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Nampula, 2022
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Marcelino João Ambrossaine
Nampula, 2022
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Declaração de honra
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Folha de aprovação
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Índice
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Dedicatória
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Agradecimentos
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EPÍGRAFE
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Resumo
A motivação do aluno pode ser influenciada principalmente pelo estilo motivacional do professor,
ou seja, pelos sentimentos e comportamentos que o professor demonstra em suas interações com
os alunos. Embora não se desconsiderem as crenças, conhecimentos, expectativas e habitos que
os alunos trazem para a escola, a respeito da aprendizagem e da motivação, o contexto
educacional imediato, ou seja, a sala de aula, torna-se fonte de influência para o seu nível de
envolvimento. Neste estudo, de natureza exploratória, tinha em vista analisar a percepção dos
alunos em relação aos estilos motivacionais dos seus professores, no Centro de Formação de
Professores do Futuro de Nacala; especificamentes o estudo pretendia caracterizar e categorizar
os estilos motivacionais dos professores percebidos pelos alunos em salas de aula. A amostra foi
composta de 136 alunos, do primeiro ano do curso; os dados foram recolhidos mediante a
aplicação de um inquérito de tipo servay com escala de Likert, construído com base no
instrumento “problemas na escola”, elaborado por Deci et al. (1981), e adaptado para a realidade
da escola estudada. Os resultados revelam que os alunos entendem que entre os professores há
predominância da postura caracterizada pela satisfação das necessidades psicológicas básicas dos
alunos, que pertence à categoria de estilo motivacional promotor de autonomia; no entanto foi
constadado, em pequena proporção, o entendimento de que o professor manifesta a postura que
fomenta no aluno compulsões internas para a ação, mediante sentimentos de culpa, vergonha e
ansiedade estilo que pertence a categoria de estilo motivacional promotor de controlo.
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Abstract
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Lista de abreviaturas e siglas
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Índice de quadros
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Índice de gráficos
Gráfico 1: Vantagens que poderão advir para a vida futura dos alunos se estudarem
Gráfico 4: Os professores criam oportunidades para que os alunos trabalhem a seu modo
Gráfico 11: o professor corrige a expressão verbal e escrita do estudante, diante dos colegas
Grafico13: O professor promete prémio especial aos alunos que continuam melhorando
Gráfico 16: O professor da uma boa repreensão até que o aluno aprenda a matéria
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INTRODUÇÃO
Nesse sentido, é importante pensar como os professores motivam seus alunos para a
aprendizagem, se buscam favorecer a motivação extrínseca ou intrínseca. Os autores
afirmam que os alunos com o segundo tipo de motivação mencionado sentem maior bem-
estar na escola (Anaya & Anaya, 2010). Isso porque eles têm clareza sobre para que vão
estudar, sentem-se entusiasmados, competentes, estabelece relações seguras e são activos em
seu aprendizado (Núñez e León, 2019). Dessa forma, se buscamos uma educação centrada
no aluno, é necessário que o professor comece a ter consciência de como motiva esses
agentes, ou seja, sobre seu estilo motivacional docente (Ryan e Deci, 2017).
Esse conceito vem sendo estudado internacionalmente por especialistas, com suas
pesquisas sobre o papel da motivação e as crenças dos professores influenciando seu estilo
motivacional de ensino onde têm o objectivo de verificar se um estilo motivacional
específico previne a fadiga e promove a motivação autónoma.
Que estilos motivacionais dos professores são percebidos pelos alunos nas
salas de aula do Centro de Formação de Professores do Futuro em Nacala?
Motivações do estudo
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A segunda parte corresponde ao desenho metodológico e resultados, dividindo-se em
dois capítulos. Num primeiro momento, descreve-se a metodologia utilizada, bem como a
amostra, as técnicas e instrumentos de recolha, organização e análise das informações. Em
seguida, no segundo capítulo, é realizada a análise dos resultados obtidos nos questionários.
Por fim, são apresentadas as conclusões, algumas recomendações e os apêndices desta
investigação.
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CAPITULO 1: REVISÃO DA LITERATURA
1.1. A Motivação
A motivação pode ser entendida como um processo e, como tal, é aquilo que suscita
ou incita uma conduta, que sustenta uma actividade progressiva, que canaliza essa actividade
para um dado sentido (Balancho e Coelho, 1996).
De acordo com Bzuneck (2009, p.9) apud Tayama (2012, p.4), uma primeira idéia
sugestiva sobre motivação, normalmente aplicável a qualquer tipo de actividade humana, é
fornecida pela própria origem etimológica da palavra, que vem do verbo latino movere, cujo
tempo supino motum e o substantivo motivum, do latim tardio, deram origem ao nosso termo
semanticamente aproximado, que é motivo. Assim, genericamente, a motivação, ou o
motivo, é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em acção ou a faz mudar o curso.
Bzuneck (2000, p. 9), afirma ainda que a motivação, ou o motivo, é aquilo que move
uma pessoa ou que a põe em acção ou a faz mudar de curso.
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aprendizagem, desempenho, criatividade, persistência e bem-estar, entre outros resultados
favoráveis (Bzuneck, 2009).
Ainda neste nó de pensamento, NOT (1993) afirma que “toda actividade requer um
dinamismo, uma dinâmica, que se define por dois conceitos: o de energia e de direcção”. No
campo da psicologia esse dinamismo tem sua origem nas motivações que os sujeitos podem
ter. Portanto, observa-se a forte presença de motivação por meio de determinada actividade,
presente em uma criança de tenra idade, aos dois anos, por exemplo.
A motivação não é algo que se possa verificar directamente, portanto ela vem sendo
observada sob diversas formas, e através do comportamento motivado vai gerar energia e
uma necessidade que instiga e se procede, com o intuito de atingir uma meta, pois está
ligada a busca de resultados satisfatórios. Lima (2000 apud Genari).
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motivadora; o indivíduo é sujeito a várias necessidades em paralelo; existem diversas formas
para satisfazer os níveis mais elevados do que os níveis básicos (Valim, et al., 2006).
De acordo com Prfom (1987) apud Almeida & Kaulfuss (s/d), a motivação apresenta
dois factores motivacionais, a primeira é caracterizada como motivação extrínseca, é o
motivo da acção proveniente do meio, são os motivos onde se recebe algum premio, objecto
que gera um sentimento por realizar algo, em troca de recompensa, é o desejo próprio sem
nenhuma influência externa. São estímulos diferentes como a que nasce do próprio sujeito,
relacionado ao meio no qual está inserido e motivação intrínseca é caracterizada como
sentimento de satisfação pessoal, é quando se realiza algo por interesse próprio, força de
vontade e competência.
Motivação são estímulos diferentes, como a que nasce do próprio sujeito e o que causa
no mesmo devido ao meio no qual está inserido. A motivação extrínseca é promovida por
recompensas, prémios, aprovação e elogios, que sempre acaba influenciando na
aprendizagem, pois motivação intrínseca é a satisfação e gratificação pessoal experimentada.
Almeida & Kaulfuss (s/d).
Motivação intrínseca é algo que parte de dentro para fora e na medida em que progride
desperta bem-estar, interesse e desejo de conquista. É classificada como uma força que
começa de um nível baixo, conforme seu estímulo gera um sentimento de busca por novos
desafios, com objetivo de alcançar o êxito. (Harter, 1981).
