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Não vale como certidão.

Petição Inicial :
Processo : 0026153-87.2009.8.08.0024 (024.09.026153-8) Situação : Arquivado
200900796809
Ação : Ação Penal Militar - Procedimento Ordinário Natureza : Auditoria Militar Data de Ajuizamento: 27/08/2009
Vara: VITÓRIA - VARA DE AUDITORIA MILITAR

Distribuição
Data : 28/08/2009 14:39 Motivo : Distribuição por sorteio manual

Partes do Processo
Autor
MINISTERIO PUBLICO MILITAR
Réu
ANDERSON DE OLIVEIRA MADEIRA
17527/ES - VICTOR SANTOS DE ABREU
6174/ES - JOSE CARLOS DA SILVA
MARCUS ROBERTO RIBEIRO
15052/ES - NUNO RONAN GONCALVES
3340/ES - SEVERINO MIGUEL

Juiz: GETULIO MARCOS PEREIRA NEVES

Sentença

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


PODER JUDICIÁRIO
VITÓRIA - VARA DE AUDITORIA MILITAR

Número do Processo: 0026153-87.2009.8.08.0024 (024.09.026153-8)


Autor: MINISTERIO PUBLICO MILITAR
Réu: ANDERSON DE OLIVEIRA MADEIRA, MARCUS ROBERTO RIBEIRO

SENTENÇA

Vistos e examinados os presentes autos etc., passo a relatá-los, na forma que segue:

O Ministério Público Militar Estadual ofereceu denúncia em desfavor de ANDERSON DE


OLIVEIRA MADEIRA, EX PM, RG 14.144-9, MARCUS ROBERTO RIBEIRO, EX-PM, RG 13.852-9,
já qualificados, como incursos nas sanções dos arts. 311 e 319, do CPM, constando dos autos
que “(…) os denunciados adulteraram o BAT (boletim de acidente de trânsito) de n° 283/06,
atentando desta forma contra a administração militar. Infere-se dos autos que, no dia 19 de
março de 2009, a M.M.ª Juíza de Direito da 5a. Vara Cível de Cachoeiro de Itapemirim-ES
enviou ao comando do 9° BPM uma cópia do BAT nº 283/2006, o qual relatava sobre um
acidente ocorrido no ano de 2006, suscitando a possibilidade de existência de dois boletins
tratando da mesma ocorrência, haja vista a omissão constatada M.Ma Juíza de uma
informação essencial de que um dos condutores estaria dirigindo sob os efeitos de bebidas
alcoólicas e que inclusive tais BAT's haviam sido assinados por pessoas diferentes, fato este
que impulsionou o comando à investigar uma possível fraude. Sendo assim, constatou-se que
havia o envolvimento de três policiais na coinfecção daquele BAT adulterado, sendo os dois
denunciados e a TEN. ELAINE, a qual participou preenchendo apenas os campos meramente

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formais, tais como, Marca/modelo, Telefone, Placa, Município e etc, não havendo dolo nem
culpa em sua conduta, já que era um costume no batalhão refazer as ocorrências antes de
arquivá-las, tendo em vista o grande número de rasuras, informações pendentes e etc, por
isso não sendo denunciada. Mister se faz ressaltar que, com a cópia do BAT adulterado, uma
seguradora se responsabilizaria pelos danos desencadeados naquela ocorrência, uma vez que
a embriagues afastaria a responsabilidade da mesma, sendo este o principal motivo daquela
adulteração, sem contar no grau de amizade entre o primeiro denunciado e o condutor
beneficiado pela adulteração, conforme declarado às fls. 195/196. No que tange às alegações
do segundo acusado, de que teria feito aquele BAT substituto em razão de o original ter sido
extraviado, não há procedência, haja vista que o mesmo fora encontrado pelo SGT
WILLIANS(fls. 170) no arquivo de documentos, conforme os parâmetros de verificação da
companhia, e aqui cabe fazer uma ressalva, NÃO FORA ENCONTRADA A VIA ARQUIVADA DO
SEGUNDO BOLETIM, ou seja, o que se almejou fora única e exclusivamente a fraude, e como
disse o SGT WILLIANS, "procurou-se não deixar rastros de fraude". Não obstante,
concretizando as alegações, o segundo acusado alegou que teria feito o cadastramento do
auto de infração de trânsito no site do DETRAN-ES, o qual contém todas as informações
acerca do veículo, todavia, conforme se observa às fls. 262, nada fora cadastrado em relação
àquela ocorrência, sendo possível apenas observar o péssimo histórico daquele condutor.
Desta forma, deixando de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal, qual seja,
PARCIALIADADE, BENEVOLÊNCIA, PESSOALIDADE … Assim, o primeiro denunciado incorreu
na ira do artigo 311 do Código Penal Militar, enquanto que o segundo denunciado incorreu nas
iras dos artigos 311 e 319 do Código penal Militar”.

