeiros dias)
Anatomia:
Órgão retroperitoneal
Cabeça (íntimo contato com a segunda porção do duodeno, muito
sensível a secreções, paciente com cólica tem muita náusea e
vômitos -ramos da artéria hepática comum que irriga), corpo e
cauda (ramo da veia esplênica)
Ramo da artéria esplênica
Duodeno ou primeira porção do delgado = vídeocolecistectomia
(frequente)
Pâncreas
Função endócrina (ilhotas de langerhans, alfa= glucagon, beta= insulina, delta=
somatostatina) e exócrina (em menor quantidade, libera enzimas pancreáticas, atua na parte
digestória)
PANCREATITE AGUDA
Fisiopatologia:
Reação inflamatória difusa aguda do pâncreas e tecidos peri pancreáticos
Lesão das células acinares -> enzimas pancreáticas ativas para o interstício (órgão começa
se auto digerir)
Áreas de necrose gordurosa (marco da doença)
Casos graves: ruptura vascular + focos de hemorragia (queda do hematócrito)
Zimogênios (enzimas): tripsinogênio, quimiotripsinogenio, pró elastase e pró fosfolipase A -
> ativação de cascata de coagulação -> IL + fatores pró inflamatórios -> SIRS
Causas:
Litíase biliar e álcool= somam mais de 75% de todas as causas
Litíase biliar: só causa Álcool: pode causar tanto Hipertrigliceridemia;
pancreatite aguda → pancreatite aguda como
PRINCIPAL CAUSA; crônica;
Trauma: é a principal causa Infecção viral como Colangiopancreatografia
de pancreatite aguda na caxumba; Envenenamento retrógrada recente (CPER): exame
criança (cinto do carro); por escorpião; Isquemia diagnóstico e de tratamento para
prolongada; Ascaridíase; desobstruir as vias biliares;
Pâncreas divisum;
Hipercalcemia; Fármacos;
Vasculites;
Tumor de pâncreas ou Estenose ampular; Idiopática (20%): microlitíase biliar
periampular; e disfunção do esfíncter de Oddi
são as principais causas de
pancreatite idiopática
Manifestações clínicas:
Dor contínua superior, hipocôndrio direito, em barra/faixa, irradiada para dorso/
interescapular/ ombro esquerdo
Náuseas e vômitos
Icterícia leve a moderada (pedra fica no colédoco, obstruindo fora do fígado com a secreção
acumulada) -dosar TGO e TGP; medir diâmetro do colédoco
Abdome agudo, porém, sem irritação peritoneal importante, DOR DESPROPORCIONAL AO
EXAME FÍSICO
o Diagnóstico diferencial: isquemia mesentérica (também tem desproporcional ao
exame físico)
Sinais semiológicos: EQUIMOSES (não são patognomônicos) de Cullen e Grey-Turner; sinal
de fox: equimose da base do pênis; são sinais de sangramento extra peritoneais
Laboratório:
Inespecífico: leucocitose e hiperglicemia
Elevação de TGO e TGP -medem lesão (TGO muito alto é critério de mal prognóstico)
AMILASE
o Eleva-se entre 2-12h do início do processo inflamatório e volta ao normal em cerca
de 3-6 dias
o Hiperamilasemia prolongada (>1 semana): indica uma continuidade do processo
inflamatório, podendo haver complicações
o o Tem especificidade de 80% e Sensibilidade de 90% → exame mais sensível
LIPASE
o Volta ao normal em 7-10 dias
o É mais específica – não existem isolipases mais sensível quando comparada a
amilase
o Pode também estar elevada no câncer do pâncreas, obstrução intestinal, perfuração
intestinal, uso de opiáceos e após CPRE
o Amilase + Lipase juntas tem 90% de sensibilidade e de especificidade
o Na pancreatite costumam elevar amilase e lipase mais de 3x o limite da normalidade!
o Grandes elevações não indicam gravidade
Imagem:
Raio X de abdome
o Sinal do cut-off: cólon amputado, pela morfologia, ausência de contorno das
estruturas, líquida
o Alça sentinela: desaparece, e aparece
no final (se você seguir o olho no
cólon)
DIAGNÓSTICO
Presença de 2 ou 3 dos seguintes:
Dor abdominal fortemente sugestiva
Aumento das enzimas amilase ou lipase ≥ 3x o normal
Exames de imagem característicos (de preferência TC com contraste)
AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA
Critérios de Ranson: presença de 3 ou mais critérios define o caso como pancreatite grave
Na admissão Durante as 48h iniciais
Idade > 55 anos PaO2 < 60 mmHg
Leucocitose > 16.000 Base excess < - 4
TGO (AST) > 250 UI/L Estimativa de perda líquida > 6 L
Glicose > 200 mg/dL Redução do Ht mais de 10% com
LDH > 350 UI/L reposição volêmica
Aumento da ureia > 10 mg/dL
Cálcio < 8mg/dL
o BISAP:
B: blood urea (ureia sérica) > 44 mg/ml
I: Impaired mental status ou alteração do estado mental
S: SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica)
A: age ou idade > 60 anos
P: derrame pleural
o APACHE II ≥ 8: critério mais utilizado em UTI
CLASSIFICAÇÕES:
Escore de atlanta: não é mais usada, mas ainda algumas provas cobram.
