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TREINO SG
Gabarito Comentado
Bloco I
Santo Graal
Jurídico
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Jurídico
03 Direito Penal
30 Processo Penal
67 Eleitoral
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DIREITO PENAL
- RESPOSTA: Alternativa E
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o agente, depois de iniciar uma ação com boa-fé, passa a agir de forma ilícita e, por
corolário, pratica um crime, ou ainda quando conhece posteriormente a ilicitude de sua
conduta, e, ciente disso, não procura evitar suas consequências.
Quanto ao tema, necessário denotar a preciosa lição de Juarez Cirino (2012, p.142),
ancorado no entendimento de Roxin:
“O dolo, como programa subjetivo do crime, deve existir durante a realização da ação
típica, o que não significa durante toda a realização da ação planejada, mas durante a
realização da ação que desencadeia o processo causal típico (a bomba, colocada no
automóvel da vítima, com dolo de homicídio, somente explode quando o autor já está
em casa, dormindo). Não existe dolo anterior, nem dolo posterior à realização da ação
típica: as situações referidas como dolo antecedente (a arma empunhada por B para
ser usada contra A, depois de prévia conversação, dispara acidentalmente e mata a
vítima) ou como dolo subsequente (ao reconhecer um inimigo na vítima de acidente
de trânsito, o autor se alegra com o resultado) são hipóteses de fatos imprudentes.”
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b) INCORRETA. Dolo normativo.
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os efeitos secundários (consequências, circunstâncias ou resultados típicos) da ação
reconhecidos como certos ou necessários pelo autor são atribuíveis como dolo direto
de 2º grau, ainda que indesejados ou lamentados por este, como demonstra o famoso
caso Thomas (Alexander Keith, em Bremen, 1875, decidiu explodir o próprio navio com
o objetivo de fraudar o seguro, apesar de representar como certa ou necessária a
morte da tripulação e de passageiros).”
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
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VII - os crimes previstos no § 1º do art. 240 e no art. 241-B da Lei nº 8.069, de 13 de julho
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)
b) A figura do roubo qualificado pela lesão corporal (art. 157, § 3°, I, do CP) terá
incidência apenas quando do roubo resultar lesão, tendo a Lei 13.964/2019 tornado
esta figura hedionda.
b) INCORRETA. A figura do roubo qualificado pela lesão corporal (art. 157, § 3°, I, do
CP) terá incidência apenas quando do roubo resultar lesão, tendo a Lei 13.964/2019
tornado esta figura hedionda.
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A referida figura de roubo não é prevista como hedionda (ao contrário do que ocorre na
modalidade equivalente de furto).
São atualmente essas as hipóteses de roubo, previstas como hediondas:
Art. 1°.
II - roubo:
a) circunstanciado (majorado) pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso
V);
b) circunstanciado (majorado) pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2ºA, inciso I);
c) circunstanciado (majorado) pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou
restrito (art. 157, § 2º-B);
d) qualificado pelo resultado lesão corporal grave (art. 157, § 3º, II);
e) qualificado pelo resultado morte (art. 157, § 3º, II).
- RESPOSTA: Alternativa C
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b) A atipicidade da conduta está configurada pela aplicabilidade do princípio da
bagatela e por estar caracterizado, mutatis mutandis, o furto famélico, diante da
estado de necessidade presumido evidenciado pelas circunstâncias do caso.
5. O furto famélico subsiste com o princípio da insignificância, posto não integrarem
binômio inseparável. É possível que o reincidente cometa o delito famélico que induz
ao tratamento penal benéfico. (...). 8. Habeas corpus extinto por inadequação da via
eleita. Ordem concedida de ofício para determinar o trancamento da ação penal, em
razão da atipicidade da conduta da paciente. (HC 119672, Relator(a): Min. LUIZ FUX,
Primeira Turma, julgado em 06/05/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-106 DIVULG
02-06-2014 PUBLIC 03-06-2014)
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- RESPOSTA: Alternativa A
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a) CORRETA. praticou o crime de milícia privada, previsto no art. 288-A, do CP, cuja
pena é de reclusão de 4 a 8 anos. Além disso, é possível afirmar se tratar de um crime
contra a paz pública.
b) INCORRETA. Não praticou o crime de milícia privada, previsto no art. 288-A, do CP,
uma vez que para a configuração desse crime, a constituição de milícia particular deve
ter a finalidade exclusiva de praticar crimes contra o patrimônio ou contra a vida.
Conforme visto, o criem se configura com a finalidade de praticar qualquer dos crimes
previstos no Código Penal.
c) INCORRETA. Não praticou o crime de milícia privada, previsto no art. 288-A, do CP,
uma vez que esse crime não se configura quando a finalidade é praticar crimes
sexuais.
Conforme visto, o criem se configura com a finalidade de praticar qualquer dos crimes
previstos no Código Penal.
d) INCORRETA. praticou o crime de milícia privada, previsto no art. 288-A, do CP, cuja
pena é de reclusão de 2 a 5 anos. Além disso, é possível afirmar se tratar de um crime
contra a paz pública.
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e) INCORRETA. praticou o crime de milícia privada, previsto no art. 288-A, do CP, cuja
pena é de reclusão de 4 a 8 anos. Além disso, é possível afirmar se tratar de um crime
contra a incolumidade pública.
- RESPOSTA: Alternativa B
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a) INCORRETA. da Argentina.
b) CORRETA. Do Brasil.
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d) INCORRETA. do país mais próximo do local em que estava a embarcação no
momento da prática criminosa.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
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b) INCORRETA. No concurso de pessoas, se algum dos concorrentes quis participar de
crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena do crime efetivamente praticado, com
redução da pena pela metade.
