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de Projetos – 2021
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Trabalho apresentado para obtenção do título de especialista em Gestão
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Resumo
Introdução
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Material e Métodos
Este trabalho é caracterizado quanto ao objetivo como uma pesquisa descritiva, com
a finalidade de discutir como desenvolver o cronograma de um projeto de
lançamento/distribuição fonográfico de acordo o fluxograma de etapas recomendado pelo
PMBOK 6ª edição; e ainda analisar como tais mecanismos de controle de prazos podem
influenciar na entrega final do produto. Segundo Gil (2017), a pesquisa descritiva visa trazer
para o pesquisador uma maior familiaridade ao tema analisado, por meio da descrição,
investigação de fenômenos.
Para isso, foi realizado um estudo de caso, tendo como objeto de estudo um
lançamento fonográfico, de um artista independente de Brasília. O produto a ser distribuído
trata-se de um “Extended play [EP]”, caracterizado como um produto menor que um Álbum, e
maior que um “Single”. Neste caso, trata-se de quatro faixas musicais, com menos de trinta
minutos no total (00h30min). O produto ainda será distribuído em diferentes plataformas, de
acordo com suas linguagens específicas. Como o projeto não possui alto orçamento, a maioria
das atividades são executadas pelo próprio artista. Contudo, há atividades específicas que
exigem a contratação de serviços e trabalhadores “freelancers”, como as atividades
conectadas a criação visual e audiovisual do produto, além de outros serviços específicos à
distribuição musical.
Por meio do fluxo de processos na área de gerenciamento de cronograma
recomendado pelo PMBOK 6ª edição, foi desenvolvida uma proposta para o desenvolvimento
do cronograma, apresentada na Figura 1.
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Resultados e Discussão
Entende-se muitas vezes o produto fonográfico como uma unidade indivisível, mas
que compreende muitos processos. Nakano (2010), reconheceu dois processos: a produção
do conteúdo e a do suporte físico necessário à distribuição deste conteúdo. Mas com o
advento da música digital, e a transição do suporte físico para as plataformas de “streamings”
como principal forma distribuição, muito se transmudou no mundo da música, alterando não
apenas sua forma de distribuição, mas também sua interação entre produto e consumidor.
Esse cenário resultou em algumas perguntas comuns aos processos de distribuição:
• O que faz o ouvinte escutar um artista novo?
• O que artistas semelhantes estão fazendo?
• Como o público-alvo se comporta?
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Como pode ser observado na Figura 2, têm-se as quatro perguntas: Quem, O Que,
Onde e Quando, que devem ser respondidas para atender a distribuição fonográfica,
conforme discutidos a seguir.
- (Quem): o conceito tem como objetivo detectar os envolvidos na obra, desde os
responsáveis pela execução das atividades ao consumidor final. Quando se pensa em
distribuição de fonograma, a primeira figura importante é a do Distribuidor Digital, podendo
esta ser a gravadora, ou em projetos independes, empresas especializadas. Tais empresas
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apenas enviam a faixa musical para as plataformas digitais, e para tal envio o proponente já
deve ter em mãos: fonograma, autorizações e capa (peça publicitária). Existem inúmeras
empresas que ofertam o serviço, seja de forma gratuita ou paga. Cabe ao responsável
entender qual empresa melhor contempla suas necessidades. Contudo, o lançamento de um
fonograma não se restringe ao envio das faixas musicais para a Distribuidora Digital. Tendo
ainda, a necessidade de identificar outros envolvidos. Como, por exemplo, a equipe de criação
publicitária. Para o controle desse processo, é essencial um profissional que gerencie e
monitore a distribuição do produto.
- (O Que): aqui é preciso delimitar com clareza qual o produto e os objetivos a serem
alcançados. No caso estudado, por exemplo, trata-se de um lançamento fonográfico – Quatro
faixas, compiladas em um EP.
- (Onde): é essencial o levantamento de todos os locais e de que forma será distribuído
o material. Lembrando que a Distribuidora Digital apenas envia o fonograma para algumas
plataformas digitais e excluem outros meios de difusão, como as redes sociais e veículos de
imprensa.
- (Quando): para que o lançamento seja realizado com sucesso, precisa-se definir de
acordo com as necessidades do projeto quando será efetuada e como será feito o
monitoramento do lançamento. Sendo crucial um plano com precisão.
O mapa mental, elaborado e sugerido neste estudo, foi aplicado no empreendimento
desta pesquisa, acreditando-se que poderá ser aproveitado por outros artistas e produtores.