De acordo com Moraes & Varela (s/d), o segredo motivacional do aprendizado escolar
está em conseguir conciliar o desenvolvimento da motivação intrínseca da criança (pela auto
percepção dos avanços obtidos e o processo necessário), segundo Burochovitch & Bzuneck
(2004, p. 37) apud MORAES & VARELA (s/d) “a motivação intrínseca refere-se à escolha
e realização de determinada actividade por sua própria causa, por esta ser interessante,
atraente ou, de alguma forma, geradora de satisfação”, com o apoio da motivação extrínseca
ou externa (avaliação dos adultos, informações a respeito, elogios verdadeiros, etc.).
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A motivação extrínseca tem sido definida como a
motivação para trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou
actividade, como para a obtenção de recompensas materiais ou
sociais, de reconhecimento, objectivando atender aos comandos
ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências
ou habilidades [...] diversos autores consideram as experiências de
aprendizagem propiciadas pela escola como sendo
extrinsecamente motivadas, levando alguns alunos que evadem ou
concluem seus cursos a se sentirem aliviados por estarem livres da
manipulação dos professores e livros (Burochovitch & Bzuneck,
2004, p. 45-46).
A motivação deve receber especial atenção e ser mais considerada pelas pessoas que
mantêm contacto com as crianças, realçando a importância desta esfera em seu
desenvolvimento. A motivação é energia para a aprendizagem, o convívio social, os afectos,
o exercício das capacidades gerais do cérebro, da superação, da participação, da conquista,
da defesa, entre outros.
Pais, educadores e especialistas que lidam com as crianças podem levar em conta a
construção motivacional na infância, antevendo as suas decorrências futuras, tais como a
auto percepção e o hábito de desenvolver a motivação intrínseca, reduzindo a necessidade de
buscar motivação extrínseca para a realização de alguma tarefa. MORAES & VARELA
(s/d).
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Para Burochovitch & Bzuneck (2004, p. 37) a motivação intrínseca proporciona a
sensibilidade no aluno de que “a participação na tarefa é a principal recompensa, não sendo
necessárias pressões externas, internas ou prémios por seu cumprimento”.
A motivação intrínseca do aluno não resulta de treino ou de instrução, mas pode ser
influenciada principalmente pelas ações do professor e dos encarregados de educação.
A motivação não é somente uma característica própria que vem do aluno, ela também
é mediada pelo professor, pelo ambiente no qual se encontra inserido e também pela equipe
escolar. O professor deve motivar os alunos através de recompensas que os façam gerarem
bons resultados, para poder obtê-las. Os alunos que são recompensados pelo eu desempenho
escolar, tem grande potencial em adquirir gosto pela aprendizagem. Ao contrário dos alunos
que são punidos, acabam se confrontando com professores, muita das vezes adquirindo
sentimento de rebeldia, podendo até levá-lo a evasão escolar. Factores motivacionais
intrínsecos quanto extrínseco em excesso acarretam determinado dano, pois o interesse do
aluno está também vinculado à postura metodológica do professor, que precisa ter
conhecimento e saber trabalhar com estes factores. Promover estratégias e métodos
ajustados as suas necessidades, que permita o aluno ter novos conhecimentos. (Pfrom,
1987).
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alternativas para levá-los a valorizar a educação, em suma, tornam o ambiente de sala de
aula principalmente informativo.
A motivação intrínseca é compreendida como sendo uma propensão inata e natural dos
seres humanos para envolver o interesse individual e exercitar suas capacidades, buscando e
alcançando desafios óptimos (Burochovitch & Bzuneck, 2004, p. 39).
Segundo Piletti apud Raasch, (2002) Por assumir um papel muito importante o
professor é considerado como o espelho dos alunos, responsável por promover a motivação,
fazendo com que o aluno possua competência devido as suas atitudes, que permite o
aprender a se tornar mais agradável e interessante. É necessário que saiba despertar o
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interesse dos alunos, desenvolver estratégias que desperte sua curiosidade. Pois cada um
possui interesse e objetivos diferentes, nem sempre o professor irá satisfazer as expectativas
de todos. Sendo assim ele terá que aperfeiçoar seus conhecimentos e estratégias, despertar
interesse e curiosidade em termos de aprendizagem. Não apenas focar no ensino, mas
também na afectividade e o lado emotivo. O papel do professor é complexo, porém ele
precisa ser criativo e inovador. Criar um bom relacionamento com os alunos e um clima de
proximidade entre ambos, permitindo que a criança possa expressar seus desejos e suas
necessidades. Um ambiente estimulante é aquele em que a criança se sente segura e ao
mesmo tempo desafiada, onde sinta prazer de estar inserida e que possa identificar-se com o
meio. (Lima, 2008).
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Põem o aluno e o ensino em uma posição de êxito, fracasso ou crítica;
Obrigam o aluno a reconsiderar e revisar seus esforços iniciais;
Obrigam o aluno a aplicar e dominar regras significativas, normas ou disciplinas;
Oferecem ao aluno a possibilidade de planejá-las com outros, participar do seu
desenvolvimento e comparar os resultados obtidos; · São relevantes para os
propósitos e interesses explícitos dos alunos.
Também Alonso Tapia e Fita (2001), acreditam que os alunos podem ser classificados
por algumas atitudes, a fim de agir de molde eficaz em sua motivação.
Outro fator que promova motivação no aluno é quando o mesmo chama o seu aluno
pelo próprio nome, havendo então uma interação que faz o aluno se sentir sujeito do ato de
aprender. Isto o anima e interferi no conhecimento, ainda mais quando o professor usa uma
palavra de estímulo à sua capacidade de pensamento ou condição de experimentação
(Cunha, 1989, p.144).
Outro exemplo a ser utilizado pelo professor é realizar continua reflexão sobre sua
ação pedagógica, buscando compreender e interpretar as diferentes situações do contexto
escolar e do aluno nele inserido. Essa ação contribuirá para a motivação e aprendizagem
efetivas.
Mas para que isso aconteça o aluno deve saber o porquê o conhecimento de
determinados conteúdos e inseri-los no seu cotidiano, pois aprender é evoluir, um
conhecimento que não seja utilizado pelo aluno não subsiste por muito tempo. (Proctor,
1963). Desta maneira o professor deve ajudar os seus alunos em descobrir suas necessidades
e interesses e orientá-los no uso de novos recursos, técnicos e conceitos.
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O fator essencial para que o aluno se sinta motivado, é pelo simples fato dele e seu
professor terem objetivos definidos e trabalhar em conjuntos, ajudando-se mutuamente.
Mas estes trabalhos devem ter uma fala com uma linguagem acessível, de fácil
compreensão.
Outro fator contribuinte para motivação é quando o aluno se sente capaz, e que está
progredindo rapidamente.
Um dos fatores motivacionais de uma sala para a contribuição dos alunos é tornar-la
em um espaço de crescimento integral, fazendo-se necessário o respeito à diversidade,
usando-a como tema de trabalho, buscando construir confiança, admiração, entusiasmo,
motivação e harmonia.
A personalidade do professor:
Seu aporte;
Sua aparência física;
Sua voz;
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Sua facilidade;
Neutralidade de expressão;
Seu dinamismo;
Seu entusiasmo pela matéria;
Seu bom humor e cordialidade, juntamente com sua firmeza e segurança;
Simpatia e interesse pela dificuldades, problemas e programas de seus alunos.
Recursos de ensino:
Os instrumentos externos ao aluno, que servirão como motivação deve ser algo que
lhes cause satisfação, como é o caso da brincadeira e do brinquedo. A brincadeira como já se
sabe, pode se dar através do desporto e do lúdico, que é a brincadeira intencional, ou
mediada.
O professor procura estabelecer relação entre o que esta ensinando com a realidade
circundante, com as experiencias de vida do aluno ou com factos da actualidade. Deve ser
procuração do professor tornar mais real possível o seu ensino.
