Você está na página 1de 65

pe$qtlisu educucionul

.' ,;
lr i:::
-

Kelma Socorro Lopes de Matos


Sofia Lerche Vieira

Il##ffh- ffi
Copyright@2.001 by Edições Demócrito
Rocha
-Diretoria
Executiva: Albanisa Lúcia Dummar pontes
Coordenaçâo Editoriat Lira Neto
Sumário
Superrisão pedagógica da Coleção
Magisten Eloísa Maia Vidal
Capa: Arlene Holanda e Daniel
Diaz
Supervisão griífica: Roberto
Santos
Editoração elehônica: Francisco 11
Oliveira
Gráfi cos: Welton Travassos 15
Reyisão: Kelsen Bravos
Catalogação na Íonte: Carmen
Araújo. Pesquisa: o prazer de coúecer .............. zl
Pesquisa: uma exprcssão
oBRAPUBLTCADAPELO CONvÊNto
or coEDIÇÃo UECE - FDR. do conhecimento ....
Reitor da UECE: Manassés
Claudino Fonteles Eixos epistàot;g:ic; """' 21

da Pesquisa Educacional
......... 24
Vertentes norteadoras da
i

Dado5 internacionais
T

I
pesquisa on educacão .............. 32
de Catalogação na publicação
(Clp) i Qualitatiao e qua; fituilao :
Matos, Kelma Socorro,or",0".
.......................-......".- I
Í
uma sintonia possíoe1........ ...... g4
Pesquisa educacíonal I
:o nrauàr r^
o prazer -^-L- /
de conhecer
Ketma <^-^-,_r-"p", a"
Korm- Socorro I
rrr"t-o;'ff"II#:ü:il1 I
Capítulo 2
-Fortateza : Edições Demócrito
n*fr", üici, zoor.
,:

Pesquisas e fontes:
l
possibilidades de escolha ................. ....... 39
!47 - (Coleção Magister)
Traz bibliografia. i
;
Pesquisa b.ibliogrdfica .............. 39
ISBN Pesquisa documental.
I
l
Pesquisa d, **;;'::..'.
' ' """"""" 40
1.,lducaSão 2. pesquisa
_-
aprendizagem
educacional
3. Ensino e
4. Metodologi" .ieniiii."-'1. !?r,,:,,--w{i;,;;;....,-...-..................,.......... .'....'.,'.,'..'..'.f4
sofia Lerche lr. Título. r' ft;
vr€rrêr Leoantamento
Pesquisa sr**..
roi """"""" 44
CDU: 37 : 001.8
Estudo d' r;;...:...:.:.:... """""""' 45
Pesquisa parririirr'ir'.."""""""""" """"""" 45
eesq"*nlalao...:.:.t.'.':.|'. """"""""""""' 46
,":y:::,;'idfr;,;; .. ................. .......... ........ ..
resqwsa etnometodolóqlca.
..
. . .. 443
Todos os direitos destâ
EDtçôEs DEMócntro
edição reseruados a
nocHA Pesquisn com história iral,
. .... ............. 50
Av. Aguânambi, 282
- Joâquim Tá
rones, rssr ziiil;; ü".,,'.o#; .T:; ãT1;;:.;"ará - Brasi,
; história de aida e deooimento
pessoa\................................
52
E_mail: edr@opovo.com.br
Pesquisa experimenial ............. 54
Capítulo 3
Técnicas de coleta e análise Constru ç õo e ap r es ent ação

de dados: instrumentos para saber mais ....................


57
do trabalhomonogrtífico ..........116
Obseroação.. E importante criar.............
........ 5g ......122
Questionúrio ....... 60
Entrnista ........... 61,
Capítulo 7
Grupo focal...:...!.....!...!.!.. Formação do educador-pesquisador:
........ 69
Anílíse dos dados -'anílise desejos e possibilidades............... .............72g
Educador-pesquisador - uma
estatística, de conteúdo e de discurso ........... 65
perspectian de formaçã0.. .........124
CapítuIo 4 Pesquisa como princípio
formatizto - o
debate na política-eilucacional........... ...........726
frojeto de pesquisa: do planejamento E na pr dtica... os profes sores p es quisam? .......................... 130
à apresentação de resultados.............. ..... 69
planeiar...
Sern amarras no
...... 69
Perguntas esclarecedoras
......... 70
Referências bibliográficas ................ ......133
Elemento s impres cindíoeis
para prosseguir o caminho ....... T4
Sobre as autoras........ ...............143
Apresentação de resultados - em busca
da semente .......... Zs

Capítulo 5
Pesquisa em sala de aula:
que conveÍsa e essa?...... ....... g3
Clmo foi que tudo começ0u....... ................... g5
Sala de aula, um espaço de pesquisa ............ g7
Com que princípios traballur?'.... ................. g9
Como introduzir a pesquisa
em sala de aula? ...................... 95
Para fina\i2nr................... ........103

Capítulo 6
A alegria da pesquisa:
reflexões e pistas sobre esse perflrso ........................105
Leituras fichamentos de textoi:
e

8lnh2ndo tonpo e informações.. ...................109


As oltcinas em sala de au1a......... ..................111
Apresentação

Este éum liwo que comprcende a pesquisa educa_


cional gomo produtora de coúecimentõ e prática fun_
dante da formação de professores. A abordagem da for_
mação docente na perspectiva de professores-pesqui_
sadores corresponde a urna concepção de conveigência
nos principais debates do mundo acadêmico nos rí-timos
anos, tanto no Brasil como em diversos países envolvidos
na reconcepfualização dos processos de formação de pro_
fessores. Propõe.se um processo de formação visando o
disciplinamento necessário para a reflexão sistemática e
científica de proÍissionais engajados no campo da edu-
cação e comprometidos com uma sociedade de verdadeira
cidadania. Foi este, igualmente, o intuito curricular con-
sensual que a equipe pedagógrca, formada por docentes
especialistas de quaho universidades públicas do Ceará,
imprimiu no Programa Magister de formaçãq em nível
superioç de docmtes em atividade nas escolas públicas
cearenses, desenvolüdo pelas referidas Universidadesl.
Uma abordagem que pretende possibilitar condi-
ções para que o fufuro professor-pesquisador tenha uma
capacidade reflexiva suficientemente aguçada para uma
leitura profissional tanto da sua sala de aula como do
amplo campo da educaçãq transborda os limites de
mera produção de relatórios científicos de pesquisa. por
esse caminho o educador poderá se tomar menos de-
pendente da normatividade institucional e teóric4 e
mais autônomo e seguro nas suas decisões de ação
, Urt*rcidrd" E"rd,ral d" C"ará (UECE), Universidade
Regional do Cariri
(URCA» Universidade do Vale do Acaraú (IVA), e Universiàade Federal do
Ceará (UFC).
Pesquisa educacional o prazer de conhecer

apoiadas nos saberes construídos na sua experiência de ele convive com um permanente processo de tomada de
trabalho docente. Gera-se, nessa perspectiva, o sujeito decisões em situações de imediaticidade.
político capacitado para assumir ética e profissional- Situamos, portantq o habalho docente sob o ângulo de
mente a cidadania fundamental a todo educador. uma a$o que se desenrola em rün processo desenvolvido
Ademais, é perconendo o camiúo da emancipação ahav& de constantes tomadas de decisão de um zujeito
profusional que o'mestre da sala de aula'percebe melhor mediador e articulador de mrÍlüplos elementos que conü-
a relação da teoria com sua práíca, e aproxima-se do dis- cionam o seu desempeúo e os resultados pretendidos.
tante mundo acadêmicq preencJrendo comsua voz os fos- Entre os mútiplos elementos condicionantes do tra-
sos da exdusão e da desigualdade entre os 'teóricos,e os balho docente na sala de aula destacam-se, na aniílise de
'práticos) a academia e a escola. VAN DER MAREN (L990Y, os seguintes fatores que cir-
Profissional que lida utilizando o saber cotidiana- cundam a ação pedagógica do professor: trata-se de uma
mente com seus aluno, o professor vive o constante d.esa- pessoa adult4 tida como possuidora de saberes plurais e
fio tanto de recorrer a saberes produzidos por outros heterogêneos, que mantém contatos regulares com um
especialistas no seu campo disciplinaa como de proceder grupo de pessoas (crianças, adolescentes) que suposta-
à adequaçãopedagógica desses saberes para o grupo com
mente aprendem, e cuja presença é obrigatóri4 para lhes
o qual trabalha, produzindo assim novas expressões des- ensinar um conteúdo socialmente determinado através
tes numa relação interativa de criação de significados. de uma série de decisões tomadas em situação de urgên-
Ademais, o contexto de interação docente/discente na cia: "ensinar: agir na urgênci4 decidir na incerteza",
sala de aula envolve, além dos saberes aos quais nos refe-
como igualmente afirma PERRENOUD (2001F.
rimos, fenômenos tais como a complefdade, a incertez4
Esse olhar nos conduz a perceber algo que diferencia
a instabilidade da situaçãq a singularidade da situaçãq e
o habalho do profusional do ensino de ouúos profissio-
conflitos de vaiorês, entre outros. As direções dadas ao nais do saber. Ademais, destaca a dimensão de comple-
processo de ensino-aprendizagem pelo docente sifuam-
xidade e conseqüentemente de incertezas e não lineari-
se, portantq num patamar ético-profissional, porque dade na condução dessa taref4 o que aponta para a
envolvem decisões de teor político-iáeológico susietívãis
necessidade de abordar a racionalidade do sujeito dessa
{: rt,- a concepção de vida e mundo dã aluno aprcn-
diz. Essa tripla relação com o saber atribui ao trabalho
ação sob o ângulo de uma reflexividade complexa e hete-
O desenvolvimento dessa competência é objeto
docente sua caracteútica eminentemente profissional. 1ogênea.
da concepção de formação do educador pesquisador.
Aliás, o desaÍio maior do profusior,rl d" educação
Estes são os prcssupostos que motivaram e inspira-
reside na complexidade do seu Labalho situado .ár,- rarn as autoras que se dedicaram à preparação do livro
"-
texto constantemente alteradq o que justifica plenamente
Pesquisa Educaciannl: o prazer de conhecer.
a sua formação como professor
O princípio da
peiquisador. Iiesponsível
Peto gerencramento de uma sala de aula onde responde
!

pela gestão seja dos conteúdos e


,l 2 VAN DER MAREN J.M. tes savoirs et la recherúe pour léducation. In:
ROY G.R. (Org). Contmus et impacts d.e Ia recherché unioersitaíre actuelle m sci-
das aüüdades pedàgógi_
*iu do disciplinamento das interações enhe os qãi ences de l'éduation. Sherbrooke: Éditions du CRp, 1990..
3,
tos presentes, como igualmente
3 PERRENOLID,'P. Ensinar: agir na urgência, decidir na
incerteza. porto
do tempo e dos espaios, Alegre: Artmed Editora 2001.

12
Pesquisa educacíonal .

reflexividade é uma_condicionante da prática do professor


pesquisador; contudo 1ão se trata de uma operação men_ lntrodução
tal instintiva ou inata. É pr1ítig profusionaluaqriri_
"Tu pero disciplinamento
da pelo exercício e sobretudo
cientí-
fico que proporciona a metodologia da pesquisa que
con_
duz a rma leitura mais ordenadã dos Àignificadós e
das
implicações de nossas ações cotidi** inp*g.,udas
de
teorias educacionais. o rivro é uma confuibuiçãã
necessá-
ria para a aprendizagem a ser educador pesquisado4
um
convite para a emancipação profissional e o enconho
com
os especialistas e os iluminados do campo
da educação.
Um conüte para a prálcaprazerosa de.àú"."..
Todo Iivro tem uma história e este,
a pensar Íazendo,
na expressão de SEVE_ não é diferente.
-^-1p:^l*r Íeqxff o exercício p*lirni.r-
R[\fO,(1?7) d"
Talvezseja interessante compartilh- ú por.o sobre el4
percor.". o pam que o leitor possa compreender
camiúo das pedras da metodolôgra de pesquisa ,ru fui6o. Comá
nos seus cosfuma ocorrer nos processos de
múüplos elementos e suas aivrú opçOes como produção, primeiro
orientam existe uma idéia difusa que, aos
os primeiros capíhrlos deste liwo. Em seguida as autoras pár.or, vai tomando
ilusfuam, ahavés de suas vivências.o*Jdo.untes, co{po. Entre sua descoberta e a tràdução
possí_ em algo mais
veis práticas de pesquisa e de reflexão concretq existe um intervalo. Assim,
onde ," up,ra,au poderíamãs dizer
o apoio do coletivo dos pares de babalho. que este livro começou a ser gerado
O ápítr:lo àm novembro de
-com
final do livro sintetiza a conücSo do importante 2900 q"*ao surgiu a idéia deirma
passo a série de livros sobre
dar no proc€sso de forma$o do educadoi_pesquisador. ' educaçãq a coleção Magistere fomos
convidadas a escre-
vêlo. Nos meses subseqüenteg foi sendo
. Se, por um ladq trata-se de uma abórdagem ainda
relaüvamente nova de formação do boradq até tomar formâ fina! em outubrá
planejado e ela-
educJor e que pou_ de 2001.
cos esfudos revelam as conquistas Este é um habalho escrito em co_autoria _
dessas práticas, por somos
os pressupostosepistemológicos
duas as parceiras na empreitada. Nosso
contato vem da
::?}dr
caT tem o pleno consenso dos pesquisãdor"s
que a justifi_
própria experiência de pesquis4 iniciada
há cerca de
que atuam cinco anos. Estivemos juntas, realizando
de formação profusionai. A àecisão estes esfudos:
Xfli de cada urn, mas faz_se necessrírio ,àgri, "rru
au
Obseraação de sala dd aula e aaaliação
T 3
nnada." Este liwo é uma mão
iniciar a cami_ de usuórios: conht_
cendo o uniaerso de sala de aula _ estido
d.e obseruação de sala
estendida para orientar a
hajetória metodológica de educador", dc aula na Bahia e no Ceard (portela
puJl riradores. et al1l,lggg),-Educação,
escola e comunidade: um estudo piloto
no Estailo do Ceará
L5 de outubro de 2001. (Vieira Mai4 Matos,-Cost4 1999) e Cmrd _
qualidade,
Dia do professor. acesso e gestão na escola: uma aisão
ilos usudrioi (Matos,
]acques Therrien. Mai4 Vieira,2000). Em o-utras oportunidades,
Professor nhilar, Faculdade de Educaçãq produzi_
o esfudo Eleição de diretores _ o que mudgu na escola
Universidade Federal do Ceará. Ir_os
(Vieira et alii, 2001) e organizamos a
coletâne a Educação:
14
15
o prazer AS:91lS19f

