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As marcas brancas inicialmente eram caracterizadas por não possuírem qualquer tipo de
publicidade e de comunicação no ponto de venda associada, estratégia essa que era
aplicada também às embalagens com design muito simples e muito pouco chamativo.
Aos poucos os consumidores começaram a experimentar e, se no início, havia dúvidas
na compra destes produtos, estas deixaram de existir à medida que, por um lado, o
preço permitia reduzir os custos do cabaz familiar e, por outro, a introdução de cada vez
maior número de produtos em marca branca acabou por minorar as hesitações do
consumidor.
Desta forma, é possível definir as marcas próprias do setor da distribuição como sendo
produtos desenvolvidos, distribuídos, comercializados e comunicados pela própria cadeia
de hipermercados, incluindo o nome e/ou marca registada da própria insígnia, (segundo
o Unterleider & Damacena, 2020). Estes produtos até podem ser fabricadas por um
fornecedor externo, mas são vendidas exclusivamente na cadeia de supermercado que
as desenvolve. Atualmente, é possível afirmar que as marcas próprias já possuem uma
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embalagem com design cuidado e elaborado para refletir a identidade da instituição
detentora da marca própria, tal como um dos grandes investigadores da vertente das
marcas Keller, preconiza.
Esta unificação da oferta de produtos em marca própria permite uma estratégia global,
bem como a disponibilização de produtos com preços mais competitivos. Atualmente, as
cadeias de supermercados estão a comunicar para as suas marcas próprias uma
estratégia que reflete o conceito de comunicação integrada de marketing alinhado com a
identidade de marca da instituição principal.
Esta aposta tornou claro que o “P” de promoção e comunicação das marcas próprias,
inicialmente apontado por todos como o menos trabalhado, está neste momento bem
trabalhado e permite elevar o posicionamento das marcas próprias.
Por fim, o preço dos produtos de marcas próprias foi alterado em função de todas estas
evoluções, tornando-se mais elevado. Se as marcas próprias começaram por se
distinguir das outras pelo critério de preço muito mais económico, neste momento esta
diferença é atenuada.
A evolução das marcas próprias e o posicionamento que apresentam hoje em dia, torna-
as mais fortes e competitivas. O resultado de todas estas inovações é positivo para as
cadeias de supermercados de muitas formas, sendo a que se destaca mais uma forte e
global imagem positiva das marcas próprias e da cadeia de supermercados a que
pertencem.
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produtos fora de alcance para os consumidores com rendimentos mais baixos.
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