Recebida a denúncia em 30 de outubro de 2012 às fls. 285, os acusados foram devidamente


citados, fls. 296 v. e 300 v., sendo interrogados às fls. 302/303 verso.

As testemunhas de acusação foram ouvidas às fls. 371/373 e 404.

Na fase do art. 417, § 2º do CPPM, a Defesa não apresentou rol de testemunhas.

Na fase do art. 427 do CPPM, as partes nada requereram. Na fase do art. 428 do mesmo
diploma legal, reservaram-se as partes a ofertar alegações orais em plenário, fls. 423 e 424.

O feito foi saneado às fls. 426, designado o julgamento para o dia 17/06/2016; a Defesa do
acusado Marcus Roberto Ribeiro requereu a redesignação do ato, o que foi deferido.

Na sessão do dia 04/08/2016, antes de serem abertos os debates, o MM Juiz Auditor observou
que o fato de o acusado, ex-PM Anderson Madeira, ter estado detido durante a instrução
acabou por prejudicar a sua defesa, uma vez que mesmo intimado para indicar testemunhas,
não o pôde fazer, conforme alegou a defesa constituída. Assim, ponderou o Conselho de
Justiça Militar que o acatamento do princípio constitucional da ampla defesa poderia significar,
neste caso, o incremento da instrução processual, dando oportunidade à defesa de se
contrapor à acusação, o que, pela circunstância acima referida, não se verificou nestes autos.
Ouvido o Ilustre representante do Ministério Público, Sua Excelência não se opôs.

Defesa preliminar apresentada às fls. 447/452.

Designado Sumário de Defesa às fls. 454, sendo ouvida uma testemunha às fls. 460.

A Defesa do acusado Marcus Roberto Ribeiro apresentou alegações finais escritas às fls.
461/474 dos autos.

O feito foi saneado às fls. 477, sendo designado julgamento parta o dia 22/06/2017 e
redesignado pela Magistrada substituta para o dia 16/04/2018. Seguiu-se Ato Normativo nº
078/2018, fls. 484, determinando a suspensão do expediente forense no dia 16/04, sendo o
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ato redesignado para o dia 13/09/2018.

Despacho de fls. 487, tendo o Magistrado substituto redesignado o ato para o dia 06/12/2018,
data esta em que finalmente foi julgado pelo Conselho Permanente de Justiça, conforme ata
de fls. 493/494.

Assim relatados,
Passo a decidir:

Ao que se viu do relatório, o MPM imputou inicialmente aos acusados a prática de delito de
Falsificação de documento (art. 311 do CPM) e Prevaricação (art. 319 do CPM), por
adulteração do BAT (boletim de acidente de trânsito) de n° 283/06.

Com relação à imputação ao acusado Marcos Roberto Ribeiro da prática da conduta


incriminada no art. 319 do CPM, encontra-se nesta data fulminada pela prescrição da
pretensão punitiva estatal, eis que a pena prevista em abstrato prescreve, na forma do inciso
VI do art. 125 do CPM, em 04 (quatro) anos, lapso temporal superior ao decorrido desde o
recebimento da denúncia.

