Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PREVIOUSLY
ON
R+
Vantagem: bom para reposição volêmica, fonte calórica e
QUADRO DE CONCEITOS
6. Coloides (Albumina 4 – 5% e Voluven® 6%): compo‐
sição variada envolvendo salina e frações do plasma,
Principais fluidos e sua composição como a albumina e o hidroxietilamido.
1. Soro fisiológico 0,9%: composto por água, sódio (154 Vantagem: solução balanceada, ideal para manutenção da
mEq/L) e cloreto (154 mEq/L). volemia. Além disso, também causa menor resposta
inflamatória sistêmica, pois a albumina é uma substância
Vantagem: baixo custo, rápida expansão volêmica e menor natural.
resposta inflamatória sistêmica.
2. Ringer lactato: composto por água, sódio (129 mEq/L), Fórmulas para reposição e necessidade basal diária
potássio (4 mEq/L), cálcio (2,7 mEq/L), cloreto (109
mEq/L) e lactato (26,8 mEq/L). 1. Água: 25 a 35 ml/kg/dia. Necessidade diária média:
2.000 ml.
Vantagem: baixo custo, rápida expansão volêmica,
presença de potássio na composição e adequado para 2. Sódio
pacientes com alto risco de acidose metabólica, como
grandes queimados. Hiponatremia: deficit de sódio = 0,6 (0,5 em mulheres) x
Peso x (Na final - Na inicial).
Desvantagem: maior resposta inflamatória sistêmica e Hipernatremia: deficit de água livre = água corporal total x
sangue pela presença do cálcio. Necessidade diária média: 2 a 4 g/dia (87 a 174 mEq/dia).
d) .
CRISTALOIDES e) .
a) CE TO.
b) ERRADO.
SORO FISIOLÓGICO
Solução hipertônica em relação ao plasma sanguíneo (308
mOsm/L x 290 mOsm/L), com pH ácido (5,4 – 7,0) e composta
de água, 154 mEq/L de cloreto e 154 mEq/L de sódio. Quando
lemos a indicação 0,9% de NaCl, devemos entender que
existem 0,9 g de cloreto de sódio (NaCl) em cada 100 ml de
solução. Ou seja, 9 g por 1 litro (1.000 ml).
Suas principais vantagens são o baixo custo, baixo risco de
eventos adversos e rápida expansão volêmica. As
desvantagens são o risco de acidose metabólica
hiperclorêmica, edema e hipernatremia.
RINGER
Solução com composição eletrolítica mais próxima ao plasma,
podendo ser encontrada da forma simples ou associada ao
lactato. O Ringer simples é semelhante ao soro fisiológico,
com a diferença de possuir uma quantidade menor de sódio
(147,5 mEq/L x 154 mEq/L) e o acréscimo de outros íons, como
o potássio (4 mEq/L) e o cálcio (4,5 mEq/L). A presença desses
últimos é importante para a manutenção da condução
nervosa, contração muscular e mecanismos de coagulação
sanguínea. Além disso, existem 156 mEq/L de cloreto para
garantir o equilíbrio de cargas negativas e positivas da
solução. Por esse excesso de cloreto, essa solução também não
é ideal para pacientes com acidose metabólica, como
discutimos anteriormente.
RESIDÊNCIA MÉDICA R –
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL
– AMRIGS
d) Ringer lactato.
e) Solução glicosada.
b) Cálcio.
Cloreto de magnésio 30 mg
Concentração iônica
a) Albumina.
b) Ringer lactato.
c) Plasma.
d) Salina hipertônica.
