Higiene e Segurança no Trabalho
1 Enquadramento geral
1.1 O papel das condições de trabalho nas políticas de GRH:
Articulação da HST com a função GRH:
→ Avaliação de desempenho;
→ Perfil de competências DAF;
→ Acolhimento e integração;
→ Formação profissional;
→ Recrutamento e seleção:
→ Saúde, segurança e bem-estar.
Valores expressos nas políticas gerais de RH devem integrar
(Armstrong, 2003):
→ Equidade → tratamento igualitário e justo em qualquer
questão do seu foro de responsabilidade e igualdade
de oportunidades internas;
→ Consideração → refletir sobre as circunstâncias
individuais de cada situação que afete a continuação,
segurança e respeito dos colaboradores;
→ Desempenho através das pessoas → engloba o
cuidado no desenvolvimento de uma cultura de
desempenho e de melhoria contínua;
→ Qualidade de vida no trabalho → aumentar o sentido
de satisfação que as pessoas obtêm no trabalho,
através de ações diversas e fornecendo um balanço
aceitável entre a vida laboral e não laboral.
→ Condições de trabalho → fornecimento de condições
de trabalho saudáveis, seguras e agradáveis.
1.1.1 Condições de trabalho:
Condições de trabalho → o conjunto de recursos materiais,
económicos, temporais, ambientais e humanos que condicionam
a realização do trabalho.
Sistema de trabalho → é o cumprimento de tarefas dentro de
um sistema pela ação conjunta do homem com os meios de
trabalho sobre o objeto de trabalho.
Sofia Filipe GRH 2020
1.1.2 Ciclo PDCA:
O ciclo PDCA tem como objetivo prevenir falhas fazendo uso
de práticas e ferramentas que vão além das técnicas
estatísticas. Controle e melhoria contínua de processos e
produtos.
Planear → estabelecer os
objetivos e processos necessários
para alcançar os resultados de
acordo com o projetado.
Executar → implementar o plano,
executar o processo ou fazer o
produto.
Verificar → analisar o desempenho e comparar com os
resultados esperados.
Ajustar/Atuar/Agir → iniciar as ações corretivas decorrentes
das diferenças significativas entre os resultados reais e o
planeado.
1.2 O enquadramento legal da saúde e segurança no trabalho:
1.2.1 Princípios gerais em matéria de segurança e saúde no
trabalho:
Lei 7/2009 de 12 de fevereiro Artº 281
1 - O trabalhador tem direito a prestar trabalho em
condições de segurança e saúde.
2 - O empregador deve assegurar aos trabalhadores
condições de segurança e saúde em todos os aspetos
relacionados com o trabalho, aplicando as medidas
necessárias tendo em conta princípios gerais de prevenção.
3 - Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador
deve mobilizar os meios necessários, nomeadamente nos
domínios da prevenção técnica, da formação, informação e
consulta dos trabalhadores e de serviços adequados,
internos ou externos à empresa.
4 - Os empregadores que desenvolvam simultaneamente
atividades no mesmo local de trabalho devem cooperar na
proteção da segurança e da saúde dos respetivos
trabalhadores, tendo em conta a natureza das atividades de
cada um.
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5 - A lei regula os modos de organização e funcionamento dos
serviços de segurança e saúde no trabalho, que o empregador
deve assegurar.
6 - São proibidos ou condicionados os trabalhos que sejam
considerados, por regulamentação em legislação especial,
suscetíveis de implicar riscos para o património genético do
trabalhador ou dos seus descendentes.
7 - Os trabalhadores devem cumprir as prescrições de
segurança e saúde no trabalho estabelecidas na lei ou em
instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, ou
determinadas pelo empregador.
1.2.2 Informação, consulta e formação dos trabalhadores:
Lei 7/2009 de 12 de fevereiro Artº 282
1 - O empregador deve informar os trabalhadores sobre os
aspetos relevantes para a proteção da sua segurança e saúde
e a de terceiros.
2 - O empregador deve consultar em tempo útil os
representantes dos trabalhadores, ou os próprios trabalhadores,
sobre a preparação e aplicação das medidas de prevenção.
3 - O empregador deve assegurar formação adequada, que
habilite os trabalhadores a prevenir os riscos associados à
respetiva atividade e os representantes dos trabalhadores a
exercer de modo competente as respetivas funções.
4 - Em cada empresa, os trabalhadores são representados na
promoção da segurança e saúde no trabalho por
representantes eleitos com essa finalidade ou, na sua falta,
pela comissão de trabalhadores.
1.2.3 Acidentes de trabalho e doenças profissionais:
Lei 7/2009 de 12 de fevereiro Artº 283
1 O trabalhador e os seus familiares têm direito à reparação
de danos emergentes de acidente de trabalho ou doença
profissional.
2 As doenças profissionais constam da lista organizada e
publicada no Diário da República.
3 A lesão corporal, perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista a que se refere o número anterior são
indemnizáveis desde que se prove serem consequência,
necessária e direta, da atividade exercida e não representem
normal desgaste do organismo.
5 O empregador é obrigado a transferir a responsabilidade
pela reparação prevista neste capítulo para entidades
legalmente autorizadas a realizar este seguro.
8 O empregador deve assegurar a trabalhador afetado de
lesão provocada por acidente de trabalho ou doença profissional
que reduza a sua capacidade de trabalho ou de ganho a
ocupação em funções compatíveis.
Sofia Filipe GRH 2020
1.2.4 Regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais – Conceitos:
Lei 98/2009 de 4 de setembro Artº 8
1 É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e
no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte
redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.
2 Para efeitos do presente capítulo, entende -se por:
a) «Local de trabalho» todo o lugar em que o trabalhador
se encontra ou deva dirigir -se em virtude do seu
trabalho e em que esteja, direta ou indiretamente,
sujeito ao controlo do empregador;
b) «Tempo de trabalho além do período normal de
trabalho» o que precede o seu início, em atos de
preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe
segue, em atos também com ele relacionados, e ainda
as interrupções normais ou forçosas de trabalho.
Lei 98/2009 de 4 de setembro Artº 9
1 Considera -se também acidente de trabalho o ocorrido:
a) No trajeto de ida para o local de trabalho ou de
regresso deste.
b) Na execução de serviços espontaneamente
prestados e de que possa resultar proveito económico
para o empregador.
c) No local de trabalho e fora deste, quando no exercício
do direito de reunião ou de atividade de
representante dos trabalhadores.
d) No local de trabalho, quando em frequência de curso
de formação profissional ou, fora do local de
trabalho, quando exista autorização expressa do
empregador para tal frequência.
f) No local onde o trabalhador deva receber qualquer
forma de assistência ou tratamento em virtude de
anterior acidente e enquanto aí permanecer para esse
efeito.
g) Em atividade de procura de emprego durante o
crédito de horas para tal concedido por lei aos
trabalhadores com processo de cessação do contrato
de trabalho em curso.
h) Fora do local ou tempo de trabalho, quando verificado
na execução de serviços determinados pelo
empregador ou por ele consentidos.
Acidente de trabalho que se verifique nos trajetos
normalmente utilizados e durante o período de tempo
habitualmente gasto pelo trabalhador:
a) Entre qualquer dos seus locais de trabalho, no caso de
ter mais de um emprego.
e) Entre o local de trabalho e o local da refeição.
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3 Não deixa de se considerar acidente de trabalho o que
ocorrer quando o trajeto normal tenha sofrido interrupções ou
desvios determinados pela satisfação de necessidades
atendíveis do trabalhador, bem como por motivo de força maior
ou por caso fortuito.
1.2.5 Descaracterização do acidente:
Lei 98/2009 de 4 de setembro Artº 14
1 O empregador não tem de reparar os danos decorrentes
do acidente que:
a) For dolosamente provocado pelo sinistrado ou provier
de seu ato ou omissão, que importe violação, sem
causa justificativa, das condições de segurança
estabelecidas pelo empregador ou previstas na lei.
b) Provier exclusivamente de negligência grosseira do
sinistrado;
1.2.6 Princípio geral (Reparação):
Lei 98/2009 de 4 de setembro Artº23
O direito à reparação compreende as seguintes prestações:
a) Em espécie → prestações de natureza médica,
cirúrgica, farmacêutica, hospitalar e quaisquer outras,
seja qual for a sua forma, desde que necessárias e
adequadas ao restabelecimento do estado de saúde e
da capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado e
à sua recuperação para a vida ativa.
b) Em dinheiro → indemnizações, pensões, prestações e
subsídios previstos na presente lei.
1.2.7 Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no
trabalho:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 5º
Princípios gerais:
O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em condições
que respeitem a sua segurança e a sua saúde, asseguradas pelo
empregador ou, nas situações identificadas na lei, pela pessoa,
individual ou coletiva, que detenha a gestão das instalações em
que a atividade é desenvolvida.
A prevenção dos riscos profissionais deve assentar numa
correta e permanente avaliação de riscos e ser desenvolvida
segundo princípios, políticas, normas e programas que visem:
→ A conceção e a implementação da estratégia
nacional para a segurança e saúde no trabalho;
→ A definição das condições técnicas a que devem
obedecer a conceção, a fabricação, a importação,
a venda, a cedência, a instalação, a organização, a
Sofia Filipe GRH 2020
utilização e a transformação das componentes
materiais do trabalho em função da natureza e do
grau dos riscos, assim como as obrigações das
pessoas responsáveis;
→ A determinação das substâncias, agentes ou
processos que devam ser proibidos, limitados ou
sujeitos a autorização ou a controlo da autoridade
competente, bem como a definição de valores limite
de exposição do trabalhador a agentes químicos,
físicos e biológicos e das normas técnicas para a
amostragem, medição e avaliação de resultados;
→ A promoção e a vigilância da saúde do trabalhador;
→ O incremento da investigação técnica e científica
aplicadas no domínio da segurança e da saúde no
trabalho, em particular no que se refere à emergência
de novos fatores de risco;
→ A educação, a formação e a informação para a
promoção da melhoria da segurança e saúde no
trabalho;
→ A sensibilização da sociedade, de forma a criar uma
verdadeira cultura de prevenção;
→ A eficiência do sistema público de inspeção do
cumprimento da legislação relativa à segurança e à
saúde no trabalho.
1.2.8 Obrigações gerais do empregador:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 15º
O empregador deve assegurar ao trabalhador condições de
segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho.
Este deve também zelar, de forma continuada e permanente,
pelo exercício da atividade em condições de segurança e de
saúde para o trabalhador, tendo em conta os seguintes
princípios gerais de prevenção.
→ Adotar medidas e dar instruções que permitam ao
trabalhador, em caso de perigo grave e iminente que
não possa ser tecnicamente evitado, cessar a sua
atividade ou afastar -se imediatamente do local de
trabalho.
→ A organização dos meios de prevenção, não só o
trabalhador como também terceiros suscetíveis de
serem abrangidos pelos riscos da realização dos
trabalhos, quer nas instalações quer no exterior.
→ Assegurar a vigilância da saúde do trabalhador em
função dos riscos a que estiver potencialmente
exposto no local de trabalho.
→ Estabelecer em matéria de primeiros socorros, de
combate a incêndios e de evacuação as medidas que
devem ser adotadas e a identificação dos
trabalhadores responsáveis pela sua aplicação.
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Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador deve
organizar os serviços adequados, internos ou externos à
empresa, mobilizando os meios necessários nos domínios das
atividades técnicas de prevenção, da formação e da
informação, bem como o equipamento de proteção que se
torne necessário utilizar.
O empregador suporta a totalidade dos encargos com a
organização e o funcionamento do serviço de segurança e de
saúde no trabalho e demais sistemas de prevenção, incluindo
exames de vigilância da saúde, avaliações de exposições, testes
e todas as ações necessárias no âmbito da promoção da
segurança e saúde no trabalho, sem impor aos trabalhadores
quaisquer encargos financeiros.
1.2.9 Obrigações gerais do trabalhador:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 17º
→ Cumprir as prescrições de segurança e de saúde no
trabalho estabelecidas nas disposições legais e em
instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho,
bem como as instruções determinadas pelo
empregador.
→ Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como
pela segurança e pela saúde das outras pessoas que
possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões
no trabalho.
→ Utilizar corretamente e de acordo com as instruções
transmitidas pelo empregador, máquinas, aparelhos,
instrumentos, substâncias perigosas e outros
equipamentos e meios postos à sua disposição,
designadamente os equipamentos de proteção
coletiva e individual, bem como cumprir os
procedimentos de trabalho estabelecidos.
→ Cooperar na melhoria do sistema de segurança e de
saúde no trabalho, tomando conhecimento da
informação prestada pelo empregador e
comparecendo às consultas e aos exames
determinados pelo médico do trabalho.
→ Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou
ao trabalhador designado as avarias e deficiências por
si detetadas que se lhe afigurem suscetíveis de
originarem perigo grave e iminente, assim como
qualquer defeito verificado nos sistemas de proteção.
→ Em caso de perigo grave e iminente, adotar as
medidas e instruções previamente estabelecidas, e
contactar com o superior hierárquico ou com os
trabalhadores designados.
1.3 Conceitos básicos de higiene e segurança no trabalho:
Saúde no trabalho → vigilância médica dos trabalhadores
através de exames periódicos.
Sofia Filipe
A Saúde no Trabalho tem por finalidade fomentar e manter o
nível elevado de bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores em todas as profissões, prevenir os danos na sua
saúde emergentes das condições de trabalho.
Higiene no trabalho → prevenção de risco de lesão no
trabalhador ao fim de um longo período de exposição.
Higiene do Trabalho é a ciência dedicada ao reconhecimento,
avaliação e controlo dos fatores ambientais que podem
ocasionar doenças, destruir a saúde e o bem-estar ou criar
algum mal-estar significativo entre os trabalhadores ou
cidadãos da comunidade.
Segurança no trabalho → Prevenção de risco de lesão imediata
no trabalhador.
A Segurança é um conjunto de metodologias adequadas à
prevenção de acidentes e o seu objetivo é a identificação e
controlo dos riscos associados ao local de trabalho e ao
processo produtivo.
Saúde → é o estado de bem-estar físico, mental e social e
não meramente a ausência de doença.
Trabalho → é a atividade humana, algo que põe em jogo as
capacidades psicológicas, cognitivas, fisiológicas do homem.
Combinação da probabilidade e da consequência da
ocorrência de um determinado acontecimento
não desejado, com potencial para causar danos,
Risco que se pode manifestar sob a forma de lesões
pessoais, danos em equipamentos, perdas no
processo produtivo ou redução na capacidade de
desempenho.
Probabilidade de um trabalhador sofrer um dano
(doença, patologia ou lesão) provocado pelo
Risco
trabalho. Para qualificar um risco devem
profissional
valorizar-se conjuntamente a probabilidade de
ocorrência do dano e a sua gravidade.
Avaliação Processo global de estimativa da grandeza do
de riscos risco e da decisão sobre a sua aceitabilidade.
Risco que foi reduzido para um nível que possa
Risco ser aceite pela organização tomando em atenção
aceitável as suas obrigações legais e a sua própria política
interna de SST.
Aplicação sistemática das políticas de gestão,
Gestão de
procedimentos e práticas de trabalho para
risco
analisar, valorizar e controlar os riscos.
GRH 2020 Página 4 de 24