Pancreatite aguda leve: ausência de falência orgânica e ausência de complicações locais
(ex: coleções líquidas, necrose peripancreática) ou a distância
Pancreatite aguda moderada: falência orgânica transitória (<48h de duração) ou
presença de complicações locais e/ou a distância
Pancreatite aguda grave: falência orgânica persistente (≥ 48h de duração)
Critério atual:
Forma leve:
o < 3 critérios de Ranson positivos e APACHE II < 8
o Ausência de complicações orgânicas sistêmicas
Forma grave:
o Escore de Ranson ≥ 3
o APACHE II ≥ 8
o Presença de complicações orgânicas sistêmicas
o Presença de complicações locais como necrose, abscesso e pseudocisto
COMPLICAÇÕES
Pancreatite edematosa:
o ≤ 4 semanas = coleção fluída peripancreática Não encapsulada
o ≥ 4 semanas = pseudocisto Encapsulado. É a complicação mais comum da pancreatite.
Pancreatite necrosante
o ≤ 4 semanas = coleção necrótica aguda Não encapsulada. Areas de necrose, gás. É
uma forma bem agressiva.
o ≥ 4 semanas = coleção necrótica organizada (WON) Encapsulado
TRATAMENTO
Manejo geral
Reposição volêmica, analgesia e dieta zero (é a medida mais importante)
Definir se é a forma leve ou grave da doença (só é possível após 48h)
Na forma grave, orientar a conduta posterior orientada pelo resultado da TC contrastada
(observar se existe necrose > 30% do pâncreas)
Observar o surgimento de complicações tardias
Recomeçar a dieta enteral no momento adequado (3 a 5 dias) – quando o paciente volta a
ter fome, mas antes passa uma sonda nasoenteral via endoscópica para frente do
duodedo, não estimulando o pâncreas.
Tratamento definitivo:
Pancreatite biliar leve:
o Se risco cirúrgico baixo: realizar videocolecistectomia antes da alta
o Se risco cirúrgico alto: realizar papilotomia via endoscópica antes da alta
Pancreatite biliar grave com ou sem colangite: realizar papilotomia via endoscópica
antes da alta e colecistectomia após 6 semanas
Nódulos Pulmonares
INTRODUÇÃO
Desafio -> mortalidade (alto índice)
o É o tumor que mais mata, na maioria das vezes, é diagnosticado tardiamente
Diagnóstico precoce! Aumento da sobrevida do paciente
Screening x dificuldades de exames
Aumento do número de lesões (NLST)
DEFINIÇÃO
SCREENING
Incidência de CA de pulmão em paciente com nódulo solitário é de 8-51%
A prevalência de malignidade, pode variar de 1-12% na totalidade dos pacientes com nódulo
pulmonar
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Benigna X Maligna
Processos infecciosos (pneumonia, abscesso pulmonar, doenças granulomatosas)
Lesões vasculares (infarto pulmonar/TEP, malformação arteriovenosa, aneurisma de artéria
pulmonar)
Lesões inflamatórias (nódulo reumatoide, sacoidose, BOOP)
Congênito (atresia brônquica, cisto broncogênico)
Lesões neoplásicas (hamartoma - benigno, adenocarcinoma - CA pulmonar mais
prevalente [60-65% dos TU malignos do pulmão)
Carcinoma epidermoide, TU carcinoide, metastáse pulmonar solitária
Miscelânea: atelectasia redonda, linfonodo intrapulmonar, impactação mucoide)
AVALIAÇÃO INICIAL
Caracteristicas da lesão (fator mais importante)
Os CA pulmonares são mais comuns em lobos superiores
Indentação pleural = retração pleural
Tempo de dobra de volume <400 dias: se for optado por seguimento através da TC
(principalmente na ausência de outros fatores), deve-ser avaliado o crescimento da lesão.
Estudos indicam que lesão que dobra de volume em período menor que 30 dias, são
altamente preditivas de lesões BENIGNAS. Já lesões que se situam entre 30 a 700 dias, são
lesões que requerem mais atenção pois há chance de serem malignas
Clínicas:
Tabagismo
Tabagismo passivo*
Idade
Fibrose pulmonar
História à exposição de
carcinógenos
HF ou pregressa de neoplasia
Lesões acima de 2cm aumentam a chance de ser maligna. Bordas irregulares também.