Para este trabalho, não foi analisada a etapa de produção musical, apenas considerou a etapa
de distribuição. Entende que a distribuição de fonograma vai além do seu envio para
plataformas digitais de “streamings” comuns ao consumo de música, e prevê outros suportes
e formatos. Acrescentando ao projeto de caráter independente em estudo, força de mercado
e competição.
Foi feito, inicialmente, um diagnóstico das principais dificuldades ao se lançar um
produto fonográfico independente. E detectou-se o Gerenciamento de Cronograma como área
crítica. Foi correlacionado cada ponto crítico com as áreas de conhecimento, como mostra a
Figura 3. De forma, a evidenciar a importância de direcionar os estudos à uma área de
conhecimento.
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Com o PDCA elaborado, foi determinada uma forma de análise e esquematização das
entregas. Na sequência, foi estimada a quantidade de tempo para execução das atividades e
tarefas. Uma técnica recomendada é a Estimativa de Três Pontos. A estimativa de duração
nesse caso leva em consideração o risco e a incerteza de estimativa. Ao usar essa ferramenta
é possível definir uma faixa aproximada para duração de uma atividade. Pondera-se de três
perspectivas de tempo:
Para o cálculo da duração esperada [tE], usa-se de uma fórmula de distribuição
triangular, conforme a eq. (1).
tO + tM +tP
tE= (1)
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Onde, tO: é a duração Otimista, baseia-se na análise do melhor cenário; tM: é a duração Mais
Provável, baseia-se em estimativas prováveis, expectativas realistas; e tP: duração
Pessimista, baseia-se no pior cenário para a atividade.
Sendo assim, ao aplicar o cálculo para prever a duração do envio do fonograma da
distribuidora digital até as plataformas digitais, temos o seguinte resultado, conforme a eq. (2).
10 + 15 +20
tE= = 22 dias (2)
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No novo modelo foi instituído reuniões semanais, em que se passou elaborar planos
semanais, incluindo atividades a serem iniciadas, e a conclusão de atividades antecedentes.
Definindo de forma clara as atividades. De maneira que, a vulnerabilidade de execução
evidenciada das duas primeiras causas fora removida.
Essa deficiência tem como consequência direta da ocorrência do projeto ser
gerenciado por uma pessoa sem conhecimentos suficientes em gestão de projetos. Como
justificado anteriormente, por se tratar de um projeto independente, este carece de orçamento
e mão de obra. A aplicação do gerenciamento do cronograma foi elaborada pela
pesquisadora, mas executado pelo artista. De modo que, o artista encontrou dificuldades em
gerenciar o projeto.
Nesse caso, o aumento de produtividade pode ser explicado pelo efeito aprendizagem.
O projeto foi sendo executado como previsto por meio da familiarização com o trabalho. A
consultoria, feita por meio da pesquisadora, a continuidade e a repetição certificaram a
melhoria na organização, na redução de prazos e nas alterações de atividades, e, obviamente,
no gerenciamento e supervisão do plano.
Um dos fatores que determinam o sucesso de um projeto é a figura do Gerente de
Projetos. Na visão de Fisher (2011) um Gerente de Projetos deve possuir três competências:
(a) as individuais, tributos e habilidades dos indivíduos na resolução de problemas; (b) as de
equipe, capacidade de gerir e resolver adversidades complexas em equipes multidisciplinares;
(c) e as da empresa, capacidade de formar um ambiente e uma cultura de projetos que
colabore com a participação dos membros das equipes.
Com base nos resultados obtidos neste trabalho, aponta-se que ao se aplicar as
práticas recomendadas pelo PMBOK 6ª edição, é possível obter bons resultados, os quais
atendam as expectativas dos envolvidos. Mas essa prerrogativa não exclui outras ferramentas
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Conclusão
Agradecimento
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Referências
Bernado, N. 2011. The producers guide to transmedia: how to develop, fund, produce and
distribute compelling stories across multiple platforms. Editora beActive Books, Lisboa,
Portugal.
Fisher, E. 2011. What Practitioners Consider to be the Skills and Behaviours of an Effective
People Project Manager. International Journal of Project Management 29: 994-1002.
Gil, A. C. 2017. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6ed. Atlas, São Paulo, SP, Brasil.
Slack, N.; Chambers, S.; Johnston, R. 2002. Administração da Produção. 2.ed. Atlas, São
Paulo, Brasil.
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