Pesquisa educacional
com alunos'
riências concretas de pesquisa realizadas
Orgs'' 2000)'
olh.ares e sabeÍes(Vieira e Matos'
"",-e'r,*''raintelectualeafetivaconstruídaaolongo ;rilir*d, nossa práticà to*o ilushação' Por fim' refleti-
procu-
o desaÍio de plodu-
*os robr" a formação do educador-pesquisadot
ao, átti*o, anos levou-nos a aceitar rando situar o leitor num debate que
não c-hega a ser Pro-
;um [wo sobre pesquisa educacional PaÍa a coleção se reveste ãe significado especial
oriamente novo, mas
desta iíre4 comparti-
IVIaçister.Ambas somoslrofessoras il;;ài" da reflexão sobre a formação de professores
umingre-
iffià; a paixão peta invãstigação' Têmos' pois' assim dtzet no Brasil. Sendo essas as linhas gerais
do
-percurso
que
no sangue' por detalharemo+ em
diente comum: a pesquisa convidamos o leitor a trilhar conosco'
linguagem acessi-
Este texto Procua traduzir nurna r"grian o conteúdo dos diÍerentes capítulos'
educacional' - -' dis-
vel questões diversas em tomo da pesquisa ó cupítulo L, "Pesqui sa - o Prazei de.coúecer"'
Ao concebê-Iq tivemos em mente a idéia da
pesquisa
*;;ãtq"tta focalizando-u à^o atividade científica
t9961998) e do edu- da
."Lãpt*Apio educativol?I-[O, oue nos permite a aproximação e o entendimento
Procuramos'
.adorip"sq.risador (SEVERINO, 1997)' âaiaua" q"e invesügamos, fomecendo elementos Para
a"tt"istificar a imagem de que essa é uma ativi- p"*iUim"t uma intei'enção no-real' São apres"it"li:
"rti*,
dade restrita a uns poulos iluminados' GRAMSCI pensamento científi-
algumas vertentes norteaàoras do
(lg7}b)dizia que todoJos homens são filósofos' no
sen-
co positivismo, abordagem. intãrpretativo-idealista'
iiá" aá dom da reflexão rigoros4 embora sem o exercí- -
fenomànologia e materialismo histórico
e dialético
- e
que/
cio do ofício' No mesmo sentido, acrescentaríamos ;;;;úi;rçães à educação' São tu*b"I tratadas na
ques-
àmudos alguns cuidados básicos, todos os homens -e e qualidade
ainda que iO., ,"iutirrus à relação entre quantidade
mulheres, é-.luro - podem ser pesquisadores' pesquisa educacional'
não tenham a pesquisa como profissão'- ' ô .upítolo 2, "Pesquisas e- fontes: possibilidades de
No trabalho oia apresentado ao público' Procuamos escolha", Percorre algumas das
inúmeras alternativas
quando de um trabalho
demonstrar qr" u p"tqoisa se realizJplenamente disponíveis uo p"rq,'i"'udor na condução
mera
desperta o piazer-de coúecer' Este, não é apenas a" inu"rtiguçaó. Senao este um livro
de orientação qua-
ftoiçao, .o* o sabor do que se colhe espontaneamente
litativa, focalizamos a pesquisa bibliográfic4
a pesquisa
vezes de
mas, antes, um Prazü ao*t t,',ído, resultante por documental u p.rq'i'u d" tutnpo
e oferecemos breves
renrincias e compromissos' Como todo camiúo qu9 :e " rôb,"'u pesquisa experimental'
quer percorer, requer que Passos sejam dados' À medida
--
.onsiaeruçO"r
de dados:
rfo 3, "Técricus de coleta e análise
ô lupit
qr" úto ocorre o pro."rrà de pesquisa vai descobrindo instrumentos Para saber mais"' complementa
o anterior
úr, *rrq as coisas" vão ficando mais fáceis, prazerosas' O modalidades
;rtét do aprofundamento das diÍerentes
produto finú então, tem o sabor das sementes cultiva- de observaçâo e entrevista' São abordados
alguns
TP1*
à*, q.r" brotam, trazendo a alegria da criação'
tos relativos à análise de dados,
através de uma refiexão
Organizamos o habalho em sete capíhrlos que Pro- de discurso'
sobre a análise de conteúdo e
-"-
curarn imprimir uma seqüência lógica às idéias' Come- "Projeto de pesquisa: do planeiamento à
para/ em ó .upft rto 4,
çamos por uma discussão de natureza teórica upr"Lr,áçao de resultados"' úata
das diÍerentesperguntas
seguida gradativamente detalhar questões de natureza de um projeto de
de investigação ,tetes'tírias à preparaçáo
téorica e metodológica. Depois disso, tratamos de expe-
17
Pesquisa educacional

elementos imprescindí- teúam curiosidade' disciplina


acessível a todos os que
Desquisa, assim como de ouhos
ao plano provisolo' 1u ?T: tórica
e con- e compromisso com o trabalho de investigação' Ao
ffi;eiemfto bibliográficas'.No mesmo tempo, como Pesquisadoras, sabemos
que se a
;"iú " da'otganzaçao àe referências
de resultados' são focaliza- aorendizagem da pesquisa tem um começo/ seguramen-
ãr" ,. refere iapresentação os investi-
o artigo' o resumo e o pôster' iJ, *"t-úepois de muitos anos de ptáttca'
il;;htório
-- capíhrlosdàsãpesquisa, gadores aindà estão aprendendo' Pesquisar
é um pro-
ó; e se diferenciam dos demais Por aPre-
de pesquisa em nossas ãesso educativo, construído ao longo
da vida' Está pre-
sentarem elementos de vivência naquelas que
a" aula. As reflexões desses capítulos não foram sente nas lições que extraímos dos livros'
ra* amlienp9 profissionais ,,á, tao dadas peias mais diversas Pessoas e' aind4
nas
construídas em parceria mas nos
;;;;;"t apràndendo com o nosso fazer' Tudo isso faz
u*u*os e, portantq são assinadas individualmente'
orra"
é
ô'ãprorr" s, "nàqri"u em sala de aula - que conversa a Jarte do orir", de.coúecer e nos irmana na cotidiana
apresenta o relato de Sofia Lerclre
Vieira sobre ããt."u"tà de que é feltz "aquele que ensina o que sabe
"rrui", áe construção de projetos coletivos de pesquisa e aprende o quó ensina" (Cora Coralina)'
'No
".ãU." na Univer- de produção deste livro' contamos com
proceiso
ãorn Jr""t de gráduaçao e pós-graduaSq de
siãade Estadual áo Ceará fUgcgl' O
capítulo Ç "A alegria a ajuda de pessoai e instituições' Agradecemos'
esse percuÍso"' des- forma esPecial:
á-" p"tq"i*: reflexões e pistas sobre
au de Káma Socorro Lopes de Matos' na I u I*q"à, TherrierU que escreveu a apresentação, enri-
ãi" u e*petiêt
Úniv"rsdàde de Fortaleza (Unifor) com a prodleãg {a qr".""ao o debate tôbtt o educador-pesquisador;
- â H.l"r,u Maria de Sousa Ferreira, que além de
de nos
,"*"it" em sala de aula destacando a importância
iniciantes vivenciem a pesquisa conÍiar a feitura do livro, escreveu sua orelha;
ã;;;"t*" os alunos têm sido Vidú que na supervisão pedagogica da coleção
concretamente. Os resultados desses trabalhos - a Eloísa
tanto nas Magister r,ut Ediçõ"t Demócrito Roch+ apoiou nosso
apresentados em enconhos da iírea de educa$q
p.Optiut instituições, quanto el oulos l?*' naüaho de forma segua e bem-humorada;
não tendo par-
'--b capítulo Z "Formação do educador-pesquisador: - a Maria Nobre Damãsceno, que embora
mar-
desejos ã possibilidades", apresenta idéias
em tomo ticipado diretamente desta criação' foi presença
con- nossa formação e de muitos outros educado-
destá persiectiva bastante preselte na,discussão .urrt"
"* cariúosa
de professores' É feito ;;.tq*trdores cearenses' A ela rendemos
temporânea u."r.u-Ju io,màçao
do debate na política educaçional no.Sue homenagem.
"*àpu"hudo
diz àspeito à pesquisa como princípio formativo' - às insãtuições onde trabalhamos -
Universidade
de Fortaleza
Finalmente, pro*ru-i" identificar o que diz a literatura Estadual do Ceará (UECE) e Universidade
em
recente sobre a prática da pesquisa entre professores
da (UttiÍo{ onde vivenciamos a prática da pesquisa
-
ÀuU a" aula. Também à Fundação
Coordenação de
educação básica.
professoras de Pesquisa Educacional e de de Pessoal de Ensino Superior
io-o Aperfeiçoamento
de bolsa de estágio de pós-dou-
outras disciplinas temos orientaão nossos alunos a des- Ç'apes), pelo pahocÍnio
vendar e cónstruir os caminhos de uma investigação' ioruao'u-SofiáLerche Vieira, durante o peíodo em que
Com eles, aprendemos que esta é uma possibilidade este livro foi escrito'

18 19
Pesquisa educacional

- a todos aqueles que, das mais diversas formas, sobre- Capítulo 1


fudo nossas famflias, nos estimularam a escrever sobre
o prazer de conhecer através da pesquisa. Sem sua con-
fiança, este livro não teria sido possível.

Fortalez4 outubro de 2001.


Kelma Socorro Lopes de Matos
Sofia Lerúe Vieira

Pesquisa; o ptazer de conhecer

... o meu coração me diz

fundamental
é ser feliz.
(Geraldo Azevedo)

Iniciando nossa reflexão sobre pesquisa educacio-


naf neste capítulo discutiremos a pesquisa como expres-
são do coúecimentq além disso, apresentaremos algu-
mas vertentes norteadoras do pensamento científico e as
suas aplicações à educação e questões atinentes à rela-
ção quantidade e qualidade. Com esta primeira aproxi-
mação, esperamos contribuir para uma compreensão da
pesquisa como uma atividade capaz de despertar o pra-
zer de coúece4 tendo esse pÍazer o senüdo de procósso
e construção a que já nos referimos. Realizamos aqui um
diálogo introdutório que se faz necessário àqueles que
se iniciam na aprendizagem da pesquisa..

Pesquisa - uma expressão do conhecimento


A pesquisa é a atividade principal da ciência qudil
nos permite a aproximação e o entendimento da realida-
1
de que investigamos, e, além disso, nos fomece elemen-/

20 21
o prazer de conhecer
Pesouisa educacional

''tos Concordando que deve haver uma relação estreita no


para possibilitar nossa intervenção no real' Assim,
exercício da produ@o científica e de sua aplicação social,
aPenas refletir e entender os
- pesquisar não representa questionamos a imagem de pesquisadores e cientistas
ienômenos, liga-se diretamente a uma Possível ação,
como pessoas privilegiadãs, por vezes inseridas em um
que poderá ou não ser realizada.
patamar superioç pela sua capacidade cognitiva e proÍis-
Entendemos por pesquisa a atividade básica sional. Para alguns pesquisar haduz-se em um ato de
da ciência na sua indagação e construfo da nobreza, permitido somente aos que coÍrseguem chegar à
realidade. É a pesquisa que alimenta a ativida- academia (FAZENDA" 1992). Assfun, muitos não se consi-
de de ensino e a atualiza frente à realidade do
deram dignos de tal façaú+ acreditando que fazer ciên-
mundo. Portantq embora se[a umapraü§{É-
rica a pesftrisa frncul" ."""a-ento e ação. cia seja tarefa de um grupo muito seleto e. especial.
(tuÍINAYq 1994:17) BOCHNIAK (L992) acrrescenta que o próprio educador
traz consigo essa dúüda se é ou rráo capaz de pesquisar:
Na educação isso não é diÍerente. Com o intuito de "... ele próprio se sente inseguro tncapaz de pesquisar
pensar a realidade, a pesquisa aParece, ou deveria aPaÍ9- porque não considera sua própria prática pedagógica
cer, ligada ao ensino e à extensão, pois a atividade de 'digna' de vir a se constifuir em objeto de pesquisa" (p.15).
ensino além de refletir sobre o que é/foi investigado, Estamos de acordo que a ciência precisa ser produzida
acrescenta novas questõeg proporcionando debates e, ao com seriedade. Além disso é necessária a sua democratiza-
mesmo tempo, atualizando-se com a dinâmica crescente çãq tomando-a mais acessível aos que quercm produzir
das produções. À extensão, cabe também o importante coúecimentos, cientes de que munidos das orientações e
papel de contribuir com a aplicação do que foi elaborado. metodologias adequadas, somadas ao exercício constante
Aimportância de uma esheita articulação enhe tais atiü- da crítica é possível regisharem novas descobertas.
dades é de tal ordem gue o Princípio da indissociúilfula- Ainda nesse sentidq RUBEM ALVES (L999), no arti-
de-e4!e en-si+-o., Leqqgba-g-e1!-e,49ão está aÍirmado na go O que é científco? aÍirma a importância não só da ciên-
ct*tit"içA ü 1_ss"a1_joj). ConcoraanaA com eG cia mas também das diversas dimensões da realidade. O
pensu*ento é qüdSEVEIi6lÔ $g99) observa que: autor busc4 indusivg desvendar a idealização de que só
o que é científico é importante, fazendo uma analogia
... ú se aprende, só se ensina pesquisando; só se
entre cientistas e pescadores.
presta serviços à comunidadg se tais serviços
Írascerem e se nutirem da pesquisa. ... . O profes- .... pois eles também são pescadores que pes-
sor precisa da prática da pesquisa para ensinar c;rm no rio da realidade. Também eles usam
eficazmente; o aluno precisa dela para aprender redes para pescar. As redes dos cientistas são
ehcaz e significativammte; a comunidade precisa feitas com palavras. ... . as coisas que as redes
da pesquisa para dispor de pnrdutos do conheci- da ciência não conseguem segluar são as coisas
mento; e a Universidade precisa da pesquisa para que a ciência não pode dizer. As coisas que "não
ser mediadora da educa$o. A extensão de servi- são científicas", sobre as quais ela tem de se
ços empacotados deriva facilmente para o assis- calar (p.102-103).
tencialismo manipulatório e idmlogizante (p.13)
Pesquisa educacional