Localização nos lobos superiores denotam lesões malignas, por causa
Metástase mais comum é por via hematogênica, pulmão é mais perfundido inferior (e assim
mais acometidos por metástase) e mais ventilado superior (maior chance de ser maligno
pelo tabagismo)
CENTR
AL
DIFUS PIPOC
A A
Sólido difusa
(SABER)
EXCÊNTRI HETEROGÊ
LAMINA CA
R NIA
Realce na TC:
Preferência de exames com contraste -> aumenta a densidade da lesão e capta os vasos
que estão nutrindo a lesão (lesões altamente captantes indicam lesões altamente
vascularizadas → lesões altamente vascularizadas são sugestivas de neoplasia)
Se apresenta com um realce maior na periferia da lesão, ao passo que no meio é menos
evidente, sugerindo uma necrose no centro -> malignidade
TC é padrão-ouro para avaliação da lesão pulmonar
RM serve para avaliar regiões adjacentes
]
PET-CT (pet-scan):
Contraste captado por células com alto metabolismo/ metabolismo acelerado (por isso ruim
para SNC)
Pode mostrar células malignas ou células de processo inflamatório
Desvantagens: pode apresentar um falso positivo – capta processos infecciosos
inflamatórios, muito comuns em países tropicais
Apostila antiga:
Morfologia:
Opacidade em vidro fosco: Em até 73% dos casos, a opacidade em
vidro fosco vai indicar CA. Na TC, a densidade da lesão é obtida através
da janela de mediastino, podendo assim ser diferenciada a lesão em
vidro fosco puro da lesão de vidro fosco com componente sólido.
Vidro fosco puro: na TC de mediastino, a lesão vai desaparecer.
Causas: doenças inflamatórias, sangramento pulmonar, traumatismo/
contusão, CA (59-73%);
CA: mais comumente o adenocarcinoma do padrão bronquiolo-alveolar
ou levítico - padrão mais insidioso.
Vidro fosco com componente sólido: é mais comum emlesões inflamatórias (7 a 9% dos
casos em CA).
Casos clínicos:
Caso 01
Mulher de 48 anos, tabagista 22ano/maço, procurou atendimento médico devido à quadro
gripal
Exame físico, exames laboratoriais normais
Rx e TC de tórax mostram um nódulo em lobo superior direito (segestivo de lesão maligna)
Irregular, densidade de partes moles, lesão >1cm (relativamnete grande)
Conduta:
Pet CT avalia o nivel da captação de glicose na lesão > 2 é suspeito para possivel lesão da
base. O resultado dessa paciente foi SUV = 1,5
SUV >2 (suficientemente altos para pensar que é lesão positiva) e SUV <2 (captação razoável,
baixa, não que dizer muita coisa)
Biópsia por Cirurgia -> toracotomia à direita com ressecção do nódulo (por punção e
vídeotoracoscopia não dá, pela localização da lesão)
Congelação compatível com doença granulomatosa
LHP (laudo): granuloma com necrose caseosa e células gigantes compatível com
tuberculose
Apostila antiga:
Realce heterogeneo lesão maligna.
Quanto mais irregular for o nódulo, maior a chance de ser maligno,
porém, as lesões inflamatórias também podem ter essas caracteristicas,
ai entra mais uma vez a importancia em associar com o quadro clínico do
paciente.
Retração pleural caracteristica maligna.
Caso 02
Mulher, 42 anos, assintomática. Exame físico e laboratoriais normais. Nunca fumou
RX de tórax de rotina PA e Perfil: lesão em lobo inferior direito
o Massa sem calcificação, de bordas regulares e bem delimitadas
Tamanho >3cm.
Conduta:
o Tomografia: conteúdo denso, regular e densidade de partes moles, grande, sem
circulação
o PET-CT 9 (bom para avaliar metástase): SUV 8,2 (normal < 2)
o Punção percutânea e vídeo (dão, mas não é a melhor opção)
o Biópsia por Cx: toracotomia à direita com ressecção da massa no segmento superior
do lobo inferior
o Congelação: tumor
carcinoide
o Realizada lobectomia
inferior direita
elinfadenectomia
mediastinal
o LHP: Tu. Carcinoide típico
Linfonodos
negativos
Faz broncoscopia em lesões centrais
(sinal dedo de luva), assim como para
lesões periféricas de faz punção ou
vídeo.
Gravidade:
o A hemorragia digestiva alta tem elevada
morbimortalidade
o Promove internações prolongadas
o Envolve custos altos ao sistema de saúde
Objetivos
o Reconhecer o quadro de sangramento precocemente (mais rápido o diagnóstico,
mais rápido consegue intervir)
o Estabilizar o paciente o quanto antes: é o principal fator prognóstico (paciente
hipotenso, hipotérmico, em choque...)
o Fazer diagnóstico preciso da causa
o Utilizar uma terapêutica eficaz, que faça parar de sangrar e evite o ressangramento)
Hematoquezia ou enterorragia: evacuação de fezes com sangue vivo (vermelho), coágulos dentro
do vaso.
