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Documento assinado via Token digitalmente por PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA RAQUEL ELIAS FERREIRA DODGE, em 27/12/2017 21:35. Para verificar a assinatura acesse
PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
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prisão. Apenas quando não forem preenchidos os requisitos legais de natureza objetiva e
subjetiva para conceder penas ou outras medidas alternativas ao encarceramento – que vão
desde a transação penal até o próprio regime aberto -- , aplicados de acordo com a natureza e
gravidade do crime, além do quantum de pena aplicado, é que ocorrerá o efetivo cumprimento
em regime fechado, considerado o regime prisional mais severo de todos.
A pena, individualizada sob os critérios do artigo 59 do Código Penal, será
estabelecida pelo juiz exclusivamente nos limites e forma previstos pelo Poder Legislativo;
será concretamente dosada pelo Poder Judiciário e seu cumprimento ocorrerá de forma
individualizada e de acordo com os meios disponibilizados pelo Poder Executivo, órgão a
quem incumbe garantir a adequada execução da pena.
Ou seja, no processo de aplicação individualizada da pena e de sua execução está
bem delimitada a atuação de cada um dos Poderes da República, de modo que não há espaço
para aplicação extensiva, generosa ou ampliativa do indulto pelo Presidente da República que
desvirtue a função penal exercida pelo Poder Judiciário. Caso isso ocorra, como no Decreto
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próprio ordenamento jurídico e que se regem pelos princípios constitucionais, que um Poder
exerça função de outro, o que caracterizará indevida usurpação de competência e clara
violação ao princípio da separação dos poderes.
Da mesma forma, são conferidos, no sistema de freios e contrapesos,
interferências pontuais, fundamentadas, factual e juridicamente,
A interferência contida no Decreto 9246/17 nem de longe foi pontual. Por outro
lado, as razões factuais são obscuras e improcedentes, devendo ser frisada ad nauseam, entre
as várias perplexidades, a premissa do “desencarceramento” para o afastamento de penas
restritivas de direito, de multa e pecuniárias.
Neste contexto, verifica-se que o Decreto n. 9246/97 afastou-se da sua finalidade
de correção de injustiças pontuais para se caracterizar como verdadeira norma
descriminalizante, editada por autoridade que não detém competência constitucional e a quem
a própria Constituição Federal veda expressamente essa competência.