Em relação à figura do furto privilegiado, o art. 155, § 2º, do Código Penal impõe a
aplicação do benefício penal na hipótese de adimplemento dos requisitos legais
da primariedade e do pequeno valor do bem furtado, assim considerado aquele
inferior ao salário-mínimo ao tempo do fato. Trata-se, em verdade, de direito
subjetivo do réu, não configurando mera faculdade do julgador a sua concessão,
embora o dispositivo legal empregue o verbo "poder". STJ, HC 583.023/SC, Rel.
Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 04/08/2020, DJe 10/08/2020.
Adulterar o sistema de medição da energia elétrica para pagar menos que o devido:
estelionato (não é furto mediante fraude). Caso concreto julgado pelo STJ: as fases
“A” e “B” do medidor foram isoladas por um material transparente, que permitia a
alteração do relógio fazendo com que fosse registrada menos energia do que a
consumida. STJ. 5ª Turma. AREsp 1.418.119-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado
em 07/05/2019 (Informativo n.º 648).
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Dizer o Direito:
O administrador que desconta valores da folha de pagamento dos servidores públicos
para quitação de empréstimo consignado e não os repassa a instituição financeira
pratica peculato desvio, sendo desnecessária a demonstração de obtenção de proveito
próprio ou alheio, bastando a mera vontade de realizar o núcleo do tipo. Peculato-
desvio é crime formal para cuja consumação não se exige que o agente público ou
terceiro obtenha vantagem indevida mediante prática criminosa, bastando a
destinação diversa daquela que deveria ter o dinheiro.
Caso concreto julgado pelo STJ: diversos servidores estaduais possuíam empréstimos
consignados. Assim, todos os meses a Administração Pública estadual fazia o
desconto das parcelas do empréstimo da remuneração dos servidores e repassava a
quantia ao banco que concedeu o mútuo. Ocorre que o Governador do Estado
determinou ao Secretário de Planejamento que continuasse a descontar mensalmente
os valores do empréstimo consignado, no entanto, não mais os repassasse ao banco,
utilizando essa quantia para pagamento das dívidas do Estado. Esta conduta
configurou o crime de peculato-desvio (art. 312 do CP), gerando a condenação do
Govenador, com a determinação, inclusive, de perda do cargo (art. 92, I, do CP). STJ.
Corte Especial. APn 814-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Rel. Acd. Min. João
Otávio de Noronha, julgado em 06/11/2019 (Informativo n.º 664).
- RESPOSTA: Alternativa E
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Havendo autorização tácita não haverá crime, conforme se extrai do art. 154-A do CP,
a contrário sensu interpretado:
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de
computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
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Nota-se, portanto, que, para a configuração do crime, a invasão deve ser sem
autorização expressa ou tácita.
d) INCORRETA. Será aplicada a mesma pena do art. 154-A, caput, no caso de resultar
da invasão a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos
comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle
remoto não autorizado do dispositivo invadido.
e) CORRETA. A pena aplicada pela figura delituosa prevista no art. 154-A, caput, é de
reclusão de 1 a 4 anos e multa.
CP, Art. 154-A. Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede
de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: (Redação dada pela Lei nº 14.155, de
2021)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
CP, Art. 60.§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis)
meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e
III do art. 44 deste Código.
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b) CORRETA. Para efeito da reincidência, não prevalece a condenação anterior, se
entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido
período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da
suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação, bem como não se
consideram os crimes militares próprios e políticos.
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- RESPOSTA: Alternativa E
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Não é essa a previsão do art. 61 do CP. O correto é contra maior de 60 anos. Vejamos:
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
II - ter o agente cometido o crime:
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
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- RESPOSTA: Alternativa B
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Trata-se de erro quanto à pessoa (error in persona), previsto no artigo 20, §3°, do
Código Penal, que assim dispõe:
CP, Art. 20. § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta
de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão
as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Conforme explica Sanches (2016, p.213): “Nesta espécie de erro, há uma equivocada
representação do objeto material (pessoa) visado pelo agente. Em decorrência deste
erro, o agente acaba atingindo pessoa diversa. Percebe-se que o erro quanto à pessoa
implica na existência de duas vítimas: uma real (pessoa realmente atingida) e uma
virtual (pessoa que se pretendia atingir). O agente, na execução, confunde as duas.
Exemplo: "A" quer matar seu próprio pai, porém, representando equivocadamente a
pessoa que entra na casa, acaba matando o seu rio. "A" será punido por parricídio,
embora seu pai permaneça vivo (...) É importante observar que no erro quanto à pessoa
o sujeito executa perfeitamente a conduta criminosa (não há falha operacional),
enganando-se no momento de representar o alvo.”.
Assim, José responderá pelo homicídio doloso qualificado, considerando as condições
ou qualidades da vítima virtual (sua irmã Janaína).
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A alternativa elenca o conceito de credenciamento. Vejamos:
- RESPOSTA: Alternativa D
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CP, Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para
efeito do livramento.
CP, Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo
quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício,
não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado.
- RESPOSTA: Alternativa A
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CP, Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena
máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como
produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do
patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito.
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b) CORRETA. Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença
apurada e especificar os bens cuja perda for decretada.
CP, Art. 91-A. § 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença
apurada e especificar os bens cuja perda for decretada.
d) CORRETA. A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso, configura efeito não automático.
CP, Art. 91. § 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao
produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se
localizarem no exterior.
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13 | Pratica o crime de estelionato o agente que obtém, para si ou para
outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de
quinhentos mil réis a dez contos de réis. Nas mesmas penas incorre
quem pratica a seguinte conduta, EXCETO:
- RESPOSTA: Alternativa C
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- RESPOSTA: Alternativa E
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CP, Art. 93. Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da
condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação
anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo.
c) INCORRETA. Uma vez negada a reabilitação, não poderá ser novamente requerida.