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É preciso partir da própria experiência para chegar à formulação de princípios e leis
(método indutivo). Isto consegue-se quando se inserem ocorrências, factos e situações
ocasionais da vida real dos alunos do desenvolvimento do tema correspondente.
Participação do aluno
Sucesso
Elogios e censuras
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É preciso evitar a repreensão pública, sarcasmo, as comparações ridículas, as tarefas
em demasia e, em geral, todas as condições desfavoráveis param trabalho escolar. Pelo
contrário, deve-se utilizar, quando for necessário, a repreensão privada, a conversa a
particular e amistosa.
Material didáctico
Deve ser a técnica de motivação de todas as aulas, em que o professor procura ilustrar
e concretizar os assuntos através de algo mais do que palavras. Fazem-se necessárias com
uso intensivo de quadro negro, projecções cinematográficas, aulas por meio de jornais,
revistas, cartazes, material concreto como plantas, folhas, frutas, etc. Desta forma, Oliveira
afirma que cada professor deveria providenciar a aquisição e confecção do material
necessário à sua classe, disciplina que iria ser enriquecida de ano para ano. A motivação
aumenta quando o material didáctico que se utiliza é o adequado.
Trabalhos graduados
Esta técnica talvez seja uma das melhores. Nada mais entusiasma o aluno do que
perceber que é visto, distinguido e compreendido pelo seu professor. O bom relacionamento
entre ambos cria um clima que facilita os trabalhos escolares e convida o aluno a se
empenhar nas tarefas que lhe são confiadas.
Função direccional: a pessoa orienta os seus actos em direcção à meta que pretende
atingir.
Neste contexto pode-se afirmar que os incentivos têm um valor motivacional relativo.
O mesmo que dizer que um mesmo incentivo pode provocar respostas distintas ou nem
sequer encontrar eco em alguns formandos.
Silva (2014, p.19), afirma ainda que “por essa razão os professores precisam saber
motivar os alunos para que eles tenham interesse pelas aulas. As actividades desenvolvidas
em sala de aula precisam ser práticas e relacionadas com a vida diária dos alunos; as
experiências vividas pelos alunos não devem ser desprezadas pelos professores, de modo
que o aluno sinta-se valorizado entre os colegas; os exemplos utilizados pelos professores
devem ser elaborados durante o planejamento das aulas, para que os mesmos sejam
adequados para os alunos.”
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Os professores precisam ser dinâmicos, activos e voltados para a compreensão do
universo dos alunos; a metodologia utilizada deve envolver o aluno no processo, tornando-o
participante, porque não há Educação se o aluno não participa, se o aluno permanece apenas
como observador. Uma das variáveis que induz à evasão é a prática de professores que
tornam os alunos passivos, meros observadores distantes.
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira
aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao
estimular o aluno, o educador desafia-o sempre. Para ele, aprendizagem é também
motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É
fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a
própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus
avanços, captando a atenção do aluno. Sgundo Tapia e Fita (2000, p. 9) apud Silva (2014,
p.19).
De acordo com Silva (2014, p.20), aos professores a reflexão, sim, mas também a
consciência de que a aprendizagem é uma acção interactiva e que vai de encontro com outra
teoria da motivação: a teoria da hierarquia das necessidades proposta por Maslow e que no
caso da motivação que poderá ser bastante observada pelos docentes. Na realidade essa
hierarquia permite estabelecer uma clara relação entre o processo de aprendizagem e o nível
de motivação do indivíduo para se auto desenvolver, a partir do aprendizado contínuo.
De acordo com Moraes & Varela (s/d), A motivação humana é observada desde tenra
idade, sob diferentes formas. O bebé que busca a satisfação de sua fome, somada ao
aconchego de um colo quente e acolhedor, demonstra, ao sugar o peito ou uma mamadeira,
possuir motivação de sobra, através de seu instinto e da fisiologia que lhe cobra a nutrição e
os afectos, expressos pelo choro, por vezes intensos e fortes, e os movimentos mais bruscos
de braços e pernas. Em outra época, cujo desenvolvimento permite certa independência de
movimentos de locomoção e manipulação de objectos, vê-se outras possibilidades inerentes
ao tipo de motivação na criança. No brincar, especial circunstância do quotidiano infantil,
encontra-se rica fonte de informações acerca de seu mundo interno: suas emoções e
pensamentos.
Uma habilidade motora específica nos desportos pode ser desenvolvida e este factor é
capaz de accionar o desejo de se empreender tal actividade com determinado empenho.
Moraes & Varela (s/d).
Segundo Burochovitch & Bzuneck (2004, p. 20) apud Moraes & Varela (s/d). “Não se
pode contar ainda com uma teoria geral compreensiva nem da motivação humana nem
mesmo da motivação do aluno”. O termo motivação ligado à aprendizagem é, na sua
maioria, destacado em ambientes escolares, impelindo professores a se superar ou fazendo-
os recuar, chegando à desistência nos casos mais complexos. Porém, ela tem um papel muito
importante nos resultados que os professores e alunos almejam.
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Hoje já se sabe que a motivação é algo visceral, um sentimento, ou se tem ou não se
tem. Isso não quer dizer que não se possa fazer nada para que as pessoas consigam vivenciá-
la.
Conforme Bzuneck (2000, p. 10) “toda pessoa dispõe de certos recursos pessoais, que
são tempo, energia, talentos, conhecimentos e habilidades, que poderão ser investidos numa
certa actividade”.
Os mesmos autores afirmam ainda que “na vida humana existe uma infinidade de
áreas diferentes e o assunto da motivação deve contemplar suas especificidades”
(BZUNECK, 2000, p. 10). Cabe, aqui, fazer uma diferenciação entre interesse e motivação.
As coisas que interessam, e por isso prendem a atenção, podem ser várias, mas talvez
nenhuma possua a força suficiente para conduzir à acção, a qual exige esforço de um motivo
determinante da nossa vontade. O interesse mantém a atenção, no sentido de um valor que
deseja. O motivo, porém, se tem energia suficiente, vence as resistências que dificultam a
execução do ato.
A motivação sim gera concentração, pois Oliveira Filho (2009) nos relata que a
influência da motivação pode sim melhorar a atenção e a concentração, sendo que a
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motivação é uma força que impulsiona o sujeito a ser determinado na realização das suas ou
demais atividades.
Estratégias de aprendizagem
As estratégias são um recurso para fazer com que o aluno queira aprender, são
recursos nos quais aluno se apropria quando se sente motivado por uma atividade que esteja
desafiando-o.
Souza (2010, apud Paris e Winograd 1990) afirma que as estratégias podem ser
específicas como resolver um cálculo matemático, ou geral como acompanhar e até mesmo
projetar uma lição. Pintrich (1989) classifica as estratégias em três categorias principais: as
cognitivas, as metacognitivas e as estratégias de gerenciamento de recursos.
As técnicas prática são os métodos mais usuais pelo aluno como ferramenta de apoio
para entendimento e compreensão dos conteúdos de uma disciplina. Usadas para planejar,
monitorar, regular seu próprio pensamento. Auxiliam as estratégias cognitivas, permitindo o
melhor aproveitamento das mesmas.
Mas para aconteça o uso das estratégias é necessário uma certa prática de hábito, pois
na medida em que forem utilizadas, menos esforços exigirão do aluno. Como exemplo um
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aluno que decora um determinado conceito, ele não sabe para que o que é ao certo, mas sabe
que ele utilizará para em alguma hora dos seus estudos.