Alguns autores diferenciam a hematoquezia como sangramento de pequena quantidade, e
enterorragia de grande quantidade
90% tem origem no TGI baixo (cólon como fonte de sangramento) – não deu tempo das
enzimas digestivas e bactérias atuarem sobre o sangue
Entretanto, 10% ocorre devido a uma hematêmese maciça + choque hipovolêmico nesses
casos e indicativo de hemorragia digestiva alta volumosa. O trânsito está acelerado e o
sangue passou sem efeito das bactérias intestinais
Nesses casos de sangramento de origem alta, representada como enterorragia (volumoso),
obrigatoriamente o paciente está chocado
CASO CLÍNICO 1
ID: JSF, masculino, 45 anos, pedreiro
HDA: Apresentou 4 episódios de vômitos com coágulos e sangue vivo (hematêmese), com início
hoje à tarde. Estava em uso de AINE por dos nas costas há mais de 1 mês - trabalho braçal.
HPP: Tabagista e etilismo social
Exame físico: Glasgow 14, sonolento, extremidades frias, sudorético, enchimento capilar lento.
FC 120, sat 96% e PA 90X60.
A hemorragia é alta ou baixa? Como paciente apresentou hematêmese, confirma que a
hemorragia é alta!
Qual a provável causa da hemorragia? Ulcera pelo uso de AINE (mais de um mês) e tabaco
A hemorragia foi significativa? SIM, foi um sangramento importante! Extremidades frias,
rebaixado, enchimento capilar lento, sudorese, FC alta, PA baixa (o que indica que pelo menos
1,5L de sangue perdeu para estar hipotenso).
Qual o próximo passo? Estabilizar o paciente é o primeiro passo! Pois quanto mais tempo esse
paciente fica chocado, maior é a lesão celular, inflamação sistêmica (resposta inflamatória, IR,
SARA...) e mortalidade
1) Pegar acesso periférico calibroso (pelo menos 2) -16 para ressuscitação volêmica com
500ml de ringer e depois reavaliar (não se dá mais 2L direto, para evitar a perda ao 3°
espaço).
2) Provavelmente está carreando mais a hemoglobina, faz-se necessário monitorizar o
paciente com aparelho de pressão, oxímetro, monitor...
3) Oxigênio suplementar (cateter nasal)
4) IBP 80mg (Omeprazol 80mg, dose mais alta, correndo rápido)
Não se da Transamin pois não é possível saber a quanto tempo o paciente está sangrando. Essa
medicação é ideal para sangramentos agudos (na primeira hora ele ajuda, até a 3° hora é bom, e depois
disso pode aumentar a mortalidade).
OBS: Sonda nasogástrica é necessária? No momento ainda não (deixar “na manga”).
5) Coletar glicose, hemograma (Hb), ureia e creatinina para ver função renal, KPTT para
verificar a existência de coagulopatia, tipagem sanguínea para caso precisar de
reposição sanguínea
Quando a ureia aumenta muito em relação a creatinina (aumenta pela absorção de sangue pelo intestino
delgado) é sinal que o paciente sangrou bastante
OBS: Cuidar com valores de hemoglobina, pois demora um tempo para hemodiluir e se apresentar baixa
nesses casos de admissão
Continua com 120 FC Choque grau III elevar pernas, fazer mais 500ml de volume e sangue;
não entrar com droga vasoativa em choque hipovolêmico, pois o paciente já está vasoconstrito.
6) Paciente foi estabilizado e então realizou endoscopia apresentando uma úlcera
duodenal sangrando, então a hemostasia foi feita pelo método esclerosante
(cauterização térmica)
OBS: Procinético pode ser dado a fim de melhorar a visualização da hemorragia digestiva alta e chamar
endoscopista – eritromicina é um bom uso, mas normalmente faz bromoprida ou metoclopramida porque
eles tem IV.
CASO CLÍNICO 2
ID: HDA, masculino, 52 anos, aposentado.
HDA: há 3 dias com quadro de evacuação escurecida com odor fétido (melena), vários episódios
por dia, associado à tontura, fraqueza e desmaios. Está confuso, sonolento com tremores nas
mãos (sugere encefalopatia hepática – indicativo de hemorragia digestiva alta ou acumulo de
amônia).
HPP: Etilista pesado com ingestão diária de cachaça há mais de 10 anos.
Exame físico: descorado, sudorético, enchimento capilar lento. FC 130 e PA 80x50, abdome
globoso, ascite e circulação colateral que lembra hipertensão portal. Piparote positivo.
A hemorragia é alta ou baixa? 90% de chance de ser alta, devido a apresentação da melena
por varizes de esofâgo.
Qual a provável causa da hemorragia? Paciente é etilista, tem encefalopatia hepática
(confuso
+ sonolência +tremor nas mãos), ascite, circulação colateral pensar em varizes esofágica por
hipertensão portal! Até que se prove o contrário são varizes!