CP, Art. 94. Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer
tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos
requisitos necessários.
CP, Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em
que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o
período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier
revogação, desde que o condenado:
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado;
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta
impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a
renúncia da vítima ou novação da dívida.
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15 | A respeito das medidas de segurança, assinale a alternativa
CORRETA:
- RESPOSTA: Alternativa C
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a) INCORRETA. Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art.
26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, deverá o juiz
submetê-lo a tratamento ambulatorial.
Nos termos do art. 97 do CP, trata-se de uma faculdade e não de um dever do juiz.
CP, Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26).
Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz
submetê-lo a tratamento ambulatorial.
À luz do art. 97, §1º, do CP, o prazo mínimo deverá ser de 1 a 3 anos.
CP, Art. 97. § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e
deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da
execução.
CP, Art. 97. § 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser
restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica
fato indicativo de persistência de sua periculosidade.
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16 | A respeito do crime de homicídio, assinale a alternativa CORRETA:
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
CP, Art. 121. § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor
social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
CP, Art. 121. § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
crime for praticado:
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I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou com doenças
degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou
mental;
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e
III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
- RESPOSTA: Alternativa B
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CP, Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Essa pena refere-se à injúria prevista no caput do art. 140. A conduta narrada
encontra-se no §3º do art. 140, tendo a redação sido dada pela Lei nº 14.532/2023 e
possuindo uma pena mais grave, inclusive, com reclusão.
- RESPOSTA: Alternativa E
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Lei nº 10.826/03, Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no
interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
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b) INCORRETA. Configura crime de omissão de cautela, punido com detenção, de 1
(um) a 3 (três) anos, e multa, quem deixar de observar as cautelas necessárias para
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
Lei nº 10.826/03, Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que
menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de
arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
c) INCORRETA. Nos crimes previstos na Lei (artigos 14, 15, 16, 17 e 18), a pena é
aumentada de um a dois terços se o agente for reincidente específico em crimes dessa
natureza.
Lei nº 10.826/03, Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território
nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da
autoridade competente.
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade
competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente.
e) CORRETA. Será punido com pena de reclusão de dois a quatro anos e multa o
agente que portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Lei nº 10.826/03, Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 27
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19 | José cometeu quatro furtos em continuidade delitiva. Imagine que
José seja condenado pela prática desses delitos. Na sentença, deverá o
magistrado fixar a fração de aumento em razão da prática de crime
continuado no seguinte patamar:
- RESPOSTA: Alternativa A
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a) CORRETA. 1/4.
b) INCORRETA. 1/6.
Conforme Súmula 659 do STJ, a fração de 1/6 refere-se à prática de duas infrações.
c) INCORRETA. 1/5.
Conforme Súmula 659 do STJ, a fração de 1/5 refere-se à prática de três infrações.
d) INCORRETA. 1/2.
Conforme Súmula 659 do STJ, a fração de 1/2 refere-se à prática de seis infrações.
e) INCORRETA. 2/3.
Conforme Súmula 659 do STJ, a fração de 2/3 refere-se à prática de sete ou mais
infrações.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
Lei nº 14.344/22, Art. 25. Descumprir decisão judicial que defere medida protetiva de
urgência prevista nesta Lei:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que
deferiu a medida.
Lei nº 14.344/22, Art. 25. Descumprir decisão judicial que defere medida protetiva de
urgência prevista nesta Lei:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
PROCESSO PENAL
- RESPOSTA: Alternativa D
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Resposta das alternativas “b” e “c”:
Art. 70, § 4º do CPP: Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante
depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em
poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em
caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.
(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021).
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Jurídico
e) INCORRETA. Na ocasião, o comparecimento de João, Carlos e Pedro à Delegacia,
em observância ao mandado de intimação expedido pela autoridade policial,
configurou representação para fins penais.
- RESPOSTA: Alternativa C
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- RESPOSTA: Alternativa B
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d) INCORRETO. Como as pessoas jurídicas podem ser investigadas, conforme a lei de
organização criminosa, elas possuem capacidade para celebrar acordo de colaboração
premiada.
Importante!
Jurisprudência em Teses
Colaboração Premiada V
Ed. 197
Edição disponibilizada em: 19/08/2022
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5) Não há necessária relação de causalidade entre a celebração de acordo de
colaboração e a concessão de liberdade ao colaborador, embora, em certos casos,
tal negociação possa mitigar o risco à ordem pública, à instrução criminal ou à
aplicação da lei penal.
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
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É cabível o acesso aos elementos de prova já documentados nos autos de inquérito
policial aos familiares das vítimas, por meio de seus advogados ou defensores
públicos, em observância aos limites estabelecidos pela SV 14.
Caso adaptado: duas pessoas foram vítimas fatais de um homicídio. Instaurou-se
inquérito policial para apurar o crime. Os familiares das duas vítimas impetraram
mandado de segurança solicitando acesso aos elementos de prova já documentados
nos autos do inquérito policial que investiga os supostos mandantes dos homicídios.
Ressalta-se que os familiares das vítimas não pretendiam a habilitação como
assistentes de acusação no inquérito policial, tampouco buscavam interferir nessa
investigação. O pedido no mandado de segurança foi unicamente para ter acesso aos
elementos de prova já documentados no inquérito policial.
O STJ decidiu que os familiares tinham direito.
STJ. 6ª Turma. RMS 70.411/RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/4/2023
(Info 775).
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d) INCORRETO. Ausente notícia de diligências de caráter sigiloso no Inquérito, é razão
para impedir o acesso aos autos da investigação, bem como para não permitir que o
advogado da vítima extraia cópias de seu inteiro teor, para os fins que entender
devidos.
Exemplificativamente:
“Como o próprio nome indica, o assistente auxilia a acusação, logo, é pressuposto
de sua intervenção a existência de uma acusação pública formalizada (denúncia).