É com o desejo da ampliação do coúecimento e da


forma de Íazer ciência que julgamos importante discu_ Augusto Comte (112g-1 AS7).
tir vertentes norteadoras do pensamento científicot pa.* va o positMsmo corno uma
FílósoÍo Írancês. C;;;;
relígião apaz de trazer o pru
ticularmente aquelas que têm exercido uma influência gresso à humanidade. Apontava
mais direta no campo da educação. Assim, no próximo a sociologia como a maís
complexa de todas as cíências. principaisãbra
tópico examinaremos os ejxo§ _epi9t9ao!óg1co, au pgr- s: Cutso de
ji
frlosofra positiva; Discurso
guisa educaçjenal.X2i ssm olo gia áq ão
sobre o àspírtto positiw; Dis_
:gqg4rlíti.À c.urso sobre o mnjunto do positivismo.
i próprio processo de coúecinnentoGÀEVÃLHq 1989). Emile Durkheim (18Sg_1917).
Sociótogo Írancês. prestou
Nesse sentido, a aniílise pretende aprofundar como a
g.rllde colaboração à sociologia,
ciência é compreendida no âmbito de diÍerentes corren_. transiormando_a em dis-
ciplina independente. Definiuieu
tes do pensamento. objeto e ,ãtodo, r..o-
mendando aos sociólogos estudarem
os fatos sociais
como coisas. publícou entre
outras: As regras do método
Eixos epistemológicos da pesquisa educacional sociológico ; Q su
!9!_!!g Educação e sociioga.

. Para a compreensão de como se localiza a pesquisa yln.,I Ditthey (1833_1911) Fitósofo e


historiador ate_
educacional, no espaço'da mao' E conhecido peros seus
produção do coúecimeniq é estudos sobre o método
oporfuno fazer úm breve mapeamento de algumas ver_ da compreensão. Exerceu grande
inÍluência nas refle_
xões metodológicas sobre a sociologia.
,
tentes norteadoras da pesquisa social _ o poriti.rirmo,
dução às ciêncías sociaÍs, publicou
etOÀ oe lntro_
abordagem intelpretativo-idealistas, a fen^omenologia ainOa estuOos sobre
e
o materialismo histórico dialéüco _,
Que não são únIcas,
Íilosofía e cultura nas Obras
escolhidas. l

mas possuem grande importância na discussãô sobre Edmund Husserl (íg59_19gg).


a Filósofo alemão. Criou a
ciência o sujeitq e o objeto na pesqúsa. Íenomenología, apresentando_a
como uma ciêncía filo_
Desde os períodos primitivos o homem sempre bus_ sófica universal. Seu princípío
metodologico lundamen_
cou coúecer a si próprio e a realidade que o àduur4 talera o da ,'redução fenomenológica,,.
e-uOticações: Ló_
procurando decifrar os enigmas e, através das respostas gica formal e transcendentat;
A críe aa ciêniia européia
encontradas, assegurÍu certo domínio do seu entomo. e- a fenomenologia transcendental:
uma abordagem da
Podemos dizer então que a ciência nada mais filosofia fenomenológica.
é qulg
organização
rganização ddas bus cas e ãEíáÁ
Max Weber (Í964-1920). Nasceu
\
o as buscas
.
ad-ados r.E4Jɧ=4.rG;;
ahavés dos temnà na Alemanha. Estudou,
além de Íilosofia, direito, sociologia
{ ]nef{erçoan{o-sq semple, e nem semprq{Lsta da mes4na e história. óua Íorma-
i forúà pelos que a fazem.Assim, o p"i.r.õtàioã6ffi.", ção histórica Íoi determinante pàra opoo.. á
concepçao
foi sendo construído com diversidàe, tendo em positivista. Combinou a historiograÍia
vista os com a sociotogia.
modos próprios do pensar em cada época e Propôs como método de estudo
em sintonia á método.orpr..nriro.
com vozes que se fizeram ouvir em diferentes Principais obras: Á ética protestante
contextog e o espiriA do capi_
algumas das quais podem ser visualizadas talismo;Attigos reunidos de sociotogia
em nomes, A, iiigiao.
expressos no quadro a seguir: Karl Marx (tBí8-í883). FitósoÍo
àemao. p"àpOs nao
apenas um método, mas.sobretudo
a transformação po-
lítica e social. Esclareceu que
a proOuçao à a raiz de l

24
25
Pesquisa educacional

toda a estrutura social. Escreveu entre outras obras: O


manifesto do partido comunista (com Engels); A ideoto_
deveria estar dentro de uma ordem harmóniosa apre_
gia alemã; Para a crÍtica da economia potítica; O capitat.
sentando dois tipos de movimentos: o dinâmi.q urn q.r"
Friederích Engels (1820-189S). principat cotabôiador de
uma sociedade mais simples, torna-se mais complóxa
Mafi, na elaboração das teorias do materialismo históri- através de seu processo de evoluçãq e o estáticq reierin_
co. Filho de um empresário alemão, ao assumir a dire_
do-se à preservação permanente da organização social.
çáo de uma das fábricas do pai em Manchester, obser_ Para o auto4 o movimento estático,"*!* conholaria
vou a miséria dos trabalhadores. Escreveu: Ludwig Feu_ o
dinâmico. Comte definiu as ciências Àt= ubrt utu,
erbach e o fim da filosofia alemã; A evolução do socialis_
concretas, apontando a sociologia como a mais concreta"
mo; De utopia a ciênciae A"qigglaÍanitjA,
dgprgpllg_ e complet4 denominando-a inicialmente física social.
,dade-priv4ae-dp-Eslado.
- O emancipador da sociologia das ciências naturais
foi Durkheim, que construiu um método e objeto pró_
Esses pensadores estiveram à frente de idéias que prios para esta ciência. Formulou regras metoáológicas
representaram diÍerentes úsões de ciência e de fazer e defendeu que o sociólogo deveria estudar os Iatos
pesquis4 das quais procuraremos apresentar as caracte_ sociais como coisas. Para ele também o pesquisador
rísticas mais importantes. sempre assumiria uma postura de neutralidade perante
o objeto de estudo. Os positivistas acreditavam que a
Positivismo
" ciência era atividade neuk4 constituída ,"* qrulqr",
i As ciências humanas estiveram inicialmente muito julgamentq e sem influências de quem pesquisà.
ligadas às ciências naturait baseadas na objetividade e
o. ,..':neutualidade . Durkheim preocupava-se não àp"rrui em compreen_
der a sociedade, mas curar seus estados patológicàs. Em
"Y científicas, já legitimadas e substitutas da
i religião enquanto explicação ,ãbr" o mundo e os homens. Eoolução pedagógica, afirma que o conhecimento e
a
Pouco a pouco, foram encontrando caminhos próprios hansformação moral do homem só podem 5sl lgaliza_
e
em maior sintonia com seus objetos de investigaçao _ dos através do ensino científico, e em conseqüência do
o
homem, a sociedade, e fudo mais que lhes diz.Jrp"ito coúecimento apreendido.
A primeira corrente do pensamento sociológico que Não há dúúda com efeitq que um ensino só
veio a exercer influência sobre a pesquisa ,oúl foi é educativo na medida que fór de natureza a
o
positivismq predominante principalmente na França no exercer sobre nós mesmos/ sobre nosso pensa_
século )(IX. Seu primeiro e prinàpd representantL mento uma ação moral, isto Ç se ele mudaralgu_
'Auguste foi
Comtg que não apenas acreditáva que a reali_ ma coisa no sistema de nossas idéias, nossas
.i dade pudesse sei explicaáa pelas leis nahriais, como crenças/ nossos sentimentos. Or4 um ensino que

,:'' também tiúa por lema que'o inaiviauo deveria ser se limite em nos munir com coúecimentos para
', ., subordinado à família esd à páfra, nos permitir agir com mais eficácia sobre as coi_
e a pátria à huma_
nidade, formando uma unidaáe sas pode ajudar mesmo a aumentar nossa pros_
social organizada sob a peridade materia! mas nada pode sobre a nossa
égide da ordem e do progresso.
vida interior. (DURKHEM, l99S: 314)
Pesquisa educacional o prazer de conhecer

Quanto à transformação da sociedade, acreditava Webeç sociólogo alemãq considerado o pai da pes-
que esta passaria do nível da solidariedade mecânica quisa interpretativ4 também recusou grande parte das
(em que as pessoas se aiudavam mufuamente pela coer- idéias positivistas como o evolucionismo, por exemplo.
ção social, pois nas sociedades primitivas as relações Destacou-se ao propor o método compreensivo, que
eram baseadas na famili+ embora fossem independen- situa os fatos historicamente, e tem por objeto de esfudo
tes nos seus trabalhos) para a solidariedade orgânica, ou a ação sociaf em que os homens orientam suas ações
seja pela divisão do habalho os indivíduos se tornariam pelas dos demais, estabelecendo urna relação significati-
dependentes entre si, mas desenvolveriam maior grau va nas suas formas de agrr, que apresentam motivos e
de autonomia pessoal. efeitos. "É o indivíduo que, através dos valores sociais e
A questão da evolução humana foi fundamental de sua motivaçãq produz o sentido da ação social"
para os positivistas, que não consideraram a história e (COSTA1987:63).ParaWeber as regras e normas sociais
as particularidades sociais, elegendo o método compa- resultam das ações dos indivíduos.
rativo para compreenderem o progresso das sociedades, O habalho do cientista, nessa perspectiv4 é subjeti-
avaliando o grau de evolução de cada uma. Essa verten- vo e, em vista dissq os acontecimentos sociais são esfu-
te norteadora tem representado uma contribuição im- dados a partir da sua escolh4 sensibilidade e percepção.
portante para a pesquisa social. O pesquisador busca o signiÍicado do objetq mas não
pode livrar-se de suas prenoções, como recomendam os
Abordagem interpretativo-idealista
positivistas. Ainda nesse caso, a pesquisa "deve ser neu-
No século XIX, na Alemanh4 houve uma forte rea- tra", na busca dos Íatos.
ção ao positivismo, que encarava o esfudo do social Pensando em urna forma de esfudar a sociedade,
semelhante à biologia e a outras ciências da nafureza, Weber construiu como parâmetro de aniílise o tipo ideal,
sem pensar no indivíduo com suas particularidades e instrumento a ser aplicado a certas sifuações com a pre-
liberdade no agir. tensão de mensurá-las, como se fosse uma lente de auxí-
Diferentemente da Franç4 onde vigorava o positi- lio ao pesquisador na compreensão do fato investigado.
vismg o idealismo dava lugar à compreensão da socie- A reflexão sobre subjetividade e sobre tipo ideaf assim
dade alemã, através de sua história específica. Dilthey, como outros temas importantes, a exemplo da historici-
por exemplq lançou críticas ao positivismo reaÍirmado dade, tiveram ressonâncias significativas no campo da
as diferenças entre as ciências nafurais e sociais. Jus- sociologia e da pesquisa social.
tiÍicou que nas ciências sociais os objetos de esfudo não
são inanimados, com existência independente, pesquisa- Fenomenologia
dor e objeto não podem ser separados, e os fatos não A aütude do pesquisador na fenomenologia é a de
ocorrem de forma regulal, o que impossibilita a existên- encohtrar-se aberto ao que se mostr4 compreendendo e
cia de leis a serem aplicadas. Aponta que o objeto das interpretando esse objeto. Husserl considerado o pai da
ciências sociais seria a compreensão e inteqpretação dos fenomenologia modem4 retomou deDe.sçêrtes o lensg
fatos, a partir das experiênáas vividas e da forma como
os indivíduos os interio izam(SANTOS FILHO,L}}7).
&ggj4g!91e indicou que o ser humano deveria úÀffi-
Zarilmundo enquanto protagonista. É uma proposta de
o Prazer de conhecer
Pesquisa educacional

correntes anteriores de forma radical Porque não con-


pensar o cotidiano, onde o suieito aYança Para coúecer o
cordava com as propostas de compreensão e inteqpreta-
àado que se mosha desvenda o objeto ultoapassando a
ção dos fenômenos, nem PoÍ
outro em-esperar a evolu-
descrição/aproximaçãq e alcança a inteqpretação e com-
ião, .o.,t"qüente mudança da sociedadt'ê4ry!9*l
.
preensão do processo, embasado na reflexão. O método
àessa vertenie-de-p-Bset-"S$q é g 49-qyS o homem'
fenomenoló gSco, par a Husserl, significava:
çqú-.çerao-s1uçam9ntãlden$!-e+lyôly!-83.ry'
...desoever fielmente e de modo penehante as coi- social'
ieta de- ffa11-{-o19açã-o
'-
sas, consideradas como mero aparecimento à Oefenaã-nàõ polític4 econômica e
consciência, e com o qual ele pretendia estabelecer ""trà"s6.mação
social e trazendo à tona a discussão sobre as desigualda-
urna nova metodologia para as ciências humanas filóso-
des causadas pelo modelo capitalista, Karl Marx'
que, partindo de evidências consentidas do assim como
fo e principai pensador do materialismo,
homerrç na sua naturalidadg pudesse suPerar r§
friedriú EngeL, seu parceiro intelectual, assinalaram
aparentes veldades sensíveis e alcanpr a essência
dos fmômenos. (CHIZOTII, 1992:52).