SOLUÇÕES HIPOTÔNICAS
SORO GLICOSADO
Figura 3: Solução de salina hipertônica 3% disponível Ao contrário das demais soluções, o soro glicosado não pode
apenas nos EUA.
ser classificado como uma solução cristaloide por não possuir
íons inorgânicos em sua composição. É composto
Sua principal vantagem é restaurar o volume intravascular exclusivamente por glicose e água, sendo encontrado nas
sem utilizar grandes volumes, já que o fluido hipertônico concentrações de 5%, 10%, 25% e 50%, sendo esta última
"puxa" a água dos compartimentos intersticial e intracelular, também chamada de Glicose Hipertônica.
diminuindo assim o edema. Para se ter ideia, em modelos
animais com choque hemorrágico, a utilização de 1 litro de
S.F. 0, 9% mostrou-se equivalente em resultados
hemodinâmicos a 120 ml de salina 7,5% e 182 ml de salina 5%.
c) Evitar hemólise.
d) Evitar hipoglicemia.
energética e, consequentemente, a acidose e cetose oriundas Como não possui sódio e cloreto, não deve ser utilizado
de seus metabolismos. isoladamente para expansão volêmica, pois grande parte do
seu volume seria deslocado para os compartimentos
intracelular e intersticial, além de estimular a diurese
osmótica. Por esse motivo, muitos médicos optam pelo seu uso
concomitante às soluções cristaloides, que podem ser
prescritas na forma de bolsas de soro intervaladas ou
ampolas de salina e KCl acrescidas no soro glicosado. Veja
abaixo alguns exemplos de esquemas de hidratação de
manutenção em 24 horas para pacientes em jejum.
COLOIDES
Os coloides são soluções produzidas à base de salina e frações
do plasma sanguíneo, o qual é termicamente tratado para
evitar a transmissão de vírus. O mais utilizado é a albumina 4
e 5%, mas também existem coloides sintéticos, dentre eles o
dextran, a gelatina (Gelafundin®) e os coloides à base de
amido (Voluven®). Os coloides ganharam notoriedade por
possuírem inúmeras vantagens teóricas em estudos com
animais, mas as mesmas acabaram não se confirmando na
prática.
Uma dessas vantagens teóricas é a menor reação inflamatória Suas principais precauções são o risco de reação anafilática,
gerada quando comparado aos cristaloides, provavelmente a associação com distúrbios de coagulação e a lesão renal.
por ser composto por uma molécula natural, a albumina. Essa Além disso, possuem custo elevado e estudos demonstraram
característica não se estende aos coloides sintéticos. Além que seu uso não foi relacionado com aumento de
disso, necessitam de um menor volume de solução para sobrevida. Atualmente, são utilizados na reposição volêmica
realizar a expansão volêmica quando comparado aos de grandes queimados após as primeiras 24 horas,
cristaloides. Colocando em números, sabemos que 500 ml de diminuindo a necessidade de grandes volumes utilizados com
albumina 5% equivalem a 1. 000 ml de Ringer lactato no que cristaloides.
diz respeito a expansão volêmica.
VIDEO_09_R3_CIR_03
➤ 10 kg x 2 ml/kg/h = 20 ml/h
E qual é a necessidade basal de água (fluidos) de cada
indivíduo?
➤ 25 kg x 1 ml/kg/h = 25 ml/h
Taxa de manutenção = 85 ml/h
RESIDÊNCIA MÉDICA R –
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE – DISTRITO
Resumidamente, basta somar 40 ao peso da pessoa em kg que
FEDERAL – SES-DF teremos o valor do fluxo de manutenção em ml/h. Veja um
exemplo abaixo do cálculo para um paciente com 70 kg.
No que concerne aos cuidados de pacientes no período pós-
operatório, julgue o item que se segue. Na reposição hídrica, a
necessidade diária de água no jejum não complicado é cerca de Fluxo (ml/h) = 40 + Peso (kg)
metade do resultado do cálculo do peso corporal multiplicado
por , e dividido pela altura do paciente em centímetros.
Fluxo (ml/h) = 40 + 70
O volume médio diário relacionado com as perdas insensíveis mineralocorticoide, síndrome cerebral perdedora de sal,
a) menos de ml
b) a ml C. Hiponatremia hipervolêmica: aumento da água corporal
c) a ml por aumento de ADH ou incapacidade de excretar água.
d) a ml
e) a ml ■
Na urinário < 20 mEq/L: síndrome nefrótica, ICC, cirrose
com ascite.