Permanece a imputação, para ambos, da prática do delito do art. 311 do CPM, a falsidade
material, imputação esta que tem correlação com os fatos narrados na denúncia porque o
MPM imputa a ambos a produção de documento que alegadamente não deveria existir, não o
simples preenchimento incorreto de documento existente. Neste último caso se estaria, em
tese, na presença do delito do art. 312 do CPM, quando a prova pericial seria importante na
apuração da autoria de pretensa falsidade. No caso dos autos, no entanto, o documento de fls.
10/13 encontra-se assinado pelo acusado Anderson de Oliveira Madeira, o que não foi
contestado, restando afastada qualquer dúvida quanto à autoria.

Sobre a dinâmica dos fatos ora em apuração, testemunha Bruno Schayder, que lavrara o
documento original, assim se manifestou:

“(...) que no dia dos fatos estava de serviço no plantão de trânsito quando atendeu uma
ocorrência na linha vermelha, pois o condutor do veículo teria atropelado uma moto, subido no
canteiro e batido em um carro, atravessando a rua Bernardo Horta, batendo em outros dois
veículos estacionados, além de afundar a porta do estabelecimento comercial armarinho
Guandu; que o depoente fez o boletim de acidente de trânsito, confeccionou a multa e realizou
o teste de alcoolemia que deu positivo; que o citado teste foi realizado na PRF da Safra; que o
condutor foi preso em flagrante e encaminhado ao OPJ; que à época dos fatos, acredita que o
PM Madeira trabalhava na internamente no pelotão de trânsito; que passado algum tempo
chegou uma denúncia no batalhão de duplicidade da ocorrência de trânsito citada, que ao
olhar novamente a ocorrência, solicitada por seu superior não constatando nada de errado;
que então foi informado que haveria uma outra ocorrência, semelhante a do depoente,
contudo sem o teste de alcoolemia e a multa; que no campo de assinatura de agente policial o
nome o depoente havia sido retirado e estava com outra assinatura; que estava a assinatura
do denunciado Anderson de Oliveira Madeira; que a citada ocorrência, semelhante a lavrada
pelo depoente, possuía visivelmente mais de uma caligrafia, mas tal fato era normal no setor
de trânsito. Dada a palavra a Defesa, às suas perguntas respondeu: que não tem
conhecimento de quem alguém tenha solicitado ou autorizado a emissão de um novo BAT; que
acredita na época dos fatos ocorrência com vítima ou alcoolemia deve ser lavrada
imediatamente, enquanto ocorrência sem vítima deve ser lavra em 72 horas ou três dias úteis”
(BRUNO SCHAYDER DA SILVA – FLS. 371).

Para o Conselho de Justiça Militar não há dúvida quanto à consumação do delito: nos autos
constam dois documentos públicos, expedidos em datas diferentes, com a mesma numeração
serial, assinadas por militares distintos (fls. 10/13 e 16 e ss). Quanto à alegação da defesa de
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que a via do documento extraviou, havendo, assim necessidade de lavratura de outro, não
corresponde à realidade, uma vez que consta nos autos, por cópia, às fls. 16 e ss. dos autos,
como já referido.

Da mesma forma as alegações de que o segundo documento teria siso produzido pelos
acusados por expressa determinação superior não foram provados nos autos, pelo contrário:
tanto a testemunha ouvida às fls. 404 como a que foi ouvida às fls. 460 infirmam essa
afirmação. Aliás, o depoimento da testemunha ouvida às fls. 460 é taxativo ao afirmar que
militar que não comparece ao local do acidente não pode lavrar BO de ocorrência com vítimas.

