Terrorismo – Segurança das RI Definição de Terrorismo
Aula 09/11/2015 Diversas definições do que pode ou não ser
Estético: belo x feio.
Economia: rentável x não rentável.
Moral: bom x mal.
Política: amigo x inimigo.
Shcmitt chama atenção para o fato de que as
categorias de julgamento não se anulam, os
julgamentos de determinada esfera não te diz
exatamente nada com relação aos da outra esfera.
Hostis x Inimicus: inimicus (julgamento muito mais
moral) é o inimigo pessoal, contrapõe unicamente a
voce. Hostis (julgamento só na esfera político) é um
grupo de pessoas, inimigo que a sociedade/ o estado
tem.
Em último caso, se for necessário ultrapassar as regras
para sobreviver, o faz.
Terrorismo – ao lidar uma das primeiras decisões a se
tomar é se o julgamento será meramente político, ou
também moral.
Se o que está em risco é a existência, retira-se a vida
do outro para assegurar a sua.
Três perspectivas sobre o terrorismo (Sederberg)
Pode-se enxergar o terrorismo como:
Inimigo político – hostis; pode-se matar o inimigo,
ultrapassar regras, faz-se tudo que for necessário para
assegurar a sua sobrevivência, inclusive ir contra moral
e contra a ética.
Crime – tratando como se fosse um criminoso
qualquer, não se pode ultrapassar regras, restringir-se
ao código penal para combater o terrorismo;
Doença (metáforas/ doença) – pode-se tratar em
qualquer uma das esferas expostas para Schmitt;
limita-se o tratamento a forma de combate a doença a
qual você assimilou/ utilizou para ilustrar. Ex.: tudo que
se faz para combater um vírus/ câncer, você se vê na
legitimidade para fazer com o terrorismo.
Elementos para análise do terrorismo
Se consegue-se definir esses quatro elementos,
consegue-se de maneira mais sistemática e científica
lidar com ele.
considerado terrorismo. Quase todas possuem
elementos em comum:
 Uso, ou ameaça de uso, da violência.
Independente do referencial de que se toma
para definismo, toda definição de terrorismo
deve englobar a possibilidade do uso de
violência. A violência é um elementos
intrínseco ao terrorismo; a violência, nem que
seja como possibilidade, precisa estar dentro
do seu conceito, caso contrário não é
terrorismo. Violência direta/ indireta. Não quer
dizer que toda a violência seja terrorismo, mas
para ser terrorismo precisa envolver violência.
 Geralmente, está se falando de uma
organização que atua em grupos, quando se
fala de terrorismo. Existem exceções: caso
Chacau. Na maior parte dos casos tem-se
grupos terroristas, e não uma pessoa só. O que
se tem muito é uma pessoa agindo em nome
de um determinado grupo, se faz-se em nome
de determinado grupo, ainda assim qualifica-
se como uma ação em grupo.
 Para ser terrorista o seu objetivo,
necessariamente, precisa ser político. Caso
contrário, você é sociopata, psicopata,
assassino.
 Toda definição de terrorismo precisa levar em
conta que o terrorismo leva em consideração
alvos indiretos. Matar pessoas é um meio de
passar uma mensagem política para os outros.
O alvo do terrorista é as pessoas que recebem
o recado, uma maneira de conseguir seus
objetivo políticos. As vítimas diretas são
sempre um meio para alcançar outros
objetivos, objetivos diretos.
 Um dos atores não pode ser governo, caso
contrário, trata-se de guerra. Se é estado
contra estado é guerra e não terrorismo.
 Geralmente quem recorrre ao terrorismo é o
lado mais fraco de uma população. De maneira
geral, o terrorismo é a arma do fraco.
Estratégias dos terroristas
Dependendo do grupo terrorista, utiliza-se artifícios
diferenciados. Dependendo da maneira que o ataque é
feito, sabe-se mais ou menos o grupo terrorista que
cometeu. A estratégia de um grupo não é
necessariamente a mesma que a do outro.
 Bombas, sequestros, assassinatos, armas
biológicas, ataques suicidas.