Incidente
Uma ocorrência inesperada e indesejada, que pode resultar em
- → Não existam registos de doenças profissionais
Um acidente em que não ocorram quaisquer
Quase
danos para a saúde, ferimentos ou danos
Acidente
materiais.
Em sentido lato, o acidente é um
acontecimento não planeado no qual a ação ou
Acidente
a reação de um objeto, substância, indivíduo ou
radiação, resulta num dano pessoal ou material.
A adoção de medidas que minimizam a
Prevenção probabilidade de ocorrência do acontecimento
perigoso.
1.4 Obrigações legais para a organização e funcionamento dos
serviços de saúde e segurança nas empresas:
1.4.1 Organização dos serviços da segurança e da saúde no
trabalho:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 74º a 81º
Modalidades dos serviços:
✓ Serviço interno;
✓ Serviço comum;
✓ Serviço externo.
A utilização de serviço comum ou de serviço externo não isenta
o empregador da responsabilidade específica em matéria de
segurança e de saúde que a lei lhe atribui.
1.4.2 Serviços internos:
→ Contratados pelo empregador e abrangem
exclusivamente os trabalhadores da empresa;
→ Fazem parte da estrutura da empresa;
→ Obrigatório quando empresas ou estabelecimentos
com 30 ou mais trabalhadores expostos a risco
elevado;
→ Obrigatório em empresas com 400 ou mais
trabalhadores no mesmo estabelecimento ou
estabelecimento até 50Km;
→ Obrigatório em estabelecimentos com riscos
elevados e que estejam expostos pelo menos 30
trabalhadores (riscos elevados ver artigo 79º).
Condições de dispensa de serviços internos:
→ Não exerça atividades de risco elevado (necessário
apresentar a avaliação de riscos);
Sofia Filipe
→ Apresente taxas de incidência e de gravidade de
acidentes de trabalho, nos dois últimos anos, não
superiores à média do respetivo setor;
contraídas ao serviço da empresa;
→ O empregador não tenha sido punido por infrações
muito graves respeitantes à violação da legislação de
segurança e saúde nos últimos dois anos;
→ Se verifique, pela análise dos relatórios de avaliação
de risco apresentados pelo requerente ou através de
vistoria, quando necessário, que são respeitados os
valores limite de exposição a substâncias ou
fatores de risco.
1.4.3 Serviços externos:
→ Contratados pelo empregador a outras entidades;
→ O contrato entre o empregador e a entidade
prestadora de serviços externos é celebrado por
escrito.
1.4.4 Serviços comuns:
→ Criados por várias empresas ou estabelecimentos para
utilização comum.
1.4.5 Trabalhador designado:
As atividades podem ser exercidas pelo próprio empregador
ou por um trabalhador para o desempenho de funções
específicas nos domínios da segurança e saúde no local de
trabalho. Tal acontece quando:
✓ A empresa tem dimensão até 9 trabalhadores
inclusive;
✓ O trabalhador designado possui formação adequada
(certificado);
✓ O trabalhador designado disponha do tempo e dos
meios necessários;
✓ A atividade não seja de risco elevado;
✓ As taxas de sinistralidade sejam inferiores ao do setor
nos últimos 5 anos.
Em síntese, a opção da Modalidade de Serviços a adotar
depende dos seguintes fatores:
✓ Dimensão (nº de Trabalhadores);
✓ Recursos Financeiros e Humanos;
✓ Atividade (Risco Elevado);
✓ Sinistralidade da empresa face ao Setor.
GRH 2020 Página 5 de 24
As Modalidades de Serviços têm como objetivos: 1.4.7 Serviço de Segurança no Trabalho:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014 Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 73º - A de 28-1 Art 100º
✓ Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem As atividades técnicas de segurança no trabalho são exercidas
a segurança e a saúde física e mental dos por técnicos superiores ou técnicos de segurança no
trabalhadores; trabalho, certificados pelo organismo competente para a
✓ Desenvolver as condições técnicas que assegurem a promoção da segurança e da saúde no trabalho do ministério
aplicação das medidas de prevenção; competente para a área laboral, nos termos de legislação
✓ Informar e formar os trabalhadores no domínio da especial.
segurança e saúde no trabalho;
✓ Informar e consultar os representantes dos
trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho 1.4.8 Garantia mínima de funcionamento do Serviço de Segurança
ou, na sua falta, os próprios trabalhadores.
no Trabalho:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
1.4.6 Principais atividades do SST: de 28-1 Art 101º
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 73º - B
Estabelecimento Industrial até Estabelecimento Industrial >
→ Planeamento a prevenção, integrando a todos os 50 trabalhadores 50 trabalhadores
níveis e, para o conjunto das atividades da empresa,
a avaliação dos riscos e as respetivas medidas de 1 Técnico Superior de SHT e
prevenção; 1 Técnico 1Técnico SHT/1500
→ Proceder a avaliação dos riscos, elaborando os trabalhadores;
respetivos relatórios; Outros Estabelecimentos até Outros Estabelecimentos >
→ Elaborar o plano de prevenção de riscos 50 trabalhadores 50 trabalhadores
profissionais;
→ Participar na elaboração do plano de emergência 1 Técnico Superior de SHT e
interno; 1 Técnico de SHT 1Técnico SHT/3000
→ Colaborar na conceção de locais, métodos e trabalhadores
organização do trabalho;
→ Supervisionar o aprovisionamento, a validade e a
conservação dos equipamentos de proteção individual, 1.4.9 Serviço de Saúde no Trabalho:
bem como a instalação e a manutenção da sinalização
Artigo 103.º Médico do trabalho
de segurança;
→ Realizar exames de vigilância da saúde; Médico do trabalho o licenciado em Medicina com especialidade
→ Desenvolver atividades de promoção da saúde; de medicina do trabalho reconhecida pela Ordem dos Médicos.
→ Coordenar as medidas a adotar em caso de perigo
grave e iminente;
→ Apoiar as atividades de informação e consulta dos Artigo 104.º Enfermeiro do trabalho
representantes dos trabalhadores para a SST ou, na Em empresa com mais de 250 trabalhadores, o médico do
sua falta, dos próprios trabalhadores; trabalho deve ser coadjuvado por um enfermeiro com
→ Elaborar as participações obrigatórias em caso de experiência adequada.
acidente de trabalho ou doença profissional e analisar
as causas de acidentes de trabalho ou da ocorrência
de doenças profissionais, elaborando os respetivos 1.4.10 Garantia mínima de funcionamento Serviço de Saúde no
relatórios;
→ Coordenar ou acompanhar auditorias e inspeções
Trabalho:
internas; Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
→ Organizar os elementos necessários às notificações de 28-1 Art 103º a 110º
obrigatórias e recolher e organizar elementos
1 - O médico do trabalho deve prestar atividade durante o
estatísticos relativos à segurança e à saúde no
número de horas necessário à realização dos atos médicos, de
trabalho.
rotina ou de emergência e outros trabalhos que deva
coordenar.