Hepatopata sangrando = varizes
Duas coisas que em paciente hepático leva a encefalopatia: PBE ou sangramento
A hemorragia foi significativa? Sim! Sinais vitais estão alterados
Qual o próximo passo? Monitorizar para estabilizar o paciente!
Monitor, acesso venoso para hidratação, oxigênio complementar (está com pouca hemoglobina),
coleta de exames, Omeprazol na suspeita de úlcera, sonda não é necessária, procinético para
futura endoscopia, pensar na deficiência de B12 (mas a reposição não vai salvar a vida dele
agora)
Diferença do cirrótico para a úlcera:
Antibiótico profilaxia pelo risco de fazer PBE (profilaxia da peritonite bacteriana espontânea).
Drogas vasoativas para fazer para o sangramento – mas não NORA, para não fechar e periferia,
e sim a Telepressina – efeito esplâncnico – pois diminui a pressão no sistema porta
diminuindo a pressão nas varizes de esôfago para que o paciente com sangramento ativo,
pare de sangrar no PS.
Entrar com sangue precoce (se encher de soro, a perda para o terceiro espaço no cirrótico é
maior, aumentando a ascite), e corrigir coagulopatias.
Paciente foi estabilizado e foi realizada a endoscopia detectando varizes esofágicas e a
hemostasia do sangramento foi feita por meiodaligadura elástica.
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
História clínica:
Avaliar a apresentação da hemorragia: hematêmese, melena ou
hematoquezia/enterorragia
Já teve episódios prévios de hemorragia? 60% dos casos a hemorragia ocorre no mesmo
sítio
Tem histórico de doenças hepáticas? nesses casos pensar em varizes
Quais as medicações em uso (AINE, AAS, anticoagulante) pensar em ulcera e lesão aguda
de mucosa gástrica (LAMG)
Histórico de perda de peso, vômitos frequentes? pensar em neoplasia
É tabagista, etilista ou faz uso de drogas injetáveis? pensar em ulceras, hepatopatia por
drogas
Realizou cirurgias ou procedimentos endoscópicos recentes? pensar que o sangramento
é advindo do procedimento cirúrgico
Avaliar idade e comorbidades para determinar prognostico e gravidade – prognóstico.
Exame físico:
Quanto perdeu de sangue? Avaliar:
• Palidez cutâneo mucosa
• Perfusão periférica
• PA e frequência cardíaca: hipotensão perdeu pelo menos 1,5 L de sangue
e irá precisar de concentrado de hemácias além de reposição volêmica
Se cai PA é uma perda moderada
Procurar estigmas de hepatopatia: ascite, circulação colateral, tremores, confusão, eritema
palmar
Exame abdominal: sinais
de peritonite pensar em
ulcera perfurada
Úlcera + abdomen em
tábua úlcera perfurada
peritonite Tomo antes
da EDA
Toque retal: aspecto das fezes, tem resíduo de
melena, de sangue vivo?
TERAPÊUTICA INICIAL
Passagem de sonda nasogástrica:
A presença de sangue confirma o diagnóstico de hemorragia digestiva alta
Aspirado limpo não exclui, porque o sangramento pode ter cessado espontaneamente ou
pode ser duodenal com o piloro fechado no momento do procedimento.
**Não é em todos os pacientes que se passa a sonda (enterorragia + hipotensão em que
não se quer esperar por EDA sonda OU diminuir a distensão gástrica por causa de um
tumor sonda)
Ela não serve para parar sangramento
Transfusões: muitas vezes a decisão de transfundir é previa a realização dos exames laboratoriais.
Alvo: manter Hb 7-9; exceto cardiopatas em que se quer alvo de 10 (não precisa deixar 12 de Hb)
Concentrado de hemácias: queda de pressão, taquicardia sem melhora com cristaloide
00> transfundir hemácias
Plasma fresco congelado e Plaquetas: aguardar resultado dos exames. Em caso de
coagulopatia (RNI>1,5) ou plaquetopenia < 50.000 transfundir. Ou se a transfusão de
hemácias for maciça (>5 unidades), deve-se repor plasma e plaquetas na proporção 1:1.
