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Em 1942, com outros amadores de teatro funda o Grupo de Teatro Experimental (GTE),
uma das raízes para a criação do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que estria com a
montagem, em francês, da peça "À Quoi Rêvent les Jeunes Filles", de Alfred Musset. Em
1948, funda a Escola de Arte Dramática, EAD, inicialmente funcionando no Externato
Elvira Brandão e, no ano seguinte, no edifício do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC),
onde ele passa a dedicar todo seu empenho e vida, até 1968, quando devido a problemas
financeiros a escola é incorporada à Universidade de São Paulo.
Na EAD, fica conhecido como doutor Alfredo e encena várias peças de sua autoria: "Um
Abrigo" (1952); "Mãe e Filha" (1952); "O Malentendido" (1959); "Luar Pela Janela" (1964);
"Os Pirâmidas" (1967). Morreu, em sua residência, em São Paulo, no dia 23 de novembrp
de 1986, poucos dias antes de completar 79 anos.
A EAD
Valmir Santos
Em 1944, Mesquita criou o Grupo de Teatro Experimental (GTE), integrado por artistas
amadores. Escreveu e dirigiu peças que atraíram o industrial Franco Zampari para aquela
arte, inspirando-o a inaugurar o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em 1948, na Bela
Vista. Em abril daquele ano, a EAD começou a funcionar no porão do externato Elvira
Brandão, nos Jardins. A cidade contava apenas três teatros: o Municipal, o Boa Vista
(atual Sérgio Cardoso) e o extinto Santana. No semestre seguinte, a EAD ocupou o 2º
andar do TBC a convite de Zampari. A sede mudou depois para um casarão em
Higienópolis (1952-60) e o prédio da atual Pinacoteca do Estado, antes de ir de vez para a
Cidade Universitária, em 1970.
Um celeiro dos melhores artistas brasileiros. É assim que muitos definem a Escola de
Arte Dramática. E, embora algumas pessoas não saibam, nomes consagrados do teatro
nacional já deixaram suas lágrimas, risos, abraços, gritos e aplausos nos ares da
instituição. Ney Latorraca, Glória Menezes, Francisco Cuoco, Aracy Balabanian, Leonardo
Villar, Elizabeth Savala, Caco Ciocler, Juca Chaves, Marisa Orth e Edson Celulari foram
alguns deles.
O livro conta a trajetória de um dos homens mais queridos pelos artistas de sua época e
documenta sua importância na construção cultural de São Paulo. Foi graças ao surgimento
da escola que a profissão de ator passou a ser reconhecida e mais respeitada diante da
sociedade. Alfredo desenvolveu um modelo artístico educacional através do
comprometimento cênico, intelectual e teórico, além da disciplina que era requisito
fundamental como qualquer outra profissão deveria exigir.
Com mais de 120 espetáculos encenados ao longo dessas seis décadas, em seu
repertório encontra-se de tudo: das comédias e tragédias gregas até textos modernos e
alguns realizados pelos próprios grupos para as montagens. Peças e escritores de todos
os tempos passearam pelo palco da EAD, entre seus destaques estão:Exceção e a Regra,
de Bertolt Brecht, em 1951; as de Esperando Godot, de Samuel Beckett, e O Anúncio
Feito à Maria, de Paul Claudel, em 1955; Ubu Rei, de Alfred Jarry, em 1958; além de
montagens de grande porte, comoMacbeth, de Shakespeare, em 1962; Teatro Cômico, de
Goldoni, em 1958; Na Festa de São Lourenço, de José de Anchieta, em 1960; Os Persas,
de Ésquilo, em 1961; O Burguês Fidalgo, de Molière, e As Alegres Comadres de Windsor,
de Shakespeare, em 1968.
Fonte: http://www.teatropedia.com/wiki/Alfredo_Mesquita
https://terceironome.wordpress.com/category/alfredo-mesquita-um-gra-fino-na-contramao/
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0312200717.htm