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ATIVIDADE

1. Dados Gerais
Disciplina/Turma Neuropsicologia
Professor Claudson Cerqueira Santana
Aluno Gilton Borges Martins
2. Análise
Questões "Fundamentos de Neuropsicologia", de Luria.
3. Descrição do Assunto
Conceitos
4. Apreciação
01 – Conceito de função

O texto inicia conceituando o termo função sob um viés explícito, limitado! Equivale a
entender uma função como algo a ser desempenhado de uma forma minúscula e isolada
sem a participação de outros fatores.

Nesse diapasão os exemplos transitam por vários órgãos da anatomia humana concebidos
como responsáveis, isoladamente, por determinadas atividades.

Surpreende perceber que tal conotação, vigente em vários círculos, inclusive, no senso
comum, longe de qualquer refutamento, é acatado por Luria.

Contudo, o foco central de suas análises se volta a conceituar função num formato mais
amplo, mais sinérgico e mais sistêmico.

Sob esse véu poderia ser descrita como um conjunto de estruturas cerebrais e de processos
fisiológicos, aí envolvidos processos bioquímicos, físicos e mecânicos, que propiciam a
realização de certas tarefas.

À explanação do citado conceito se poderia adentrar no universo da leitura, a título de


exemplo. Essa atividade não é exercida por uma parte específica do cérebro. De forma
semelhante, a respiração dista de ser concebida como uma tarefa somente dos pulmões,
mas, do sistema respiratório como um todo.

Tal contexto propicia entender cada função mental como a atenção, a leitura e memória,
como um complexo mecanismo organizado pela ação conjunta e articulada de variadas
estruturas. E, saliente-se: cada uma delas pode localizar-se em diferentes e distantes áreas
do cérebro.

A comprovação desse conceito transita, no texto, pelo viés da anatomia. Realça que em
situações onde o principal grupo de músculos que atuam na respiração deixa de funcionar
aqueles outros chamados de intercostais são acionados a suprir. Se esses também falham, os
músculos da laringe começam a operar na busca de manter ativa a função respiratória.

Para Luria, o ser humano possui uma estrutura cerebral básica. A partir daí se desenvolverão
os diferentes modos de funcionamento, de forma harmônica, complexa, hierárquica,
integrada e holística.
2. Conceito de Localização

Interessante notar que essa percepção de Luria quanto à Localização difere dos conceitos
correntes da época quanto a uma estaticidade das funções mentais.

Ao contrário! Fundamentado em estudos acerca das funções psicológicas em indivíduos


lesionados Luria explora o cérebro como um sistema em interação constante com o meio
físico e social em que o sujeito se insere.

Segundo ele, o cérebro é detentor de propriedades que denominou de neuroplasticidade.


Consiste na concepção de que ele reage às diversas atividades a que está submetido.
Entende-se, amiúde, que as funções mentais superiores, de caráter tipicamente humanas,
são construídas no transcorrer da evolução da criatura e embute sua história social.

3. Conceito de Sintoma (ou Perda da Função)

As estruturas do cérebro são interligadas.

Essa concepção plúrima é ilustrada com brilhantismo ao compará-lo a uma orquestra onde
os instrumentos operam ora num todo, ora em grupos específicos, ora em combinação, ora
em silencio.

Logo, uma perda mental numa determinada região, certamente, influenciará toda uma
cadeia de sistema. Formou-se, a partir daí, a percepção de Analise Sindrômica cuja aplicação
permite melhor compreender a estrutura interna de um processo psicológico.

Significa analisar e entender a perda sob uma perspectiva da totalidade do sistema funcional
considerando-se as escalas hierárquicas das três unidades funcionais:
Primeira: regula o tono, a vigília e os estados mentais;
Segunda: Obtém, processa e armazena as informações;
Terceira: programa, regula e verifica a atividade mental.

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