As principais alterações

à Lei Geral do Trabalho

Foi publicado em Diário da República no dia (27/12/2023), a Lei 12/23 de

27 Dezembro, que revoga a Lei nº 7/15 de Junho, a Retificação nº 15/15,
de 2 de Outubro, bem como todas as disposições que contrariam o
disposto na presente Lei Geral de Trabalho, que entrará em vigor 90
dias após a sua publicação.

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1.
Forma do contrato de trabalho [artigo 12.º]
I. A celebração do contrato de trabalho assume a forma que for
estabelecida pelas partes, salvo se expressamente a lei determinar
a forma escrita.

II. Os contratos de Trabalho especiais e os Contratos de Trabalho

por tempo Determinado só são validos, se forem celebrados por
escrito.

III. Se o contrato não for celebrado a escrito, quando obrigatório, é

dado como celebrado por tempo Indeterminado.

2.
Duração do Contrato de Trabalho [artigo 14.º]

I. A regra de celebração do contrato deixa de ser por tempo

determinado e passa a ser por tempo indeterminado.

II. O contrato de trabalho por Tempo Determinado só pode ser

celebrado, caso o mesmo vise acudir necessidades transitórias, nos
termos da presente Lei (artigo 15.º e 16.º)

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3.
Contrato de teletrabalho [artigo 62.ºe
seguintes]
I. Pode ser exercido nas seguintes modalidades:
a) Teletrabalho domiciliar;
b) Teletrabalho em escritório satélite;
c) Teletrabalho em centro d trabalho Comunitário;
d) Teletrabalho Nómada.
4.
Disciplina Laboral [artigo 86.ºe seguintes]
I. As medidas disciplinares saíram de 4 para 6, que são:
a) Admoestação verbal;
b) Admoestação registada;
c) Despromoção temporária de categoria; (novo)
d) Redução temporária do salário (de 1 a 6 meses com redução
máxima de 20%);
e) Suspensão do trabalho com perda parcial de retribuição (não
pode exceder 30 dias por cada infração, e 60 dias, em cada ano
civil); (novo)
f) Despedimento disciplinar.

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5.
Feriados, Tolerância de ponto e véspera de
natal e ano novo [artigo 197.º e seguintes]

I. É assegurado ao trabalhador o direito de não exercer

actividades laborais nos dias de feriado.

II. É assegurado ao trabalhador o direito de não exercer

actividades laborais nos dias ou períodos de tolerância de ponto,
sem perda de remuneração.

III. É assegurado aos trabalhadores aa interrupção da actividade

laboral às 12 horas e 30 minutos dos dias 24 e 31 de dezembro,
por ocasião do natal e do dia de ano novo, respetivamente.

IV. O disposto nos números anteriores não se aplica às

actividades ou empregadores em regime de laboração continua,
nos termos do nº 3 do artigo 192.º.

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6.
Faltas [artigo 219.º e seguintes]
I. As faltas injustificadas e as dispensas para prestação de provas
já não serão descontadas nas férias.

II. Em caso de óbito de um irmão o trabalhador pode faltar 8

dias úteis, se for um primo são 3 dias úteis.

III. Faltas por acidente ou doença, são remuneradas com 100%

do salário base durante 6 meses e o contrato caduca após esta
data, caso não se recupere.

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7.
Licença de paternidade [artigo 216.ºe seguintes]
I. É assegurado a todos os trabalhadores o direito a uma licença de 1
dia por ocasião de iminente ou efetivo nascimento do filho, sem
desconto salarial;

II. O trabalhador tem, ainda, direito a uma licença complementar de

7 dias úteis, seguidos ou interpolados, não remunerada;

III. O pai tem ainda o direito de substituir a mãe do seu filho recém-
nascido no gozo da licença de maternidade, nos seguintes casos:

a) Incapacidade física ou psíquica comprovada da mãe do seu

filho recém-nascido durante o tempo que se mantiver;
b) Morte da mãe do seu filho recém-nascido.

IV. A substituição a que se refere o número anterior implica o

direito de os trabalhadores beneficiarem dos subsídios de
maternidade a que a mãe do seu filho recém-nascido teria direito,
se ainda não tiver sido paga à data da mesma.

V. Tem, igualmente, direito à licença parental o trabalhador que,

em substituição, por incapacidade ou morte dos pais, tenha sob
sua responsabilidade o cuidado de recém-nascido, com benefício
ao subsídio de maternidade.

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