Af enomenologiadif erencia+.{q-pS{tlp*9tam}ém
p-ot+qe buscu alc*çar e.ompreende, u e-q-sgg149g&4o-- 66-.; ÉrPhdãr* o .tttuohu*ento entre homem
-!!s!-o§, ao inves de apenas. enumeráJos. Critica, ainda e íabalho, ocárrida após a divisão social do trabalho'
entue as lacunas do positivismo a neuhalidade e objetivi- em que o ho.rr..r, não mais se recoúecia no que
fazia'
dade do pesquisador. Nas pesquisas fenomenológicas, ôepois de estudar diversos modos de produção em
no
propõe-se que o conhecimento seja apreendido através do diÍerentes sociedades, Marx discutiu a luta de dasses
úcuto hermenêutico que se baseia na comPreeÍrsão-inter- modo de produção capitalist4 concluindo que toda ahis-
das-
pretação e nova compreersão do fenômenq ou seja: tória transcorrida até ôntão fora a história da luta de
a realidade
ses. Além de produzir extenso material sobre
... parte da compreensão do nosso viver não -
de definições ou conceitos - da compreensão e o modo de produçãocapitalist4 o Processo de alienação
entre o homôm e seu tribalho, a mais-valia e o
exélçlto
que orimta a atenção para aquilo que se vai
sociais'
investigar. Ao percebermos novas característi- UftpEeldeieserua, propôs profundas ludanÇas
cas nos fenômenos, ou ao encontrarmos no b*"rd* na superação da sociedade capitalista'
outro interpretações ou compreensões diferen- Em relação à ciência focalizou a questão na historicl
tes, surge para nós uma nova inteqpretação que dade e da totalidade, dado que os diversos asPectos /
levará a outra compreensão (MASINI, 1991:63). senti-i
sociais são dinâmicos e relacionados entre si' Nesse
da parte' compreen-l
A fenomenoLogia fiaz importantes contribuições, do devemos ter a noção do todo e
pondo em pauta o fenômeno, o zujeito e a possibilidade dendo as contradiçõei e mediações que se estabelecem'i
de um (
incessante de aberfura a novas interpretações da realidade. socialmente. O fenômeno observado, iendo parte
mantém ligações com outros fatos' A totalidade
não \
todq
é cumulati-
Materialismo histórico e dialético é cristalizada; é áinâmica e histórica' O saber
r

vo e revisto, e o conhecimento, uma construção social' J


O materiúsmo histórico e dialético rompeu com as

3'.l
Pesquisa educacional
o prazer de conhecer

... questões como a objeüúdade científica ficaram


para o segundo plano. Para Marx, a ciência não
entre os fenômenos sociais (SANTOS mHq 1995). Os
dependia da objeüvidade, mas de uma consciên- pesquisadores que adotaram essa forma de pensar e
cia crítica. Ao invés de sugeú solu$es para uma construir o conhecimento não consideraram os aspectos
sociedade "doente') Marx propuúa um camiúo históricos, a compreensão e a interpretação como os
prático de ação política e um objetivo claro a ser fenomenologistas. Tampouco estiveram atentos à relação
atingido. Substituiu a idéia de'harmonia', pela dos fatos entre si (totalidade), ou aind4 à intervenção do
de universalização dos interesses da dasse bur- homem sobre a realidadg na busca de transformá-la.
guesa atavés do estado. (COSTA, 1987 M) i
$ p artir dg -{Ç 91$..!SJ 9, ".a pesquisa .e análise- q uali-
Outra importante contribuição de Marx (1983) para jeüyAq lojtglqlqmaior úsibilidade na ed-qcaçãq-çgpo j
a pesquisa diz respeito à concepção do método da eco- {gjgn, o-_q _.groq. .{ a pesquisa-ação e da pesquisa-p artici- t
nomia poÍtica. Sugeria que ao analisar uma realidade pante, ambas utilizld4_s-4o- Blasil com çp13c!-e1í9!gyle f
determinada, era preciso partir dos conceitos mais abs- intêrvençãó ê transforynlção_ -da rea[dade-em-sirúonia l
tratos para os mais simples. Depois, percorrer o cami- éom o paradigma do màierialismo hlptórisg. No período'
úo inversq c.hegando-se pela via da análise a um co- em questão, iniciou-se um acirrado debate sobre o quan-
úecimento mais elaborado. Refletiu também sobre a titativo e o qualitativo na pesquisa, com posições, na
importância da estrutura econômica para uma com- maior parte das vezes, divergentes quanto à defesa das
preensão das relações sociais, tema que seria aprofunda- diÍerentes altemativas metodológicas a utilizar.
do posteriormente por GRAMSCI (l979b),em seus estu- A discussão entre a pedagogia e a epistemologsafez-
dos sobre superestrufura. Esses pensadores foram deter- se também mais presente a partir desse período. Foram
minantes na reflexão da ciência contemporâne4 com sendo destacados tipos de pedagogias que poderiam ser
conhibuições em áreas como a economi4 a polític4 a vislumbrados através de práticas em sala de aul4 como:
sociologia e a educação, entre outraÀ) a pedagogia diretiv4 em que o coúecimento dar-se-ia
Após este rápido mapeamento de algumas das ver- por pura hansmissãq ou seja o sujeito/professor seria o
tentes norteadoras do pensamento científicq cabe inda- coúecedor por excelência e o aluno iria adquirindo o
gar: Como essas correntes estão presentes na educaçãq coúecimento também no processo transferência/ assimi-
e mais especificamente na pesquisa educacional? Atgu- lação. Nesse caso/ como assinala PAULO FREIRE (1982)
mas pistas serão apontadas no tópico seguinte. ao ignorar o saber que o aluno haz consigo é fortalecida
a educação bancári4 sem quesüonamentos, na qual ocor-
Vertentes norteadoras da pesquisa em educação rem depósitos e saques de um conhecimento inhojetado
Se diversas são as formas de compreender o e não refletido. Um segundo modelo apontado foi o da
coúeci-
me1t9 e interpretar a realidade, sua aplicação também pedagogia não-diretiv4 nesta a função do professor é
será- diferenciada. A presença do positivismo auxiliar o aluno na organização das suas idéias, como se
na educa-
ção brasileir4 por exemplq aconteceu com predominân-
o coúecimento fosse uma bagagem hereditáriq e por
cia até a década de 70. pressupuúa a separação enhe fim a pedagogia relacional,cm que_.q_çduçad,qf@ggg
sujeito e objetq a neutralidade àentífica e a regularidade prg!.qssqpg,lque-iáacurnuloucerto:úel_d_e§9úçg!ten-;
to, rnasjg-qp9úap saberdoaluna, qgejrgsse caso tarnbjgt

33
Pesquisa educacional

o prazer de conhecer

é considerado construtor de- coúecimento


@ECs§, nas a pesquisa quantitativa pode oferecer respostas reais
_ -1988;_
SAVIAM, 1 988).
Concordamos com (§4yEBÍg9S) quando indica e sem distorções,
que além dos questionam-e;toíGbre o aprendizado ... salientam o caráter objeüvo dos dados numê
(quem aprende? o que aprende? como aprende?), ricos, que evitariam distorções interpretativas.
uma
pergunta é central para a educação. prcs§gnggpíSrn_ Destaairn ainda as possibiüdades que a quanti-
tar: quem é o homem? para a autora,iÀÀu abre para a generalização, para testar
àuàruárru_ -Íicação
mento nos permite pens-ar no professor e aluná hipóteses e para a validação ou ÍalsiÍicação de
u.rquq4--
to sujeitos no processo da construção do sabe1. teorias através do instrumental oferecido pela
estatística. Os segundos apontam que esse üpo
( ...per.sa, no professor e no aluno para
além de de aniílise éncapazde captar as dimensões sub-
l, sua condição de aqueleque_ensinã ou aquele_ jetivas da ação humana. (CORTES, l99g:ll).
i que-aplende, e para. compreendê_los como
1 sujeitos que se
/ *nstróern na história, que
vlvem suas experiências
GAMBOA (1997) aprcsenta sínteses das posturas dos
e são capazes de nar_ pesquisadores quanto à discussão enhe quantidade e
\ rá{as (p. 111).
qualidade. Há os que acreditam não ser possível reduzir
o conflito dos enÍoques a téoricas, porque há a ligação
. Assim, compreendendo
,bém que o Íazercientífico é tam_
um fazer pedagó,grco, ac;ditamos que a destas com runa visão de mundo, então o pesquisador
prática da
pesquisa precisa tomar-se experiência deve escolher um enÍoque e utilizá-lo. Uma sãgunda pos-
mais freqüente
nas. salas de aul4 pois só desia
forma a produçâo e a tura é a de tolerância ao tuabalho com os dois modelos,
socialização do coúecimento, pelos sem demonsúar preocupação com a necessidade-do uso
seus suieitos.
podem ser realizadas com mais prazeq, de recursos mais adequados ao se estudar'uma realidade
t6;;à;";
criatividade. Esse tema será *"lho, aprofundado mais complexa. Por fim, uma terceira postura propõe a
nos
capíhrlos 5 e 6. Antes dissq porém, superação dos falsos dualisrnss, não aceitando uma rela-
temos um caminho
a percorrer. Neste itineriíriq é oporfuno
refletir sobre ção infleível entre técnicas, métodos e base epistemoló-
um tema que tem sido objeto de muita gica. Assim, a articulação desses elementos dependerá da
reflexão e polê_
mica no campo da pesquisa educacional _ construção do pesquisador. De todo modq hoje se argu-
a reiação
entre quantidade e qualidade. menta que, em termos práücos, estabelecer uma distinção
rígdaentre o quantitativo e o qualitativo tende a ser sim-
Qualitativo e euantitativo - uma sintonia plista e ingênuq já que os pesquisadores podem ÍeconeÍ
possível às contribuições de um e de ouho ao desenvolverem um
processo de investigação (NLINAN, 1994).
A discussão sobre a dicotomia entue qualidade
e Em nossa prática de investigaçãq temos habalhado
quantidade na pesquis4 tem
sido um dos assuntos fre_ predominantemente com pesquisa qualitativ4 estando
quentes em paut4 no campo
das ciências humanas. Há este livro mais orientado nessa perspectiva. Entretantq
pesquisadores que defendem,
de forma,uji.ul o proce. conÍorme as necessidadeg temos recorrido a procedi-
dimento qualitativq enquanto
outros acreditam que ape_ mentos que cosfumam ser adotados pelos adeptos dos
Pesquisa educacional
o prazer de conhecer

métodos quantitaüvos. Em esfudo sobre o que pensam


os de infra-estufura da escol4 enÍim isso nos
u:ll.anos sobre a escola (MATOS, MA$ u üfnin+ ZOOO) leva a refletir
sobre o que esses números querem nos dizer,
ufilizarnos e o que prc_
cisamos saber além disso como:
uçtíugg JUJ_JeaaLàÍLA1e.§. eual o significado social
J_ -@lô,§l- que permite relacionar da escola para as pessoas aa re$aot
üferôliGs variáveis. ú;ã;;, #,á;;i"ção entre o escola tem oferecido aos seus alunos?
euã atuativos esta
objeto de estudo e a escolha de uma determinada
aborda_
õo.o tem sido a
implementação real das políticas e programas
gem, assim como as possibiüdades de estabelece4, educacio_
ou nãq nais em locais mais distantes dos granáes centros
uma sintonia enhe o quantitativo e o qualitativo. urba_
aspectos contribuem paÍ; elevado nrímero
Sabemos que quando estudamos r'*ulidudu,
há enor_ 1?r? Qu. de
me.s divergências quanto aosparadigmas
faltosos? Dessa forma os dadãs estatísücos
explicativos que expressam
utilizamos, e não é tambem valores, fomecem pistas sobre a qualiàade
conciliaião do
elhe ele+ por outuo ryr-ro 9U1*iuo"propo.-u
lado dfundamàú brsca._os rros
ensinq hanscendem pr- caráter ae obleàviaade,
9 que
vários. üpo1 d9 pesquisa os paradigmas muitas vezes lhes são impostos.
que nelas se
enconham implícitos (GAMBOA tOfl. Pouco a pouco se perceberç no entantq
Oesia forma não que
faremos restrições, ayiori,de métodos e técnicas. valores e emoções permaneciam escondidos
ios
Amaioria
das técnicas de investigação podem fome- proprios dados estatísticos, já que as deÍinições
cer dados quantitativos e quaütatiuãr. das finalidades da pesquisa e ã formula$o
Er,qr*to umas de
possibilitam estimativas numéricas, outras perguntas estavam profundamente ligadas à
dão visibili_ maneira de fensar e de sentir do pesquisãdor
dadg e aprofundam o signiÍicado da questão ... .
para os perdiam sua aureola de pura objeti_
sujelto.s invesügados. Se o pesquisador
mental quanto u mensrraçào e análise de
amplia o u_ l*t ls-nrlmeros
vidade ... . (eUEIROZ 1988: 11).
d'ados poderá
explicar os fatos com mais precisã.o e que o melhor procedimento entãq é
profundidade.
Nesse sentido, devemos consiáerar científi'co -1lu9rrrtnos
-,^ combna-q,
oe sempre que possívef metodologias e técni_i
{
não apenas
os aspectos quantitativos em uma cas, trazendo as leifuras quanütatiuu,
pesquisa mas também qi.,ulitativas,l
as variáveis qualitativag pois
estas se complementam e "
qupd.o for o casq a partir áa construção lógica do p"r_f
possibilitam múltiplas intãqpretações (MINAYO quisadoq, porque essa ampliação nos ãf"*.ã
1993). maior'fle./
Os números têm um ,ignifi.rao, expressam
situa_
xibilidade no pensar e no ãgir- )
çõeg valoreg emoções, p*"iru- ser traáuzidos
" denho
oe contextos diferenciados. podemos aprofundar
esse
significado dos dados estatísücos,
u-pti'*ao as nossas
no pesquisar. por u""*pto, ao sabermos SUGESTÕES PARA ATIVIDADES DE ESTUDO
!:Ti911dr9es
oa exstência de trinta alunos matriculaâos em
uma esco_
la rural, e realizarmos
uma visita a esse espaço, constatar_ 1. Explicite seus sentimentos e vivências
mos que apenas cinco estão sobre a afirma_
freqüentanào. Ceúamente ção de BOCHNIAK (1992) (ver p.18-19) quanto à inse_
nyneros provocarão entre outros
:ss:s qràrtio.ru*".,tor, gurança que o educador traz consigo, julgandq
a situação sócio-econômica dos algu_
as condições mas vezes/ que é incapaz de fazer pesquisa.
"r"d;;;,
Pesquisa educacional

2. Pense na sua pÍát,.ca pedagógica cotidiana e escolha


um assunto/tema de seu interesse que poderia vir a se Capítulo 2
constitufu em objeto de pesquisa. Escreva sobre isso. I
Depois, compartilhe o que escreveu com o grupo.