Desta forma que possui tal nível de compreensão a probabilidade dele obter sucesso é
muito maior, do que aquele que apresenta estratégias de aprendizagem menos elaboradas,
como decorar textos, sublinhá-los, ou ainda, a memorização das suas ideias principais.
Wallon apresenta nos outra ideia ao discutir a formação dos professores, estas devem
ser pautadas em suas próprias experiências pedagógicas e aponta duas questões que se deve
prestar atenção: a disposição que a criança apresenta, dependendo de sua idade e das
aptidões que exige e exerce cada disciplina. Ele acredita que o papel do professor é diferente
daquele proposto pelas outras teorias, ele não fica restrito ao acompanhamento de etapas, ele
interfere em todos os sentidos no processo de desenvolvimento, através da aprendizagem
que proporciona à criança, portanto ele exerce papel fundamental na motivação para
aprendizagem. (Carvalho, 2002).
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A Escola e o Professor Motivador
Para que o professor seja uma fonte motivadora ele também deve estar motivado, nisso
as autoras (Oliveira, Alves, 2005) identificam quatro aspectos: influências positivas e
negativas que receberam em sua trajetória escolar, sua experiência profissional, sua
formação pedagógica. O professor que se sente comprometido com seu aluno, conhece e
utiliza recursos que o motivarão a fim de proporcionar sua aprendizagem real e não a
simples associação entre estímulo e resposta. (Dias; Marchelli, 2008). Deve- se observar os
factores que podem influenciar na motivação. O significado que o conteúdo e a disciplina
têm para o aluno, que varia de acordo com as metas e objectivos de cada pessoa, caso o
aluno não perceba utilidade, o interesse tende a diminuir. Colocar problemas, despertar a
curiosidade dos alunos, é essencial. (Oliveira; Alves, 2005).
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ter no nosso país, nomeadamente verificou-se que 42% dos alunos já ouviram insultar um
professor na escola.
Também numa outra investigação recentemente realizada nesse país (Curto, 1998),
com alunos do 7º ano de escolaridade, verificou-se que a maioria dos alunos inquiridos
consideram que as turmas de que fazem parte são “pouco disciplinadas” (46%) ou
“indisciplinadas” (13.3%), comparativamente aqueles que consideram as suas turmas
“disciplinadas” (34.5%) ou “muito disciplinadas” (3.5%).
Assim, a motivação depende, de certo modo, do docente uma vez que o mesmo deve
propor atividades e problemas que suscitam o interesse e a curiosidade investigativa das
crianças. Tal como afirma os autores Veríssimo & Andrade (2001):
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Segundo Brophy e Good (1980, cit in Oliveira 2007), o professor é considerado o
papel crucial da motivação, pois ele tem a possibilidade de atuar conforme os
acontecimentos surgidos no decorrer da aula tais como: as tarefas preparadas e o modo mais
adequado de as abordar (quer seja individualmente, em grupo ou no conjunto da turma).
Assim sendo, o docente deverá fazer uma ponte de ligação entre a aprendizagem e a
motivação, tal como menciona Rodríguez (2006): “Entonces, cobra importancia también el
papel del profesor, para establecer la relación adecuada entre la motivación y el aprendizaje
en la construcción del conocimiento, dada su influencia decisiva en el desarrollo curricular
(…)”.
O fator crucial para a motivação é o sujeito, ou seja, toda a ação executada pelo
mesmo é considerada fundamental. Para que haja sucesso, o aluno tem que acreditar nas
suas competências e atribuir um significado pessoal e positivo à aprendizagem (Rosário,
2005, cit. in Gonçalves, 2009).
Inicialmente, segundo Cardoso (2013), o docente deverá conhecer o grupo que tem
diante de si e direcionar as suas estratégias de ensino/aprendizagem mediante o nível de
ensino a que se destinam e ainda, o tipo de conteúdos em questão. Com base nesse
pensamento, o professor irá escolher na execução da sua planificação: qual o método
pedagógico, qual a técnica pedagógica, qual o recurso didático, pois “um bom professor
percebe que os alunos são diferentes e, por isso mesmo, deve tentar, através de
diversificação de métodos, chegar ao maior número de alunos.” (p. 69-70).
Segundo Oliveira (2007) compete ao docente ajudar o aluno quanto à sua capacidade
de auto-regulação (capacidade que revela autonomia) da aprendizagem, dando aos alunos
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não só apoios a nível afetivo e cognitivo, mas também a nível sócioambiental e
comportamentais.
professor” (p.228).
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As interações adulto-criança são uma dimensão fundamental da pedagogia, permitindo
determinar se estamos perante uma pedagogia transmissiva ou uma pedagogia participativa.
Desta forma, as interações e relações são o centro de toda a pedagogia participativa. Assim,
criar interações, refletir e reconstruir deve ser uma rotina que os profissionais devem
desenvolver na Pedagogia-em-Participação (Formosinho, 2011b).
Segundo Lopes & Silva (2010), a relação entre o docente e o aluno é considerado
como uma componente fundamental no sucesso da criança, isto é “os alunos com atitudes
positivas para com os professores e as escolas têm notas mais altas e melhores resultados
(…) quando questionados sobre os factores que influenciam o rendimento escolar quase
todos realçam as relações entre professores e alunos” (p. 63).
De acordo com Hattie (2009), a grande parte das crianças que não gosta de frequentar
a escola, tem como razão primordial a relação que mantém com o seu professor, afirmando
que “mais de 200 estudos confirmam que as relações entre professor-aluno têm uma elevada
influência no desempenho escolar dos alunos.” (cit in. Lopes & Silva, 2010, p.64).
Desta forma, o docente deve compreender os interesses dos alunos, existindo uma
comunicação entre ambos, para posteriormente a essa conversa, possa existir um feedback
por parte do docente. Assim, o feedback permite que o aluno se sinta mais seguro e aprenda
os conteúdos com outro tipo de interesse (Lopes & Silva, 2010).
De acordo com a Unicef, o artigo 12º da Convenção dos Direitos da Criança, remete
para a importância das crianças participarem como sujeitos ativos, consideradas pessoas com
o direito de se expressarem livremente, fazendo com que as suas opiniões sejam ouvidas
assim.
Segundo Hohmann & Weikart (2011), quando as crianças são livres de fazer escolhas
e dar a sua opinião, o conflito entre adulto-criança origina experiências cooperativas e de
aprendizagem. Assim, verifica-se que, quando o adulto compreende os interesses da criança
e compreende a necessidade de ela ser mais ativa, torna-se muito mais apoiante,
proporcionando à criança momentos ativos e enriquecedores. Desta forma, ao aceitar certos
comportamentos das crianças, em vez de ignorar, os adultos fomentam uma relação entre
adulto-criança, muito mais agradável e mais tendente à aprendizagem.
Além da planificação ter sido realizada com as opiniões das crianças, também a
caracterização do espaço teve por base os interesses das mesmas. Desta forma, durante o
estágio, foi criado uma área nova, no qual as crianças, após uma conversa em grande grupo,
puderam dar as suas opiniões acerca do local e dos materiais que iriam ser colocados, de
acordo com a nova área. A oportunidade que é dada às crianças de participarem na
remodelação da sala sugere que, segundo o mesmo autor, “diferentes aprendizagens plurais,
isto é, permitem à criança uma vivência plural da realidade e a construção da experiência
dessa pluralidade.” (p.11). Assim, foi possível através da negociação surgir algumas
opiniões das crianças, segundo Formosinho (2011b), a negociação é vista como uma solução
para conversar diversos processos e conteúdos, de forma a chegar a algum consenso. “É um
instrumento de participação que afasta ainda mais a perspetiva construtivista da perspetiva
tradicional” (Formosinho, 2011b, p. 33).