CAUSAS:
ÚLCERA PÉPTICA: GÁSTRICA OU DUODENAL
A duodenal é mais frequente que a gástrica
Está relacionada a presença do H. pylori, uso de AINES, estresse (paciente grave, hipotenso,
chocado, com droga vasoativa e desnutrido) ou paciente com hiperacidez gástrica
É a causa mais frequente de hemorragia digestiva alta não varicosa (70% dos casos)
Classificação endoscópica de Forrest: IA, IB, IIA e IIB possuem indicação de tratamento
endoscópico
Ativo: sangramento em jato; Recente: coágulo aderido com foco vascular visível;
Tratamento endoscópico:
Clipe endoscópico: baseia-se na clipagem mecânica do vaso que está levando ao
sangramento
Injeção de adrenalina/álcool/glicose: ao aplicar essas substâncias ao lado do vaso, ele
sofreesclerose
Terapia térmica monopolar
OVESCO: realiza a clipagem do vaso
Hemospray: é aplicado um pó, que se adere a área do sangramento, realizando um tampão
Fatores de risco para ressangramento:
Instabilidade hemodinâmica
Sangramento ativo
Tamanho da úlcera >2cm
Úlcera duodenal posterior
Úlcera gástrica na curvatura menor
Conduta no ressangramento:
Paciente >60 anos
Presença de comorbidades graves (pacientes internados)
Coagulopatias
Uso de AINE ou anticoagulantes
Repetir o tratamento endoscópico de forma diferente da inicial (exemplo: se usou
cauterização, usa-se clipe)
VARIZES ESÔFAGO-GÁSTRICAS
Fisiopatologia: no paciente cirrótico, há uma resistência aumentada para o fluxo sanguíneo portal
passar pelos sinusóides. Isso gera um fluxo invertido: ao invés do sangue passar da V. porta, para
os sinusoidese desembocar na V. cava, ele começa a ir em direção a V. gástrica esquerda para
atingir a V. cava pelo sistema ázigos, formando circulação colateral no fundo gástrico e esôfago
Para que haja sangramento varicoso, precisa haver hipertensão portal (pressão > 12 mmHg). Acima
de 8 já começa a formação de varizes e acima de 12 sangra
70 a 80% dos casos de hemorragia digestiva alta em pacientes com hipertensão portal está
associado a sangramento de varizes
A mortalidade é de 30 a 40% no 1º episódio
Mais de 50% recidivam no 1º ano
A mortalidade está diretamente relacionada a função hepática (Child-Pugh). Quando pior
a função hepática, maior a mortalidade
Tratamento clínico:
Reposição volêmica (com cuidado, por causa da ascite)
IBP – Omeprazol
Na suspeita de sangramento varicoso: iniciar drogas vasoativas Terlipressina 2mg +
1mg de 4/4h por 48h OU Somatostatina/Ocreotite em infusão contínua (50mcg + manutenção
de 50 mcg/h)
Manter uso de inibidor de bomba de próton (omeprazol)
Antibiótico profilaxia: Rocefin ou Ciprofloxacino IV e Norfloxacino VO após.
Tratamento endoscópico:
Escleroterapia: Injeção de solução esclerosante (Ethamolamina + glicose 50%) fibrose
Ligadura elástica
o Injeção de cianoacrilato: em caso de varizes de fundo (mais calibrosas), que
costumam ser maiores, não respondendo a escleroterapia ou ligadura elástica
Endurece as varizes
Em caso de ressangramento
Pacientes relativamente estáveis: repetir a endoscopia
Pacientes instáveis ou falha na terapia endoscópica: Balão de Sangstaken-Blackmore
o 3 partes: sonda para descomprimir o estômago, balão gástrico para ter certeza que
está no estômago e balão esofágico
Compressão das varizes de fundo (balão gástrico)
Compressão das varizes esofágicas - no máximo 30-40mmHg para não ultrapassam a PAM
e necrosar o esôfago
Não precisa ser realizado por um cirurgião ou equipamento especial
“Balão é medida desesperada” – quando não se consegue parar o sangramento por EDA e
drogas vasoativas
Permanece por 24h e reavalia se o sangramento parou
Em caso de falha no tratamento com balão: shunt transjugular intra-hepático porto- sistêmico
(TIPS). É um tratamento temporário endovascular com prótese (trajeto alternativo). A maioria
dos pacientes são encaminhados para transplante hepático
Evolução:
Pacientes estáveis com sangramento controlado: reintroduzir dieta líquida ou líquido-
pastosa fina e manter 5 dias
Se ascite: manter antibioticoprofilaxia por 7 dias
Lactulona até a melhora da melena residual se paciente sem encefalopatia
Obrigatório iniciar propranolol para profilaxia secundária
Programar nova endoscopia em 2 meses com ligadura elástica e repetir até erradicação
completa das varizes
LESÃO DE DIEULAFOY
Pacientes com doenças graves (em UTI)
Presença de vaso dilatado aberrante na submucosa
Geralmente ocasiona um sangramento arterial de grande volume, em jato
Etiologia: é desconhecida. Alguns acreditam ser congênito e outros que está relacionado ao
uso de AINES
Tratamento endoscópico:
o Injeção de adrenalina + terapia térmica ou clipagem
o Manter uso de inibidor de bomba de próton
MALLORY WEISS
“Sangramento pós chopada”
Vomita alimento vomita bile vomita sangue
Laceração do esôfago distal ou estôomago proximal (cardia) que ocorre em resposta a vômitos
vigorosos
Caracterizado por vômitos vigorosos seguidos de hemorragia digestiva alta
Tratamento endoscópico: apenas na presença de sangramento ativo na hora da avaliação.