Sofia Filipe GRH 2020 Página 6 de 24

3 - Ao médico do trabalho é proibido assegurar a vigilância da
saúde de um número de trabalhadores a que correspondam
mais de 150 horas de atividade por mês.
Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra
natureza com risco elevado:
✓ Uma hora por mês por cada grupo de 10
trabalhadores ou fração;
Nos outros estabelecimentos:
✓ Uma hora por mês por cada grupo de 20
trabalhadores ou fração;
Artigo 106.º - Acesso a informação
O médico do trabalho tem acesso às informações, as quais se
encontram sujeitas a sigilo profissional, nos termos do disposto
no n.º 3 do mesmo artigo.
Artigo 107.º - Vigilância da saúde
A responsabilidade técnica da vigilância da saúde cabe ao médico
do trabalho.
1.4.11 Formação, Sensibilização e Competência:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 18º a 20º
O empregador deve tomar as medidas necessárias para que:
→ Os trabalhadores incumbidos da utilização dos
equipamentos de trabalho recebam uma formação
adequada, em especial sobre os riscos que podem
decorrer dessa utilização;
→ Os trabalhadores que efetuem a reparação,
transformação, manutenção ou limpeza de
equipamentos de trabalho que apresentem riscos
específicos para a sua segurança ou saúde recebem
uma formação específica adequada.
O empregador deve providenciar no
Formação e sentido de os trabalhadores receberem
Informação dos formação adequada e informações
Trabalhadores precisas sobre a movimentação correta
de cargas
Os trabalhadores devem receber
formação sobre a sinalização de
Informação,
segurança e de saúde adequada às
Formação e
características dos locais de trabalho, em
Consulta dos
especial sobre o seu significado e sobre
Trabalhadores
os comportamentos gerais e específicos
a adotar.
Sofia Filipe
1.5 Representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde
no trabalho:
1.5.1 Consulta e participação dos trabalhadores:
Lei n.º 102 / 2009, de 10-9 atualizada pela Lei n.º 3 / 2014
de 28-1 Art 21º a 40º
→ Direito de informação → riscos, Medidas de Proteção
e Prevenção. Formas como se aplicam ao posto de
trabalho e à empresa. Instruções em caso de perigo
grave e eminente. Medidas de Primeiros Socorros e
Combate a Incêndios, Evacuação, etc.;
→ Direito à formação;
→ Direito à representação;
→ Direito a consulta e propostas;
→ Direito de recusa de trabalho → não serem
prejudicados, não trabalharem em situação de risco.
O representante dos trabalhadores para a segurança e
saúde no trabalho é um trabalhador eleito para exercer
funções de representação dos trabalhadores nos domínios da
segurança e saúde no trabalho.
Estes representantes são eleitos pelos trabalhadores, por voto
direto e secreto, segundo o princípio da representação pelo
método de Hondt.
O número de representantes a eleger depende do número de
trabalhadores (ver artigo 21º):
Empresas com menos de 61 trabalhadores 1 representante
Empresas de 61 a 150 trabalhadores 2 representantes
Empresas de 151 a 300 trabalhadores 3 representantes
Empresas de 301 a 500 trabalhadores 4 representantes
Empresas de 501 a 1000 trabalhadores 5 representantes
Empresas de 1001 a 1500 trabalhadores 6 representantes
Empresas com mais de 1500 trabalhadores 7 representantes
1.6 Indicadores de Sinistralidade.
Tradicionalmente os indicadores de sinistralidade são
considerados como parâmetros de aferição das condições de
segurança instituídas.
Esta situação não pode deixar de ser considerada uma análise
limitada uma vez que se restringe a uma abordagem de um
conjunto de indicadores que traduzem a ocorrência de
sinistros sob diferentes perspetivas.
GRH 2020 Página 7 de 24
Índices de Sinistralidade: técnicas de gestão quer por origem no comportamento do
pessoal.
✓ Índice de Frequência;
✓ Índice de Gravidade;
✓ Índice de Incidência na população laboral;
Classificação Índice de Frequências Índice de Gravidade
✓ Índice da Avaliação da Gravidade.
Muito Bom < 20 < 500
Bom 20 40 500 - 1000
1.6.1 Índice de Frequência:
Medio 40 60 1000 2000
O Índice de frequência define-se como o número de acidentes
com baixa ocorridos num ano, por cada milhão de horas x Mau 60 - 100 > 2000
homem trabalhadas:

2 Fatores de Risco no Trabalho

1.6.2 Índice de Gravidade:
O Índice de gravidade representa o número de dias úteis
perdidos por ano, por cada milhão horas x homem trabalhadas:
2.1 As causas e consequências de acidentes:
2.1.1 Participação de acidente:
Artigo 87.º → em caso de acidente de trabalho, o empregador
que tenha transferido a responsabilidade para um segurador
deve participar a este a ocorrência, por meio informático.

Decreto-Lei n.º 106/2017 de 29 de agosto

1.6.3 Índice de Incidência:
O Índice de incidência representa o número de acidentes, por
cada ano de trabalho e por cada 1000 trabalhadores:
Prevê que o modelo de participação de acidentes de trabalho,
as informações adicionais a prestar pelos seguradores sobre
os acidentes de trabalho que lhes sejam participados à área
governativa responsável pela área laboral competente para
proceder ao apuramento estatístico.

A participação de acidente de trabalho é obrigatória e deve ser

1.6.4 Índice de Avaliação da Gravidade: efetuada por meio informático no prazo de 24 horas a partir
da data do conhecimento do acidente pelo empregador para
O Índice de avaliação da gravidade, representa o número de dias a respetiva seguradora.
úteis perdidos em média por acidente e representa-se por:

2.1.2 Acidentes:
Os acidentes são:

Outros indicadores habitualmente considerados para avaliar
a função SST são:
Taxa de encargos com higiene e segurança → montante de
euros despendidos em encargos com higiene e segurança por
cada euro de custos gerais com o pessoal. O seu valor traduz
a importância relativa que a organização atribui ao fator
segurança e saúde dos seus trabalhadores;
Taxa de saúde ocupacional → relaciona o número de exames
médicos (periódicos e ocasionais) efetuados na empresa
durante o ano em análise com o efetivo médio de trabalhadores
ao serviço nesse período;
Taxa de absentismo por acidentes de trabalho → número de
horas de ausência por acidente de trabalho por cada 100 horas
de trabalho potencial. Uma taxa elevada neste indicador exprime
condições de trabalho pouco cuidadosas, quer por razões
Sofia Filipe
→ Eventos súbitos, involuntários, não planeados,
fortuitos, imprevistos ou fruto do acaso;
→ Provocam sempre danos ou prejuízos (pessoais,
materiais, etc.);
→ Podem ocorrer em todos os lugares, em diversas
circunstâncias, e derivar de múltiplas causas;
→ Para o
serem algo nefasto;
→ Decorrem dos perigos e dos riscos que temos de
enfrentar (os quais são as antecâmaras dos
acidentes);
→ Na definição de acidente deve excluir as ações
intencionais prejudiciais, tais como atos de terror,
sabotagem, suicídio, etc.
GRH 2020 Página 8 de 24
Nos locais de trabalho existem riscos e as medidas de controlo
devem ser adotadas para eliminá-los ou reduzi-los a fim de
prevenir acidentes e doenças.
A ocorrência de um Acidente ou Incidente constitui um
evento adverso que indicia que as medidas de controle de
risco eram inadequadas ou insuficientes.
2.1.3 Efeito dominó e os acidentes de trabalho:
Com base nos estudos sobre os acidentes e as suas causas e
na Teoria de Heinrich, um dos factos já comprovados é que,
quando um acidente acontece, vários fatores entraram em
ação por forma a permitir o acidente.
Num acidente podem conjugar-se vários fatores:
✓ Não conformidades
✓ Fatores pessoais
✓ Fatores do trabalho
✓ Atos ou condições inseguras
✓ Lesão (acidente ou incidente)
As características físicas e psicológicas do individuo são
determinadas pela hereditariedade. Por outro lado, o
comportamento de cada um é influenciado pelo ambiente
social em que cada um vive.
A causa pessoal/humana está relacionada com o conjunto de
conhecimentos e habilidades que cada um possui para
desempenhar uma tarefa. A probabilidade de envolvimento em
acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são
as melhores, ou quando não existe preparação e formação
suficiente.
A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes
no ambiente de trabalho. Quando:
→ O equipamento não apresenta proteção para o
trabalhador;
→ A iluminação do ambiente de trabalho é deficiente;
→ Não há boa manutenção do equipamento.
os riscos de acidente aumentam.
Sofia Filipe
Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam,
ocorre o acidente que pode provocar ou não lesão no
trabalhador.
2.1.4 Analise dos acidentes:
Modelo dos acidentes organizacionais:
Analisamos os acidentes uma vez que:
✓ Causam sofrimento e problemas para os
trabalhadores, famílias, outras pessoas e empresas;
✓ Geram custo elevado para as empresas e sociedade;
✓ Importante ferramenta para a gestão e prevenção
de riscos;
✓ Adequada avaliação das condições de segurança e
saúde proporciona conhecimento dos riscos
associados com as atividades laborais;
✓ Medidas de controlo de riscos bem planeadas,
associadas à supervisão adequada e monitorada,
podem ajudar a que as atividades no trabalho sejam
mais seguras.
Esta análise tem como vantagens:
→ A identificação da exposição das pessoas aos riscos
os quais podem afetar a sua segurança e saúde;
→ A compreensão de como o trabalho foi executado e
de como e porque ocorreu algo errado;
→ O reconhecimento de deficiências no controlo de
riscos no trabalho de forma a possibilitar alterações e
melhorias da gestão de SST;
GRH 2020 Página 9 de 24
 → Fornecer aos trabalhadores informações sobre os
riscos a que estão expostos e medidas de controlo;
→ A possibilidade de troca de informações sobre os
riscos entre empresas, fabricantes e fornecedores.

Etapas da análise:
✓ Etapa I → Recolha de dados
✓ Etapa II → Análise das informações
✓ Etapa III → Identificação de medidas de controle 2.2 Custos diretos e indiretos dos acidentes de trabalho:
✓ Etapa IV → Plano de ação Custos diretos → custos segurados
→ Seguros;
Dentro desta análise existe a Investigação Reativa que, por → Remunerações;
sua vez, possui inúmeras técnicas, sendo uma delas a 5W2H: → Indemnizações afetáveis;
→ Despesas médicas.

5W2H
Custos indiretos → custos não seguráveis
O que será Quais as etapas a serem
What? Não traduzidos em valor, isto é, custos tempo perdido de
feito? desenvolvidas.
assistência ao sinistrado:
Definir objetivamente o motivo
Por que será do desenvolvimento do plano de → Paragem de produção;
Why? → Custos de substituição do trabalhador sinistrado;
feito? ação, justificação de cada
etapa. → Custo do impacto psicológico nos colegas;
→ Efeitos a nível do mercado.
Definir o local das intervenções
Where? Onde será feito? (onde o plano de ação será
aplicado).
2.3 Identificar e avaliar os fatores de risco no trabalho:
Definir os prazos de cada
Quando será 2.3.1 Fatores de risco no trabalho:
When? etapa, o período e o tempo de
feito?
execução do plano de ação. → Riscos Biológicos;
Pessoa que será responsável → Riscos Psicossociais;
Por quem será pela definição da equipa de → Riscos relativos à atividade de construção civil;
Who?
feito? trabalho e implementação das → Contributos da Ergonomia;
ações planeadas. → Riscos Químicos;
Método que será adotado na → Riscos Físicos:
execução das etapas o Ruído
Como será o Eletricidade
How? estabelecidas no plano de ação
feito? o Vibrações
para alcançar os objetivos
propostos. o Radiações

Levantamento dos custos das

How much? Quanto custará?
medidas de controlo. 2.3.2 Riscos físicos:
Ruido:
Processo RIAAT: Ruido = Incomodo = Efeitos Nocivos
Registo Investigação Análise de Acidentes de Trabalho → Problemas de surdez
→ Problemas de frequência cardíaca
→ Perturbações do sono
→ Stresse

Maior risco de acidente

Sofia Filipe GRH 2020 Página 10 de 24

Para além dos valores objetivos que indicam o nível sonoro a
que se encontra exposto cada trabalhador, importa considerar
que a surdez profissional se relaciona ainda com outros
fatores:
✓ A duração da exposição a tais valores;
✓ A diferente sensibilidade dos trabalhadores ao ruído.
Vigilância da saúde:
Verificação anual da função auditiva → exames audiométricos
aos trabalhadores expostos acima de valores de ação (85 dB(A)
para a exposição pessoal e 137 dB(C) para a pressão sonora do
pico.
Exames audiométricos de dois em dois anos → aos
trabalhadores expostos acima de valores de ação (80 dB(A)
para a exposição pessoal e 135 dB(C) para a pressão sonora do
pico.
Perante informação médica relativa à existência de doença ou
afeção resultante da exposição ao ruído, a empresa deve:
→ Repetir a avaliação do ruído;
→ Rever as medidas já adotadas de prevenção do ruído;
→ E reforçar a vigilância médica seja do trabalhador
afetado, seja de qualquer outro que possa ter estado
em situação análoga de exposição ao risco do ruído.
Eletricidade e fatores de risco elétricos:
Acidentes elétricos:
Os profissionais mais expostos a estes riscos devem conhecer
bem as boas práticas e saber exatamente como lidar com a
corrente elétrica de uma forma segura e informar os
utilizadores da sua correta utilização.
No contacto com a corrente elétrica, o acidente ocorre devido
ao choque elétrico.
Efeitos fisiológicos da corrente elétrica:
→ Sensação de contração muscular;
→ Contrações musculares dolorosas, podendo afetar o
coração;
→ Perda do conhecimento;
→ Paralisia do cérebro;
→ Paralisia de diferentes órgãos;
→ Perda de capacidade total ou parcial;
→ Decomposição do sangue;
→ Aumento da temperatura do corpo;
→ Queimadura nos pontos de contacto;
→ Cremação;
→ Morte.
Sofia Filipe
Medidas de Proteção Individual (EPI):
✓ Capacetes;
✓ Botas com isolamento em borracha;
✓ Óculos ou viseira de proteção;
✓ Luvas isolantes;
✓ Luvas para manobras de seccionadores e trabalhos
em tensão;
✓ Tapetes isolantes;
✓ Ferramentas isolantes (com isolamento adequado às
tensões em que se trabalha);
✓ Plataformas isolantes;
✓ Vestuário adequado aos trabalhos a executar.
Medidas de Proteção Coletiva:
✓ Ligação direta das massas à terra e emprego de um
aparelho de proteção de corte automático associado
(diferencial);
✓ Emprego de aparelhos de utilização da classe II de
isolamento;
✓ Separação de segurança dos circuitos (por exemplo,
recorrendo a um transformador);
✓ Emprego de tensão reduzida de segurança;
✓ Manutenção em bom estado de conservação e
funcionamento da rede de distribuição de energia;
✓ Observância das RTIEBT → Instalações de Utilização
de Energia Elétrica;
✓ Respeitar sempre a sinalética de segurança.
Vibrações:
As vibrações são efeitos produzidos por certas máquinas,
equipamentos e ferramentas vibrantes que atuam por
transmissão de energia mecânica, emitindo oscilações com
amplitudes percetíveis pelos seres humanos.
As vibraçõessão transmitidas aos trabalhadores por:
→ Máquinas móveis → tratores agrícolas, dumpers,
cilindros, camiões
→ Máquinas fixas → compressores, britadeiras
→ Ferramentas portáteis → martelo picador, serras,
lixadeiras, compactadores
Caso o tempo de exposição seja prolongado, poderão causar
lesões permanentes que estão classificadas como doenças
profissionais.
Uma vibração pode ser caracterizada pela amplitude e pela
frequência:
→ Valor limite de exposição → como valor limite da
exposição pessoal diária, calculado num período de
referência de 8 horas, expresso em m/s2, que não
deve ser ultrapassado;
GRH 2020 Página 11 de 24
 → Valor de ação de exposição → como o valor da
exposição pessoal diária, calculado num período de
referência de 8 horas, expressa em m/s2, que, uma
vez ultrapassado, implica a tomada de medidas
preventivas adequadas.
Origem das vibrações em meio industrial:
✓ Modo de funcionamento dos equipamentos;
✓ Processo de produção;
✓ Inadequada manutenção de máquinas e ao
funcionamento deficiente.
O efeito das vibrações depende da frequência destas:
→ Vibrações elevadas (superiores a 600 Hz) provocam
efeitos neuromusculares;
→ Vibrações superiores a 150 Hz afetam,
principalmente, os dedos;
→ Vibrações entre 70 e 150 Hz chegam até às mãos;
→ Vibrações entre 40 e 125 Hz provocam efeitos
vasculares;
→ Vibrações de baixa frequência podem provocar
lesões nos ossos.
Medidas de intervenção e controlo:
✓ Redução das vibrações na origem:
o Adquirir máquinas e ferramentas que
cumpram as normas CE;
o Realizar a manutenção periódica aos
equipamentos, substituir peças gastas,
fazendo apertos, alinhamentos,
ajustamentos e outras operações aos
órgãos mecânicos.
✓ Diminuição da transmissão das vibrações:
o Fazer a montagem das máquinas e dos
equipamentos em sistemas anti-vibratórios,
com a utilização de molas e amortecedores;
o Utilizar materiais para isolamento vibratório.
✓ Redução da intensidade das vibrações:
o Aumentar a inércia do sistema com a adição
de massas, o que permite reduzir a
frequência da vibração.
Sofia Filipe
✓ Medidas de prevenção - coletivas e individuais:
o Procurar esquemas de organização do
trabalho e das tarefas de forma a diminuir
o tempo de exposição dos trabalhadores às
vibrações e contribuir para a diminuição de
doenças profissionais graves.
o Todos os trabalhadores expostos às
vibrações devem ser informados dos riscos
a que estão sujeitos e dos meios de os
evitar.
Radiações:
Radiação é o processo de transmissão de energia através do
espaço através de partículas ou por ondas radiação mecânica
e radiação eletromagnética.
A radiação por ondas caracteriza-se pela frequência e
comprimento de onda e a unidade de medida utilizada é, no caso
de radiações de baixo comprimento de onda, o nanómetro (nm).
2.3.3 Riscos químicos:
Produtos químicos:
Os produtos químicos podem apresentar-se em duas formas:
→ Substâncias → elementos químicos e os seus
compostos, no seu estado natural, ou tal como são
obtidos por qualquer processo de produção;
→ Preparações ou misturas → misturas ou soluções
compostas por duas ou mais substâncias.
O Regulamento CRE (Classificação, Rotulagem e Embalagem
de substâncias e misturas) aborda os perigos inerentes à
substâncias e misturas químicas.
No caso de o produto ser considerado perigoso, deverá ser
acompanhado por uma ficha de dados de segurança e
rotulado de modo que os utilizadores tenham conhecimento
dos seus efeitos antes de os manusear.
Foram definidos os tipos de perigos principais:
→ Perigos físicos → inflamáveis, explosivos,
comburente, substâncias/misturas auto reativas
→ Perigos para a saúde → irritantes, nocivos, corrosivos,
mutagénicos, tóxicos
→ Perigos para o meio ambiente → toxicidade aquática
aguda
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 1. Agente Biológico →
isolar o agente do trabalhador e do ambiente;
2. Trabalhador → fornecer informação sobre a atividade e
riscos, equipamentos de proteção individual, assegurar os
cuidados de higiene e a vigilância médica;
3. Local de Trabalho → procedimentos e metodologia de
trabalho, acesso limitado à zona, cuidados com o
armazenamento de efluentes sólidos, líquidos ou gasosos e lixos.