Assim, o pedido de habilitação como assistente somente pode ser feito após o
recebimento da denúncia” (LOPES JUNIOR, Aury. Direito Processual Penal. São
Paulo: Saraiva, 2022, fls. 647-648);
- RESPOSTA: Alternativa E
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d) INCORRETA. Define-se sistema processual misto como um modelo processual
intermediário entre o sistema acusatório e o sistema inquisitivo e, na medida em que
resulta de uma fusão entre as características dos outros dois modelos, o sistema
misto, na atualidade, vem sendo chamado também de sistemas ditatoriais.
- RESPOSTA: Alternativa A
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Da regra probatória (in dubio pro reo)
Por força da regra probatória, a parte acusadora tem o ônus de demonstrar a
culpabilidade do acusado além de qualquer dúvida razoável, e não este de provar
sua inocência.18 Como consectários dessa regra, Antônio Magalhães Gomes Filho
destaca: a) a incumbência do acusador de demonstrar a culpabilidade do acusado
(pertence-lhe com exclusividade o ônus dessa prova); b) a necessidade de
comprovar a existência dos fatos imputados, não de demonstrar a inconsistência
das desculpas do acusado; c) tal comprovação deve ser feita legalmente (conforme
o devido processo legal); d) impossibilidade de se obrigar o acusado a colaborar na
apuração dos fatos (daí o seu direito ao silêncio).
Lima, Renato Brasileiro de Manual de processo penal: volume único / Renato Brasileiro
de Lima – 8. ed. rev., ampl. e atual. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.
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Explica Renato Brasileiro:
A Lei nº 9.099/95 trouxe consigo quatro importantes medidas despenalizadoras,
que serão objeto de estudo no título atinente ao “processo e procedimento”: 1)
Composição civil dos danos; 2) Transação penal; 3) Necessidade de representação
para os crimes de lesão corporal leve e culposa; 4) Suspensão Condicional do
Processo. Com a criação desses institutos despenalizadores, percebe-se que, no
âmbito dos Juizados, a busca da verdade processual cede espaço à prevalência da
vontade convergente das partes. Nos casos de transação penal ou de suspensão
condicional do processo, não há necessidade de verificação judicial da veracidade
dos fatos. O conflito penal é solucionado através de um acordo de vontade, dando
origem ao que a doutrina denomina de verdade consensuada
Lima, Renato Brasileiro de Manual de processo penal: volume único / Renato Brasileiro
de Lima – 8. ed. rev., ampl. e atual. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.
ADI 758, STF - (...) 2. Não ofende os princípios da isonomia, da ampla defesa e do
contraditório a ausência de previsão, nas normas regimentais, de limitação de
tempo para o Ministério Público realizar sustentação oral quando atuar na
qualidade de custos legis, pois, nessa condição, não se equipara às partes e
persegue o interesse público, pugnando pelo cumprimento do ordenamento
jurídico de forma imparcial e independente. (...)
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
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Santo Graal
Jurídico
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação,
dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
Art. 46 do CPP: O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5
dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se
houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da
data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
§ 1° Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o
oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de
informações ou a representação
§ 2° O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o
órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do
tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do
processo.
Art. 48 do CPP: A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 49 do CPP: A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos
autores do crime, a todos se estenderá.
Art. 50 do CPP: A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido,
por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado
18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último
excluirá o direito do primeiro.
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
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Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
Com efeito, o art. 28-A, §12, do CPP estabelece que a celebração e o cumprimento do
ANPP não serão registrados na certidão de antecedentes criminais. Assim, a
celebração do acordo não implicará o registro de reincidência no histórico criminal do
indivíduo.
c) INCORRETO. Caso a reabilitação seja negada, não poderá ser requerida novamente.
d) INCORRETO. Não cabe reabilitação pelo crime contra a ordem tributária, por não
preencher o requisito temporal.
43
Santo Graal
Jurídico
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que
for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o
período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier
revogação, desde que o condenado:
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado;
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta
impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a
renúncia da vítima ou novação da dívida.
- RESPOSTA: Alternativa C
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a) INCORRETO. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo
de não persecução penal, o investigado poderá interpor recurso no sentido estrito.
Art. 581 do CPP: Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal,
previsto no art. 28-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 28-A, § 1º do CPP: Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se
refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição
aplicáveis ao caso concreto. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 28-A, § 2º do CPP: O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes
hipóteses:
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos
termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem
conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
infrações penais pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da
infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão
condicional do processo; e
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados
contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
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Santo Graal
Jurídico
Art. 28-A, § 9º do CPP: A vítima será intimada da homologação do acordo de não
persecução penal e de seu descumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
#Juris
Por constituir um poder-dever do Ministério Público, o não oferecimento
tempestivo do acordo de não persecução penal desacompanhado de motivação
idônea constitui nulidade absoluta. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 762.049-PR, Rel.
Min. Laurita Vaz, julgado em 7/3/2023 (Info 769).
46
Santo Graal
Jurídico
O Poder Judiciário não pode impor ao Ministério Público a obrigação de ofertar
acordo de não persecução penal (ANPP).Não cabe ao Poder Judiciário, que não
detém atribuição para participar de negociações na seara investigatória, impor ao
MP a celebração de acordos. STF. 2ª Turma. HC 194677/SP, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 11/5/2021 (Info 1017).