Quando os alunos têm como objectivo pessoal o domínio dos conteúdos, e não apenas
a conclusão de tarefas ou o conseguir nota suficiente, irão empenhar-se, investir tempo e
energia psíquica em determinadas actividades mentais. Esta postura activa do aluno deve ser
reforçada pelo professor, nomeadamente com o uso de estratégias cognitivas e
metacognitivas, que incluem desde métodos que levem à compreensão de um texto, como
fazer resumos, esquemas ou levantar questões, até à gestão do tempo disponível para o
estudo (Boruchovitch, 1999; Pintrich, 2003).
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A importância de fazer interagir as dimensões cognitiva e afectiva na aquisição de
conhecimentos será mais pertinente na modificação de atitudes e valores do que
propriamente na obtenção de melhores resultados. A modificação de atitudes e valores
favorece, no entanto, por si só melhores conhecimentos. A tomada de consciência da
natureza do saber e do facto de cada um ter um potencial para aprender que pode aumentar
com o envolvimento da sua própria personalidade suscita nos alunos a auto-confiança e a
valorização de si próprios, necessárias a qualquer desenvolvimento e aprendizagem. É nesse
sentido que Tapia (1997) afirma não ser possível ensinar a pensar adequadamente, se não se
trabalhar a motivação e vice-versa. Para ele, querer e saber pensar são condições pessoais
que permitem a aquisição e aplicação de conhecimentos quando necessário.
A última palavra cabe, todavia, sempre ao aluno. Martín Díaz e Kempa (1991)
defendem, a esse respeito, que se devem ter em conta as características individuais dos
alunos, se o objectivo for o de melhorar o processo de ensino e de aprendizagem. Na sua
opinião, os materiais didácticos poderão até ser os “melhores”, mas tornarem-se inúteis se os
alunos não estiverem interessados neles; as supostas “melhores” estratégias didácticas não
terão qualquer resultado positivo se os alunos não se encontrarem motivados para elas. Estas
preferências por métodos de ensino e por estratégias de aprendizagem diferentes são
determinadas pelo “estilo motivacional” de cada um. A literatura sobre esta problemática
identifica, a esse respeito, quatro categorias de alunos: os que procuram o sucesso, os
curiosos, os conscienciosos e os socialmente motivados (Martín Díaz e Kempa, 1991).
43
Do ponto de vista educativo, partilhamos com Neto (1996) a ideia de que o ideal no
acto educativo seria o professor ter em conta a multiplicidade de estilos motivacionais
existentes na sala de aula e ser capaz de adaptar as características dos procedimentos
didácticos a essa multiplicidade. Se existe grande preocupação face à forma como os
conhecimentos prévios dos alunos influem na forma como aprendem e constroem
conhecimento, também devem ser tidos em conta as suas características motivacionais. Os
alunos socialmente motivados, por exemplo, reagem melhor em situações de aprendizagem
em grupo e os curiosos em situações de resolução de problemas.A força motivadora de
determinada estratégia resulta, desse modo, não da estratégia em si, mas da interacção da
mesma com as características individuais dos alunos, nomeadamente com os seus estilos
motivacionais e cognitivos.
44
Sobre a importância da motivação, Guimarães et al. (2004) citados por FEDER e REIS
(2009), relatam que a motivação tem sido avaliada como peça fundamental no nível e
qualidade do desempenho e da aprendizagem dos alunos. Para os autores, o aluno motivado
se envolve no processo e persiste em tarefas desafiadoras buscando desenvolver novas
habilidades. Isso pode fazer com que este supere previsões baseadas em seus conhecimentos
prévios e habilidades. Vale ressaltar que para aprender é preciso querer. O problema, no
entanto, é como despertar, ou provocar esse querer. O querer é em si é uma necessidade
individual e de igual modo à aprendizagem. É o professor o responsável por trazer
actividades que possa envolver o aluno, e quando isso acontece o conhecimento torna-se
significativo para ele, então o aprendizado acontece.
Assim, Bzuneck (2001, p.24) apud Silva (2014, p.26) afirma que:
Com base na afirmação acima, o autor descreve que as duas funções são relevantes
para combater problemas que poderão avançar com a questão da falta de motivação, como a
indisciplina. De fato, quando partimos para observar o quotidiano de uma escola,
verificamos situações de alteração do seu funcionamento ou da sala de aula, em função de
45
certos comportamentos que não são os esperados pelos educadores nem adequados às
situações propiciadoras de ensino e aprendizagem, além de não serem, em muitos casos,
saudáveis para as relações de convivência pedagógica.
Percebemos que os alunos estão dispersos, não respeitam mais o professor, nem
colegas, directores e demais membros da escola e não se interessam pelos conteúdos
aplicados em sala aula. É como se estivessem vivendo em outro mundo.
Desta forma, Fontes (1998, p.6), retrata a análise que se deve fazer no quesito
programas ou conteúdos escolares aplicados no processo ensino-aprendizagem, tendo em
vista que, “no horizonte, qualquer programa escolar deverá ser próximo da realidade
vivenciada pelos alunos e com temas agradáveis. Não sendo, será inútil, e só pode conduzir
a situações de frustrações, desmotivação, potenciando situações de crescente indisciplina”.
Para promover a motivação positiva o professor deve rever certas crenças pessoais
sobre motivação, abdicando de atitudes e comportamento negativos que só fazem dificultar
o processo ensino-aprendizagem de maneira efectiva.
46
Em qualquer situação a motivação do aluno
esbarra na motivação de seus professores [...] Parece
importante que se considerem, antes de tudo, certas
atitudes negativas e crenças erróneas que os professores
podem abrigar e que colocam em risco seu trabalho de
socialização da motivação positiva.
Compreende-se, pois, que a questão da motivação em sala de aula não está apenas
direccionada aos alunos, mas também ao corpo docente, visto que as suas atitudes e
comportamentos podem reflectir na classe, contribuindo para que haja momentos de
motivação ou a falta da mesma.
Sobre o mesmo ponto de reflexão Moraes e Varela (2007, p.10) apud Silva (2014,
p.28) afirmam que:
Desta forma, a maneira como o professor conduz sua tarefa na sala de aulas irá
reflectir na aprendizagem do aluno, isto é, há o feedback que tanto pode ser negativo, como
positivo. E nesse sentido, caberá ao professor buscar meios didáticopedagógicos para
imprimir no aluno uma motivação que desenvolva no mesmo o sentido do prazer em
aprender, através das múltiplas possibilidades que as disciplinares oferecem.
Assim, o professor deve buscar, portanto, ser criativo, utilizar de diferentes tipos de
motivação, adoptando para cada caso, isto é, cada aluno, os recursos adequados e
convenientes às necessidades específicas. Essas possibilidades faz-nos remeter aos tipos de
motivação existentes registados na literatura e comentados por alguns autores, como
veremos a seguir.
47
Segundo Kember (2016), o fator externo mais importante que influencia a motivação
do aluno é o ambiente de ensino-aprendizagem. A isto acrescenta que o ensino, o a
concepção de programas de ensino, a relação professor-aluno e entre os alunos como
elementos que desempemham um papel importante na motivação do aluno.
Como mencionado por Deci e Flaste (1996), em vez de perguntar como posso motivar
os alunos? o professor deve questionar, como posso criar as condições para que se motivem?
As atividades, a linguagem, as tarefas, a relação professor-aluno, a colaboração dentro da
sala de aula, o planejamento, o desenho dos cursos, etc. São condições que o professor pode
criar e projetar para que os alunos se motivem (Lynch, 2019).
