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Termografia e modelagem fuzzy aplicada à temperatura superficial de

frangos de corte submetidos a diferentes ambientes térmicos

A temperatura superficial de animais, avaliada por meio de termografia


infravermelha, é uma forma não invasiva de avaliação da condição de conforto
ou desconforto térmico. Desta forma, objetivou-se com a presente pesquisa,
avaliar e predizer a temperatura superficial (tsup) de frangos de corte na
segunda semana de vida submetidos a diferentes ambientes térmicos e com
diferentes durações da exposição (DE). Duzentos e quarenta frangos de corte
da linhagem Cobb foram usados no experimento. Os frangos de corte foram
alojados em 4 tuneis de vento climatizados, em 4 baterias de 60 aves (15 aves
por túnel no primeiro dia), de forma que as aves foram submetidas a
combinação de 4 temperaturas de bulbo seco do ar (t bs) (24, 27, 30 e 33°C) e 4
DE (1, 2, 3 e 4 dias) a partir do oitavo dia de vida. A umidade relativa e
velocidade do ar foram mantidas em 60±1% e 0,2±0,1 m s -1, respectivamente.
Análises de variância, teste de médias e regressão foram aplicadas aos dados.
Um modelo fuzzy foi desenvolvido para predição da tsup em função da tbs e DE.
A tsup variou em função das intensidades de t bs e DE aplicadas. Para DE de 1
dia, verifica-se que existe diferença significativa (p<0,05) entre todas as t bs,
sendo que a diferença entre a tsup para o maior (33°C) e menor (24°C) valores
de tbs foi de 5°C. Para DE de 2, 3 e 4 dias não ocorreram diferenças
significativas (p>0,05) da tsup entre as tbs de 24 e 27 °C (estresse por baixas
temperaturas) e também entre as tbs de 30 °C (conforto) e 33 °C (estresse por
temperatura alta). Entretanto, verificou-se diferença estatística (p<0,05) das t sup
entre os dois grupos de tbs (24°C/27°C e 30°C/33°C). Com relação à DE para
cada tbs, observou-se, no geral, diferença significativa (p<0,05) entre o primeiro
dia em relação aos demais para t bs de 24 e 33 °C, não sendo observadas
diferenças para demais tbs (p>0,05). Os modelos empírico ajustado e fuzzy
desenvolvido para a estimativa de t sup apresentaram r2 de 0,760 e 0,977,
respectivamente. A tsup de frangos de corte, variável cuja medição é não
invasiva, varia em função da tbs e DE, podendo ser usadas em modelos
matemáticos que podem ser embarcados em sistemas eletrônicos de controle
do ambiente térmico em condições de produção comercial.

Palavras-Chave: ambiência animal, termografia infravermelha, lógica fuzzy.

Marcelo Bahuti - 7º módulo de Engenharia Agrícola, UFLA, bolsista


PIBIC/CNPq.
Lucas Henrique Pedrozo Abreu - Coorientador DEG, UFLA.
Tadayuki Yanagi Junior - Orientador DEG, UFLA.

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