Notaram os senhores juízes militares que a informação mais importante nas circunstâncias, a
referente à alegada embriaguez do condutor, de fato não constou do documento em análise, e
que essa deliberada não inserção (em vez de terem-se informado com o reator original do
documento a respeito dos fatos para registrá-los devidamente), longe de aproveitar aos
acusados, criou situação jurídica relevante, a critério do Poder Judiciário da Comarca,
atentando contra a Administração Militar, já que a Polícia Militar é a responsável pela lavratura
do documento.

Assim, houve por bem o Conselho Permanente de Justiça Militar proferir condenação unânime
de ambos os acusados nas sanções previstas ao art. 311 do CPM.

Do exposto, à vista da decisão soberana do Conselho Permanente de Justiça Militar, Julgo


Procedente o pedido inicial para CONDENAR os acusados ANDERSON DE OLIVEIRA MADEIRA,
EX PM, RG 14.144-9, MARCUS ROBERTO RIBEIRO, EX-PM, RG 13.852-9, já qualificados, às
sanções dos arts. 311 e 319 do CPM, passando a dosar-lhe a pena:

ANDERSON DE OLIVEIRA MADEIRA:


Da análise do art. 69 do CPM e verificando que a conduta foi grave porque a falsificação do
documento de que se trata atenta contra a fé pública; que o dolo com que se houve restou
evidenciado do fato de não ter procurado o relator original do documento para se informar a
respeito dos fatos; que os motivos determinantes, favorecimento de terceiros, restaram
comprovados, não resultando em condenação em outro tipo penal; que as circunstâncias de
tempo e lugar da mesma forma são desfavoráveis, eis que não podia lavrar o documento sem
ter estado no local, como constou, e que o perigo de dano foi extenso, pois o documento
lavrado repercute externamente à Corporação, no caso, nas atribuições do Poder Judiciário,
deliberou o Conselho de Justiça Militar deliberar pela aplicação da pena base em 02 (dois)
anos e 08 (oito0 meses de reclusão. Fixo-lhe, pois, a Pena Base em 02 (dois) anos e 08 (oito)
meses de reclusão, que torno definitiva na ausência de circunstâncias atenuantes e
agravantes, bem como causas de diminuição e aumento de pena a considerar. O regime inicial
de cumprimento será o aberto.

Não há possibilidade de concessão do benefício da suspensão condicional da pena, ante o


quantum da sanção aplicada.

MARCUS ROBERTO RIBEIRO:


Da análise do art. 69 do CPM e verificando que a conduta foi grave porque a falsificação do
documento de que se trata atenta contra a fé pública; que o dolo com que se houve restou
evidenciado do fato de juntamente com seu parceiro não terem procurado o relator original do
documento para se informarem a respeito dos fatos; que os motivos determinantes,
favorecimento de terceiros, restaram comprovados, não resultando em condenação em outro
tipo penal; que as circunstâncias de tempo e lugar da mesma fora são desfavoráveis, eis que
seu parceiro não podia lavrar o documento sem ter estado no local, como constou, o que era
de seu conhecimento, e que o perigo de dano foi extenso, pois o documento lavrado repercute
externamente à Corporação, no caso, nas atribuições do Poder Judiciário, deliberou o Conselho
de Justiça Militar deliberar pela aplicação da pena base em 02 (dois) anos e 08 (oito0 meses
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de reclusão. Fixo-lhe, pois, a Pena Base em 02 (dois) anos e 08 (oito) meses de reclusão, que
torno definitiva na ausência de circunstâncias atenuantes e agravantes, bem como causas de
diminuição e aumento de pena a considerar. O regime inicial de cumprimento será o aberto.

Não há possibilidade de concessão do benefício da suspensão condicional da pena, ante o


quantum da sanção aplicada.

Estando ambos os apenados afastados das atividades da Corporação, as condições para o


cumprimento das reprimendas aplicada serão fixadas pelo Juízo competente para a execução.

Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.

Transitada em julgado, façam-se as necessárias comunicações, tudo na forma da Portaria nº


02/2006 deste juízo, e expeça-se Carta de Guia para cumprimento da pena aplicada,
remetendo-se-a ao juízo competente para fiscalização.

