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UNIDADE CURRICULAR: Comunicação Educacional e Tecnologias Multimédia

CÓDIGO: 11060

DOCENTES: José Bidarra e Horácio Ruivo

A preencher pelo estudante

NOME:

N.º DE ESTUDANTE:

CURSO: Licenciatura em Educação

DATA DE ENTREGA: 08 de novembro de 2023

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

1.O Relatório Eurydice sobre “A Educação Digital nas Escolas da Europa”,


oferece uma visão abrangente das abordagens educacionais digitais no ensino
primário e secundário. As principais abordagens nos currículos desses níveis
educacionais destacam a elevada importância na integração da tecnologia e na
promoção de competências digitais.

No ensino primário, há uma grande tendência para a introdução de habilidades


digitais desde muito cedo, traduzindo-se assim em abordagens que procuram
familiarizar as crianças com a tecnologia, trabalhando conceitos básicos de
informática e promovendo uma utilização saudável do uso da internet. As
atividades digitais no currículo primário centram-se em jogos educativos,
programas interativos e ferramentas que desenvolvem habilidades básicas de
pesquisa, comunicação e resolução de problemas.

No ensino secundário, as abordagens digitais expandem-se para incluir tópicos


mais avançados, como programação, análise de dados, pensamento crítico,
em relação à informação online e ética digital. Além disso, há uma grande
necessidade de integração de tecnologias emergentes, como inteligência
artificial, robótica e ciência de dados, para preparar os alunos para um mundo
cada vez mais digital. Contudo, é importante realçar, que há variações
significativas entre os países europeus em termos de implementação e
profundidade das abordagens. Alguns sistemas educacionais são mais
avançados na integração da educação digital em comparação com outros,
refletindo diferenças de infraestruturas, recursos e prioridades educacionais.

Uma crítica que pode ser levantada é a necessidade de uma abordagem mais
uniforme e abrangente em todos os países, garantindo não apenas acesso à
tecnologia, mas também a uma preparação mais consistente para os desafios
e oportunidades apresentados pela era digital. Além disso, a evolução rápida
do cenário tecnológico exige uma adaptação contínua dos currículos, o que
pode ser um desafio para os sistemas educativos que muitas vezes têm
processos mais lentos de atualização. Portanto, embora haja avanços notáveis
na introdução de competências digitais nos currículos do ensino primário e

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secundário na Europa, há espaço para melhorias na uniformidade, na
adaptação rápida e na igualdade de acesso e preparação para os alunos diante
do mundo digital em constante mudança.

2. O Relatório Eurydice destaca várias medidas específicas para apoiar as


escolas no desenvolvimento da educação digital na Europa. Essas medidas
visam promover a integração bem sucedida da tecnologia na educação, tais
como, a promoção de programas de formação contínua para os professores,
capacitando-os de competências digitais e metodologias adequadas para
integrar a tecnologia no ensino. Isso pode ser aplicado em Portugal através de
iniciativas de formação específica, workshops, e programas contínuos de
atualização de capacidades. Garantir o acesso adequado a recursos digitais e
infraestrutura tecnológica nas escolas, implica investimentos em equipamentos,
acesso à internet de qualidade e plataformas educativas. Em Portugal, isso
traduzir-se-ia em investimentos do governo para garantir a disponibilidade e
acessibilidade de equipamentos e conetividade nas escolas em todo o país.

Desenvolver currículos flexíveis e dinâmicos, adaptados para incorporar


habilidades digitais em todas as disciplinas, através da revisão e atualização
constantes dos currículos para refletir as mudanças tecnológicas. Em Portugal,
isso seria aplicável utilizando e fazendo atualizações regulares dos programas
curriculares, incorporando habilidades digitais em disciplinas existentes.
Incentivar a participação ativa dos alunos no uso responsável e crítico da
tecnologia, incluindo a promoção de projetos interdisciplinares que utilizem
ferramentas digitais.

Em Portugal, poderia envolver programas extracurriculares ou projetos que


incentivassem a criatividade e o pensamento crítico dos alunos recorrendo à
tecnologia. A aplicação dessas medidas exige uma abordagem sistemática e
coordenada entre o governo, escolas, professores e outros agentes relevantes.
O país já tem progredido nesse sentido, implementando políticas que visam a
integração da educação digital, no entanto, é crucial uma abordagem contínua
e adaptável para garantir que as escolas recebam o apoio necessário,
especialmente em termos de formação docente, financiamento para

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infraestrutura tecnológica e revisão constante dos currículos para refletir as
demandas em evolução do mundo digital.

3. Um mapa mental, também conhecido como mapa concetual, é uma


representação gráfica de ideias, conceitos, informações e a forma como se
relacionam entre si. Estes mapas são utilizados para organizar e visualizar
informações de forma clara e concisa.

Estes tipos de mapas são usados em diversas áreas, como a da educação,


devido à sua capacidade de representar visualmente conceitos e relações de
forma mais claras e visíveis. A utilização de mapas mentais ou concetuais no
contexto educacional é amplamente benéfica.

Pensemos numa aula de Ciências onde os alunos estão a trabalhar o sistema


solar, o professor pode pedir aos alunos que construam um mapa mental ou
concetual sobre este tópico. Os alunos podem registar os planetas, as suas
órbitas, caraterísticas específicas e outros conceitos relacionados com o tema
abordado, de modo a poderem visualizar e organizar as informações de forma
mais clara e compreensível.

São várias as vantagens para os alunos, pois, as representações visuais


ajudam-nos a organizar informações complexas de forma mais claras e fáceis
de compreender. Ao permitir o uso de núcleos, desenhos e conexões, os
mapas mentais e concetuais incentivam a criatividade e a expressão pessoal
dos alunos. A visualização e a conexão de informações ajudam os alunos a
lembrarem-se e a reter conceitos com mais facilidade. Construir um mapa
exige que os alunos identifiquem relações entre diferentes conceitos e que
obtenham uma compreensão mais profunda do assunto.

Mas estes mapas não têm só vantagens, também têm desvantagens e


algumas limitações. Têm limitações na estruturação, alunos com dificuldades
em estruturar informações ou organizar ideias podem ter dificuldade na criação
de um mapa eficaz A elaboração de um mapa preciso e estruturado, pode ser
demorada, tornando-se num desafio em aulas com pouco tempo disponível.

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A interpretação dos mapas pode variar de aluno para aluno, o que pode
dificultar a avaliação, se a elaboração for feita, utilizando ferramentas digitais, a
dependência de acesso à tecnologia pode ser uma limitação em alguns
contextos educacionais.

Os mapas mentais ou concetuais são ferramentas úteis para organizar e


visualizar informações, difundindo a compreensão e a retenção do
conhecimento. No entanto, é importante considerar a diversidade de estilos de
aprendizagem dos alunos e as limitações práticas na implementação dessa
técnica. Quando bem aplicados, os mapas podem ser uma ferramenta
poderosa para melhorar o processo educativo.

Bibliografia:

- Comissão Europeia/EACEA/Eurydice (2019). A Educação Digital nas Escolas


da Europa. Relatório Eurydice. Luxemburgo: Serviço das Publicações da União
Europeia.

- Por um novo conceito e paradigma de educação digital onlife - Revista UFG,


2020, V.20, 63438

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