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
Art. 4º da Lei n° 13.431/17: Para os efeitos desta Lei, sem prejuízo da tipificação das
condutas criminosas, são formas de violência:
I - violência física, entendida como a ação infligida à criança ou ao adolescente que
ofenda sua integridade ou saúde corporal ou que lhe cause sofrimento físico;
II - violência psicológica:
a) qualquer conduta de discriminação, depreciação ou desrespeito em relação à
criança ou ao adolescente mediante ameaça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, agressão verbal e xingamento, ridicularização,
indiferença, exploração ou intimidação sistemática ( bullying ) que possa
comprometer seu desenvolvimento psíquico ou emocional;
b) o ato de alienação parental, assim entendido como a interferência na formação
psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores,
pelos avós ou por quem os tenha sob sua autoridade, guarda ou vigilância, que leve ao
repúdio de genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de
vínculo com este;
c) qualquer conduta que exponha a criança ou o adolescente, direta ou indiretamente,
a crime violento contra membro de sua família ou de sua rede de apoio,
independentemente do ambiente em que cometido, particularmente quando isto a
torna testemunha;
47
Santo Graal
Jurídico
Lei n° 13.431/17:
Art. 7º Escuta especializada é o procedimento de entrevista sobre situação de
violência com criança ou adolescente perante órgão da rede de proteção, limitado
o relato estritamente ao necessário para o cumprimento de sua finalidade.
Art. 8º Depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente
vítima ou testemunha de violência perante autoridade policial ou judiciária.
48
Santo Graal
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- RESPOSTA: Alternativa D
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CPP, Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar
pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado.
CPP, Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição
alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no
seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente autoridade local,
antes da diligência ou após, conforme a urgência desta.
CPP, Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
#Juris
O galpão destinado para atividades comerciais não se enquadra no conceito de
domicílio, ainda que por extensão. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 845.545-SP, Rel.
Min. Laurita Vaz, julgado em 17/10/2023 (Info 798).
- RESPOSTA: Alternativa C
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50
Santo Graal
Jurídico
Art. 416 do CPP: Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária
caberá apelação.
- RESPOSTA: Alternativa E
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Santo Graal
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(1) Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida
mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo, salvo se ocorrida em
estabelecimento penitenciário, quando houver fundados indícios da prática de
atividades ilícitas;
(2) Em relação a abertura de encomenda postada nos Correios, a prova obtida somente
será lícita quando houver fundados indícios da prática de atividade ilícita,
formalizando-se as providências adotadas para fins de controle administrativo ou
judicial.
STF. Plenário. RE 1116949 ED/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 30/11/2023
(Repercussão Geral – Tema 1041) (Info 1119).
52
Santo Graal
Jurídico
4) O reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia(s) ao
reconhecedor, a par de dever seguir o mesmo procedimento do reconhecimento
pessoal, há de ser visto como etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal
e, portanto, não pode servir como prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo.
STJ. 6ª Turma. HC 598.886-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/10/2020
(Info 684).
#Juris
O reconhecimento pessoal do filler - pessoa livre de qualquer suspeita de ter cometido
o crime investigado -, que figurou como dublê para preencher o alinhamento exigido
pelo art. 226, sem nenhum elemento concreto de corroboração, não é suficiente, por si
só, para lastrear a autoria delitiva.
STJ. 6ª Turma. HC 663.710/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/6/2023
(Info 13 – Edição Extraordinária).
53
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Fonte: LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único. 8ª ed. rev.
atual. e ampl. Editora JusPodivm. Salvador. 2020. p. 674.
- RESPOSTA: Alternativa D
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a) INCORRETO. É ilícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um
dos interlocutores sem conhecimento do outro.
55
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- RESPOSTA: Alternativa C
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Santo Graal
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A Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º,
e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão
preventiva sem o prévio requerimento das partes ou representação da autoridade
policial.
Logo, não é mais possível, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex
officio’ do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade.
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz do art. 282, § 2º e do
art.311, significando que se tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de
custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão
preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal
provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do
querelante ou do assistente do MP.
Vale ressaltar que a prisão preventiva não é uma consequência natural da prisão
flagrante, logo é uma situação nova que deve respeitar o disposto, em especial, nos
arts. 311 e 312 do CPP.
STJ. 3ª Seção. RHC 131.263, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021
(Info 686).
STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info
994).
Art. 310, § 2º, CPP: Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra
organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso
restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares
- RESPOSTA: Alternativa C
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a) INCORRETA. Não configura ilegalidade, por violação ao princípio da “non reformatio
in pejus”, a majoração da pena de multa por tribunal, na hipótese de recurso exclusivo
da defesa.
#Juris
Caracteriza manifesta ilegalidade, por violação ao princípio da “non reformatio in
pejus”, a majoração da pena de multa por tribunal, na hipótese de recurso
exclusivo da defesa. Isso porque, na apreciação de recurso exclusivo da defesa, o
tribunal não pode inovar na fundamentação da dosimetria da pena, contra o
condenado, ainda que a inovação não resulte em aumento da pena final (1). Com
base nesse entendimento, a Segunda Turma deu provimento a agravo regimental
para, mantendo o não conhecimento do recurso ordinário em habeas corpus,
conceder a ordem, de ofício, e restabelecer a pena de multa imposta pelo juízo de
primeiro grau, mantidos os demais termos do acórdão de segunda instância, tudo
nos termos do voto do relator, que reajustou seu voto. (1) Precedente citado: RHC
136.346/RJ, relator Min. Gilmar Mendes, DJe de 8.11.2016. RHC 194952 AgR/SP,
relator Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 13.4.2021 (Info 1013 do STF).
#Juris
Havendo excesso de linguagem, o Tribunal deverá anular a sentença de pronúncia e os
consecutivos atos processuais, determinando-se que outra seja prolatada. Não basta o
desentranhamento e envelopamento. É necessário anular a sentença e determinar que
outra seja prolatada.
STF. 1ª Turma. RHC 127522/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/8/2015 (Info
795).
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1.442.002-AL, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em
28/4/2015 (Info 561).
