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Instruções:
1. A avaliação DEVE ser respondida em duplas. Prazo máximo para envio da avaliação preenchida
é dia 15/07/2021 até as 23:59hs. Não haverá prorrogação. O horário registrado pelo servidor do
email será utilizado para validar o horário de envio da prova.
2. A avaliação preenchida deve ser enviada para o e-mail piresfo@usp.br (cópia para
italovinicius@usp.br e julio_silva@usp.br) em formato PDF.
3. O email contendo a prova deve ser identificado como: Fisiologia CAF (Nome(s) do(s) aluno(s)).
4. A avaliação é composta por três questões abertas. As questões abertas deverão ser respondidas
exclusivamente num espaço de 25 linhas (utilize a opção do Word para demarcar o número de
linhas). Dê detalhes o quanto possível.
5. No final da avaliação, há um campo para descrição das referências consultadas, com indicação
das páginas consultadas para responder as questões abertas. É obrigatório o preenchimento dessa
informação. Na ausência, será descontada nota da questão.
6. Só será aceito um arquivo com as respostas, o primeiro. Demais arquivos enviados posteriormente
pelo(s) mesmo(s) aluno(s) serão desconsiderados.
QUESTÕES
1- Explique como acontece a propagação do impulso elétrico pelas células do sistema nervoso e como se
dá a sinapse entre neurônio motor e músculo, até o processo de contração muscular.
O processo se inicia com a excitação do motoneurônio a partir de um impulso elétrico, que perturba o
potencial de repouso das membranas celulares e gera um potencial de ação. Esse estímulo advém da medula
espinhal ou do cérebro, a partir de um estímulo mecânico, químico ou elétrico oriundo do sistema nervoso
periférico ou central. É partir da bainha de mielina presente nos neurônios que os impulsos são conduzidos com
velocidade e precisão.
Quando o terminal axonal se comunica com sua célula-alvo, a região é chamada de sinapse. A célula
transmissora é a pré-sináptica e a receptora pós-sináptica, o espaço entre as duas células é a fenda sináptica. As
sinapses podem ser químicas, ocorrendo a liberação de neurotransmissores, como a acetilcolina, na fenda
sináptica, ou elétricas com as correntes iônicas passando diretamente pela fenda sináptica.
O potencial de ação é um sinal elétrico que possui força uniforme e atravessa a zona de gatilho de um
neurônio até a porção final do seu axônio. São conhecidos como fenômenos de tudo ou nada, pois só ocorrem
se houver a despolarização máxima ou não ocorrem. Em seguida, os canais iônicos que dependem de voltagem,
presentes na membrana axonal se abrem sucessivamente enquanto a corrente elétrica viaja pelo axônio e como
resultado, a entrada adicional de Na na célula reforça a despolarização que possui uma amplitude de
aproximadamente 100 mV. O potencial de ação passa pelo axônio até os terminais axônicos e ao chegar na
junçã o neuromuscular as extremidades nervosas do axô nio liberam a acetilcolina, que cruza a fenda
siná ptica e se agrega a receptores pré-sinápticos no plasmalema.
Há um aumento da permeabilidade ao Potássio e Sódio e a fibra muscular é despolarizada, o potencial
de ação despolariza os túbulos transversos e o cálcio é liberado no sarcoplasma. Os íons de cálcio se conectam à
proteína troponina. A troponina realiza o deslocamento das moléculas de tropomiosina para fora dos sítios
ativos nas moléculas de actina, permitindo a atração entre as pontes cruzadas de miosina e as moléculas de
actina que antes a tropomiosina bloqueava, ocultando os sítios ativos. E com gasto energético a actina se
desconecta da miosina e está pronta para se conectar à próxima miosina da ponte cruzada, realizando a
contração muscular.
A contração músculo esquelética necessita de ATP como fonte de energia, a utilização da glicose é um
dos meios para a produção de ATP. O corpo humano possui três fontes de glicose: a glicose plasmática, os
estoques intracelulares de glicogênio nos músculos e o fígado, uma nova glicose produzida pela
gliconeogênese,
O processo de degradação da glicose é denominado de glicólise. A glicólise pode ser aeróbia, um
processo lento de degradação com o piruvato, nesse processo temos que uma molécula de 6 carbonos de glicose
é convertida em duas moléculas de 3 carbonos de piruvato, produzindo em seu processo de degradação de 30 a
32 ATPs, o final desse processo também inclui a continuação do catabolismo dos carboidratos que passa por
uma degradação adicional no ciclo do ácido cítrico, outro processo com alta produção de ATP. Nesse
metabolismo a produção de ATP é lenta,
Já na glicose anaeróbia, só são produzidos 2 ATPs, nesse metabolismo o lactato é o produto final. Esse
modelo possui uma produção rápida mas limitada de ATP. O piruvato é um ponto decisivo das vias
metabólicas, o piruvato pode ser encaminhado ao ciclo do ácido cítrico ou para a produção de lactato até que o
oxigênio aumente, a depender da necessidade de uma célula ou do oxigênio disponível.
A glicose plasmática é obtida através da glicogênse, em que a síntese da glicose provém de lipídios ou
proteínas, quando os níveis de glicose no plasma sanguíneo estão elevados, ocorre a síntese de glicogênio no
fígado e nos músculos, no processo de glicogênese.
O glicogênio intramuscular fornece a principal fonte energética de carboidratos para os músculos ativos.
A degradação do glicogênio intramuscular, a glicogenólise, ocorre através da ação da enzima glicogênio
fosforilase estimulado pelo hormônio glucagon. Essa enzima remove fosforoliticamente um resíduo de glicose a
partir da quebra de uma ligação a-(1,4) da molécula de glicogênio liberando glicose-6-fosfase.
REFEÊNCIAS CONSULTADAS
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, Capítulo 8 Neurô nios: propriedades
celulares e de rede, Capítulo 22 Metabolismo e Equilíbrio Energético. 7ª Ediçã o, Artmed, 2017