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DOENÇAS CEREBROVASCULARES

II. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico

Autor : David Sila


MD; Esp. Neurocirurgia
Sumario

• Introdução
• Definição
• Etiologia
• Fisiopatologia
• Sinais e sintomas
• Diagnóstico
• Tratamento
• Prognóstico
• Referências bibliográficas
Introdução

• O termo Hemorragia Intracerebral (HIC) é freqüentemente


usado de forma intercambiável com derrames
hemorrágicos

• Hemorragia Intracerebral abrange os distúrbios não


traumáticos que se apresentam com sangramento
intracraniana
Introdução

• Atualmente não há tratamento aprovado de benefício


comprovado na diminuição da morbidade e mortalidade
após Hemorragia Intracerebral
• No entanto, existem diretrizes em relação à gestão e estas
abordam uma variedade de questões incluindo o controle
da pressão arterial,
• e o papel da cirurgia e outros aspectos do tratamento
médico da terapia inicial
Definição

• Hemorragia intracerebral (HIC) é definida como


sangramento no parênquima cerebral

• que é distinto de hemorragia subaracnóidea (HSA) e


hemorragia intraventricular isolada (HIV)
Epidemiologia
• Visto em 40.000-50.000 pessoas por ano nos
Estados Unidos

• Incidência mundial de 10 a 20 casos / 100.000

• Mais comum em homens, pessoas com mais de


55 anos de idade e mais em certos grupos
éticos (negros e japoneses)
Epidemiologia

• HIC é responsável por aproximadamente 10-15%


de todos os óbitos

• e tem uma maior morbidade e mortalidade do


que os acidentes vasculares isquêmicos.

• Apenas 38% dos pacientes sobrevivem no


primeiro ano
Fisiopatologia
• O processo patológico subjacente que causa a ruptura de
pequenas arteríolas (<100 mícrons diâmetro) na HIC
hipertensiva foi denominado lipo-hialinose.

• Esse processo é caracterizado por proliferação de


fibroblastos sub intimais, deposição de macrófagos cheios
de lipídios e reposição de células musculares lisas na
túnica média dos vasos maiores com colágeno.

• Isso resulta em redução na elasticidade dos vasos


sanguíneos e maior suscetibilidade à ruptura espontânea.
Fisiopatologia

• A lesão cerebral primária na HIC deve-se à destruição


tecidual causada pela hemorragia inicial à medida que o
sangue secciona os tratos da substância branca e destrói
os neurônios

• Localizações típicas para hipertensos HIC incluem os


gânglios da base, tálamo, cerebelo, ponte e substância
branca lobar profunda.
Localizações típicas
Localizações típicas
Apresentação clinica
• Cefaleia de forma súbita, persistente
• Confusão mental
• Alteração e degradação progressiva do nível de
consciência
• Convulsão
• Vómitos
• Déficit focal motor
Diagnostico
• EXAMES COMPLEMENTARES
• Exames complementares gerais devem ser colhidos à
chegada e incluem:
• hemograma, glicemia, ureia, creatinina, sódio, cálcio,
potássio, exames de coagulação, eletrocardiograma e
radiografia de tórax.

• Outros exames poderão ser necessários de acordo com as


circunstâncias clínicas (exemplos: suspeita de insuficiência
hepática, doença pulmonar etc.).
Diagnostico
• É essencial realizar um exame de neuroimagem: a
Tomografia de Crânio ainda é o exame mais utilizado, por
causa de sua alta disponibilidade e menor custo

• apresenta-se como uma imagem hiperatenuante dentro do


parênquima encefálico geralmente com boa definição de
seus limites,

• localização e eventuais complicações estruturais, como


inundação ventricular, hidrocefalia, edema cerebral,
desvios hemisféricos e herniação
Tratamento
• Em geral, o tratamento da HIP é de suporte.

• A abordagem inicial da HIP é semelhante à do


AVCIsquemico;

• Os mesmos cuidados quanto à pressão arterial no manejo


do AVCI se aplicam na HIP.

• Entretanto, em doentes previamente hipertensos a pressão


arterial média deve ser mantida abaixo de 130 mmHg.
Tratamento

• Anticonvulsivantes, especialmente a Fenitoina, são


recomendados em doentes que apresentaram convulsões.

• Alguns autores recomendam (profilaticamente) em


hemorragias lobares e profundas com inundação
ventricular.
Tratamento

• O tratamento cirúrgico tem indicações ainda


controversas, mas é recomendado por vários autores nas
seguintes situações:
 Hemorragia cerebelar acima de 3 cm de diâmetro;
especialmente se há deterioração neurológica ou
compressão do tronco encefálico e hidrocefalia secundária
à obstrução ventricular.

 Hemorragia lobar com deterioração neurológica,


principalmente em doentes jovens.
Tratamento cirúrgico/ Hidrocefalia secundaria - Hemoventriculo
Tratamento cirúrgico/ Hidrocefalia secundaria – Hemoventriculo:
colocação de Derivação Ventrículo External ( DVE )
Tratamento

 Pacientes com pequenas hemorragias (< 10 cm3),


déficits neurológicos discretos, bem como pacientes
com hemorragias extensas e quadro neurológico
muito grave (escala de coma de Glasgow < 4), em
geral, não têm indicação cirúrgica.

 Após drenagem cirúrgica, a PAM não deve ficar acima de


110 mmHg.
Prognóstico
• O AVCh é de pior prognóstico, quanto menor o tempo entre
o início dos sintomas e a chegada na emergência, maior é
a mortalidade, este aumento,

• se deve a falta de tratamento específico para esta


condição e também a característica da expansão do
hematoma,

• que ocorre sobretudo nas primeiras 6 horas do início dos


sintomas em até um terço dos pacientes
Prognóstico
• No AVCh a sobrevivência nos primeiros 30 dias depois do
acidente oscila entre 40 a 70%.

• Hemorragias a nível do tronco, a morte pode ocorrer


durante as primeiras horas.

• A evolução clínica da hemorragia de cerebelo não é


previsível.

• Na hemorragia subaracnóidea a mortalidade nos primeiros


30 dias é de 40%.
Referências bibliográficas

• https://www.google.co
m/search?q=craniectom
ia+descompressiva&
Referências bibliográficas

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