#Juris
É inconstitucional norma estadual que impõe a necessidade de prévia autorização do
órgão colegiado do tribunal competente para prosseguir com investigações que
objetivam apurar suposta prática de crime cometido por magistrado. ADI 5.331-MG.
#Juris
É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que sejam
adotadas medidas suficientes para atestar a autenticidade do número telefônico,
bem como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual. HC 641.877-
DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em
09/03/2021. (Info. 688 do STJ).
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
#Juris
A justa causa é exigência legal para o recebimento da inicial acusatória,
instauração e processamento da ação penal, nos termos do artigo 395, III, do
Código de Processo Penal, e consubstancia-se pela somatória de três
componentes essenciais: (a) TIPICIDADE (adequação de uma conduta fática a um
tipo penal); (b) PUNIBILIDADE (além de típica, a conduta precisa ser punível, ou
seja, não existir quaisquer das causas extintivas da punibilidade); e (c)
VIABILIDADE (existência de fundados indícios de autoria). STF. 1ª Turma. A G .REG.
no Habeas Corpus 213.745 Paraná. 09/05/2022
59
Santo Graal
Jurídico
#Juris
No âmbito do Tribunal do Júri, não há nulidade na formulação de quesito a respeito
do dolo eventual, quando a defesa apresenta tese no sentido de desclassificar o
crime para lesão corporal seguida de morte, ainda que a questão não tenha sido
discutida em plenário. (STJ. 5ª Turma. AREsp1.883.314-DF, Rel. Min. Joel Ilan
Paciornik, julgado em 25/10/2022). (Info 757).
#Juris
A Constituição da República, em seu art. 5º, inciso XI, afirma que "a casa é asilo
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro,
ou, durante o dia, por determinação judicial". O Pleno do Supremo Tribunal Federal,
no exame do RE 603.616 (Tema 280/STF), reconhecido como de repercussão geral,
assentou que "a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita,
mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente
justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de
flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente
ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados". Não procede o fundamento
de que o fato de o agravante habitar o prédio abandonado de uma escola
municipal descaracterizaria o conceito de domicílio, para que haja proteção
constitucional. Anota-se, por fim, que o Decreto n. 7.053/2009, que instituiu a
Política Nacional para População em Situação de Rua, reforça a condição de
moradia aos habitantes de logradouros públicos e áreas degradadas. STJ. 5ª
Turma. AgRg no HC 712.529-SE, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/10/2022
(Info 755).
#Juris
O Conselho Nacional de Justiça editou a Resolução n. 425/2021, que instituiu, no
âmbito do Poder Judiciário, a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em
Situação de Rua e suas interseccionalidades. No que tange às medidas em
procedimentos criminais, no art. 18, recomenda-se especial atenção às demandas
das pessoas em situação de rua, com vistas a assegurar a inclusão social delas,
observando-se a principiologia e as medidas de proteção de direitos previstas na
resolução. Assim, na análise do cabimento da prisão preventiva de pessoas em
situação de rua, além dos requisitos legais previstos no Código de Processo
Penal, o magistrado deve observar as recomendações constantes da Resolução n.
425 do CNJ, e, caso sejam fixadas medidas cautelares alternativas, aquela que
melhor se adequa a realidade da pessoa em situação de rua, em especial quanto à
sua hipossuficiência, hipervulnerabilidade, proporcionalidade da medida diante do
contexto e trajetória de vida, além das possibilidades de cumprimento.
60
Santo Graal
Jurídico
Tal como na prisão, para a fixação de medidas cautelares diversas, previstas no art.
319 do CPP, é preciso fundamentação específica (concreta), a fim de demonstrar a
necessidade e a adequação da medida restritiva da liberdade aos fins a que se destina,
consoante previsão do art. 282 do CPP. Nesse sentido, a jurisprudência desta Corte
Superior não admite restrição à liberdade do agente sem a devida fundamentação
concreta que indique a necessidade da custódia cautelar, sob pena de a medida perder
a sua natureza excepcional e se transformar em mera resposta punitiva antecipada.
#Juris
O depoimento policial tem a natureza jurídica de prova testemunhal e deve ser
valorado enquanto tal. Dessa forma, o testemunho policial não pode ser,
aprioristicamente, sobrevalorizado, sob o único argumento de que o policial goza de fé
pública, tampouco pode ser subvalorizado, sob a justificativa de que sua palavra não
seria confiável para, isoladamente, fundamentar uma condenação. Adotar esse
segundo posicionamento, ou seja, exigir a corroboração sistemática do testemunho
policial em toda e qualquer circunstância, equivale a inadmiti-lo ou destituí-lo de valor
probante, ao menos no pertinente ao cerne da persecução penal, em limitação
desproporcional e nada razoável de seu âmbito de validade na formação do
conhecimento judicial. Legalmente, o agente policial não sofre qualquer limitação ou
ressalva quanto à sua capacidade de ser testemunha. Faticamente, inexiste também
qualquer óbice ou condição limitativa da capacidade de o policial perceber os fatos e,
posteriormente, narrar suas percepções sensoriais às autoridades. Não há que se falar
em vieses ou interesses prévios superiores aos das demais testemunhas, uma vez que
os vieses, assim como os estereótipos, são intrínsecos a todos os seres humanos, e os
interesses, se existentes, devem ser aferidos casuisticamente e não estabelecidos a
priori.
