Você está na página 1de 7

MATERIAL DO CURSO

QUALIDADE E EFICIÊNCIA NA COLETA DE SANGUE

APOSTILA
DOAÇÃO DE SANGUE - TRIAGEM, COLETA E
FRACIONAMENTO
DOAÇÃO DE SANGUE - TRIAGEM, COLETA E FRACIONAMENTO

Para tornar-se um doador de sangue é necessário, primeiramente, realizar um


cadastro apresentando um documento com foto e informando seus dados,
além de preencher um questionário. A segunda etapa é o setor de triagem, no
qual o doador passará pelo teste de hematócrito, que precisa estar acima de
40, aferição da pressão arterial, altura, peso e temperatura. Só podem doar
pessoas entre 16 a 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até
os 60 anos (menores de 18 anos precisam de autorização). Feito isso, o
doador passará por uma entrevista confidencial com uma assistente social.

Para a realização da coleta, o doador terá que higienizar os braços


previamente e deitar na cadeira apropriada. Além disso, será passada uma
solução antisséptica alcoólica e clorexidina no local da punção. O braço do
doador permanecerá com o garrote até o fim da coleta.

A bolsa de sangue, que ficará em constante movimento no aparelho durante a


doação, contém 63 mL de uma solução anticoagulante-preservadora de CPDA
1 (citrato, fosfato, dextrose e adenina) e tem capacidade para 450 mL de
sangue. Ao realizar a punção, os primeiros volumes de sangue coletado,
aproximadamente 30 mL, vão para uma bolsinha anexa no qual há um sistema
a vácuo de coleta para a realização dos exames obrigatórios. As duas demais
bolsas satélites (secas) servirão para a separação do plasma e plaquetas na
etapa do fracionamento.

Ao fim da coleta, o doador receberá um lanche e algumas orientações pós-


doação.

Assim que as bolsas são coletadas, elas passam pelo setor de fracionamento,
onde serão pesadas (para o balanceamento), massageadas (para desagregar
as plaquetas da bolsa) e centrifugadas. Posteriormente à centrifugação, a bolsa
será adaptada a um aparelho no qual irá separar os componentes para as
bolsas satélites.

Após a obtenção dos componentes (concentrado de hemácias, plasma e


plaquetas), eles serão separados e armazenados em seus estoques “não
liberados”. Conforme forem feitas as análises de imunohematologia e sorologia,
essas bolsas serão identificadas quanto ao tipo sanguíneo e subgrupos, e
liberadas para doação. Caso alguma apresente alteração ou sorologia positiva,
será imediatamente enviada para descarte.

O concentrado de hemácia tem uma duração de 35 dias e é armazenado entre


2 a 6ºC. As plaquetas duram apenas 5 dias e são armazenadas em
temperatura ambiente sob agitação. Já o plasma tem uma durabilidade de 1
ano e deve ser armazenado em freezer a -20ºC.
O ARMAZENAMENTO E A TEMPERATURA DO SANGUE, SEUS
COMPONENTES E DERIVADOS

Ambientes como bancos de sangue, agências transfusionais e hemocentros


lidam diariamente com o sangue, seus derivados ou componentes. Estes
materiais são bastante sensíveis a variações térmicas e de grande importância
para a vida das pessoas envolvidas no processo de transfusão.

Nestes ambientes, a temperatura do sangue precisa estar sempre nas faixas


ideais. A falta de cuidados com a conservação e armazenamento apropriado do
sangue pode comprometê-lo, levando ao seu descarte ou, caso não
identificado o problema com antecedência, pode ser fatal para os receptores.
Deste modo, o conhecimento quanto às normas e medidas para as
temperaturas ideais é de grande importância, podendo salvar muitas vidas.

Você possui conhecimentos sobre as normas e faixas ideais de temperatura do


sangue? O sangue total, o concentrado de hemácias, o plasma fresco
congelado, o crioprecipitado, as plaquetas… cada um destes possui normas
específicas para armazenamento, conservação e preparo.

SANGUE TOTAL

O armazenamento e a temperatura do sangue total em armazenamento devem


ser definidos a partir de seu propósito de uso, conforme apresentado abaixo:

1) Para produção apenas de concentrado de hemácias (CH) e plasma fresco


congelado (PFC), a temperatura de armazenamento do sangue total deve ser
entre 2 e 6°C;

2) Para produção de concentrado de plaquetas (CP), a temperatura de


armazenamento do sangue total deve ser entre 20 e 24°C, nunca abaixo de
20°C.

CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

Para o armazenamento do concentrado de hemácias, deve-se manter a


temperatura estável entre 2 e 6°C, para os itens: concentrado de hemácias
(CH), concentrado de hemácias lavadas, concentrado de hemácias com
camada leucoplaquetária removida e concentrado de hemácias desleucocitado.
Especificamente no caso do concentrado de hemácias congelado, deve-se
manter sua conservação em temperaturas iguais ou inferiores a -65°C.
O PLASMA FRESCO CONGELADO

Para o armazenamento do plasma fresco congelado, deve-se manter a


temperatura abaixo de -20°C, recomendando-se, entretanto, utilizar a
temperatura igual ou inferior a -30°C.

Além destes componentes, outros como o plasma comum, o plasma isento de


crioprecipitado, o crioprecipitado e o concentrado de plaquetas também
possuem necessidades específicas para a temperatura de armazenamento, os
quais você pode encontrar na Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 – DOU 1 de
14.06.2011, ou resumidamente em nossas futuras postagens.”

BONS ESTUDOS E FELIZ PROVA-PE


REFERÊNCIAS

SENSORWEB, Blog. O armazenamento e a temperatura do sangue, seus


componentes e derivados Disponível em:
https://sensorweb.com.br/armazenamento-temperatura-do-sangue-
componentes-derivados/ Acesso: 17/08/2023

TIRAOJALECO, Doação de Sangue - triagem, coleta e fracionamento


Disponível em: https://www.tiraojaleco.com.br/2016/08/doacao-de-sangue-
triagem-coleta-e.html Acesso: 17/08/2023

Você também pode gostar