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Sumario

• Introdução
• Conceito
• Epidemiologia
• Etiologia
• Patogenia
• Apresentação clinica
• Diagnostico por imagem
• Condutas
• Prognostico
• Referências Bibliográficas
Introdução

• Desde os primórdios a humanidade preocupa-


se com as doenças, forma de preveni-las e de
curá-las;

• Uma das formas de tratar as doenças era


através de extirpação cirúrgica(e. a. Cristo) ,

• Outras tentativas de cura e prevenção se davam


através dos atos religiosos
Introdução

• Sir William MacEwen (cirurgião Escoces;1848-1924)


tem sido considerado como o primeiro que
estabeleceu o diagnostico topográfico,

• e propôs o tratamento cirúrgico para o abscesso


cerebral (AC);

• Em 1924 introduziu se o conceito da


marsupialização,
Introdução
• e no final da mesma década, Walter E. Dandy(1886-
1946) sugeriu a aspiração através da trepanação
craniana,

• como sendo o tratamento adequado pra cura do


abscesso cerebral (AC)

• Apesar dos avanços tecnológicos o AC continua


sendo uma grave doença, com índice de morbidade
e mortalidade significativo,

• em países e regiões pobres, com baixo nível


socioeconômico e educacional .
Conceito

• Abscesso Cerebral(AC)-
são infecções focais
únicas ou múltiplas , que
se iniciam com cerebrite
e se desenvolvem
formando uma coleção
purulenta intracerebral ,
circundada por uma
cápsula bem
vascularizada.
Conceito

• Os AC não devem ser confundidos com


Empiemas (extra ou subdural )

• que são coleções purulentas formados em


espaços preexistentes ao redor do parênquima
cerebral.
Epidemiologia

• A incidência de AC varia de acordo com a


localização geográfica e condições de vida de
uma determinada população;

• Outros autores acreditam que apesar dos


avanços tecnológicos , a incidência do AC pode
esta aumentando,

• em virtude do rápido crescimento de infecção


causada por agentes oportunistas em pacientes
imunodeprimidos.
Epidemiologia
• Vários trabalhos tem relatado uma
predominância para o sexo masculino;

• mais frequente na terceira década da vida mas


afetando também outras faixas etárias;

• O AC devido a sinusopatias são comuns entre


as 10 e 30 anos de idade;
Epidemiologia
• AC de origem Otogênica são mais frequentes
em adolescentes e após os 40 anos de idade;

• Enquanto que o AC na infância tem um pico de


maior incidência entre os 4 e 7 anos,

• sendo que 25% destes são portadores de


doença cardíaca congênita cianótica
Fatores de risco

• Algumas doenças se associam a um risco maior


de desenvolvimento de abscesso cerebrais:

 Doença cardíaca cianótica congênita


 Endocardites bacterianas
 Infecções pulmonares
 Infecção dentaria
 Trauma craniano penetrante
 Otite media
 Mastoidites
Microbiologia

• AC Podem ser causados por uma grande


variedade de bactérias, fungos e parasitas;
• Sendo mais comumente encontrados em AC o
Bacteroides spp (B flagillis e B melanogenicus);

• Estreptococos anaerobios (peptoestreptococos)

• Aerobios mais frequentes:Streptococcus spp;


Enterobacteriacea spp; Staphylococcus spp e
Haemophilus spp.
Patogenia
• São frequentemente acompanhados de focos
infecciosos distantes;

• Em aproximadamente 40% dos AC a origem do


foco primário do processo infeccioso é
desconhecido.

• Os AC Podem ser únicos ou múltiplos


preferencialmente supratentoriais, sendo
comum no território da artéria cerebral media
Patogenia
Patogenia
• A evolução do processo de formação do
Abscesso cerebral foi dividido em quatro fases:

• Fase inicial(1º ao 3º dias)-caracteriza-se por uma


encefalite localizada ou cerebrite séptica precoce na transição da
substancia branca e cinzenta;

• Cerebrite tardia(4º ao 9ºdias)-caracteriza-se pelo


aparecimento de fibroblastos, primeiros elementos da formação da
cápsula;
Patogenia

• Inicio da formação da cápsula(10º ao 14º dias)-


caracteriza-se pela resolução da cerebrite e contração do centro do
necrótico e pelo aumento do numero de macrófagos e fibroblastos;

• Formação da cápsula(após o 14º dia)-nesta fase o


centro necrótico está bem definido e delimitado, circundada por uma
zona de células inflamatórias;

• uma nova camada de neovascularização associada a cerebrite,


astrócitos reacionais, gliose e edema cerebral aos redor da cápsula
Apresentação clinica

• Os sintomas do abscesso cerebral não se


diferenciam daqueles encontrados em pacientes
com tumores ou lesões expansivas;
• Cefaleia é o mais frequente
• Febre
• Convulsões
• Outros achados comum: papiledema e
meningismo.
• Sinais focais
Diagnostico
• Vários exames contribuem para o diagnóstico;

• O Hemograma completo mostra leucocitose,


com desvio para esquerda;

• RX simples do crânio pode evidenciar focos


infecciosos (mastoidite, otite, sinusite,
osteomielite craniana
Diagnostico

• Na tomografia axial
computadorizada
(TAC) do crânio
(Fase do abscesso)-
há uma imagem de baixa
densidade, tanto na zona
central necrótica , como
na zona edematosa
perilesional.
Tratamento

• Nas situações em que o abscesso for menor


que 1,5 cm ou se o quadro clínico impede a
intervenção cirúrgica (diátese hemorrágica),

• o tratamento médico por si só pode ser


considerado

• O regime antibiótico deve ser orientado pela


condição predisponente.
Tratamento
• Quando a fonte da infecção é obscura, uma
Cefalosporina de terceira geração pode ser usada
em combinação com Metronidazol e Vancomicina.
• Profilaxia de convulsões
• Glicocorticoides
 Eles devem ser usados apenas quando um efeito de
massa substancial puder ser demonstrado imagem.
 A Dexametasona é administrada em dose de ataque de
10 mg IV seguida de 4 mg a cada seis horas;
 e deve ser interrompido o mais rápido possível.
Tratamento
• Tratamento Cirúrgico: A aspiração (Trepanação)-é
o padrão ouro para tratamento de abscesso
cerebral.

• A excisão (Craniotomia) do abscesso é indicada


quando há um grande abscesso subcortical
causando hérnia cerebral, e falha na aspiração
repetida.

• A Aspiração Estereotáxica é apropriada para


abscessos pequenos e profundos,

• ou localizados em regiões eloquentes do cérebro.


Tratamento Cirúrgico

Pré-operatório Pós-operatório
Prognostico
• Antes do surgimento da TAC, com o uso de
antibióticos a mortalidade era de 40 a 60%;

• A TAC proporcionou diminuição deste índice de


mortalidade para cerca de 10%, mas mantendo
níveis alto de morbidade,

• com incapacidade de 45 % e epilepsia tardia


em torno de 25%;
Prognostico

• Os piores prognósticos relacionam-se aos


casos em que há:

Comprometimento do nível de consciência no


inicio do tratamento,

aos casos com ruptura intraventricular do


abscesso.
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas

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