61
Santo Graal
Jurídico
Cabe ao magistrado, em análise do caso concreto, valorar racionalmente a prova,
verificando se preenche os critérios de consistência, verossimilhança, plausibilidade e
completude da narrativa, bem como se presentes a coerência e adequação com os
demais elementos produzidos nos autos. A avaliação judicial da superação do standard
probatório mínimo para a condenação não pode ser limitada a uma prévia
determinação quantitativa e qualitativa da prova, porquanto tal representaria uma
restrição ao livre convencimento motivado do magistrado e resultaria potencialmente
em uma perda de qualidade epistemológica da decisão. Por fim, por determinação do
art. 20 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, cabe ao magistrado, toda
vez que decidir com base em conceitos normativos indeterminados, considerar as
consequências práticas de sua decisão. No caso, verifica-se que não são poucas nem
irrelevantes as prováveis consequências advindas da decisão de atribuir valor
probatório inferior aos depoimentos policiais: desde inevitáveis impactos no
orçamento estatal e no planejamento de políticas públicas até a inviabilização do
funcionamento do próprio sistema de justiça criminal com riscos reais de estímulo a
uma impunidade generalizada, ante os obstáculos práticos de produção de outras
provas, sobretudo nos casos envolvendo tráfico de drogas. STJ. 5ª Turma. AREsp
1.936.393-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/10/2022 (Info 756).
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
#Juris
Na hipótese, não há que se falar em manifesto prejuízo para a defesa do réu, em
razão do indeferimento da apresentação do rol de testemunhas em momento
posterior. Não obstante a defesa do acusado ser exercida pela Defensoria Pública,
observa-se, no caso em exame, que houve pedido genérico para apresentação do
rol de testemunhas de forma extemporânea, sem levar em consideração que a
audiência de instrução foi designada para data distante, havendo, portanto, tempo
disponível para que a defesa tenha acesso ao acusado, atualmente recolhido ao
cárcere, mesmo com todas as dificuldades e limitações decorrentes da pandemia.
Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta
Turma, por unanimidade, julgado em 05/04/2022, DJe 08/04/2022. (Info 738).
62
Santo Graal
Jurídico
#Juris
A Corte Superior já entendeu que: não é de presumir-se o prejuízo para o réu, pois a
inquirição - se essencial para a busca da verdade real - poderá ser realizada, de ofício,
nos termos do art. 156 do CPP, restando, ainda, a possibilidade de aportarem-se aos
autos tais fontes de prova sob a forma documental, posto que atípica (STJ. 6ª Turma.
HC 202.928/PR, Rel. p/ Acórdão Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado
em 15/05/2014).
#Juris
Em respeito à ordem dos atos processuais não configura cerceamento de defesa o
indeferimento da apresentação extemporânea do rol de testemunhas. De acordo com
precedentes do STJ, não há nulidade na desconsideração do rol de testemunhas
quando apresentado fora da fase estabelecida no art. 396-A do CPP.
Nesse sentido, STJ. 6ª Turma. REsp 1.828.483/MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz,
julgado em 03/12/2019. Segundo prevê o art. 396-A do CPP, o rol de testemunhas deve
ser apresentado no momento processual adequado, ou seja, quando da apresentação
da resposta preliminar, sob pena de preclusão.
A alternativa trata da previsão legal, não havendo esta previsão no art. 396-A do CPP.
Vejamos:
CPP, Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o
que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua
intimação, quando necessário.
63
Santo Graal
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- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
65
Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
Súmula 639-STJ: Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem
ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado
em estabelecimento penitenciário federal.
66
Santo Graal
Jurídico
DIREITO ELEITORAL
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
Em que pese configure crime, será de ação penal pública incondicionada, assim como
todos os crimes eleitorais, à luz do art. 355 do CE:
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.
Conforme visto, trata-se de crime punido com pena de detenção de até 2 meses.
67
Santo Graal
Jurídico
42 | A respeito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral – AIJE-,
assinale a alternativa correta:
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
O termo final para ajuizamento da AIJE, segundo a jurisprudência firmada pelo TSE, é a
data da diplomação.
Os eleitores não podem propor AIJE, ainda que sejam filiados a partidos políticos, como
se extrai do art. 22, caput, da LC nº 64/1990:
LC nº 64/90, Art. 22. XVI - para a configuração do ato abusivo, não será considerada a
potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das
circunstâncias que o caracterizam.
68
Santo Graal
Jurídico
d) INCORRETA. Sendo julgada procedente a representação será declarada a
inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato,
cominando-lhes sanção de inelegibilidade nos 8 (oito) anos subsequentes ao trânsito
em julgado da decisão.
Nas eleições municipais, o Juiz Eleitoral será competente para conhecer e processar
AIJE, de acordo com o art. 24 da LC nº 64/1990:
LC nº 64/90, Art. 24. Nas eleições municipais, o Juiz Eleitoral será competente para
conhecer e processar a representação prevista nesta lei complementar, exercendo
todas as funções atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, constantes dos incisos I
a XV do art. 22 desta lei complementar, cabendo ao representante do Ministério
Público Eleitoral em função da Zona Eleitoral as 71 atribuições deferidas ao
Procurador-Geral e Regional Eleitoral, observadas as normas do procedimento
previstas nesta lei complementar.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
a) INCORRETA. É vedada, nos três meses que o antecedem o pleito e até a posse dos
eleitos, a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciários.
69
Santo Graal
Jurídico
A transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciário é permitida, na forma do art. 73, V, e, da Lei nº 9.504/1997.
Lei nº 9.504/1997, Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos
nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir
ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional
e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição
do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de
nulidade de pleno direito, ressalvados:
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciários;
c) INCORRETA. É vedado, somente nos seis meses que antecedem o pleito, fazer uso
promocional em favor de candidato, de distribuição gratuita de bens e serviços de
caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público.
A conduta vedada ora narrada não está restrita aos seis meses anteriores ao pleito.
Lei nº 9.504/1997, Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos
nos pleitos eleitorais:
IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou
coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou
subvencionados pelo Poder Público;
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Lei nº 9.504/1997, Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos
nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir
ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional
e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição
do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de
nulidade de pleno direito, ressalvados:
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou
Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
Lei nº 9.504/1997, Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos
nos pleitos eleitorais:
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral
gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de governo;
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
c) INCORRETA. Bens de uso comum, para fins de propaganda eleitoral, são aqueles
definidos como tal pelo Código Civil e aos quais a população em geral tem acesso
gratuito, ainda que de propriedade privada.
