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"Direitos Sociais, segurança jurídica e os limites à reforma da Constituição".

1. Tentativa de encontrar intersecção entre temas tão amplos;

2. Direitos sociais são direitos fundamentais – regime jurídico específico –


máxima efetividade

3. Segurança – direito individual (artigo 5º) – cláusula pétrea (limite


objetivo à reforma da Constituição)
– direito social (artigo 6º)

Seguridade e segurança

4. Segurança Jurídica
Segurança jurídica é o “conjunto de condições que tornam possível
às pessoas o conhecimento antecipado e reflexivo das consequências
diretas de seus atos e de seus fatos à luz da liberdade que lhes é
reconhecida”.
Proteção contra a instabilidade das relações jurídicas
Previsibilidade dos comportamentos humanos
Exemplos:
anterioridade tributária
irretroatividade da lei penal
anterioridade da lei eleitoral

5. Segurança Jurídica e os Direitos Sociais

direito adquirido – artigo 5º XXXVI – “a lei não prejudicará...”


“direito adquirido a regime jurídico específico”
6. Princípio da proibição do retrocesso social
“Estabilização da perspectiva de aquisição do direito já legislado”;
“Efeito cliquet”
“Direito adquirido social” (Marcus Orione)

STF: sim para direito à educação (creche) e direito ao trabalho (trabalho


aos menores de 14, depois 16 anos);
não para direito à previdência?
“ADI 7051: dever de autocontenção judicial” (pensão por
morte na EC 10/2019).

7. Princípio da proteção da confiança legítima

Dimensão subjetiva da segurança jurídica;


Tutela das expectativas (regras de transição, impossibilidade de
retroação de novos entendimentos, dever de coerência, proibição de mudança
caprichosa de critérios decisórios, etc.).

STF: tema 445 – prazo para TCU analisar legalidade atos de


aposentadoria e pensão (cinco anos)

CPC, artigo 927, § 4º: “a modificação de enunciado de súmula, de


jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos
repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e
específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção
da confiança e da isonomia”
Se este cuidado é exigido do Judiciário, porque não exigir do legislador
(ordinário ou constitucional)?
35 anos de Constituição: necessidade de reflexão renovada sobre estes
temas, para que as conquistas sociais sedimentadas não sejam
descaracterizadas por maiorias parlamentares transitórias ou por conjunturas
econômicas;

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