3. Relacione as correntes esfudadas a autores que contri-


buíram p.ra seu aprofundamentq descrevendo suas
principais características :

a) Positivismo
Autor: Pesquisas e fontes:
Características: . possibilidades de escolha
b) Abordagem Intelpretativo-idealista
Vasto e ilimitado espaço
Autor: onde possa ser tudo o que penso
Características:

c) Materialismo histórico dialético *Í!.i]!",tÍ!!f!^;


Autor: - Qprazer dq con[rSçe1.atra-Vé-s_dapesqgisa não é algo
Características: ab-ttt1l9, -rçgüer atitud,e+ cuidad,qi e +rocedimentos
espesífiços diante da realidade que se prêt.rrde
investi_
d) Fenomenologia gar. Este capíhrlo trataráde diferãntes aitemativa,
qrà o
Autor: pesquisador tem; ao conduzir um frabalho de investiga_
Caracterísücas: ção. Sendo muitos os recursos disponíveis, não custa
lemfr.ar que, assim como em outras dimensões da
vida,
também aqui, é preciso optar.
No ato-de pesquisar há diversos tipos de fontes para
,
dados: as de papel, característi'cas das p"rqriru,
::fl-
bibliográficas e documentais, as de dados fãmeclaos
por pessoas, próprias da pesquisa de campo (GIL,7gg7)
e as obtidas por meios eletrônicos, através
da Intemet. A
seguir faremos uma breve apresentação de cada
uma
dessas modalidades de pesquisa.

Pesquisa bibliográfica
ATd, que sem a intenção explícita de adotar um
procedimento formal de investiga{aq uo buscar respos_
38
Pesquisa educacíonal

tas para a solução dos problemas de sua prátic4 o edu-


cador recorre com freqüência à pesquisa bibliogriífica no lidade da pesquisa e criatividade do pesquisador
cotidiano de seu trabalho. À medida que desenvolve- São consideradqq fonter
_dqeumeffuiltuU.tas esta\
mos interesse por determinados temas, vamos nos fami-
hanzando com a literafura existente a esse respeito.
I
{91"1gsqç-qlrqs*§Ji_@çÕs_i,rur;_Gçp"l,,iãr"iú, I
Assim, estabelecemos urna sintonia entre a nossa pro- tais,..4-o-çqm_e-4!,o.p,-o-f içiaig,çart4s-co"tàtôrlãf
iírlos.i+\
-- --J
posta de reflexão e o tratamento já dispensado ao assun- 4p§.&lqgafias.,re,latóriocde.-empresas. -
to por outros pesquisadores. Alguns autores indicam os jomais, revistas e relatóriÀ
A pesquislb:iblgguífica é realiz.ada elqqr deJ$ materiais da pesquisa bibliogriífica (SANTOS, 1999). i : l ^
lomo
levantamentg de_E11e1at c9m dados já analisados, e Para não incorrermos em dúvid+ quando os materiais ,
\
publicados por meios escritôi e eletrônicos, comôXÇG, publicados tiverem sido analisados, poderemos conside_,)
artigos científicoq págna dgWeb sifes, sobre o rar que Íazem parte da pesquisa bibhôgrrffica.
desejamos coúecer
tqaú VIEIM (2000) em seu estudo sobre a política educa_
Há estudos que se limitam às fontes bibtiogriíficas.
_ cional brasileir4 utilizou fontes bibriog*íficas e documen-

ÍPql'S$gAgq @mentã de sua tais.para


S*fr aspectos relativos a quaiaaae e a quanti_
dade no sistema escola4 o processo dã centualizaçô/a"s_
1"u_qf"ne.gqg"rgllpqsquisa-bibtiog_rã!Íisre"áA
que esta seja sempre feit4 mesmo que combinada a cenhalização, e as questões sobre o público e o privadg
ouhas escolhas. Ter conhecimento do material já produ- tendo por foco os govemos brasileiroi de 19g5 atggS.
zido sobre a temática investigada evita as repetiçõôs des-
A aftílise é mnstruída a partir do estudo dos
necessárias e a recorrência de erros. A segurança quanto
principais documentos da política educacional de
à seriedade das fontes é outro elemento importante na
cada um desses govemos, afuavés do exame de
realização de nosso trabalho (GIL,I?BT). textos de planejamento e de relatórios. ... Durante
Ao organizarÍnosesse tipo de pesquis4 num pri- a realização do habalhq constatei que os docu-
meiro momento devemos Íazer o levantamento e sele- mentos básicos para a análise dos tempos de tuan_
ção do material do nosso interesse. O próximo passo é siçãq exceto a Constituição dr 1gSg, em sua maior
realizar uma leifura eficiente, registrando as informa- parte, são de difícil acesso, ainda que bastante
recentes do ponto de vista histórico (p.15).
ções em fichas (indicação bibliográfic4 resumo, citações
transcritivas, considerações pessoais), para facilitar a
utilização posterior do que foi lido (ÍfüHNf, tqqZ; Outro exemplo da utilização das fontes, bibliogríÍica
.
LUCKESI et alii, 1991;MA1A,2001). e documental, é apresentado por CAVALCANTEIZOOO)
ao discutir a reforma educacional de 1922, no Ceará.
Pesquisa documental ... runa consulta que fiz à historiograÍia nacio_
nal e local para o recoúecimento de um certo
( . §else-tipq de pesquisa, trgbúemÉcom_dadqs_que teor paradigmático presente na interpretação
amda não receberani tratãú-ento'
i publicados. anútico e nem foàm da Reforma Lourenço Filho no Ceará. ... un n-
( Encontram-se ainda em seu estado original cio a descoberta de um novo arquivo, constituí_

41
Pesquisa educacional
o prazer de conhecer

do pelos documentos do educador |oão vações registradas em diário de campo.


Hippolytq em especial, de sua coletânea pes-
soal de artigos de jornais da época (p. 6g). Escolhi os espaços onà" , pesquisa seria rea-
lizada: ... entidades gerais da oqganização popu-
A pesquisa documental tem descoberto e utilizado lar; nos bairros Lagama4 Pirambu e Palmeiras;
ainda fontes de documentos não-escritos, como as pin- na Secretaria de Trabalho e Ação Social ouvin-
turas, tapeçari4 esboços (iconograÍia) que dizem de do técnicos e coletando documentos, e na
uma época, retratando-a com imagens e símbolos. Há Universidade Federal do Ceará através de
ainda a utilização de novas fontes, que indicam vestí- enkevistas semi-dirigidas, realizadas com um
gios, através da observação realizada em caixotes de lixo grupo de professores ... . Senti necessidade de
consultar três jomais locais ... paúcipei de
para verificar o que as pessoas consomem e são. Os
eventos e reuniões das entidades gerais ... reali-
registros feitos em imagem e som (fitas de vídeq filmes,
zei a coleta de dezenove depoimentos pessoais
discos, rádio, televisão) revelam-se como ricas fontes ..., sendo dezesseis com üderanças do moú-
documentais (SAINT-GEORGES, L997). mento e os outrcs três com duas ex-hderanças e
runa assessora do movimento de bairros (p. 20).
Pesquisa de campo
A pesquisa de campo foi também utilizada no estu-
Muitos autores não fazem referência à denominação do de VASCONCELOS (1998) sobre a memória dos mili-
pesquisa de campo. Outros, entretantq utilizam essa tantes de esquerda no Brasil nas décadas de 1960 e 1970.
expressão para caracterizar as investigações em que, além Além da incursão bibliogrrífica e análise de jornais, o
da análise bibliogrrífica e por vezes documenta| os pes- autor apresenta o contato direto com os sujeitos, reali-
quisadores coletam dados com as pessoas, fazendo uso zando vinte entrevistas/depoimentos com ex-prcsos po-
de diversas técnicas (FACHIN,2001 e OLIVEIM, 1997). líticos, ex-dandestinos e membros de suas famflias.

Essa memória clandestina ou subterrânea


Íartíp""q*su-aç{qpesouisapar*rislp4+!9_e.&_oqtrõ»
córrespondem procedimentos peculiares. Alguns serão partilhada pelos mütantes no Brasil só conse-
guiria emergir ao espaço público no momento
detalhados ao longo deste capítulo. É impiescindível
coúecê-los paÍa que possamos fazer escolhas mais cons-
em que exisüsse uma escuta ampliada.
Todavia, no interior da memória subterrânea,
cientes r,o -orne.,to áe elaboração de nossos esfudos. encontramos uma pluralidade de memórias
Um exemplo da opção pela pesquisa de campo pode que estão de acordo com o tipo de atuação do
ser verificado em MATOS (1998) que analisando a mütante e/ou dos famüares (p. 43).
memóri4 a crise e o saber do movimento popular em
Fortalez4 realizou entrevistas com participantes do Além dos casos citados, outros tipos de pesquisa de
movimento populaç com professores/especialistas da campo, com características mais específicas serão apon-
WÇ e ainda com técnicos da Secretaria ãe Trabalho e tados a seguir.
Ação Sociaf acrescentando esses dados aos coletados
em jornais, revistas, documentos e relatórios, e às obser-

43
Pesquisa educacional o prazer de conhecer

Pesquisa ex-post-Íflcto do é o do Censo Demográfico realizad6 pela Fundação


krstituto Brasileiro de Geogrúa e Estatísüca (lbge). Pode
F-gqç.r,p*od"pe_s-qg!§4tempqrg.big!9_ggrdeterstite-
do fenômeno que acontece após a ocorrência de um fato. ser apontado ainda o Censo Escolar que acontece anual-
identificado pelo pesquisador. O termo em latim signifi- mente ahavés da parceria enhe a Uniãq os Estadgt o
ca exatamente: a partir de depois do fato. Nesse casq Dishito Fe{eral e os municípios, tendo por objeüvo coúe-
são observadas variáveis que se formam espontanea- cer o número de esfudantes mahiculados e freqüentando
mente, em determinado contexto histórico, sem a inter- as escolas, assim como a orgai'ização dos dados sobre
venção do pesquisador. níveis e modalidades de ensino (ABREU, 1999).
Um exemplo pode ser a comparação entre dois bair-
Pesquisa com suloey
ros próximos/ com caracteísticas semelhantes, sendo
que em apenas um deles., em determinado período, é É uma pesquisa de opinião pública que coleta dados
construída uma escola. A partir daí pode ser investigado através de entrevistas, com o objetivo de medir a satisfa-
junto aos moradores quais foram as mudanças mais sig- ção dos usuários, avaliar o grau de coúecimentos,
niÍicativas observadas após o fato da criação da escola no levantar opinião e coúecer comportamento de determi-
bairrq se houve maior circulação de hansporte coletivos, nada comunidade. A amosha deve expressar, de forma
instalação de mais aparelhos de telefones públicos. Ou fiel e representativ4 as características da população pes-
seja, se com o funcionamento da escola em um bairro a quisada para que os resultados possam ser generaliza-
inÍra-estrufura melhorou, enquanto no outro as carên- dos (MOURA, FERREIRAe PAINE,1998).
cias, antes comuns, ainda não foram resolvidas. É utilizada em diversas áreas, como marketing, crên-
cias sociais, política. Através de procedimentos estaísti-
Levantamentos cos, busca coúecer atifudes, valores e crenças das pes-
Esse tipo de soas pesquisadas. As empresas, por exemplo, utilizam
e descritivosl esse tipo de investigação para avaliar e controlar a satis-
de de dadú esses nem sempre são suÍicientemente apro- fação do consumido4 relativa aos produtos que oferece.
fundados. Como no campo educacional existe uma ten- A coleta de dados pode ser realizada afoavés do envio
dência a priorizar estudos qualitativos, não raro, os pes- de questionário pelo correig de entrevistas por telefone e
quisadores renunciam à análise dos dados propiciados entrevistas pessoais. Há casos em que se utilizam as três
pelos levantamentos perdendo importantes oporhrnida- formas de coleta. Os pesquisadores devem ser heinados,
des de aprofundar tendências expressas pelos nrÍmeros. para garantir a eficácia na aplicação do inshumento.
Normalmente os dados são conÍeridos, antes da realiza-
ção da análise estatística e da elaboração do relatório.