Ademais, de fato, bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil e, também, aqueles a que a
população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais,
templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada, consoante previsão do
art. 37, §4º da Lei nº 9.504/1997.
Lei nº 9.504/1997, Art. 37. § 4º. Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim
definidos pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil e também aqueles
a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros
comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.
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45 | Durante palestra proferida no âmbito da Justiça Eleitoral, José,
Promotor de Justiça Eleitoral na Comarca X, explicitou as condutas que
são vedadas no dia das eleições. É possível afirmar que NÃO se trata de
uma conduta apresentada por José nessa palestra a respeito das
condutas vedadas no dia das eleições:
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
A questão busca a alternativa que apresenta conduta não vedada no dia das eleições,
isto é, que seja permitida. A alternativa em comento apresenta conduta vedada, pelo
que se encontra incorreta.
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
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a) CORRETA. O prazo para o MP interpor e arrazoar recurso contra a expedição de
diploma é de três dias.
CE, Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto
em três dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos
seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais.
II - ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso, contado da publicação da
decisão nos casos dos nº I, letras a e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso
do nº II, letra a.
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo
para a interposição dos recursos, no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que,
feita a apuração das sessões renovadas, for proclamado o resultado das eleições
suplementares.
A atribuição para atuar perante a Junta Eleitoral, no caso, é do Promotor Eleitoral, nos
termos do artigo 78 da Lei Complementar 75/93:
Lei Complementar 75/93, Art. 78. As funções eleitorais do Ministério Público Federal
perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral.
Lei Complementar 75/93, Art. 76. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o
seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os
Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não
houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos.
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Lei Complementar 75/93, Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral
da República.
LC 75/93, Art. 79. O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que
oficie junto ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.
Parágrafo único. Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou
havendo impedimento ou recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local
indicará ao Procurador Regional Eleitoral o substituto a ser designado.
47 | São inelegíveis:
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
São inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de
improbidade administrativa (art. 1º, I, alínea g da LC nº 64/1990).
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Art. 1º São inelegíveis: I - para qualquer cargo:
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade
administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver
sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos
8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto
no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;
Apenas a condenação por captação ilícita de sufrágio ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do
diploma gera inelegibilidade (art. 1º, I, alínea j, da LC nº 64/1990).
Art. 1º São inelegíveis: I - para qualquer cargo:
j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio,
por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta
vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do
registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;
- RESPOSTA: Alternativa D
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CF, Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,
escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral
dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
CF, Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas
eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas
garantias e serão inamovíveis.
e) CORRETA. Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, excluindo-se
neste caso o que tiver sido escolhido por último.
CE, Art. 16. § 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo
legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.
- RESPOSTA: Alternativa B
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a) CORRETA. O partido político pode estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos em lei, no entanto, não podem ser alterados no ano
da eleição.
Lei nº 9.096/1995, Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto,
prazos de filiação partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a
candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com
vistas a candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
b) INCORRETA. Nos municípios de até cem mil eleitores, cada partido poderá registrar
candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a
preencher.
Segundo entendimento do TSE, o art. 10, inciso II da Lei nº 9.504/1997 não se aplica
aos partidos políticos:
[...] Extinção das coligações nas eleições proporcionais. Aplicação da exceção
prevista no inciso II do art. 10 da Lei nº 9.504/97 aos partidos políticos.
Impossibilidade. [...] 2. A Emenda Constitucional nº 97 de 2017 alterou a redação do
art. 17, § 1º, da Constituição Federal, proibindo a formação de coligações nas
eleições proporcionais a partir do pleito de 2020. 3. A redação do art. 10 da Lei nº
9.504/97 não foi alterada, mantendo a exceção do inciso II que previa a
possibilidade de registro de maior número de candidatos pelas coligações nos
municípios de até cem mil eleitores. 4. O legislador fez distinção entre as regras
aplicadas aos partidos políticos e às coligações, de forma que a exceção prevista
no inciso II deve ser interpretada de maneira restritiva. 5. A Resolução–TSE nº
23.609/2019, que dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos para as
eleições, não fez nenhuma referência quanto à possibilidade de registrar mais
candidatos nos municípios com menos de cem mil eleitores. 6. Dessa forma, o
inciso II do art. 10 da Lei nº 9.504/97 não se aplica aos partidos políticos, de
forma que nos municípios de até cem mil eleitores as agremiações não poderão
registrar candidatos no total de até 200% do número de lugares a preencher. [...]”
(Ac. de 7.5.2020 na Consulta nº 060080531, rel. Min. Edson Fachin.)
Lei nº 9.504/1997, Art. 11. §14 É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o
requerente tenha filiação partidária.
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CF, Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: V - a filiação partidária;
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
a) INCORRETA. Poderá participar das eleições o partido que, até 01 (um) ano antes do
pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o
disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na
circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
Lei nº 9.504/97, Art. 4º. Poderá participar das eleições o partido que, até seis meses
antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme
o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na
circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto. 82
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b) INCORRETA. É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição,
celebrar coligações para eleição proporcional ou majoritária.
O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez
por cento) dos limites. Vejamos:
Lei nº 9.504/97, Art. 23. § 2º-A O candidato poderá usar recursos próprios em sua
campanha até o total de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de
campanha no cargo em que concorrer.
Por expressa previsão legal, é possível o total de até 100% (cem por cento) do número
de lugares a preencher mais 1 (um).
Lei nº 9.504/97, Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras
Municipais no total de até 100% (cem por cento) do número de lugares a preencher
mais 1 (um).
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