2.3.5 Riscos relativos a atividades de construção civil:

Regras dos Armazenagem de Produtos Químicos: A atividade da Construção tem merecido uma abordagem
→ Sinalização → devem existir em lugar visível as especial por parte das estratégias de segurança e saúde do
seguintes indicações/referências. trabalho por três ordens de razões:
→ Organização do Armazém. → Sector de atividade que assume uma grande
importância económica e social;
→ Atividade a que estão associados índices elevados de
2.3.4 Riscos biológicos: sinistralidade laboral;
Agentes biológicos: → Sistemas de trabalho apresentam com considerável
especificidade, o que determina a necessidade de
Caracterização dos Agentes Biológicos: metodologias específicas de prevenção.
✓ Micro-organismos
✓ Células e cultura de tecidos
✓ Organismos geneticamente modificados (OGM) Fases que integram o processo construtivo global:
✓ Preparação do estaleiro;
✓ Preparação do local de construção;
Nocividade dos Agentes Biológicos: ✓ Construção da edificação:
Da exposição profissional aos agentes biológicos resultam de ✓ Execução das fundações;
processos de infeção, de alergia, e com menor frequência de ✓ Execução da estrutura;
infestação, dos quais decorre uma situação de alteração da ✓ Execução das alvenarias e da cobertura;
saúde: ✓ Instalação das redes técnicas e demais instalações
especiais;
✓ Execução dos acabamentos.
Fatores de Risco Biológico no Atividades profissionais:
Meio Laboral:
Causas principais de sinistralidade:
ser humano Matadouros
✓ Quedas em altura
Serviços hospitalares ✓ Esmagamento
Laboratórios de clínica e ✓ Soterramento
diagnóstico ✓ Eletrocussão
dos edifícios Recolha e tratamento de
resíduos sólidos e efluentes Equipamento de Proteção Individual:
Processos industriais com
microrganismos Trabalhos de agricultura e epois de esgotadas as medidas
pecuária técnicas e organizativas tendentes a eliminar ou controlar os
hospitalares Determinadas atividades da
indústria transformadora → Proteção do ouvido;
→ Proteção dos olhos e face;
→ Proteção das vias respiratórias;
Controlo de riscos biológicos:
→ Proteção das mãos e dos braços;
As ações de prevenção a desenvolver podem distinguir-se → Proteção do tronco e do abdómen;
segundo o ponto de atuação: → Proteção dos pés e das pernas.

Sofia Filipe GRH 2020 Página 13 de 24

2.4 Riscos psicossociais e stress:
Estão relacionados com a forma como o trabalho é concebido,
organizado e gerido, bem como com o seu contexto
económico e social. Pode suscitar um maior nível de stresse e,
por consequência, originar uma grave deterioração da saúde
mental e física.
A pesquisa recente enquadra os riscos psicossociais nas
seguintes cinco áreas:
1. Novas formas de contratos de trabalho e insegurança no
emprego
2. A mão-de-obra em envelhecimento
3. Intensificação do trabalho
4. Exigências emocionais elevadas no trabalho
5. Difícil conciliação entre a vida profissional e a vida privada
2.4.1 Novas formas de contratos de trabalho e insegurança no
emprego:
→ Contratos de trabalho precários
→ Externalização (entregar trabalho a organizações
externas)
Pode afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores
Os trabalhadores com contratos precários tendem a efetuar
os trabalhos mais perigosos, trabalham em piores condições e
recebem menos.
Mercados de trabalho instáveis podem suscitar sentimentos de
insegurança no emprego e aumentar o stresse profissional.
2.4.2 Mão de obra em envelhecimento:
→ Envelhecimento da população e o aumento da idade da
reforma.
→ Os trabalhadores idosos são mais vulneráveis aos
perigos resultantes das más condições de trabalho do
que os trabalhadores mais jovens.
→ Aumento das exigências mentais e emocionais que lhes
são impostas afetam a sua saúde e aumenta a
probabilidade de ocorrerem acidentes de trabalho.
→ Há que oferecer boas condições de trabalho e
adaptá-las às necessidades de cada trabalhador,
incluindo os mais velhos.
2.4.3 Intensificação do Trabalho:
Muitos trabalhadores lidam com quantidades de informação cada
vez maiores e têm de fazer face a maiores volumes de
trabalho, bem como a uma maior pressão no emprego.
Sofia Filipe
Alguns deles, em especial os que trabalham em novas formas
de emprego ou em domínios muito competitivos, tendem a
sentir-se menos seguros.
Sentem-se menos seguros ao não ser compensados pela
sobrecarga de trabalho, ou por não receber o apoio social
necessário.
Um maior volume de trabalho e o aumento das exigências
impostas podem levar a um aumento do stresse profissional e
afetar a respetiva segurança e a saúde.
2.4.4 Exigências emocionais elevadas no trabalho:
Esta questão suscita grande preocupação, em especial nos
sectores da saúde e dos serviços, em crescimento e cada vez
mais competitivos.
A intimidação no local de trabalho é um fator que contribui para
o aumento das exigências emocionais impostas aos
trabalhadores.
O problema da violência e da intimidação pode afetar todas as
profissões e todos os sectores. Tanto para as vítimas como
para as pessoas que as presenciam, a violência e a intimidação
psicológica ou física são causadoras de stresse e podem afetar
gravemente a saúde mental e física.
2.4.5 Difícil conciliação entre a vida profissional e a vida privada:
Os problemas profissionais podem repercutir-se na vida privada
das pessoas.
O trabalho incerto e ocasional, os grandes volumes de trabalho
e os horários de trabalho variáveis e imprevisíveis podem
originar um conflito entre as exigências profissionais e a vida
privada.
O resultado é uma difícil conciliação entre a vida profissional e
a vida privada, que afeta negativamente o bem-estar do
trabalhador.
2.4.6 Stress:
As pessoas sofrem de stresse quando sentem que há um
desequilíbrio entre as solicitações que lhes são feitas e os
recursos de que dispõem para responder a essas solicitações.
Embora seja psicológico, o stresse afeta igualmente a saúde
física do indivíduo.
Stresse pontual → por exemplo, para cumprir um prazo - não
constitui, em princípio, um problema: pelo contrário, pode ajudar
as pessoas a darem o seu melhor.
O stresse constitui um risco para a segurança e a saúde quando
se torna persistente.
GRH 2020 Página 14 de 24
 ✓ Intervenção Secundária
o Medidas de carácter individual para reduzir o
impacto que os stressores têm nas pessoas
(prevenção)
Desenvolvimento de maior flexibilidade e de
novas competências para lidar com os
stressores que não podem ser eliminados do
trabalho