Estudo de caso
direta
í Utilizamos esse procedimento ao selecionarmos ape-
um objetoãê pêsqúô4 obtendo grande quantidade de
r-ras

inÍormações sobre o caso escolhido e, conseqüentementg


aprofundando_ q_e.r4§jspectos. Diferencia_se dos
esfu dos
quantitativos porque estes últimos buscam obter informa-
uqpaçao quq.ngge.a neurralidade e o papel
ções padronizadas sobre muitos casos (ROESE,lggg). dà-frÍõrx[._ú_
,: q:" passa a ser sujeito do processo, íZI,nfile1iggg)
Trata-se de uma forma de investigação bastantá
uti_ alerta que as téoricas não constifuem
llz,adanos cursos de pós-graduaçãq sãbretudo as teorias e assim
pela faci_ sendo não é só pelo fato de um pesquisu6el
lidade operacional que proporciona. A altemativa utilizar a
de oDservaçao participante que estará
utilizar uma amostrareduziãa, faz comque essa habalhando com a
moda_ pesquisa participante, pois essa técnica pode
lidade de pesquisa se apresente como uma das ser usada
mais outros tipos de pesquisa.
populares entre os investigadores. .em
Sobre as críticas lançadas a essa forma de
.r O estudo de caso é uma prática simples, gge-q_le;e_
ção
investiga-
S[Jê" 0?2L), admite certa indefinição teórica e
reduçãô de custos, aprese4tando
I ::_lpossibüdade.de
como,limitgelg a impos.sibilidade de .geneializuçáía.
metodológica, destacando que essa construção
não pre_
J seus dados (GIL, cisa ser rígSda, como nos moldes da pesquisa
tradicio_
L l9&T).
nal, pois. a proposta política é clara q"*io
a opção do
Pesquisa participante serviço às camadas populares. Alguns requisitós
são
indicados para a realização dessa pãsquisa:
pelo envolvimento e ider_r!ficação
_^^:-Tg"!r.l-sg
pesquisador com âs_jj_êssôes pjrs1[bãGí Ássim,ã ür
,.. inserçáodo pesquisador na realidade a que
inÍ-ormantes
*:"lqúãlúçiG . a"ffiçs'sq. A adoção se propõe estudar; utilização de um marco teó_
oesse procedimento metodológico gerou, rico de referência explícito; coerência entre o
por muito
t9mpo, diversos embates teóricos sobie marco teórico de referência e a proposta meto_
o *oào clássico
de se fazer pesquisa e as questões dológica; e utilização dos resultãdos d.o estudo
da necessidade de dis_
tanciamento do pesquisádor para a realiz2çf,e para instrumentalizar as lutas populares, direta
de um ou indiretamente. (p. 159)
trabalho sem maioreJirrfluêrrcius no
meio pesquisado.
{ frq.riru
participante teve suas bases em Mali_ Compreendendo a educaSo como uma prática polÍüca,
nows§ quando conüveu com naüvos das em relaSo direta com a sociedade, DAMÁSCENô
ilhas Trllbdand 1990i
e ao invés de mandar mensageiros
com quesüonários e pesquisa participanre, com cam.poneses
roteiros de observaçãq buscori
eptar o .otidi*o e per_ ::?lir:i3
Vila de São Marcos,
da
no Cear?. O objeto da pesquisadora
guntar pessoalmente o que queriisaber.
O valor políim foi investigar a práüca educatiía dos'Movimentos
t rytqtrr- ryartiqnante poá"
operiíria
*, obre*udo * *q,r.i" Eclesiais de Base.
de Man<, de 1gg0, onde alerta os
operários páu u,
flutuaçoes_de preços dos
pnrdutos
manutenção de seus saliírios (BRANDÃQ
;. .#;r-, aersus a . Durante o período necessário para a coleta de
inÍormações, utilizamos a observação sistemá_
19g3).
tica e direta ... . Esta foi realizada em diÍerentes
com paradigmas pr.a"úão, e tradicio_
_ .-Ag.ro_mper Iocais e situações na casa dos camponeses e dos
L4"§19o3o u rcgrl de não envolvimento dô pesquiruao,
com o pesquisadq a pesquisa-participantã agentes educativos; em situação do trabalho do
muitas polêmicas opo.,ao_r" dáipertou camponês, ... em reuniões e encontros envol_
oiii.;;;;,ao posftivis_ vendo os vários grupos, no comércio locaf em
46
Pesquisa educacional o prazer de conhecer

situações políticas como comícios, comitês polí- tata-se deuma prática de investigação que, inicialmen_
ticos, sindicatos, em situações de ajuda mútua te, foi. usada por antropólogos el port"rio.-"r,tg por
como mutiÍão "adjunto" (p.60). pesquisadores de outras áreas dal ciências humanas,
inclusive da educação.
Pesquisa-ação
MALINOWSK (in GUIMARÃES,lgTS) foi um dos
&pesquisa-a6o diferenda-se-de- peçggstl341gp&- primeiros a organizar a investigação ehrogriíÍica. Em sua
te, porque além da participa@o do pesquisador, p4ssupõe obra Os argonautas do pacífco
õcidental,"i., qru descreve
I uma ação planejada que deverá realizar-se nodeco-rrer d4 e analisa os cosfumes e comportamento doi nativos
da
sua realiza@o. Umapesquisaé assim considerada quando: Ilha de Trobriand estabelece bases fundamentais para
o
trabalho de campe nesse tipo de pesquisa.
... houver realmente uma ação por parte das
pessoas ou grupos implicados no problema sob ... inicialmente, é clarq o pesquisador deve ter
observação..41ém disso é preciso que a ação seja objetivos reaünente cientíÊcos e coúecer os
uma ação não trivial, o que quer dizer uma ação valores e critérios da etnografia modema.
problemátic4 merecendo investigação para ser egqao deve colocar-se em bãas condi@s de
elaborada e conduzida CII{OLLENT, 1986: 15). trabalhq ou sej+ principalmente, üver sem a
compaúia de ouhos húnens brancos, bem no
Há por parte dos pesquisadores o interesse de não meio dos naüvos. Finalmente, deve aplicar um
apenas verificar algo mas de transformar. Nesse senti- certo número de métodos particulares para cole.
do, precisa haver uma interação entre pesquisadores e ta4 manipular e estabelecer seus dadoi (p. 43).
pessoas investigadas. O processo de pesquisa é realiza-
do com avaliações e discussões no grupo tanto para MALINOWSKIafiTma que o deverda teori4 na eturo_
redirecionar os planos, quanto para partilhar o coúeci- $ahE é fomecer um vocabúiírio que consiga haduzir o
mento entre os envolvidos. papel da cultura na vida humana. tndicu a irflização de
a um sistema de conceitos bem gerais que se entrelaçam no
corpo da ehrograÍia. Com isso o autor pretende:
ma prioritário_na.nisão_do€mp_o* Avalia-se, então, a pos-
... tirar grandes conclusões a partir de fatos
sibilidade de uma intervenção para sanar 9 problema
pequenos, mas densamente entrelaçados;
identificado apoiar amplas afirmaüvas sobre o papel da cul_
qu-e parti§uqlal!-dg-Praçe,qq9., firra na construção da vida coletiva empeúan_
_{E-e_p1ss3s_3_plq!elsr!
ação, em reuni@.s, e senuniírjorde aisarssaoeaydigç&_ do-as exatamente em especifigaç5iss coàplexas
Apesquisa-ação tem üdo seu uso difundido em pro- (GEERTZ 1989:38).
jetos direcionados a mudanças no âmbito da sala de
aula particutarmente no ensino de línguas estrangeiras. Geertz define as seguintes características para a des_
crição etnográfica: é interpretahva, a interpretação ex_
Pesquisa etnográÍica pressa o acontecer social e busca salvar o "dito", através
do registrq transformando-o em material de pesquisa; é
A palavra etnografia significa descrição cultural. microscópica.
Pesquísa educacional
o prazer de conhecer

Na antropolog1a, é imprescindível o diiilogo enhe levar a termo as diÍerentes operações que reali_
teóricos acadêmicos e nativos, mas por outro ladq deve- zam em sua vida cotidiana (COULON, 1995: 15.
se ter o cuidado para que a teoria não imobilize a análi- Grifo nosso).
se, que sendo flexível deixa resíduos para que se reali-
zem novas aniíliset ou sei4 a etnografia só tem qualida- Na área da educaçãq a etnometodologia tem por ex_
de quando é possível fazer uma reanálise dos daãos ini- poentes Cicourel, Mehan e Hammersle.'Esses áutores
ciais (PEIRANQ 1995). consideram que as interações estabelecidaS-tõfftõs*di_
A ehrografia surgiu na área,ed.ucacional na década de versos sujeiiõ§ düiante a pqú*qisa aõern fazei prrtãaa
ilresfigeção. Defendem quã iejam-ãffiAdaas?s
20. ANDRÉ (1995) adverre q"", urtã.iii;r-ã"rõ ãffi hi-póteses antes da pesquisa de campo e que as descri_
cação, tem-se realizãdo mais esúú-ao-tipó
"trog.,ífi.g^ ções dos membros passem u ser.o.,sid"rrdu, instruções
do que se habalhado com a etnografia propriamenãe ditf
pois se "o foco do intgresse dos etrólogos é a descrição ãa para_ a pesquisa. Valorizam também a construção do
dtu1, ... de um grupo social a preocupação cenhal doô- cotidiano das instituições.
pesquisa etnometodológica em educa@q são uti_
estudiosos em educação é com os pro.ãsros educativos)
(p. 28). A autora identifica algurn-as caracteúticu, piO_
- l\,la
lizados procedimentos comrnsã etrograÍi4 como:
ipriasàs pesquisas ebrográficas como: o uso da observa_ observação direta nas salas de aul4 observação
ção participante, da enbevista intensiva e da análise de participante, entrevistas, estudos de relatórios
. documentos; a interação entre pesquisador e objeto pes_ administrativos e escolares, resultados obtidos
quisado;-a flexibilidade para modificar os rumoó du p"r_ nos testes, gravações em údeo das aulas ou
. quisa; a ênÍase no processo, e não nos resultados entreyistas de orientação, projeção das grava_
finais; a
visão dos sujeitos pesquisados sobre as suas experiências; ções para os próprios autores, gravações dos
a não-intervenção do pesquisador sobre o ambiente pes_ comentários feitos no decorrer dessas projeções
quisado; a variação do períodq que pode ser de semairas, (COULON 1995:110).
meses e até de anos; a coleta dos dados descritivos, hans_ de pesquisa ehrometodológica pode ser
critos literalmente para a utilização no relatório. .ULexemplo
conferido em VIDAL (2000) que realizeu uma pesquisa
em hês escolas (federal, pública e privada) de Fàrtaieza
Pesquisa etnometodológica
com o objetivo de investigar se a Alfabetiza$o Científica
O termo etrometodologia surgiu na década de 40 com e Teorológica (ACT) é usada nos currículos e como
os pro_
Garfinkel. Esse autor demonshou (ue os pnrcedimentos fessores habalham nas suas salas com essa temáticà. A
do
raciocÍnio ligados ao senso comum são idênticos autora optou pelo etrometodologia no seu esfudo:
aos que
ditig * a atividade cientÍfica. Assuru a capacidade de
úe_ Ao considerar os aspectos relacionados com
tir e-llelpretar é compartilhada pelos átores sociais,
em a dimensão escolar da ACI. procurou-se não
geral. Nessa perspectiva, u proporà da
etrometodologia é apenas ver as situações instituídas da práüca
social, mas, através da etnometodologia iolocar
4nalisar os métodos - ou se quisermos, os proce_ em eüdência ..., o caráter instituinte da prática
dimentos - que os indivíduos utilizam para
sociaf na perspectiva de que a escola tem gran_

50
5'l
Pesquisa educacional

de influência na vida presente e futura dos


indiúduos. (p. L07)
seguid4 são feitas as transcrições, e
Pesquisa com históna onl,história de só."tao u.ã"t";;
------*-" i
vida e relatos.
depoimento pessoal
análise dos I
o objetivo de um maior controle
e coerência dos
A história oral desenvolveu_se na década dados, as fitas e transcrições devem
de60 como ser conferidas, além
contraponto à história tradicional, que, das comparações entre os relatos
baseada em dos sujeitos, os dados
documentos escritos, era protagonizada coletados e os resultados da pesquisa
por heróis, tor_ preliminar. podem
rp"ãu, _..or' coadjuvantes. ser aplicadas, em complemàntaridade
lT* S"*lr,rujeitos,
Lomo rorma de democrahzação da que possibilitem a busca-de sustentação
ort u, técnicas
própria Éstóri+ a empírica para se
história oral, passou r"qro; r, fazer inÍerências generalizadoras
i
soas, ouvindo e analisando
ffiã".ias
das pes_
plter grfr 4 gpqt1qeltg__liyreé6UVnafft,
tfS;.
seus ,"ütor, e conÍerindo una tarelaggs
importância às suas memórias e vivências. . . si1ge
por qarte_ do p"rq"irraor,-q; prd;;
i:Ii !i"l*ação
connecer profundidade o assunto, obsãrvândo
A memória tem uma função básica na história -com e
da humanidade: a.melhor.o*p*u*ãà §gistrqado não só o dito,- mas também o silenciado.
* Or_ Assim, antes das g$ryytslqq A_gp,g$uno
sente e a reflexão de um fufuro
que se referencie reatiz2l urn,
em sifuações já üvenciadas,
po, u"ru, pori ir* P#3.19, p..limina4, bibfiõgúfica-e documentrt .o_ o
e noutras nem tanto, deixando oo;9-gv_o:.de preparar o momento da coleta.
àrrrbu, o
aprendizsds necessário "*
MATOS, l99g: 26).
A história oral pode ser dividida-e;:ài__stória
de
yd+ o objeio de estudo exige"a r".;;i*;;;'ffiróil;
Ao contrário da história oficial a do entrevistado, que,ecorrstituirá total
história oral busca ou parcialmente
compreender a sociedade através
do olhar ao, inà# acontecimentos e experiências; e_história
temátic4 nela
{uos-que nela üvenç provocando um debate sobre o são rratados assuntos q,re fazem
aa t à.iãi, ãã
párié
significado da hist, . investigado (eUEIROZ; 1988).
mãnto a" u*,ffi j ã TffiH:,,T:#:T"
a pesquisa quer captar a memória lffi i: Ahistória de vida esfuda acontecimentos
históricos,
recente, pois, com base nos relatos de pessoas privilegiando
realizá-la os narradores precisam para sua tra;.e_
estar vivos e dispostos tória. Alguns autores jris* q"u poaã*
a socializar suas lembrúças. ser somados
aos relatos do invesügaao, irúo.-uções
narradas por
( Na. realização dessa modalidade
de pesquis4 ao outras pessoas. Outros, todavi4 consideram
que só se
contriírio do que muitos i*ugi.,*, utiliza história de rlidl.quando os práprios
{ *, tyn J riàrrário, .o*_ sujeitos
I como nrojetq realizar"-u"lnr"rugrião u*proratória falam sobre a sua trajeró.ii («tnrfnarU,-isoa1.
forma de coúecer melhor,
1
\ mações que permitam a definição
.#;; coletar inÍor_ ., Q-dqP-qlEet ta+essAqi-é-sm tip-o--de-*história _de
j ração de roteiros, para au-ráárt 4 e a prcpa_
vrcrê.q_u-q s_e limita ao.relat-o_de
fet_os p_feq§!çiqdos pelo
que os relatos não sejam superfi_ sujeito, consüfuindo-se em uma narrativá
/ ciais. Após essa ori Bais focali-
O pesquisador direcionará a entrevista
f""i,,"ã* "*:JJffi[:,ffiffit1?,::,T:1ff :,: 4seu interesse para o?*
específico, enquanto na história d";ià;
entrevista é livre.
;I§
)i§
Pesquisa educacional