Em algumas democracias, tem-se certas fragilidades
que podem ajudar grupos terroristas. As vezes a
democracia pode muito mais favorecer o terrorismo.
Como:
  Liberdade de expressão que deve ser dada as
pessoas desse regime – em países
democráticos, terroristas tem mais liberdade
de expressão do que em governos autoritários;
 Dificuldade para grampear o terrorista,
necessita-se de permissões especiais;
 Liberdade de imprensa – divulgação do
atentado é muito maior, todo mundo ficará
sabendo do território; divulgação de ideias,
mensagens. O ditador pode proibir a
divugação do ato, para não entrar na lógica
terrorista.
Terrorista odeia estado fálido – dificuldade até de
manejar atentado: dificuldades na comunição (internet,
telefone, passaporte). A maior parte dos líderes
terroristas preferem estar em estados democráticos de
primeiro mundo.
Terrorismo doméstico x internacional
As definições não são consensuais. Quais são as
características que dão a qualidade de internacional?
Quais são os critérios para diferenciação?
Alguns autores defendem que é necessária a
diferenciação, enquanto outros afirmam que
atualmente a diferenciação já não é mais importante.
Depois do 11 de setembro convencionou-se que
terrorismo é terrorismo, devendo ser combatido.
Lutz e Lutz afirma que é possível fazer essa distinção,
mas atualmente não é muito necessário, e para os que
procurar diferenciar, existe a dificuldade de encontrar
critérios.
Tipos de Terrorismo
Religioso – religião utilizada como critério para
estabelecer que está dentro e quem está fora; se o
objetivo fosse apenas religioso, haveria tentativa de
conversão, mas não, nesse caso a religião é utilizada
para definir quem é amigo e quem é inimigo;
Étnico ou nacionalista – trabalha-se com
determinados tipos de grupos que utilizam essas
referências para saber quem está com eles e contra
eles. Não quer dizer que os objetivos sejam étnicos/
nacionalistas.
Ideológico – KKK, FARC, Brigadas Vermelhas.
Causas do Terrorismo
Estados fracos – são tomados por grupos terroristas.
Falência estatal como causa do terrorismo, agência de
governo facilita o estabelecimento de bases. Alguns
estados falam que a relação existe, outros discordam.
Ausência de espaço para demandas (países
mocráticos) – quanto mais autoritário o estado, maior
a possibilidade de ter grupo terrorista dentro desse
estado. Não é um consenso. Quanto menor a
possibilidade/ meios institucionais de expressar seus
anseios, maior a possibilidade de utilizar-se do
terrorismo, forma desesperada de tentar alcançar seus
objetivos, para tal.
Medo de “contaminação” cultural – grande parte
dos terroristas do OM surgiram com medo da
contaminação ocidental a sua cultura.
Luta contra o terrorismo
Como:
Inimigo político: todos os instrumentos necessários;
exceção, questão se segurança.
Crime: aplicação do seu código penal; acontece muito
quando não se quer causar muito alarde a situação.
Doença: todas as medidas citadas, como também lidar
com variavéis subjetivas/ identitárias.
Outros tipos de estratégias de combate ao
terrorismo
 Seviços de inteligência – boa orientação para
identificar contra quem irá se pregar o
combate;
 Sanções contra países que dão suporte a
terroristas – a comunidade internacional tem
se mobilizado para impor sanções; não se vai
contra a soberania do país, mas cobra-se uma
ação do mesmo;
 Cooperação entre estados via diplomacia
bilateral – o que os países podem fazer para
combater o terrorismo. Acabar com o
terrorismo através de ações conjuntas.
Conclusões
Após a GF, terrorismo ideológico diminuiu, mas o
terrorismo nacionalista e religiosa permanece.
Combate ao terrorismo deve envolver rede de
sustenação (aquilo que financia o terrosrismo)
também.
É preciso ver o terrorismo a partir das três perpecivas
(inimigo político, crime, doença) e, dependendo do
caso, escolher as melhores estratégias para combatê-
lo.