48
motivar seus alunos a participarem do processo de ensino-aprendizagem (Aelterman et al.,
2014a).
49
Por outro lado, o professor pode adoptar um estilo promotor de autonomia de seus
alunos na medida em que tem sucesso na obtenção das seguintes metas: nutrir os recursos
motivacionais internos dos estudantes mediante a satisfação das necessidades psicológicas
básicas de autonomia, competência e pertencimento, oferecer razões significativas para o
envolvimento em actividades aparentemente pouco interessantes ou satisfatórias, fazer uso
de linguagem informativa, não controladora, respeitar o ritmo de aprendizagem do aluno e
reconhecer e aceitar a manifestação de emoções negativas no ambiente de sala de aula.
Reeve descreve algumas investigações cujos resultados evidenciam os benefícios para a
aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes quando são estabelecidas interacções
promotoras de autonomia.
Reeve (2002) argumenta que deter o conceito teórico do que seja dar apoio à
autonomia afeta a prática dos professores por lhes fornecer uma orientação prescritiva sobre
o que deve ser feito, caso eles estejam interessados em desenvolver nos alunos tal senso de
autonomia.
50
discurso cognitivo frente a uma situação hipotética e o que a pessoa realmente faria em
situações reais.
Para Alencar (1993) apud Silva (2014, p.23) A aprendizagem por condicionamento foi
por muito tempo uma espécie de ícone comportamentalista que, por sua vez, enfatizava a
importância do ambiente. Sustentam que os seres humanos aprendiam exclusivamente
reagindo a aspectos agradáveis, dolorosos ou ameaçadores de seus ambientes. Destacavam-
se dois tipos básicos de aprendizagem através do condicionamento clássico e do
condicionamento operante.
51
sendo reforçadas e rapidamente aprendidas. Não se sabe, porém, por quanto tempo a mente
guardava essas respostas reforçadas (Campos (1998) apud Silva (2014, p.23)).
Skinner (apud Campos, 1998) acreditava que todo aprendiz tende a repetir uma
resposta reforçada e a suprimir uma resposta que tenha sido reprimida. No condicionamento
operante, a consequência seguinte a um comportamento, denominado “reforço”, aumenta a
possibilidade de que ele se repita. O reforço pode ser positivo, constituindo-se em uma
recompensa, prémio ou elogio, mas também poderá ser negativo. As ideias de Skinner
modelaram as de muitos pais, professores que confundiam reforço negativo com “punição” e
assim se esculpiram estruturas disciplinares que algumas vezes faziam do lar um
reformatório e da escola um quartel.
Pode-se observar que está em pauta aqui a motivação extrínseca, onde factores
externos contribuem para imprimir a motivação. Factores externos representados pelo uso de
recompensas os quais condicionam o comportamento motivador.
Partindo desta afirmação é possível notar que os efeitos das recompensas dependem,
principalmente, de como e quando são oferecidas, isto é, as circunstancias e condições para
52
sua efectividade. E nesse caso é fundamental a postura do professor que deve administrar as
ações de incentivo a motivação de forma directa e positiva.
Elas tendem a guiar a aprendizagem mais efectivamente quando há uma meta clara e
uma estratégia a seguir do que quando os alunos têm metas ambíguas ou quando descobrem
(ou inventam) novas estratégias em vez de simplesmente utilizar as mais familiares.
Silva (2014, p.33) afirma também que as recompensas também são efectivas como
incentivos para se atingirem padrões de desempenho em habilidades que requerem um forte
acordo quanto ao exercício e à prática (por exemplo: cálculos aritméticos, escalas musicais,
digitação, ortografia). Neste caso, elas servem, talvez, como a mais importante estratégia
para sustentar os esforços dos estudantes quando estes se deparam com tarefas que não
surtam qualquer interesse ou motivação. E nesse conjunto de incentivos é primordial que
toda escola seja envolvida para que o processo de ensino e aprendizagem flua positivamente.
Caso contrário, os que não acreditam ter capacidade para consegui-las poderão nem
tentar realizar a tarefa. Poderão, também, se sentir prejudicados, excluídos ou até
injustiçados. Para que tais efeitos não sejam prejudiciais à motivação, o professor poderá
fazer um contrato de desempenho ou usar um outro método formal de individualizar os
critérios para o sucesso na tarefa, de acordo com as possibilidades de cada aluno.
53
A fim de maximizar a efectividade de recompensas do tipo simbólicas ou de
reconhecimento aos alunos, algumas condições também devem ser observadas pelo
professor, em sala de aula. Primeiro, o reconhecimento deve ser pela qualidade da realização
(em vez de pela quantidade) e, em especial, o aluno deve obter reconhecimento por ter feito
um trabalho desafiador ou por ter expandido suas capacidades (mesmo se cometer erros).
Também deve ser reconhecido por tentar usar formas diferentes ou pouco usuais para
resolver problemas. Além disso, o professor deve usar critérios múltiplos para que possa
adaptar o reconhecimento às diferenças individuais dos seus alunos, ao invés de utilizar
sempre os mesmos critérios para todos eles e terminar por compará-los directamente. É
preciso, ainda, que tenha certeza de que o reconhecimento seja por realizações genuínas (isto
é, dadas de acordo com o que é razoável esperar do aluno) e, finalmente, que ofereça
reconhecimento em uma relativa variedade de domínios (atléticos, sociais, comunitários, por
exemplo) e não meramente académicos.
54
CAPÍTULO III:
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO
3.1.Tipologia da Pesquisa
Quanto a abordagem
No que diz respeito à abordagem, esta pesquisa se caracteriza como quantitativa, de
tipo survey por focar na mensuração do fenómeno estudado, envolvendo a recolha e análise
dos dados numéricos, através de métodos estatísticos.
Babbie elenca três categorias de survey quanto ao interesse de sua utilização para a
pesquisa:
i. surveys para descrição, com o objectivo de mapear traços distribuídos pela amostra;
ii. surveys para explicação, que, além de descrever os traços, busca realizar asserções
que expliquem os cenários;
iii. surveys para exploração, que fazem emergir categorias para outras etapas da
pesquisa. Deve ficar claro que o survey não é a pesquisa, mas parte dela.
Os tipos de survey indicados por Babbie salientam a importância das categorias de
análise a serem utilizadas na pesquisa como elementos centrais e primários; duas das três
partem do princípio de que estas categorias já estão estabelecidas na pesquisa a partir de
vasta revisão da literatura e, a terceira, indica que, em alguns casos, há a necessidade de
buscar tais informações a partir de instrumento empírico é o caso do presente estudo
pretende categorizar ao estilos motivacionais dos professores da Escola do Professor do
Futuro
Segundo Freitas at all (2000) a pesquisa survay pode ser descrita como a obtenção de
dados ou informações sobre características, acções ou opiniões de determinado grupo de
55
pessas, indicado como representante de uma população por meio de administração de um
instrumento de pesquisa normalmente, questionário. Os mesmos autores vincam que o
interesse é produzir descrições quantitativas de uma população por meio de um instrumento
predefinido.
56
onde o fenómeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto
de informações a serem documentadas [...].
3.2. Amostra
A amostra do estudo foi constituída por 135 alunos do primeiro ano da Escola do
Professor do Futuro em Nacala-Porto de um universo de 440 alunos , pois acredita-se que
estes informantes têm já formadas as perspectivas sobre os estilos motivacionais
desenvolvidas pelos professores no processo de ensino aprendizagem. O tipo de amostragem
foi a probabilística caracterizado pelo facto de todos os elementos da população terem a
mesma possibilidade de ser escolhidos para fazer parte da amostra; no caso concreto deste
estudo a mostragem foi probabilística simples e não estratificada.
a. possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa
área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio;
b. implica menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exige o
treinamento dos pesquisadores;
c. garante o anonimato das respostas;
d. permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais
conveniente;
e. não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do
entrevistado.