Pesquisa experimental
§ggsqs_-s-autras variáve;ig, É importante
Normalmente é feita por amoshagem que cada pes-
representativq parte de um universo)
(coniunto
porqru consiste :ty:i::?rerender-ãã,eh, ;p;;; al,*u derer_
em reproduzir um
em um
quisado4 por meio99T"T
onde o pes_
de-instrumentos,"'úro
escorhe variáveis
que são denominadas dependent"
u i"ããiur,a"*. p*ã ----, aul/vLq Lanrruem Oe ClüefenteS ,Temamentas,,
garantir controle sobre as variáveis, OU,
busca-se demonstrar uma relação
elas.sao isoladas, e
il:l*: k:*:f:cas de h;úsçã;. r,* tu_u ,u,a
d;.u;;; e efeito entre
(9L 1987). Nesse upo a" pesq*rl,
melhor aprotundad"
fi_ü";;fi;;:.
:lur i""a"_se a ado_ ""
tar métodos quantitativoi d"
i;r"rii*;;;.
Os experimentos são *uir
^ fu.ifrri"r'tLatiz6dss nas
ciências empÍrico-forrnri,", .orno , SUGESIôES PARA ATIVIDADES
úioià6u u qrírr,i.u, DE ESruDO
possuindo uma: utilização reduzida "
rr"r-.iêrr"iu, huma_
nas. LAVILLE e DTONNE (tsss);àiÀ 1. Leia a passagem poetica
a apticação de Raimundo Gadelh4
*.1r,"_re.pesquisa
oplruao/
na área d"'h;;; pois, na sua
curando estabelecer uma
relação .o*ãf,ro.usso
pro_
de pes_
é muito marcada pelas
ciências naturais.IustificaÀ
imagem dos métodos das
[dí.oÀ
gyr1 Regisrre suas
"No fundo daquilo que
idéias, es,; ;;;il,:
que
rente de com animais e materiais
pu*o* é dife_ sou, atém àas verdades,
seiam dentro aá mim _ solenes pas-
em laborâtórios, e seguras _ as dúvidas,,.
... poT não se pode permitir 2. No capítulo anterioç
a manipulação de pedimos que você escolhesse
seres humanos como partículas um
de matérias ou tema que gosraria de
ratos de laboratório. AIém cóúecer õ;""tado por seu
dissq
eficácia real dos instrumentos " "f"r_ a, professor (a) dê início "il;.
*1p"rd;;;,üográfica,
rr,ur"lr,áti.or, 1
cionando leitura+ registrandá sete_
grande parte dos fenômenos
hr",il ;; dos autores e tecenão
#fi.#; conbibuições
pode ser medidas de maneira
,ig.fi.ãur" ."rriâ;;çà'o*r"n, sobre as
conserv.üsua riqueza. (p. idéias que estes acrescentam
139). " ao ussuntá à" r"u interesse.
Esse habalho irá facitirar
É oportuno lembra+ todavi4 , do rema
que em algumas iíreas escolhidq servindo a" Uuru
pJ" "p;;fr;;;*b
Iigadas a uar.uç'ao. ô"ü*" posterior.
1"^-.:^*"*ento
mental tem sido utrti"a4u. i"rqrr"experi-
o possível rema de pesquisa
É o .uro aàJ úu*uaas cor_ l.^C1*,ld:.*do identificado
rentes comportamentalistas no capíhrlo anterior, procure-imag"*
da psicologula aprendiza_ {* ripo de fonte
8em/ em que os esfudos sobre càndicioíamento melhor se adeguaria oara
realizar"o urtuào. Regishe
te tiveram lugar de operan- idéias e discutá u *rpuito suas
destaque. .o*ãi*'.d;*

ffi:\?-:i:,.:'-J:XHh'#,f di::'flH:i;
maisaltematiiurà"p*aãüGi*-Êffi:
c,as/ como a propria
na'turer"'-a;ã6Êi, dààoo, ,u**o

55
Capítulo 3

Técnicas de coleta e anáIise de dados:


instrumentos para saber mais

Quando aou por um caminho,


E por dois caminhos que oou:
Um é por onde me encaminho,
O outro a aerdade onde estou.
(Femando pessoa)

A discussão sobre técnicas de coleta de dados se


no campo da metodologia de pesquisa. A utiliza_
ry"1u
ção do termo metodologia é muitas uerei fuitu de forma
inapropriad4 ora como técnic4 indicando procedimen_
tos, ora como tecnologi+ que é a reflexão sôbre.rm.or_
junto de procedimentos. No intuito de esclarecer a
diÍe_
renç4 QUEIROZ (1983) define por téorica:
... o procedimentq ou conjunto de procedimen-
tos bem definidos, transmissíveis, ãesünados a
produzir determinados resultados; liga_se pois
diretamente à prátic4 à açãq mas tam--bém, ã de
maneira fundamental, aos resultados a que se
quer úegar (p.45).

MStg4qlgg_re é_mais, do que isto. É uma palavra de


origeT grega que significa o pensaÍ (logos) sobre um
caminho (ódos) pau:a se clegar a determinado objeüvo
(meta). E essencial na pesqúsa planejaÍ esse
ca;iúo,
Pesquisa educacional

mesmo sabendo que, na maioria das vezes, o planeja-


mento é modificado no decorrer do processo. Nesse
plano é imprescindível apontar quais os instrumentos respeitosa. Nesse caso o observador
deve ser persisten_
te e terá uma fotografia do que
qt e utilizaremos, pq{? Êsoleta dq
_&49= po!"õ ããto mem com a sua
que4 logo que se acostu_
rial de pesquisa é um dos pré-requisitos definidores da Presença.
qualidade do resultado a ser obtido. Voltaremos a tratar De forma genérica, g._qhqgyação,
do planejamento da pesquisa no capítulo 4.
- rlrgsmo quando
n4oo p]*"rrr"""to pássibilita
E preciso que o pesquisador coúeça e escolha ins_
i1"^:.9:":-
qu:ro a mtormação e ajuda^ em muitos
c açerrã
casos na delimi_
trumentos- adequados, pensando no que pretende cole_ taçi,o_-d9-papllemaedelineamentodapesqur§-a.
tar e verificar. É oportuno lembrar qru o, autores de Os registros devem ser feitog de'imediato
- em um
Iivros de metodologia de pesquisa poir"r", classificam c3demq para não haver o risco de
ao farer *",.çõ";
de forma diferenciada as técniias idisposição do inves_ depois, deixar escapar dados importuntes. podem
ser
tigador. Nesse cáso, caberá ao pesquisador certificar_se também usados filr,nagens, gruruàor.r,
máquinas foto_
gráficas. Para melhoi.o*[.*rae,
de que os termos técnicos ,tilizaàos pelos diÍerentes
nossa disposiçãq faremos 1rm
í alternativas à
autores podem, ou não, ter o mesmo signiÍicado na breve resumo sobre os
prá_
tica da pesquisa. De tal maneir4 se poáerá evitar even_ tipos de observação.
tuais deslizes metodológicos que prejudicam o anda_ Observação paúicipante
mento de uma invesügação
qrr,e modalidade de observação.em
Observação - -É que o pe.sqrris6_
{o_qoq já é membro dogrupo *bre o q;J'f- r'p;;qri"a
(qAtqral) ou passa af,azerpurtu ao
-
A observaçãg é gma técnica muito ufiliz2d4 princi_ grú" f"ruliáali,*i
palmente porque pode ser associada u ooUor--pà.sd_ melhor coletar os dados, tendo aceslo
á"rtu, em primei_
mentos, por exemplq a entrevista. para ser.o*id"ruãu qa 4rão. assim como aos que
são considerudo, ,igiloro,
ehcaz para a pesquisa científic4 temos de observa4 para as pessoas extemas.
com_
preender o que é essencial e Íazer o regisfuo. é a técnica menos estrufurada das ciências
Essa
Deyçmos
ainal que a olsewaSo deye se"r: orientada p_o.r ::1?_ry§_não pressupõe qualquer roteiro de apoio
Je$rT
qm objg{vo de pesquisa planejada regtsrrada
e fifaãà ÍHGUETE, tggl).Suaàrigem remo.,t" uo, estudos de
Malinowski e à escola de Clicago
proposições mais gerais, e que, além dúso, ae.uau de 20. Esse
deve sãr sub-
metida a controle de validaãe e precisão (GIL,lgg1). tipo de-observação mais do q.r."ú"u
instrumento de cap_
Há os que defendem que o investiguào, explique tação de dados é uma formi
às de intervenção na realida_
de investigada. HAGUETTE destaca
pessoas envolvidas, desde o primeiro
Ãomentq os obje_ p;;i;, que dizem
tivos de sua pesquisa o q.," está fazendo das características da técnica: coletar'daàos
(Jutros acreditam
no local. através da
que nesse caso o cotidiano se altera presença constante do pesquisador
no grupo pesquisa_
Porque os observados mudarão seu comportamento ao o papel do observâdoi pode ,u, .u'ràràaá
1o;
saberem que estão sendo
alvo do estudà. Essa é uma deve haver o compartilhar dás processos ",i;;
e sub_
opção que fica a critério
do pesquisadoi ,euvos oo "*,"*o,
tempo da pesquisa pode
-r, certamen_ flrfo,9
rongo/ vanando
ser curto ou
de acordo com a necessidade do
pes_
58
59
Pesquisa educacional

quisador; há inÍluências do grupo sobre


o pesquisadoç
como também do observador para o gTupo. ciçlas orientae_oes
yara o seu preenúimento adequado.,

Observação sistemática uo.n As questõês deve

opiniões; fqchadas mi*ã";, ;üã;ãi


tÍ,".T,'il
É,uttlizadaemp-e_squisas_que_d_eseqeve5_ncomgr.an- *rpor.as são
j"*t*t:toe,f
sador
reàsao.urtorÀ-"ãã"nos.opesqui_
*lXã;:rH;3.r"presentando,À;G;-;osdoistipos
usa um roteiro com informações
previu*urrt"
selecionadat com base no qual Íazseus _ tqtf+ÂplicaÉo.do.guesrionário devemos .neatizar
registros.
É necessário os observado, algumas pessoas, pr., iJ;üil;;
Tegte+*tcom
"rtu*ã-conscientes de
que a observação não hará qualquurã"uç, aspectos que podem r", upúuiçouáo', i**u*"*o.
ao grupo, "o
tant-o pela precisão d.as infgrmaçõás,
q.ranto pela deman_ Enhevista
da de um tempg mais prolongrà"
á"';;urtiguçao.
A entreyiota é q+g.dgq
Observação em massa Esricas.mais simples, coúe_
ciCgq e utilizadas na
puóquisa
educacional,êqr!, ,gmq_
a observàçãà permite
Sedo a determinado tema que pode o àor,tuto àir.ã do pesquisador
ser com o enheüstado, para
^"^9g^-:{9tgq
ooservado ao mesmo tempo por vários
purq"iràõio É que um possa responder
às
muito utilizada na área cômiortam peJo outro. Dif"ru, nesse
;*ã- ;,'d";;;;ík;. ry1gr",r:.feitas
questioniírig que não precisa aspectq do
au p..rà"iu do pesquisa_
@"-qldaqUlqt
ruD compreender. registrar e fuzei
rsão, 9thqr,^discer= dor para ser,espondtd;; ;;ü ã::i:;"r.
diÍerenciãã o reíúdd"ó'fiírt. p;;i-i,ã .efrtirio.-ó-quc
u p*rso rreinar L vantaSenl e
^=^ ao questioniíriq
desvantag# ;;""*.vistaem rela_
bem os observadores. çao citaremõs argumas deras:
vista pode ser apricada a enhe_
.r-
pur*ãrllr*utur; pre:
Questionário sença do urh.út a
dúid_-as.;_a garand; de
Essa técnica de inv.estigaSo
um *uio. de respostas"
ser ^Gão
coruistç etn gB_Ç, s€ma permite que os dados possam
pres-e.nça do pesqüsa1*,. analisados de forma
o investigado ."rp,o.,_aa_poi qualitativa e quantitatuu. Co*o
escrito a um formufírio (cqm
q""r;õ";; destacar que a falta de
rr"t iu", podemos
soalmente, ou enviado p"ü.o.ràio1 -- ""tiôg"ffi_ experiên.i,
podem
- acarretar induções nas ";;*il*entop"iof.r_
respostas, provocad*
Furdo à compreensãodo respondente,
o lngErrrteL_ quisador (GIL,1gBZ).
d*
i., pesquisa,poss.rir ,,il a"b-"ç.th"^:á
P
os objetivos e a importância
;*;erá e-xp_tiç1d4ir .Para a organi4tgo
ecequqde das_informações deve_
dasrespostas_co1rg
i, Í,"3}'#:l*:l*l
.l}1também-ser respondido
fspondldo compiã1q."dé.}
po, À,npreb.dqu
por ia
Tfiid:i"*pagi^rs.aCI..r'u.üJà';.ãrràri.;rd;
rospara saberse todas as qrártffi
o
L t**oa do sigilo das informaçoes.'Em
*gri4qrã.GÇ indiüdualmente e reoeldàs
r;;;; ;ãqr,
\tr------ jdentif icartanto*ruÂ"n-çrr,"õr'"o;;r;##::
_buscando
",\, mesma ar"."no.rroãil qrlãário e formuJáriq ver:p ádua,tw7. A diçoes enhe os diferenres
-l:j^Tiautora classifica as técrúcas a" a"p"r*ã"ãrlír"àa"r.
tad+ livre_nafiaüva, Após uma leitura cuidàosa
L "rrJrã'"ilpessoal/formal,
de grupo e informal (p. 66).
orien-
a análise de inÍormações para
d;;;;;;rtas, é feita
, .;;à;àe um novo
6'l
Pesquisa educacional

coúecimento, com base nos dados coletados e organi- opÉo pelo trabalho em dupla, pois enquanto um pesqui-
zados. Além da bibliografia consultad4 devemos atra- sador anota as respostas o ouho faz as observações.
vés da demonstração numéric4 comprovax, com base na
Entrevista por pautas ou semi-orientada
maior ou menor incidênci4 os resultados a que .nôá-
|'por.As falas dos sujeitos também conÍirÍnam e enriqug- Nessa modalidade de entrevist4 o enhevistado fala
c ç"* o que encontramos em nossas buàcas e devern-ser sobre tópicos relacionados a um tema específicq defini-
j utilizadas como citações (COLOGNESE e VfÉLq tgq8j. dos previamente pelo pesquisador. Recomenda-se que
seja observada uma seqüência lógica de pensamento
Entrevista infonnal ou espontânea
para que o roteiro tome-se compreensível ao entrevista-
Caracteriza-se como urna conversa entre pesquisador dq possibütando a clarezanas respostas, e a análise dos
e respondente, com a finalidade de coletar dados iniciais, dados. Essa é uma entreústa mais aberta que a estrutu-
que permitirão uma aproximação com mais qualidade do rad4 o que possibilita maior flexibilidade nas respostas
objeto pesquisado. Não é necessário construir roteiros, e a obtenção de falas que podem enriquecer ainda mais
pois essa entrevista apresenta caráter exploratório. a temática abordada.