gestão do tempo

resolução de conflitos
Consequências do stresse relacionado com o trabalho:
efeitos do stresse
O stresse pode alterar a forma como uma pessoa sente, pensa
e se comporta. Entre os sintomas de stresse contam-se:
Ao nível da organização:
✓ Intervenção Terceária
→ Absentismo o Medidas de carácter individual de tratamento
→ Elevada rotatividade do pessoal Acompanhamento individual para
→ Incumprimento de horários identificação de potenciais stressores
→ Problemas disciplinares
→ Assédio pessoal
→ Produtividade reduzida
→ Acidentes e erros desenvolvimento de competências de
→ Agravamento dos custos de compensação ou de gestão individual do stresse de relaxamento
saúde.
A nível individual:
→ Reações emocionais (irritabilidade, melancolia,
ansiedade, perturbações do sono, depressão, 2.5 A Ergonomia. Contributos na conceção dos postos de trabalho
hipocondria, alienação, esgotamento, problemas ao e na prevenção das Lesões Musculo Esqueléticas.
nível das relações familiares).
→ Reações cognitivas (dificuldades de concentração, de Ergonomia → é um termo
memória, de aprendizagem e de decisão).
→ Reações comportamentais (aumento de consumo /
abuso de drogas, álcool e tabaco, comportamento
Ergonomia de correção → atua sobre as condições de trabalho
destrutivo).
existentes implementando alterações que melhor se adaptem
→ Reações fisiológicas (perturbações lombares, défice
às possibilidades e limitações dos utilizadores.
imunitário, úlceras pépticas, problemas cardíacos,
hipertensão). Ergonomia de conceção → atua na fase do Projeto, ou fase
inicial de criação de um produto ou posto de trabalho. Antes da
implementação de determinado sistema é feito um estudo da
Combater o stress: situação.
✓ Intervenção Primária:
o Medidas organizacionais para redução de
fontes de stresse
Reestruturação organizacional
Mudanças no processo de tomada de
decisão

participação e envolvimento

Sofia Filipe GRH 2020 Página 15 de 24

A ergonomia estuda a adaptação do homem ao trabalho:
Através do estudo dos riscos ergonómicos:
✓ Adequação aos meios de produção
✓ Espaço de trabalho
✓ Esforço muscular aplicado
✓ Nível de intensidade e tipo de Luz
✓ Condições climáticas
✓ Organização do trabalho (pausas, horários)
Iluminação = Fadiga = Tensão
→ Tensão fisiológica → fadiga física
→ Tensão psíquica → fadiga nervosa
→ Perturbações da produtividade, motivação
→ Stresse
Maior risco de acidente
Movimentação de Cargas Riscos:
✓ Queda de objetos;
✓ Ferimentos causados por marcha sobre choque
contra, ou pancada por objetos penetrantes;
✓ Sobre esforços ou movimentos incorretos (de que
pode resultar hérnia discal, rotura de ligamentos,
lesões musculares e das articulações);
✓ Choque com objetos;
✓ Entalamento.
Prevenção para evitar lesões:
✓ Não transportar em carro de mão cargas longas ou
que impeçam a visão;
✓ Manter as zonas de movimentação arrumadas;
✓ Sinalizar as zonas de passagem perigosas;
✓ Utilizar ferramentas que facilitem o manuseamento
da carga;
✓ Tomar precauções na movimentação de cargas
longas;
✓ Adotar uma posição correta de trabalho.
Sofia Filipe
Designação de um responsável pela manobra, que tem como
atribuições:
✓ Avaliar o peso da carga para determinar o número de
trabalhadores necessários;
✓ Prever o conjunto das operações;
✓ Explicar a operação;
✓ Colocar os trabalhadores numa boa posição de
trabalho;
✓ Repartir os trabalhadores por ordem de estatura, o
mais baixo à frente.
Equipamento de Proteção Individual:
✓ Luvas de proteção mecânica;
✓ Calçado de segurança com proteção;
✓ Capacete de proteção.
3 Segurança comportamental
3.1 O ABC da segurança comportamental:
3.1.1 Comportamentos humanos:
Os comportamentos são aquilo que as pessoas fazem ou
dizem, por contraste com aquilo que pensam, sentem ou
acreditam (atitudes).
O que vemos é o comportamento, o que queremos atingir são
as atitudes e capacidades para criar pessoas.
Visível → o que vemos e pretendemos atingir
Invisível → o que não vemos, mas cria os comportamentos
(Atitudes e Capacidades)
Os Comportamentos são o resultado das atitudes e capacidades
subjacentes.
Atitudes e capacidades são mensuráveis utilizando ferramentas
3.1.2 Segurança comportamental:
Abordagem multidisciplinar que visa estudar as ações humanas
a partir da análise da capacidade dos indivíduos e grupos para
identificarem os perigos e controlarem os riscos existentes
num dado contexto, de forma a eliminar ou reduzir a
possibilidade de ocorrência de eventos indesejáveis para as
pessoas e coletividade (sociedade).
Qual a percentagem dos acidentes que são o resultado de:
→ Condições inseguras, as violações OSHA,
equipamentos perigosos → 20%
→ Atos inseguros, comportamentos de risco, as
decisões inadequadas → 80%
GRH 2020 Página 16 de 24
3.1.3 Gestão Comportamental para a SST:
É o processo de gestão da Saúde e Segurança do trabalho que
leva em conta as variáveis que interferem no comportamento,
visando implementar ações que estimulem o comportamento
seguro.
O comportamento humano resulta da articulação entre:
→ Antecedentes (Ativadores) → o que quer fazer ou
precisa de ser feito
→ Competências → como é que deve ser feito
→ Consequências → o que acontece se for feito
Os antecedentes, também designados
desencadeiam comportamentos específicos observáveis,
enquanto as consequências reforçam ou extinguem a
repetição desses comportamentos.
3.1.4 O modelo ABC da Segurança Comportamental:
A Antecedents → B - Behaviour → C - Consequences
✓ Reforço Positivo
✓ Reforço Negativo
✓ Punição e Extinção
3.1.5 Antecedentes:
Os antecedentes estão sempre presentes nos
comportamentos e são entradas intelectuais pré-existentes
que influenciam a tomada de decisão,
Pode haver conflitos de antecedentes e estes influenciam 20%
das condutas.
3.1.6 Consequências:
As consequências vão aumentar ou diminuir a frequência de
determinados comportamentos de poderem ocorrer
novamente no futuro (dependendo do tipo de reforço gerado
- positivo ou negativo).
Estas têm cerca de 80% de influência sobre os
comportamentos.
Um comportamento inseguro, raramente é um facto isolado,
em geral ele pode repetir-se muitas vezes até provocar um
acidente.
Os 4 grupos de consequências:
Reforço positivo (R+) e Reforço negativo (R-), aumentam
repetição do comportamento:
Sofia Filipe GRH 2020
→ (R+) → associado a recompensa por comportamento
desejado;
→ (R-) → envolvem as consequências desagradáveis
por comportamentos indesejáveis;
Quanto mais imediato, maior a intensidade do efeito.
→ Punição (P+) → diminui a probabilidade de repetição do
comportamento indesejado; deve ser acompanhada de
comunicação educativa sobre o comportamento
desejado, ganhando o efeito de um (R-);
→ Extinção (P-) → Retirar os reforços e deixar que o
comportamento seja extinto no tempo. É pouco usado.
Reforço para os Comportamentos Seguros:
→ Reconhecimento verbal;
→ Reconhecimento em público;
→ Recompensas materiais.
Quando dar um reforço positivo?
→ Imediatamente observado o comportamento seguro;
→ Durante reuniões de segurança;
→ Em comentários ocasionais ou sempre que oportuno;
→ Sempre que forem dadas sugestões para melhoria da
SST.
3.2 Programa BSC (Behavior Based Safety):
3.2.1 Segurança Baseada no Comportamento:
Programa BBS
Diminuição de comportamentos de risco
Redução de Acidentes
O BBS é um termo que se refere à aplicação dos
conhecimentos científicos da Psicologia Comportamental nas
questões de segurança do trabalho e tem como objeto o
comportamento de segurança observável, reforçando o
comportamento seguro.
O BBS centra-se no que as pessoas
fazem, analisa porque fazem, e em Envolve todos os
seguida aplica uma estratégia de trabalhadores, de todos os
intervenção e planos de ações com níveis hierárquicos.
o objetivo de melhorar as atitudes
das pessoas, desenvolver e Define as responsabilidades
consolidar uma Cultura de Segurança compartilhadas.
e Qualidade de Vida.
Página 17 de 24
 O objetivo do BBS é a mudança de comportamento através da: → Os riscos potencialmente fatais ou catastróficos;
✓ Informação → Níveis mais elevados de habilitações ou qualificações;
✓ Aprendizagem → Os riscos menos familiares ou pouco conhecidos;
✓ Reflexão → Benefícios reduzidos ou nulos face à exposição ao
✓ Consciencialização risco;
→ Riscos que causam efeitos imediatos;
uma mudança por consciência e não por obediência. → Riscos com maior mediatização.

