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CENTRO DE EDUCAÇAO TECNOLÓGICA DE TERESINA – CET

FRANCISCO ALVES DE ARAUJO LTDA


FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA – CET
Disciplina: HematologiaProfa. Dra. Maria das Graças Prianti

Roteiro para estudo

Anemias carenciais e eritrograma

Aluno: André Silva Morais

1. Defina anemia.

Anemia é uma condição caracterizada pela redução da quantidade de hemoglobina ou do número de


glóbulos vermelhos (eritrócitos) no sangue, resultando em uma capacidade reduzida de transporte de
oxigênio para os tecidos.

2. Como são classificadas morfologicamente as anemias?

As anemias podem ser classificadas morfologicamente em microcíticas, normocíticas e macrocíticas, com


base no tamanho dos eritrócitos. Além disso, podem ser classificadas como hipocrômicas ou
normocrômicas, dependendo da concentração de hemoglobina nas células.

3. Um paciente com insuficiência renal crônica pode desenvolver anemia, sim ou não? Se sim, justifique.

Sim. Pacientes com insuficiência renal crônica frequentemente desenvolvem anemia devido à diminuição
da produção de eritropoietina pelos rins, o que afeta a produção de novos glóbulos vermelhos na medula
óssea.

4. Onde ocorre a absorção de ferro e qual a forma de ferro absorvida?

A absorção de ferro ocorre principalmente no duodeno e no jejuno. A forma absorvida é o ferro não heme,
que é encontrado em alimentos de origem vegetal e animal.

5. Como ocorre transporte de ferro?

O ferro é transportado no sangue ligado à transferrina, uma proteína que carrega o ferro para os tecidos
onde é utilizado na síntese de hemoglobina e em outras funções celulares.

6. Descreva ou esquematize a absorção do ferro.

A absorção do ferro é um processo intricado que inicia no estômago, onde o ferro não heme da dieta é
convertido em íons férricos. No duodeno e jejuno, ocorre a absorção ativa, convertendo esses íons em
íons ferrosos, que são transportados para as células intestinais pela proteína DMT1. Dentro dessas
células, o ferro é temporariamente armazenado como ferritina antes de ser liberado na circulação
sanguínea, onde se liga à transferrina. Esta proteína transportadora leva o ferro para os tecidos, onde é
utilizado na síntese de hemoglobina e em outras funções celulares. A hepcidina regula esse processo,
assegurando um equilíbrio adequado de ferro no organismo para evitar excessos prejudiciais.

7. Como é caracterizado o eritrograma de um paciente com anemia ferropriva?

O eritrograma de um paciente com anemia ferropriva é caracterizado por microcitose (eritrócitos menores
que o normal) e hipocromia (diminuição da coloração devido à baixa concentração de hemoglobina).
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FRANCISCO ALVES DE ARAUJO LTDA
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Disciplina: HematologiaProfa. Dra. Maria das Graças Prianti

8. Quais outros achados laboratoriais além do hemograma auxiliam no diagnóstico da anemia ferropriva?

Ferritina sérica baixa, saturação de transferrina diminuída e concentração de hemoglobina corpuscular


média (CHCM) reduzida.

9. Há possibilidade da presença de células normocíticas e normocrômicas no eritrograma de um paciente


com anemia ferropriva? Se sim, explique.

Sim, em fases iniciais da anemia ferropriva, pode haver uma coexistência de células normocíticas e
normocrômicas antes que a microcitose e hipocromia se tornem mais proeminentes.

10. Quais são as causas de carência de vitamina B12 ou cobalamina?

Deficiência dietética, má absorção intestinal (como na doença de Crohn ou na anemia perniciosa) e


condições que afetam a produção de fator intrínseco.

11. Quais são as causas de carência de folatos?

Má nutrição, alcoolismo, má absorção intestinal, efeitos colaterais de alguns medicamentos e aumento


das necessidades, como durante a gravidez.

12. Descreva as manifestações clínicas da anemia megaloblástica.

Fadiga, fraqueza, palidez, falta de ar, glossite, entre outros sintomas associados à anemia.

13. Fale sobre os achados laboratoriais das anemias megaloblásticas.

Macrocitose (aumento do tamanho dos eritrócitos), hipercromia (aumento da coloração devido à


presença de reticulócitos jovens) e anisocitose (variação no tamanho das células).

14. Qual o diagnóstico da anemia perniciosa?

O diagnóstico da anemia perniciosa envolve uma avaliação clínica, exames laboratoriais e, em alguns
casos, procedimentos específicos. O teste principal é a dosagem de anticorpos contra as células parietais
e anticorpos anti-fator intrínseco. Além disso, a análise dos níveis de vitamina B12 no sangue é
fundamental. Estudos endoscópicos, como a endoscopia digestiva alta, podem ser realizados para
verificar alterações no estômago, especialmente na mucosa gástrica.

15. Qual a principal característica da anemia perniciosa?

A principal característica da anemia perniciosa é a deficiência de vitamina B12 devido à falta de fator
intrínseco, uma proteína produzida pelas células parietais do estômago, que é essencial para a absorção
dessa vitamina no intestino delgado. A ausência ou redução do fator intrínseco leva à má absorção de
vitamina B12, resultando em anemia megaloblástica, onde há produção inadequada de glóbulos
vermelhos grandes e imaturos. Além dos sintomas comuns de anemia, a anemia perniciosa pode
apresentar manifestações neurológicas devido aos efeitos da deficiência de B12 no sistema nervoso.

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