Geralmente o sangramento éautolimitado
Em casos extremos pode ocorrer ruptura esofágica completa (síndrome de Boerhaave)
nesse caso o tratamento é cirúrgico
o Laceração extremamente profunda
o Taquicardia, febre, raio-X com derrame pleural (em alguns casos graves ocorre
perfuração ou ruptura esofágica, o que origina mediastinite e derrame pleural)
ETIOLOGIA
Vasculares: angiodisplasias (veias das mucosas dilatadas), colites isquêmicas (falta sangue
para o colón), telangiectasias induzidas por radiação (pacientes em radioterapia)
Neoplasias: pólipos grandes, carcinomas
Iatrogênicas: pós-biopsias, e procedimento cirúrgico ou endoscópicos
Doenças inflamatórias intestinais: infecção, doença inflamatória intestinal (principalmente
RCU)
Anatômicas: diverticulose
Outras: orificiais (fissura anal, hemorroida), ulceras infecciosas (tuberculose)
APRESENTAÇÃO
AGUDA: inicio redcente, sangue visível, instabilidade hemodinâmica urgente
CRÔNICA: lenta ou intermitente, SOF +, anemia crônica eletivo
Até 50% dos pacientes cursam com anemia e/ou instabilidade hemodinâmica (mas estas % perdem
para a hemorragia digestiva alta).
ABORDAGEM INICIAL
História:
Caracterizar o sangramento
Sintomas associados: diarreia, perda de peso, dor abdominal
Medicações, comorbidades, procedimentos
Exame físico:
Estado geral, FC, PA, dor abdominal
Toque retal: avaliar presença de sangue/lesões tocáveis
Anuscopia: hemorroidas, fissuras – até 9% casos de sangramento
ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE
Reposição volêmica, oxigenação, acesso venoso e ressuscitação volêmica, manejo de
coagulopatia, avaliar uso de anticoagulantes e antiplaquetários.
Exames laboratoriais – hemograma, coagulograma
Transfusão se necessário – sangue/plasma/plaquetas
INVESTIGAÇÃO
90% dos sangramentos baixos para espontaneamente, diferente da HDA
Evacua grande quantidade de sangue, mas geralmente chega no hospital o sangramento já
cessou eassim pode ser fazer o procedimento da colonoscopia do paciente.
O objetivo diagnóstico primário é descobrir onde está o sítio sangrante
Pacientes estáveis hemodinamicamente (parada do sangramento)
Cintilografia Tc99 (para verificar onde o contraste vai acumular fora do intestino)
>sensibilidade – 98%
Fluxo 0,05 a 0,1ml/min
Erro diagnostico local 60%
Não terapêutica
Pouco utilizada
Arteriografia
Sangramento importante impede a colonoscopia
Paciente chocado que não ficou controlado para colono
Ou em casos em que não foi possível o preparo para a colono
Precisa de um fluxo 0,5 a 0,1ml/min
Sensibilidade 10% (só sangramento ativo)
Terapêutica – obstrui o vaso para parar sangramento, injeção de drogas vasoativas, molas,
cola
Controla temporariamente o sangramento
Temporário pelo risco de necrosar o órgão
ARTERIOGRAFIA OU CIRURGIA DE URGÊNCIA Sangramento maciço + instabilidade
hemodinâmica sem resposta à reposição volêmica = sangramento continuado
90% sangramento para espontaneamente colonoscopia
Sangramento maciço + instabilidade hemodinâmica sem resposta à reposição volêmica =
sangramento continuado arteriografia ou cirurgia de urgência.
E se precisar operar?
Laparotomia ileostomia terminal (não tem o que fazer, colón direito e colón esquerdo
são focos importantes, faz-se necessário retirar tudo – medida extrema).
Enteroscopia intra-operatória
CASO CLÍNICO 1
HDB, feminino, 18 anos, estudante
Queixa de dor anal de forte intensidade na última semana que piora durante a evacuação e está
associada à sangramento notado no vaso e no papel higiênico
Histórico de constipação
Exame físico: BEG, corada, hidratada, FC 87, PA 110x80.
Esse é exame que deve ser feito aqui: EXAME FÍSICO (toque) – observar (paciente
jovem, observa-se a fissura, sem outros sintomas)
Diagnóstico: Fissura anal dor em forte intensidade pela distensão do esfíncter anal e abertura
da fissura OBS: Fissura aguda dói muito na hora de avacuar, a crônica não dói mas coça (pois
não cicatriza). Já a hemorroida dói quando trombosada, se não apenas sangra e sai para fora.
Fístula não dóis tanto, deixa a região úmida, com coceira e dermatite perianal (suja a roupa),
sempre acompanhada de história de
abscesso.