3.3 A influência dos incentivos nos comportamentos humanos:
A teoria do ABC da segurança comportamental pode ainda ser
melhor compreendida e explicada se introduzirmos neste debate
a nossa tendência natural para reagir a recompensas ou
incentivos.
É importante considerar que os seres humanos são demasiado
vulneráveis a responder perante incentivos, uma vez que estes
são a base da vida moderna.
3.4 Tendências para a perceção da aceitabilidade dos riscos:
Fatores que tendem a reduzir as perceções de riscos:
→ A habituação ao risco ou a exposição a riscos mais
familiares podem dar origem a uma falsa sensação de
→ Riscos que não deram origem a acidentes;
→ Riscos não fatais e não catastróficos;
→ Elevada perceção de controlo sobre o risco;
→ A exposição ao risco afeta mais os outros do que a
nós próprios (otimismo irrealista ou sensação de
invulnerabilidade);
→ Afastamento dos acidentes no tempo e no espaço.

3.4.1 A influência das perceções de riscos nos comportamentos:

As perceções nem sempre correspondem à realidade. 4 Metodologias de avaliação de riscos, prevenção e
proteção
3.4.2 As perceções de riscos no trabalho: 4.1 Metodologias de avaliação de riscos para a sua
Tendências para a perceção da aceitabilidade dos riscos:
eliminação/redução:
4.1.1 Avaliação dos riscos:
Riscos aceitáveis: Riscos não aceitáveis: As empresas devem tomar as medidas necessárias para
garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Voluntários Involuntários
Para prevenir acidentes, devem instaurar um sistema de
Sob controlo do próprio Controlados por outros gestão da saúde e da segurança que inclua a avaliação de
Claramente benéficos De pouco ou nenhum benefício riscos, a gestão dos riscos e procedimentos de
acompanhamento.
Distribuídos de maneira justa Distribuídos de maneira injusta
Naturais Causados pelo homem
Etapas da avaliação dos riscos:
Não catastróficos Catastróficos
✓ Etapa 1 → identificar os perigos;
De uma fonte confiável De fontes desconhecidas
✓ Etapa 2 → determinar quem pode ser afetado e
Familiares/vulgares Exóticos/desconhecidos como;
Que afetam os adultos Que afetam as crianças ✓ Etapa 3 → avaliar os riscos e decidir sobre as
precauções a tomar;
Necessários Desnecessários ✓ Etapa 4 → registar os resultados e implementá-los;
✓ Etapa 5 → rever a avaliação e atualizá-la se
necessário.
3.4.3 Fatores de influência sobre as perceções de risco dos
trabalhadores:
Etapa 1 → Identificação dos perigos e das pessoas em risco:
Fatores que tendem a aumentar as perceções de riscos:
Análise dos aspetos do trabalho que podem causar danos e
→ Qualquer risco que se transformou em acidente identificação dos trabalhadores que podem estar expostos ao
(ocorrência de acidentes); perigo.
→ Quanto maior for a proximidade do acidente, no tempo
Etapa 2 → Avaliação e priorização dos riscos:
e no espaço, maior será a sua perceção;
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Apreciação dos riscos existentes (sua gravidade e probabilidade)
e classificação desses riscos por ordem de importância.
É essencial definir a prioridade do trabalho a realizar para
eliminar ou evitar os riscos.
Etapa 3 → Decisão sobre medidas preventivas:
Identificação das medidas adequadas de eliminação ou controlo
dos riscos.
Etapa 4 → Adoção de medidas:
Aplicação das medidas preventivas e de proteção, através da
elaboração de um plano de prioridades (provavelmente não será
possível resolver imediatamente todos os problemas) e
especificando a quem compete fazer o quê e quando, prazos
de execução das tarefas e meios afetados à aplicação das
medidas.
✓ Etapa 2 → a valoração do risco:
É um processo de comparação do valor obtido da análise do
risco com o valor padrão de risco aceitável.
Desta comparação determina-se a necessidade de controlo
do risco profissional (gestão do risco).
Tendo identificado os Fatores de Risco/Perigo existentes na
empresa é necessário avaliá-los, quantificando o nível de
risco, para se poder priorizar as situações que carecem de
medidas de controlo para mitigar os potenciais danos
resultantes do risco.
Escolha de uma Metodologia
4.1.2 Metodologias de Avaliação de Riscos:
MARS - Método de Avaliação de Riscos Simplificado

Etapa 5 → Acompanhamento e revisão:

A avaliação deve ser revista a intervalos regulares, para
assegurar a sua permanente atualização.
Deve ainda ser revista sempre que se verifiquem na
organização mudanças relevantes, ou na sequência dos
resultados de uma investigação sobre um acidente ou um
. ND Nível de Deficiência
Designa-se por nível de deficiência (ND) ou nível de ausência de
medidas preventivas, a magnitude esperada entre o conjunto
A avaliação de riscos é um processo dinâmico com o objetivo de fatores de risco considerados e a sua relação causal direta
de estimar a magnitude dos riscos profissionais para a saúde com o acidente
e segurança dos trabalhadores.

A magnitude dos riscos relaciona-se com:

→ A probabilidade do risco se manifestar, com que
frequência.
Vs
→ A gravidade da lesão que pode provocar.
NE Nível de Exposição
O processo de avaliação de riscos possui 2 etapas: O nível de exposição é uma medida que traduz a frequência
com que se está exposto ao risco. Para um risco concreto, o
✓ Etapa 1 → a analise do risco: nível de exposição pode ser estimado em função dos tempos
Consiste na compreensão do objeto de estudo que permita de permanência nas áreas de trabalho, operações com a
caracterizar os riscos profissionais que lhe estão associados. máquina, procedimentos, ambientes de trabalho, etc.
Essa caraterização implica a identificação dos perigos
presentes, a identificação dos trabalhadores expostos a
esses perigos e estimativa dos riscos - a probabilidade de
ocorrência e o potencial do dano.

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NP Nível de Probabilidade Nível de intervenção:
O nível de probabilidade é determinado em função das medidas
preventivas existentes e do nível de exposição ao risco e opode
ser expresso num produto de ambos os termos.

Vantagens:
✓ Um dos meios mais úteis para a identificação de
perigos;
✓ Complementa os métodos de análise de riscos;
✓ Permite avaliar a maioria dos parâmetros de
segurança;
✓ Auxilia os profissionais nas avaliações a efetuar;
✓ Permite obter um conhecimento profundo de todas
as situações de trabalho;
✓ Possibilita uma recolha de dados completa.

Estabelecer um plano de Acão:

NC Nível de Consequências
→ Ação a implementar;
Foram considerados quatro níveis de consequências em que se → Data prevista;
categorizam os danos físicos causados às pessoas, bem como → Recursos necessários;
os danos materiais. → Responsável pela implementação;
Os danos em pessoas deverão assumir sempre um peso → Estado de implementação.
superior sobre danos materiais. Quando os danos em pessoas
forem desprezíveis ou inexistentes deveremos considerar os
danos materiais no estabelecimento das prioridades. Registo dos resultados da avaliação de riscos:

Os acidentes com baixa deverão ser integrados no nível de Devem refletir a legislação aplicável e constituir uma base para
consequências grave ou superior. a confirmação de que todos os riscos foram avaliados.

Devem considerar o seguinte:

→ Relatório da avaliação de riscos;
→ Registos de riscos especialmente graves;
→ Listagem das medidas de prevenção propostas;
→ Notificações obrigatórias de certos riscos.

Risco avaliado: 4.2 Medidas de proteção individual e coletiva:

Princípio Básico:
Lei n.º 102/2009 de 10/09, na versão atualizada
Dar prioridade às medidas de prevenção coletivas sobre as
medidas de prevenção individuais.
→ As medidas de proteção devem ser essencialmente de
natureza coletiva.
→ As medidas individuais podem ser consideradas como
uma alternativa se as coletivas não forem viáveis ou
eficazes.

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 Medidas de proteção coletiva:
Concebidas para conter ou isolar o risco através de barreiras
físicas, medidas organizativas ou administrativas para diminuir a
duração da exposição (rotação dos postos de trabalho,
calendarização do trabalho, sinalização de segurança).
Medidas de proteção individuais:
Equipamento de proteção individual (EPI) destinado a proteger o
trabalhador.
A Sinalização de Segurança e Saúde no trabalho tem como
objetivo chamar a atenção sobre os perigos e para os meios
de prevenção:
4.3 Planos de prevenção de acidentes de trabalho:
Para os trabalhadores e empresa é preferível agir antes,
antecipar e prevenir os riscos, sendo a prioridade a prevenção.
4.3.1 Medidas preventivas:
Medidas técnicas ou de engenharia → destinadas a agir
diretamente sobre as fontes de risco a fim do suprimir ou
reduzir ou substituir.
Medidas administrativas ou de carácter organizativo → com
o objetivo de alterar os comportamentos e atitudes e
promover uma cultura positiva de segurança.
Medidas de proteção → medidas de proteção individual.

Tipo Forma e cor

Circular com pictograma negro num fundo
Proibição
branco com diagonal vermelha
Triangular com pictograma negro num
Aviso
fundo amarelo
Circular com pictograma branco num
Obrigação
fundo azul
Salvamento ou Retangular ou quadrado com pictograma
Socorro branco num fundo verde Etapa 1 → Eliminação:
Material de A eliminação de perigos refere-se à remoção total dos riscos
Retangular ou quadrado com pictograma e, portanto, impossibilita efetivamente todos os possíveis
Combate a
branco num fundo vermelho acidentes e problemas de saúde identificados.
Incêndios
O termo "eliminação" significa que um risco é reduzido a zero
sem mudá-lo para outro lugar.
Equipamento de Proteção Individual (EPI) → equipamento
utilizado pelo trabalhador na sua proteção contra riscos A eliminação é o objetivo ideal de qualquer gerenciamento de
suscetíveis de ameaçar a sua segurança e saúde no trabalho. riscos. Esta é uma solução permanente e deve ser tentada em
primeira instância.