R. ■
Na urinário > 20 mEq/L: insuficiência renal oligúrica.
VIDEO_ _R _CIR_
HIPONATREMIA
Podemos dividir as causas de hiponatremia em três grupos
distintos, de acordo com a volemia do paciente: hipovolêmica,
euvolêmica e hipervolêmica. Veja alguns exemplos de cada
grupo abaixo.
queimadura;
➤ Perda fecal: diarreia osmótica (gastroenterite); Assim como o sódio é o principal íon extracelular, o potássio é
➤ Perda urinária por diabetes insipidus (central ou o principal intracelular. Sua concentração plasmática deve ser
nefrogênico), ingestão de etanol (poliúria aquosa mantida em uma pequena faixa de normalidade, entre 3, 5 e
transitória), furosemida, diurese osmótica (ex.: diabetes, 5, 5 mEq/L, para evitar distúrbios neuromusculares. A
manitol), diurese pós-obstrutiva, diurese por necrose necessidade basal de potássio, coincidentemente, também
tubular aguda. varia entre 2 e 4 g, que equivalem a 50 a 100 mEq/dia.
a) Hipomagnesemia.
b) Hipocalemia.
RESIDÊNCIA MÉDICA R –
c) Hipocalcemia.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL
d) Hiponatremia.
– AMRIGS
e) Hipercalcemia.
Na reposição hidroeletrolítica por via parenteral, a necessidade
básica de potássio de um paciente adulto é de:
R. Como vimos, essas são alterações eletrocardiográ cas típicas
da hipocalemia. Gabarito: letra B.
a) mEq/kg.
b) mEq/kg.
Para a reposição, temos algumas restrições como não
c) mEq/kg. ultrapassar a velocidade de 40 mEq/h e utilizar concentração
betabloqueadores, intoxicação digitálica, etc.). pós-operatório de laparotomia exploradora, por ferimento por
projétil de arma de fogo. Apresenta desconforto abdominal e
piora do estado geral. Exame ísico: sonolento, descorado ++/ +,
As alterações eletrocardiográficas são opostas à hipocalemia, desidratado, acianótico, com vasoconstrição periférica. Pulso:
sendo a mais precoce a onda T alta e apiculada e a mais bpm, rítmico; PA: / mmHg; FC= bpm; T= , °C;
grave o achatamento e desaparecimento da onda P (ritmo Frequência respiratória: ipm. Pulmões: Murmúrio Vesicular
"sinoventricular" ou padrão "ondas em sino"). Presente Bilateralmente, pouco diminuído em bases; Coração:
Bulhas taquicárdicas; Abdômen: distendido, difusamente
doloroso à palpação, com sinais de irritação peritoneal;
Na hipercalemia grave com alteração do ECG, quatro medidas
Extremidades frias e mal perfundidas. Glicemia (dextro):
estão indicadas:
mg/dl. Passada sonda vesical, com retorno de ml de diurese
muito concentrada. Gasometria arterial: pH: , ; pO :
1. Gluconato de cálcio (mais importante): o cálcio protege mmHg; CO = mmHg; Bicarbonato: mEq/dl; BE: - , ;
o coração contra a hipercalemia, prevenindo a PCR, Lactato = , mmol/dl (normal até , mmol/ dl); SaO = %;
mesmo sem baixar os níveis séricos de potássio; Na+: mEq/dl; K+: , mEq/dl; x tórax: elevação decúpulas
Obs.: não está indicado na ausência de alterações no ECG; diafragmáticas; ECG: ilustrado a seguir. Cite medidas para
tratamento da hipercalemia, neste doente.
2. Glicose + insulina: estimula a entrada do potássio para o
meio intracelular;
R.
VIDEO_ _R _CIR_