Tratamento: melhora dos hábitos alimentares (fibras, água) e pomada com bloqueador de canal
de cálcio (3 semanas, relaxamento muscular) com associação de lidocaína tópica e analgésico
(passar antes de evacuar). Sempre preferir lavar o ânus com água e não papel higiênico
(abrasivo). Laxante osmótico leve pode ser dado para pacientes que estão evitando ir no banheiro
devido a dor (constipação) para evitar fecaloma, porém cuidar para não induzir a diarreia
CASO CLÍNICO 2
ATP, feminino, 39 anos
Começou a notar que a água do vaso após a evacuação fica vermelha e algumas vezes
esguicha sangue vivo no vaso. Nega dor.
Não ocorre em todas as evacuações
Histórico de constipação. Tem 2 filhos
Exame físico: BEG, corada, hidratada, FC 70, PA 120x90
Diagnóstico: hemorroida interna dilatação da hemorroida e sangramento no reto
Pode ter prolapso associado
Retossigmoidoscopia para avaliar se continuar o sangramento (principalmente se a paciente for
mais velha – rastreamento acima de 45 anos para europeus e americanos, e acima de 50 no
Brasil)
CASO CLÍNICO 3
CBD, masculino, 68 anos
Acordou à noite com cólicas. Apresentou evacuação com grande quantidade de sangue e
coágulos. Após a primeira teve mais de 3 episódios de evacuação com sangue e coágulos. HAS
e em uso de AAS e sinvastatina
Exame físico: REG, sudoreico, descorado, FC110, PA: 100x90
Houve sangramento, está taquicárdico
Por ele ser hipertenso, esse valor de PA já pode ser considerada uma hipotensão
Diagnóstico: sangramento diverticular – paciente bem, com cólica pela manhã sangramento
clássico da doença diverticular (rompe vaso, começa sangramento intestinal, lento, indolor
vontade de ir no banheiro)
Sangra bastante, mas como é lento, o paciente demora para perceber
Quando vai ao banheiro se assusta pela quantidade que sai de sangue (reflexo vagal
acentuado)
CASO CLÍNICO 4
ABC, feminino, 70 anos
Alterações do hábito intestinal para constipação recentemente e vem notando muco nas fezes
há alguns meses. Na última semana as fezes estão vindo com estrias de sangue
HAS, DM, dislipidemia controlados
Perdeu 6kg nos últimos 2 meses
Exame físico: BEG, hipocorada, FC 80, PA 130x90
Hemograma com Hb 10
Alteração do formato das fezes acontece mais em CA bem distal (na saída), quando é
proximal essa pergunta não é tão importante
Diagnóstico: neoplasia – idade, muco, perda de peso. Fezes misturadas com sangue em forma
de estraias (visualize-se o sangue) é bem característica de CA de cólon esquerdo; quando o
sangue está tão mistura que pouco enxerga-se, suspeita de cólon direito
Paciente estável, com anemia crônica, não precisa estabilizar. Mas é imprescindível a
colonoscopia.
CASO CLÍNICO 5
DII, feminino, 20 anos
Crises de diarreia com muco e sangue associadas à dor abdominal com início há 6 meses. Piora
progressiva.
Frequentemente tem sangue no vaso, no papel e misturado com as fezes.
Sem comorbidades. Perdeu 5kg.
Exame físico: BEG, hipocorada, FC 80, PA 110x90
Toque retal
Até 9% dos casos de sangramento baixo, faz-se diagnóstico, com toque retal, de
doenças orificiais
Diagnóstico: Retocolite ulcerativa (RCU) – diarreia, muco e sangue sempre suspeitar
CROHN sangra menos, mais associada ao íleo terminal, cólon direito, por isso sangra
menos – mais cólica
RCU: muito sangue, pacientes mais jovens
Abordagem inicial: caracterizar sangramento, analisar sintomas associados, medicações em uso
que podem piorar sangramento, exame físico para ter ideia da quantidade de sangue perdida. E
se confirmado RCU com colonoscopia e biópsia, iniciar corticoide para tirar da fase aguda, e
dependendo do grau utilizar- se da terapia step up ou down (Benzalazina, Imunossupressor e
Biológico)
Hemorragia Digestiva Média
E nos pacientes com sangramento
contínuo e sem foco identificado na EDA
e colono?
DEFINIÇÃO
Hemorragia digestiva média: paciente que
teve hemorragia ou sangue oculto nas fezes,
mas aos exames de endoscopia e
colonoscopia não apresentou nenhuma
alteração, mas continua apresentando
sangramento 5% dos casos de
hemorragia
Primeiro passo após a não localização do
foco, é repetir a colonoscopia, caso também
negativa pensar em delgado
ETIOLOGIA
< 40 anos
Tumores de intestino delgado
Doença de Crohn
Diverticulo de Meckel
Síndromes polipoides
Angioectasias
>40 anos
Angioectasias
Ectasia vascular antral
Tumores de intestino delgado
Lesçoes de mucosa por medicamentos
Dieulafoy