Por outro lado, ele aponta pontos negativos da técnica em análise:
a. exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas circunstâncias,
57
conduz a graves deformações nos resultados da investigação;
b. impede o auxílio ao informante quando este não entende correctamente as
instruções ou perguntas;
c. impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que
pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas.
d. não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no devidamente
preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade
da amostra;
e. envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é
sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem
respondidos;
f. proporciona resultados bastante críticos em relação à objectividade, pois os itens
podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado.
Desse modo, a versão final foi composta por 16 itens em escala Likert de quatro
pontos (concordo totalmente, concordo, indiferente, discordo). A relação dos itens que
compunham o modelo final do questionário aplicado se encontra no Quadro 2.
A intensão foi obter dados relativos a percepção dos alunos em relação às posturas dos
professores que promovem o estilo motivacional. Com efeito os itens incluem afirmações
que traduzem a postura que o professor pode adoptar e que corresponde a um estilo
58
motivacional promotor de Autonomia de seus alunos (A) ou a um estilo motivacional
Controlador (C).
59
atingiu o número se atingiu o número de submissões achados suficientes para a amostra (135
submissões) a plataforma foi desactivada.
Cuidados Éticos
É de extrema importância a preservação da integridade humana em todos estudos
científicos. Face a isso, antes da ministração do questionário aos participantes, foi exibida a
credencial que legitima o estudo, e um Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
(Apêndice 2) no qual foi garantido que toda informação prestada será de estremo sigilo
sendo utilizada exclusivamente para fins da realização deste estudo em particular e que o
aluno podia deixar de participar caso assi o entendesse.
Vale salientar que considerando que estamos atravessando um momento crítico em
que o mundo vive a pandemia da Covid 19, todas as medidas e prevenção foram observadas.
60
CAPITULO IV
ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
A Escola do Professor do Futuro de Nacala possui 320 estudantes assistidos por mais
de 17 professores,e forma professores primário num período de um ano, de Fevereiro a
Dezembro, que lhes habilita, a leccionar o ensino primário completo (1ª a 8ª Classe).
61
O aproveitamento pedagógico médio em cada ano lectivo é de cerca de 90% e
considera-se satisfatório. Entre as dificuldade que o centro enfrenta destaca-se a deficiente
formação de alunos nas classes anteriores e défice no domínio das TIC. O centro tem como
desafios estar atenta de modo a formar o professor de acordo com as exigências actuais.
62
ANÁLISE DOS DADOS
Nesta secção serão apresentados dados obtidas através do inquérito de tipo survey.
Vale recordar que a pesquisa foi realizada com 135 alunos do centro de formação de
professores do Futuro em Nacala Porto. Pode-se visualizar a composição do perfil por
repetência.
A mostra foi constituída por 136 estudantes sendo 50,37% do sexo masculino e
49,26% do sexo feminino; todos frequentam o primeiro ano do curso de formação de
professores dos quis dois eram repetentes. As turmas são constituídas por menos de 50
alunos (na realidade cada turma é costituida por trinta cinco alunos) assistidos por dezassete
professors.
Item 1: O professor salenta as vantagens que poderão advir para a vida futura
dos alunos se estudarem
63
Gráfico 1: Vantagens que poderão advir para a vida futura dos alunos se estudarem
64
Gráfico 3: Durante as aulas os professores escutam cuidadosamente os alunos
O item 4 “Os professores criam oportunidades para que os alunos trabalhem a seu
modo para a resolução de tarefas da escola” alcançou a pontuação de 97,79% para o
critério de concordância, Gráfico 4, sendo que 2,21% corresponde ao critério de indiferença
e 1.47% é de discordância.
65
discordância atingiu a taxa mais alta de 65,44%, seguido do critério concordância com
32,37%, enquanto o critério indiferença alcançou 1,48%.
% n
78
57.35 56
41.18
0.74 1 0.74 1
Concordo Cocordo Indiferente Discordo
plenamente
Fonte: Resultado da pesquisa
66
marcações correspondem ao critério de concordância, ao critério de discordância coube uma
pontuação de 28,88% das pontuações e apenas 0,74% ao critério de discordância.
% n
48 48
39
35.29 35.29
28.88
0.74 1
Concordo Cocordo Indiferente Discordo
Plenamente
Fonte: Resultado da pesquisa
Item 10: Os professores explicitam o “para quê?” das matérias da disciplina que
leccionam para a vida profissional do aluno
O item 10 afirmava que “Os professores explicitam o “para quê?” das matérias da
disciplina que leccionam para a vida profissional do aluno”. Em relação à este item, como
mostra o gráfico 10, o critério de concordância foi o que obteve maior pontuação 64,72%,
seguido do critério de discordância com 35,29% . o critério de indiferença pontuou apenas
1,48%.
% n
85
62.5
48
35.29
2.22 3 1.48 2
68
Item 11: Durante as aulas o professor corrige a expressão verbal e escrita do
estudante, expondo-o diante dos outros colegas
Sobre o item 11 que afirmava que “Durante as aulas o professor corrige a expressão
verbal e escrita do estudante, expondo-o diante dos outros colegas” a maior pontuação é
sobre o critério discordância com 65,44% seguido do critério de concordância com 32,37%;
o critério indiferença é o que teve a menor pontuação com apenas 1,48%. Vide gráfico 11.
Gráfico 11: o professor corrige a expressão verbal e escrita do estudante, diante dos
colegas
% n
89
65.44
41
30.15
2.22 3 1.48 2
Concordo Cocordo Indiferente Discordo
Plenamente
Fonte: Resultado do estudo
Item 12: Durante as aulas o professor, clarificam, logo no início do ano lectivo, o
“porquê?” da sequência dos conteúdos programáticos da disciplina que lecciona
No tocante a afimação doze, que diz ”Durante as aulas o professor, clarificam, logo
no início do ano lectivo, o “porquê?” da sequência dos conteúdos programáticos da
disciplina que lecciona” o gráfico 12 revela que o critério de concordância teve a
pontuação de 98,53% , enquanto apenas 1.47% coube ao critério de indiferença .
69
Item 13: O professor promete prémio especial aos alunos que continuam
melhorando
Em relação ao item treze “O professor promete prémio especial aos alunos que
continuam melhorando” , conforme o gráfico 13, a maior pontuação foi para o critério de
discordância com 62,50%. O critério de concordância recebeu a pontuação de 36,03%, o
critério de indiferença obteve apenas 0,74%.
62.5
48
35.29
0.74 1 0.74 1
Concordo Cocordo Indiferente Discordo
Plenamente
62.5
48
35.29
0.74 1 0.74 1
Concordo Cocordo Indiferente Discordo
Plenamente
Fonte: Resultado da pesquisa
70
Item 15: O professor aconselha que os alunos abandonem outras actividades que
interferem negativamente no seu desempenho escolar
% n
65
48 48.14
35.29
21
15.55
0.74 1
Concordo Ple- Cocordo Indiferente Discordo
namente
Item 16: O professor da uma boa repreensão até que o aluno aprenda a matéria
Na assertiva dezasseis “O professor da uma boa repreensão até que o aluno aprenda
a matéria” todos os critérios forma pontuados destacando-se o critério de discordância com
48,14% seguido do critério de indiferença, 33,33%, ao critério de concordância coube
18,51%.