Vitória, 11 de dezembro de 2018.

Getúlio Marcos Pereira Neves


Juiz Auditor

Maj PM Luciano Franzen de Melo


1º Juiz Militar

Cap PM Ricardo Vieira Nunes


2º Juiz Militar

Cap PM Aluízio Antônio Feletti Silva


3º Juiz Militar

Cap PM Rafael Santana Reis


4º Juiz Militar

Dispositivo
Do exposto, à vista da decisão soberana do Conselho Permanente de Justiça Militar, Julgo Procedente o pedido inicial para CONDENAR os
acusados ANDERSON DE OLIVEIRA MADEIRA, EX PM, RG 14.144-9, MARCUS ROBERTO RIBEIRO, EX-PM, RG 13.852-9, já
qualificados, às sanções dos arts. 311 e 319 do CPM, passando a dosar-lhe a pena:

ANDERSON DE OLIVEIRA MADEIRA:


Da análise do art. 69 do CPM e verificando que a conduta foi grave porque a falsificação do documento de que se trata atenta contra a fé
pública; que o dolo com que se houve restou evidenciado do fato de não ter procurado o relator original do documento para se informar a
respeito dos fatos; que os motivos determinantes, favorecimento de terceiros, restaram comprovados, não resultando em condenação em
outro tipo penal; que as circunstâncias de tempo e lugar da mesma forma são desfavoráveis, eis que não podia lavrar o documento sem

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ter estado no local, como constou, e que o perigo de dano foi extenso, pois o documento lavrado repercute externamente à Corporação,
no caso, nas atribuições do Poder Judiciário, deliberou o Conselho de Justiça Militar deliberar pela aplicação da pena base em 02 (dois)
anos e 08 (oito0 meses de reclusão. Fixo-lhe, pois, a Pena Base em 02 (dois) anos e 08 (oito) meses de reclusão, que torno definitiva na
ausência de circunstâncias atenuantes e agravantes, bem como causas de diminuição e aumento de pena a considerar. O regime inicial de
cumprimento será o aberto.

Não há possibilidade de concessão do benefício da suspensão condicional da pena, ante o quantum da sanção aplicada.

MARCUS ROBERTO RIBEIRO:


Da análise do art. 69 do CPM e verificando que a conduta foi grave porque a falsificação do documento de que se trata atenta contra a fé
pública; que o dolo com que se houve restou evidenciado do fato de juntamente com seu parceiro não terem procurado o relator original
do documento para se informarem a respeito dos fatos; que os motivos determinantes, favorecimento de terceiros, restaram comprovados,
não resultando em condenação em outro tipo penal; que as circunstâncias de tempo e lugar da mesma fora são desfavoráveis, eis que seu
parceiro não podia lavrar o documento sem ter estado no local, como constou, o que era de seu conhecimento, e que o perigo de dano foi
extenso, pois o documento lavrado repercute externamente à Corporação, no caso, nas atribuições do Poder Judiciário, deliberou o
Conselho de Justiça Militar deliberar pela aplicação da pena base em 02 (dois) anos e 08 (oito0 meses de reclusão. Fixo-lhe, pois, a Pena
Base em 02 (dois) anos e 08 (oito) meses de reclusão, que torno definitiva na ausência de circunstâncias atenuantes e agravantes, bem
como causas de diminuição e aumento de pena a considerar. O regime inicial de cumprimento será o aberto.

Não há possibilidade de concessão do benefício da suspensão condicional da pena, ante o quantum da sanção aplicada.

Estando ambos os apenados afastados das atividades da Corporação, as condições para o cumprimento das reprimendas aplicada serão
fixadas pelo Juízo competente para a execução.

Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.

Transitada em julgado, façam-se as necessárias comunicações, tudo na forma da Portaria nº 02/2006 deste juízo, e expeça-se Carta de
Guia para cumprimento da pena aplicada, remetendo-se-a ao juízo competente para fiscalização.

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