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A conservação da estrutura dentária, principalmente avaliação radiográfica após 5 anos, não impede a

na cervical, pode ser comprometida por vários fatores, confecção de PPF;


como cárie extensa, fratura coronária, tratamento  Limite apical da obturação (>=4 mm);
endodôntico com abertura exagerada do conduto,  Existência de canais não tratados
preparo com desgaste acentuado que enfraquece a
As características clínicas (comprimento, forma e
estrutura dentária remanescente e preparo mal
inclinação das raízes; forma e espessura das paredes
executado
do conduto; nível de inserção óssea; reabsorção
Como a área e a forma do preparo são requisitos radicular; lesão na região de furca) e as alterações
mecânicos essenciais para que uma prótese tenha clínicas da raiz (mobilidade da raiz; sensibilidade à
sucesso, nos casos em que o preparo coronário não percussão; fístula e gengiva edemaciada) devem ser
apresente essas características, é necessário que a levados em consideração no planejamento para
parte coronal seja reconstruída para propiciar decidir se dentes nessas condições podem ser
retenção e estabilidade adequadas à prótese. utilizados como pilares de PPF.
MAIOR área = MAIOR retenção CRITERIOS RADIOGRAFICOS PARA A RETENÇÃO
INTRARRADICULAR
MAIOR altura = MAIOR estabilidade
 Qualidade do preenchimento da obturação do
Como devolver área e altura?
canal
- Atraves de métodos de reconstrução coronária, que  Forma e espessura das paredes do conduto
depende  Ausência de lesão periapical
 Presença de lesão periapical (5 anos sem
da quantidade da estrutura coronal remanescente.
sintomatologia)
Pequenas áreas podem ser restauradas com resina
 Limite apical da obturação (>=4mm)
composta. Mas, se a parte coronal estiver
 Existência de canais não tratados
comprometida, a sua reconstrução pode exigir
 Sinais e sintomas de fratura radicular
retenção intrarradicular com núcleos metálicos
 Nível de inserção óssea; reabsorção radicular
fundidos e pinos pré-fabricados metálicos ou não
metálicos.  Comprimento, forma e inclinação dos raízes

NiCr extremamente resistente, maior modulo de Existem duas técnicas para a confecção de pinos
estabilidade intrarradiculares:

CuAl é mais macio, modulo de elasticidade prox ao 1. Com núcleo metálico fundido
dente – menor fratura, deforma mais, mancha a raiz 2. Com pinos pré-fabricados
pois oxida mais. A escolha depende da quantidade de remanescente
dentário após o preparo da coroa remanescente.

CRITERIOS PARA UTILIZAR A RETENÇÃO PREPARO DO REMANESCENTE CORONAL


INTRARRADICULAR Determina a indicação do tipo de núcleo.
Dentes pilares de uma PPF no qual coroas preparadas
apresentam remanescentes coronários insuficientes
para dar retenção e estabilidade à prótese devem
receber retenção intrarradicular.

A reconstrução desses dentes deve-se iniciar após a


análise clínica e radiográfica do tratamento
endodôntico. Deve-se analisar:

 Qualidade do preenchimento da obturação do batente


canal;
 Ausência de lesão periapical;
 Presença de lesão periapical (se não tiver Efeito férula
sintomatologia e nem aumento da lesão com
O preparo do remanescente coronário cria o princípio
de "efeito férula" (efeito protetor de abraçamento),
que atua como dissipador da força.

Isso quer dizer que, quando a força incide sobre a


coroa e o núcleo, parte é reabsorvida pelo
remanescente dentinário, minimizando sua ação no
restante da raiz

QNT MAIOR O EFEITO FERULA MAIOR O SUCESSO DO


CASO

FERULA É O REMANESCENTE DENTAL

Quando a altura entre o batente e o término cervical


for menor do que 2 mm, deve-se indicar núcleo
metálico fundido

Quando for maior do que 2 mm, devem-se indicar


núcleos pré-fabricados (Fig. 3.498).

2° ETAPA PREPARO DO CONDUTO RADICULAR

Deve propiciar ancoragem necessária à reconstrução


coronária. Independentemente da técnica escolhida, o
preparo do conduto deve apresentar as seguintes
características:

 Comprimento - 2/3 do comprimento total do


remanescente coronário e radicular, preservando
pelo menos 4 mm de material obturador na região
apical. O ideal é que o pino atinja pelo menos a
metade da raiz envolvida pela inserção óssea
 Diâmetro - mínimo de 1 mm e máximo de 1/3 do
diâmetro total da raiz. Essas medidas garantem a
resistência do próprio material do pino
intrarradicular.

Quanto maior for o desgaste da raiz, mais


enfraquecida ela se tornará (Fig. 3.50).

 Conicidade- as paredes do conduto devem


preservar a própria inclinação obtida durante o
tratamento endodôntico. Se as paredes ficarem
muito inclinadas ou muito alargadas, pode ocorrer
descimentação do núcleo por falta de retenção e
estabilidade ou pode-se desenvolver o efeito de
cunha e fraturar a raiz.

Em algumas marcas de pinos pré-fabricados, a


conicidade e a espessura do conduto são obtidas com
brocas padronizadas que acompanham o produto.
Entretanto, o comprimento deve seguir as orientações
comentadas.

Dentes com mais de um canal, utiliza o conduto mais


volumoso:
 Palatino para os superiores
 Distal para os inferiores.

Recomenda-se preparar cerca de 2 a 3 mm dos


condutos menores para eliminar a possibilidade de o
núcleo sofrer algum tipo de movimento de rotação .

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