A
que, deverão ser compatíveis entre si e não ser eles próprios
geradores de novos riscos.
Avalia e conclui a necessidade de uso com base nos
riscos físicos, químicos e biológicos.
O EPI deve estar munido da etiqueta CE, ser apropriado aos
riscos, proteger realmente, ser confortável, bem conservado
e utilizado e usado enquanto durar a exposição ao risco.
Avaliação das situações de risco com vista à seleção do EPI
seguir-se-á o esquema constante no Anexo I da Portaria n.º
1456-A/95, de 11 de dezembro.
Na referida avaliação ter-se-ão em conta as atividades e os
sectores de atividade.
Etapa 2 → Substituição:
Substituição significa substituir o perigo por um que apresente
menor risco.
A eliminação é imediatamente combinada com uma mudança
para outro risco, mas muito menor.
Frequentemente ou geralmente, pensado no contexto de
produtos químicos, o conceito de 'substituir o perigoso pelo não
perigoso ou pelo menos perigoso' pode ser aplicado muito mais
amplamente e apresenta-se como um dos princípios centrais
da sequência de medidas preventivas incorporadas na
Diretiva.

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Etapa 3 → Controlos de engenharia:
São meios físicos que limitam o risco. Isso inclui mudanças
estruturais no ambiente de trabalho ou nos processos de
trabalho, erguendo uma barreira para interromper o caminho de
transmissão entre o trabalhador e o perigo
A ventilação de exaustão local (LEV) para controlar os riscos
de poeira ou fumo é um exemplo, assim como a separação do
risco dos operadores por métodos como fechar ou proteger
itens perigosos de máquinas / equipamentos.
Deve ser dada prioridade a medidas que protejam
coletivamente sobre medidas individuais.
Etapa 4 → Controlos administrativos ou medidas
organizativas:
Reduzem ou eliminam a exposição a um risco pela adesão a
procedimentos ou instruções. A documentação deve enfatizar
todas as etapas a serem tomadas e os controles a serem
utilizados na realização da atividade com segurança.
Melhorar a resiliência dos trabalhadores por meio de medidas
como a promoção da saúde no local de trabalho, pode ser um
aspeto útil de uma abordagem holística da prevenção e
controle.
Etapa 5 → Equipamento de proteção individual (EPI):
O EPI deve ser usado apenas como último recurso, após todas
as outras medidas de controle terem sido consideradas, ou
como uma contingência de curto prazo durante
emergências/manutenção/reparação ou como uma medida
protetora adicional.
O sucesso desse controle depende do equipamento de proteção
ser escolhido corretamente, bem como instalado
corretamente, usado o tempo todo e mantido adequadamente.
5 O Plano de Segurança e a Organização da Emergência
5.1 Etapas do plano de emergência:
O empregador deve:
→ Estabelecer as medidas que devem ser adotadas em
matéria de primeiros socorros;
→ De combate a incêndios → todos devem saber
manusear um extintor, e de evacuação dos
trabalhadores;
→ E identificação dos responsáveis pela sua aplicação.
Nº 9 artº 15º Lei 102/2009 de 10-9 republicada na Lei nº
3/2014
Nº 1 do artº 73-B e nº1 do artº 75º da Lei 3/2014
Sofia Filipe
O Plano de Emergência define um conjunto de normas e
procedimentos devidamente conhecidos e testados, que
definem uma gestão otimizada dos meios humanos e materiais,
sendo simultaneamente um instrumento de prevenção e de
gestão operacional.
Identifica os riscos e estabelece os meios para fazer face a
um acidente grave, catástrofe ou calamidade, que possa
colocar em risco a segurança das pessoas, instalações ou do
meio ambiente.
Objetivos gerais:
O Plano de Emergência Interno tem por objetivo, a preparação
e organização dos meios humanos e materiais existentes,
para proteger os trabalhadores e ocupantes, em caso de
existência de uma emergência.
Emergência → ocorrência de situação não desejada com
origem em causas tecnológicas, naturais ou humanas, que
podem ter como consequência danos graves ao nível material
ou humano ou ambiental.
Os locais onde estão armazenados produtos inflamáveis,
químicos e explosivos são considerados como áreas de
perigos tecnológicos, onde podem ocorrer:
✓ Incêndio;
✓ Explosão;
✓ Colapso do edifício;
✓ Derrames de líquidos inflamáveis;
✓ Libertação de substâncias tóxicas;
✓ Exposição a radiações ionizantes;
✓ Perdas de energia e falta de água;
✓ Perda de comunicações.
Entre os perigos naturais será de destacar:
✓ Raio (relâmpagos);
✓ Inundações/Tempestades;
✓ Terramotos.
Razões para realizar um Plano de Segurança:
→ Tomar as ações necessárias em tempo útil;
→ Evitar erros durante a atuação: informações
confusas, contraditórias face à pressão do momento;
→ Maximizar a segurança humana e a proteção dos
bens;
→ Definir as diretrizes, princípios e normas para atuação,
tento em consideração aos cenários possíveis de
uma emergência;
→ Organiza as formas de socorro e prever atribuições
que competem a cada elemento da equipe de ação do
plano.
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Objetivos operacionais:
→ Pretende garantir o conhecimento dos riscos
existentes, sistemas de deteção e alarme;
→ Estabelecer os procedimentos em caso de
emergência;
→ Estabelecer e nomear uma estrutura hierárquica e
organograma funcional;
→ Manter as equipas operacionais, facilitar a intervenção
dos bombeiros, e garantir as condições de operação o
mais rápido possível.
O desenvolvimento de um plano de emergência deve começar
pela análise da vulnerabilidade, demonstrando:
→ Com que frequência uma situação pode ocorrer?
→ Que meios estão disponíveis para parar ou prevenir tal
situação?
→ O que é necessário perante uma determinada
situação?
Desta análise resultam os procedimentos a estabelecer e que
devem constar do Plano de Emergência.
Recomendações para Corrigir:
Mediante os riscos identificados e as limitações a uma adequada
implementação do plano de emergência faz-se as correções
necessárias.
Nesta fase é necessário que as plantas de emergência e toda
a sinalética da organização esteja atualizada.
Elaboração do Plano de Emergência Interno:
1. Caracterização do Espaço PEI:
→ Proceder à análise da implantação de todos os postos
de trabalho e descrição da atividade desenvolvida;
→ Proceder à identificação das zonas de circulação e
saídas dos pisos e do edifício;
→ Avaliar a circulação, sentidos e densidade de tráfego
automóvel no exterior do edifício;
→ Conhecer as localizações do Serviço Municipal da
Proteção Civil, do Quartel de Bombeiros, PSP e Unidades
de Saúde da área ou próximas e os pontos de
concentração para as pessoas evacuadas.
2. Identificação dos Perigos/Avaliação dos Riscos:
→ Proceder à identificação dos locais onde se
armazenem matérias inflamáveis, explosivas e
facilmente combustíveis;
Sofia Filipe GRH 2020
→ Proceder a uma previsão de efeitos, diretamente
relacionada com a necessidade de evacuação;
→ Proceder à inventariação de locais externos de risco
(estações de abastecimento de combustíveis,
armazéns de matérias perigosas, postos de
transformação ou seccionamento, locais sujeitos a
inundações, etc.).
3. Inventário de Meios e Recursos:
→ Análise das características construtivas das
instalações por forma a avaliar a sua capacidade de
resistência ao fogo;
→ Complementar aos meios identificados para a
intervenção no combate a incêndios, com
verificações da sua operacionalidade;
→ Verificar a existência e funcionamento do sistema de
iluminação de emergência;
→ Avaliar a qualidade da sinalização de segurança
existente;
→ Verificar a existência dos meios de alarme e alerta
das instalações;
→ Verificar a existência de meios automáticos de
deteção e extinção de incêndios.
4. Estrutura Interna de Segurança:
Verificar se existe / avaliar o funcionamento da
estrutura interna de segurança, relativamente à sua
dimensão e atribuições.
5. Plano de Intervenção:
→ Processo de intervenção, com os procedimentos
imediatos a serem observados;
→ Acionamentos sequenciais das intervenções, em
função das emergências e sua extensão;
→ Modelo e sistemas de controlo, acompanhamento e de
intervenção perante as emergências;
→ Cortes de energia;
→ Instruções de Segurança.
6. Plano de Evacuação:
→ Identificação das saídas;
→ Definição de todos os caminhos de evacuação,
considerando itinerários normais e alternativos;
→ Identificação de pontos críticos no processo de
evacuação;
→ Programar e organizar a evacuação, tendo particular
atenção as situações mais complexas da instalação;
→ Seleção dos pontos de encontro no exterior.
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 7. Seleção dos Trabalhadores:
Avaliar as necessidades quantitativas de trabalhadores
para a constituição das equipas de intervenção na
organização.
Estabelecer os critérios de seleção para os elementos
intervenientes no plano de emergência.

8. Formação das Equipas:

Preparar programas de formação e respectivos
manuais, bem como a execução da formação das
equipas de intervenção.

9. Exercícios de Formação Prática:

PEI Programar e acompanhar os exercícios de
formação prática que forem aplicados a fim de
testar a eficácia do plano de emergência.

10. Informação aos Trabalhadores e Utilizadores:

Preparar um folheto explicando o essencial do plano
de emergência da instalação com informação dos
procedimentos a seguir.

5.2 Orientações para a elaboração de um plano de emergência:

5.3 Medidas de autoproteção:
5.4 Estrutura e organização do plano de emergência:
5.5 Os meios humanos e materiais para a
evacuação/intervenção/1ºs socorros.

→ → → → → → → → → →

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