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Conduta Ética: quando a prática não

corresponde ao discurso
Pode parecer repetitivo, mas muitos sabem do que
estamos falando, afinal existem algumas pessoas e
empresas representadas por pessoas, que no discurso,
parecem outra pessoa, e na prática fazem tudo diferente.
Alguém saberia identificar os motivos?

Marcos Assi, 14 de outubro de 2013





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Pode parecer repetitivo, mas muitos sabem do que estamos falando. Afinal, existem
algumas pessoas e empresas representadas por pessoas, que no discurso parecem outra
pessoa, e na prática fazem tudo diferente. Alguém saberia identificar os motivos?
Acredito que tenho a resposta: interesses pessoais. E neste momento fico aqui pensando por
que as pessoas fazem isso. Entretanto, muitos dos nossos problemas são causados por
motivos alheios a nossa vontade e conhecimento, mas quando levamos este pensamento
para o mundo corporativo, as desilusões e decepções aumentam mais e mais.
Pois quando se inicia algum processo de negócio, no começo é tudo maravilha, mas com o
tempo as pessoas mudam de postura e em certos casos desrespeitam processos. E, cá entre
nós, devemos levar em consideração que um contrato é formalização daquilo que foi
combinado, e quando não se tem nada escrito e assinado, as pessoas não respeitam.
Seria de suma importância que todos tivéssemos uma postura diferenciada e respeitássemos
os direitos dos outros, para que os seus também fossem respeitados. Falar de controles
internos, compliance, governança corporativa e gestão de negócios seria um dos pontos de
maior tranquilidade no mundo corporativo, desde que todos fizessem sua parte. Mas ficar
esperando comportamento ético e profissional das pessoas sem documentos ainda pode
parecer uma utopia.
Agora muitos falam de conduta ética no mundo dos negócios, mas a prática não está
levando à perfeição. O discurso fere muitos princípios básicos do direito de uso, cópias
indevidas, digo piratas, utilização de material sem as devidas referencias do autor, e o mais
engraçado, utilizamos o material de outras pessoas e apresentamos como sendo nossos, e se
alguém comenta, fazemos maquiagens para desconfigurar a autoria do produto.
Remeto ao conceito de benchmark, quando copiamos de alguém é benchmark, mas quando
copiam da gente, é plágio. Acredito que alguma coisa esteja errada, não tenho nada contra
repetir a ideia, mas dê o crédito para quem criou.
Nós, profissionais de compliance, dedicamos parte de nossas atividades na busca pelo
código de conduta e ética ideal. No entanto, o grande problema está nas pessoas, que
precisam reciclar um pouco mais o seu caráter, e entender que todos temos direitos e
deveres, e o respeito ao trabalho do outro, a empresa do outro e as criações de clientes, de
terceiros e até mesmo de ex-parceiros de negócios.
Gostaria de finalizar com a seguinte afirmação: o caráter, a honestidade, respeito, ética e
conduta profissional não se fazem com discursos, mas com a boa prática e exemplos para
todos aqueles com quem nos relacionamos, e evidenciam se sua conduta é ética. Atitude
fala mais que mil palavras.

Marco Assi.

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