Gráfico 16: O professor da uma boa repreensão até que o aluno aprenda a matéria
Critério concordância
Pelos dados do quadro 2 observa-se que a maioria dos alunos aderiu ao critério de
concordância em relação as afirmações correspondentes ao estilo motivacional promotor de
Autonomia, tais como: os professores salientam as vantagens que poderão advir para a vida
futura dos alunos se estudarem, comparativamente às desvantagens se não estudarem, com
72
99,29%; durante as aulas os professores escutam cuidadosamente os alunos, com 90,44%; os
professores criam oportunidades para que os alunos trabalhem a seu modo para a resolução
de tarefas, com 97,79%; os professores reconhecem e aceitam as expressões negativas dos
alunos e suas perspectivas, com 70.58%; os professores criam situações em que os alunos
tenham um papel activo na construção do seu próprio saber, com 51, 29%; os professores
explicitam o “para quê?” das matérias da disciplina que leccionam para a vida profissional
do aluno, com 64,72%, durante as aulas o professor, clarificam, logo no início do ano
lectivo, o “porquê?” da sequência dos conteúdos programáticos da disciplina que lecciona,
com 98,53%.
Critério de discordância
73
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Pelo gráfico 17 o estilo motivacional Promotor de Autonomia teve maior adesão dos
alunos no nível de Concordância com a média percentual de 78,65%. De acordo com esses
resultados, percebe-se que a maioria dos alunos concorda com o tipo de acção proposta para
itens referentes esse estilo motivacional promotor de Autonomia; enquanto uma média
percentual de 33,89% dos inquiridos aderiu ao critério de Discordância ao estilo
motivacional promotor de autonomia.
Autonomia Controle
78.65%
59.54%
33.89%
19.25%
5.70%
1.75%
Concordância Indiferença Discordancia
Em função destes resultados pode-se afirmar que os alunos percepcionam que os seus
professores evidenciam o comportamento que permite
nutrir os recursos motivacionais internos dos estudantes mediante a
satisfação das necessidades psicológicas básicas de autonomia,
competência e pertencimento, oferecer razões significativas para o
envolvimento em actividades aparentemente pouco interessantes
ou satisfatórias, fazer uso de linguagem informativa não
controladora, respeitar o ritmo de aprendizagem do aluno e
reconhecer e aceitar a manifestação de emoções negativas no
ambiente de sala de aula. Machado at all ((2012)
De facto os professores que salientam as vantagens que poderão advir para a vida
futura dos alunos se estudarem, comparativamente às desvantagens se não estudarem, criam
oportunidades para que os alunos trabalhem a seu modo para a resolução de tarefas, ou
reconhecem e aceitam as expressões negativas dos alunos e suas perspectivas.
74
Ainda segundo Machado at all ((2012) outra característica do professor motivador de
autonomia nos seu alunos consiste em “incentivar o aluno a buscar soluções autónomas para
os seus problemas e encoraja o aluno a ter empatia pela sua forma de compreender,
diagnosticar e resolver um problema”.
75
alguns alunos concordam que os seu professores adoptam posturas que se caracteriza por
pressionar o aluno a ter um determinado comportamento, sentimento, pensamento e a buscar
por resultados impostos pelo professor (…) e que a óptica do aluno não é levada em
consideração e ele é guiado a ter atitudes condizentes com a proposta do professor. Deci at
all (1981)
Fica alaro que os professore que dão aos seus alunos autonomia, cria neles meios de
quebrar suas barreiras psicológicas autorreguladas, estas, bloqueiam a capacidade que eles
têm de se auto motivar. Em contrapartida, os professores que confiam em um estilo
relativamente controlador estabelecem para seus alunos formas específicas de
comportamentos, sentimentos ou de pensamentos, oferecendo incentivos extrínsecos e
consequências para aqueles que se aproximam do padrão esperado.
76
CONCLUSÃO
77
acham que os docentes que optam por esse estilo motivacional buscam apoiar a autonomia,
incentivando seus alunos a fazerem escolhas e a tomarem decisões sobre sua educação, bem
como a terem interesse pelas metas de aprendizagem.
Por fim e com menor incidência, foi identificado o estilo de controle; a diferençaterior
com o estilo é que esse frustra as necessidades psicológicas básicas dos alunos. Dessa forma,
esse estilo foi constatado no sentido de que o professor compara os resultados das provas
entre os alunos da turma, questionam a resposta do aluno repetindo-a em tom interrogativo,
expressam satisfação ou insatisfação com a forma de execução da actividade,
respectivamente, quando se aproxima ou se distancia do previsto e dá uma boa repreensão,
até que o aluno aprenda a matéria.
78
SUGESTÕES
Como se viu, este estudo estava centrado na percepcao dos alunos em relacao ao estilo
motivacional dos professores do Centro de Formação do Professor do Futuro de Nacala, o
ideal era incluir no estudo a visão dos respectivos professores sobre a matéria para permitir
que eles façam uma introspecção em relação aos seus estilos motivacionais; assim sugere-se
que se faça um estudo nos moldes da avaliação do estilo motivacional de professores
realizada mediante o instrumento problemas na escola, elaborado por Deci et al. (1981);
Sugere-se ainda que se incluam outras técnicas de recolha de dados como observação
da postura dos professores em salas de aulas para permitir o cruzamento de dados dos alunos
e professores o daria mais confiança aos resultados.
79
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APENDICE 1
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APENDICE 2
Eu, Marcelino João Ambrossaine, responsável pela pesquisa com o titulo “Percepção dos
alunos da Escola do Professor do futuro em relação aos estilos motivacionais dos seu
professores nas salas de aula” o (a) convido a participar como voluntário deste estudo.
Por meio desta pesquisa pretende-se analisar os potenciais riscos ergonómicos na actividade
desenvolvida pelos operadores de caixa.
Acreditamos que ela seja importante porque os resultados poderão servir de chamada de atenção dos
gestores desta Instituição de formação, no sentido de melhorar a interao professor aluno Para o
desenvolvimento deste estudo será aplicado um questionario online atraves do link: ; a sua
participação consistirá em responder às questoes do questionario.
Sendo sua participação voluntária, você não receberá benefício financeiro. Os gastos
necessários para a sua participação na pesquisa serão assumidos pelo pesquisadore.
É possível que aconteçam os seguintes desconfortos ou riscos, pressão depois do serviço.
Desta forma você tem garantida a possibilidade de não aceitar participar ou de retirar sua permissão
a qualquer momento, sem nenhum tipo de prejuízo pela sua decisão.
Durante todo o período da pesquisa você terá a possibilidade de tirar qualquer dúvida ou pedir
qualquer outro esclarecimento.
As informações desta pesquisa serão confidenciais e poderão ser divulgadas em eventos ou
publicações, sem a identificação dos participantes, a não ser entre mim e meu orientador, sendo
assegurado o sigilo sobre sua participação.
Eu,_______________________________________concordo em participar
voluntariamente do presente estudo como participante. O pesquisador me informou
sobre tudo o que vai acontecer na pesquisa, o que terei que fazer, inclusive sobre os
possíveis riscos e benefícios envolvidos na minha participação. O pesquisador me
garantiu que eu poderei sair da pesquisa a qualquer momento, sem dar nenhuma
explicação, e que esta decisão não me trará nenhum tipo de penalidade ou interrupção
de meu tratamento.
Fui informado também que devo imprimir ou gerar um pdf do TCLE para ter a minha
cópia do TCLE e que posso solicitar uma versão dele via e-mail para os pesquisadores.
ACEITO PARTICIPAR
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