.- Enhevista estrufurada ou orientada Entrevista focalizada ou livre

. .r:
É uma relação de perguntas, aplicada igualmente a O pesquisador, ness€ caso, deve ter um amplo domí-
':'todos os entrevistadoi o que p.--nit" depãis realizar- nio sobre o tema, pois deixará que o entr,evistado fale livre.
' mos uma análise quantitativa. mente, só fazendo intervenções rápidas em casos exhe.
Em qualquer procedimento de pesquisa é importan- mot como quando veriÍica a fuga da temática em questão.
te lembrar a cordialidade nos contatos inicial e ü!d Nesse casq deve sutilmente redirecionar o monólogo do
entre pesquisador e respondente, Além da atenção aos enhevistado para o assunto cenhal escolhido.
horários de início e Íinal da convers4 como deve ter Esse tipo de enhevista fomece uma grande quanüda-
sido marcado com antecedência. }lglmlpql|o§-dgyg1n de de dados, por isso o pesquisador deve estar atento no
Ger combinados antes do início aá entrevista' expúç3aão momento da análise, e elabora$o do relatório Íinaf para
de como as inÍormações serão utilizadas; se as pessoas
, não perder de vista o foco do habalho. É muito utilizada
) aceitam ser identificadas; se é possível usar gravadói
(. para o registro da conversa.
nos depoimentos pessoais, história oral e história de vida.

Há casos em que o enhevistado apresenta inibição Grupo focal


com o uso do gravador. É importante explicar como o É uma técnica de entreústa em grupo que busca
resultado do habalho será melhor auxiliado pelo uso do coletar informações dos sentimentos e opiniões dos
instrumento, diminuindo riscos de compreensào e assegu- investigados, sobre uma determinada quesião. Alcança
f
t-*do a quúdade no material. Nesse caso, a nanscri$o maior número de pessoas num menor tempo, e aprofun-
\
J-4u.Ête-etgecuidados,-comp_etq!çê"=e_rp@ile_eq da o tema em função das diversas opiniões. Pode ser
I P_alavras clo enlgvistadq que devem ser hans_critas-ço_m
-á"rd;ht" também utilizado paÍa promover a interação entre os
ffidedignidade. Se'não for possível usar o membros de um grupo.
... grupo focal é uma técnica de pesquisa que
uü_
liza sessões grupais como um dos io.os fãcitita_
dores da expressão de caracteúticas psicosso- conshangimento e a inibição
no gruDo.
ciológicas e culturais ... prevê a obtenção MATOS (2001) fez uso
de . d" ári;i"cal em esrudo
dados a partir de discussões oridadosamente sobre a análise da
planejadas onde os participantes expressam
iuventud" u rrãr.àtuç0", enhe encon_
tros e desencontros com a escola.
suas percepSes/ cnenças, valoles, atitudes O traüaho foi rcaliza_
e do em Fortaleza, com esfudantes
representaçg sociais sobre uma questão especí_ de escolas pública e
particular.
fica num am!_i9nte peryissivo e nâo constrange.
dor,'(WESTpFIAL, BóGU9 FARIA, 1996: Em cada sessãq habalhei com
aTay). 12 iovens esco_
lhidos em salas de g" série a*
*#.tiuas esco_
Para a realização do grupo focaf devemos las. A amostra foi, portantq
contar com i.,.tur,àonul ,"-
um coordenadoq uT ou mais observadores, guindo as orientaçõàs da técnica.
Dentre os
os partici_
pantes e um local ad'equado jovens escolhidos, posso
para a reunião apontar como caracte_
to para gravação e, às vezes filmagem. pode" "q"ifu-àr,_ rísticas de identidãd" po. grupo,}Àa
sei necessá- etríria
rio apenas uma sessão por grupúependendo esfudarem em
da temá- j"T:til'"11,11ixhffi
tica ou da ufirizzç5e.*.oiüt*tu
dá outas técnicas de
mesma,én"
mo nível sócio_econômico. Garantindo
xi}:
pesquis4 como as enhevistas individuais, a diver_
a observação sidade convidei metade dos jovens
' p-tlpgte, as pesquisasbibliogtífica e documental. masculino e a outra parte do sexo
do sexo
DEBUS (19gg) sobre a aphãação da feminino.
técnica aÍirma Considerei ainda comà aspectos Àu"rros ur,n"
qr"-.o pesquisador/coordenador deve determinar: os dois grupos: regiões g*gr#i"u_"rrte
a dife_
o nrimero de rentes na localiz2ç6s das-escãlas;
lt.?h,lor.participantes, grupos com os os níveis só_
quais irá habalhar; o tamaúo do cio-econômicos, e as redes de
grupo qre poae variar ensino áus esco.
entre,seis e quinze pessoas, emboia Ias: pública e particular (p. 55_56).
algurl autores reco_
mendem a presença de, no miíximq
até doze;o tempo de
duração de cada sessãq entre uma
horr-u meia a duas
AnáIise dos dados - análise estatística,
horas; o local; o convite aos participantJr; de conteúdo e de discurso
u p*p*ução
de um-gura de temas, com
perguntas abertas.
função básica do obsãrvãaor é o ,-,Per1WL9(199--3.),-no- p.xocesso de anátise dos
-A registro de todos qaqos coletados,
os fatos do início ao final ós oe1ry1sa{orespryciúm superar
da sessao. Ser? responsável, hês
aind+ pelo controle do tempOrnonito.u. grariaes obstáculos: â ituóao il;-br*;;har:se
o equipamen_ e.xara_
to de gravação, e registro como é; a preocupaçã-o-
a hanscrição das fiàs.
aá agr^;r}"i"s para facilitar T.r:
s:s
Tqlol ço.-tn tésricas e méto_
que com a riqueza do materiaf
O mate"ria a"uu ,", transcrito e 10 à Anc,ídiáà a"
anaüsado posteriormente. retaoonaÍ teorias e conceitos com "
os dados çqtetadqs,
A amostra é intencional. Os participantes Há inúmeras manéirás dó t ái* u informação
devem gera-
possuir pelo menos urna da ahavés de um processo de investigação.
marca em comum que os ligue Os dados
ao estudo proposto. É
essencial
;;;;;;"r"_ a um
obud,og irão depenáer
sa adotados (Capíhrlo {1s
f""t ,
"
àffils
de pesqui
2) assim .o.o a'u, téoricas de
Pesquisa educacional

o prazer de conhecer

coleta que utilizamos. Assir& determinados resultados


podem ser mais facilmente quantificados e traduzidos vezes as categorias aparecem ou
são omitidas.
em números, outros não. euando o pesquisador está lgra.Ía4:1-aaaiílise-de_temasé.necessiírioplimeiro
interessado em proceder a um tratamento estatístico das -e§colhgr os dgcumsntos,,relggoná-los ao_s gbjetà á óUi"-
inÍormações, tem à sua disposição um amplo conjunto Sro;-da-pggqgiqu.§gq:rheeen,&*ã§-car"soriásO-o_ú_
do.,
de recursos que vão desde ao uso de quadros, tabólas
e -!m segu ida de_u-qqlqs* p1o_cçgl er a leitura
gráficos, até sofisticados programas de computador, que do material, determinando as chaves, "*uuiti*ru
sblecióryndo gÃ
lhe permite criar bancos de ãados, estabelâcer ,"1áçá", Íragmentos com base nas categoriqs
e hipót-es_ç-ãqtub"_
entre variáveis e outros procedimentos congêneres. tecifa.s por fp ap uúqruaçõõoLuau, pôd;;"; i"É;_,
Ao analisar as inÍormações, o pesquisadár não cami_ pretad4s, após tratamento estatístico.
-
úa às cegas mas, antes, adota determinaao, pro..A-_ Atualmente a anaíüse de conteúdo habalha
com oN
mentos gue imprimem um caráter de maior oUj"Urriau_ s.egurnjesiqals_rrgridocumentos"r.ritor,õiá-r7rã"iaál)
de aos dados, facilitando sua inteqpretação. Dápois áe ctes que possam ser descritas
e analisadas, entrevistas e \
discussões transcritas, levando
"- .oíJ;iàilIá; I
conduzido o trabalho de coreta, sua-tarefa básiciéÍazer
como o emirjrg4 o que diz, como di2,
os dados falarem. para tantq além das possibilidades já qual o rerrltado- e )
o-{eçeplqÍ.(CORTES,-1998). Ou seja, a
assinaladas, dispõe também de outros *.*ror,
como a análir" pro*rá,
análise de conteúdo e a análisê de discursq procedi_ compreensão crítica do significado das
comunicações.
mentos gu9 podem ter formas de habalho e finalidades
- ::- ...a análise temática é bastante formal e mantém
semelhantes, mas trazem diferenças entre si. sua crença na- signiÍicação da regularidade.
.- A análise de conteúdo foi iniciatmente uma técnica Como técnica ela hanspira as raízesiositivistas
muito ligada quantitativ4 em documentoi, da análise de conteúdà tadicional. porém
1 gesquis,a há
buscando freqüências de temas que definiam variantes na abordagem que no tuatamento
o caráter dos
.do discursq a identificação .rr"t oção de .oauú resultados trabalha com significados ao
invés de
Nasceu na época da Segunda"Guerra Mundial, inferências estatGricas taYo, if/93: 211).
qu*ao Qr{n
os exércitos procuravam decifrar mensagens
.ódifi.u_
das, trocadas entre as forças inimigas.
Na análise tradi_
êga&-dc-dc«rrsosurgiu co-m-9,p.4op-gsta de subs-
cionaf após a leifura cuidadosa ão textq é feito tituição da anátise de conteúão. N, dA;a;
á" bo,'iôi tiã-
um balhada ná Escóla Americana por Harris,
são seguidas as regras de contagem e construí_ e nos anos 60
1"o1",:
oosmdlces para quantificar as categorias. por Pêúeu>; da Escola Francàsa. A diferenca
básica é..,
Dest4_çqryos dois momentos
do"processo de-aruílise:
o.da consbução de categorias e o da
ssq etqsgte_e ps{e{a_p9rçqpil,s:q-r- püEiqr"eõ
]T,e elteryao
"

da lingüísticã, Eabalhrnãó õ* ; tináari-


;t'
I,
quantificação-.do dade do discursg a segunda estabelecia
discurso. Quanto à consúção ,=tuçao
de categorias, ou são rea_ .h|1
lizadas previamente, facilitando ti"guaggE- e-qociedade. Algu* "rnu
a ;rÉ;;" eleitas após ,9:'tt*
recoúecem a hadição americana e ãptam
autores não,
por Íazer
I lencto muitas pesquisa,
ef*^rf:.da tomando po, Uár" as hipótàes
vezes o material para selecioná{as.
referência apenas à escola francesa (MINAyq'1994).
quantificação, como o Na As téoricas de coleta e de aniílise de dados são
nome indicá são contadas quantas recur_
sos que estão à disposição do pesquisado4,
facilitando o

67
um caráter Capítulo 4
seu -S"tIe imprimindo
camiúo de investigação
;;H;;; seu trabahã' é determinado pela I
"o
de pesquis4 assim como das possibi-
;r'*";;; o!",o a desvendar um
iã;;;;";."tâs daquele que se propõe altemativas per-
diferentes
problema' Essas
ãã***,"ao a plano
ffi;r"d" á t uuulho do pesquisadoç desde ie
de resultados' temas que serao
tabulho à apresentação
À"thot detúados no próximo capítulo'

SUGESTÕES PARA ATIVIDADES


DE ESTUDO Proieto de pesquisa: do planeiamento à
apreôentàção de rôsultaâos
um deverá ence- Depois da estrada começa uma grande
1. Formar três pequenos gruPos' Cada
aaenida. No fim da artenida, existe
nar/dramatizar
-qr.ttio",ltio uma técnica de pesquisa (entrevist4
uma chance, uma sorte, uma norla saída'
ou observação)' É importante que aPenas (Rita Lee)
do
uiuré, da encenação, slm explicàções ou leituraque
i"*to prt, o coletivá da turma todos compreendam Pesquisar não é uma atividade tão complexa quanlo
demais
técnià de pesquisa está sendo apresentada' Os muitos prt"ce* fazer crer. A pesquisa é tarefa que pode
purticipuntàs devem observar, tógittt*do
o que acha-
ser conáuzida por todos. Todavi4 como atividade siste-
ter sido
ram interessante e os pontos que poderiam mática que busia desvendar aspectos da realidade sobre
acrescentados na apresentação' Após o
encerramento' a os quais queremos saber mais, há camiúos a Percorrer
com as técnicas' entre as perguntas que fazemos e suas respostas' Para
plenária discute o qte upt"ttdeu
procure concretizã-la a bom termo, contudq o pesquisador Pre-
2. Pensando em seu possível tema de pesquisa'
à con- cisa optar entre as diferentes alternativas de pesquisa,
identificar a técnica qr" pu'"tt mais apropriada
fontes e técnicas e definir prioridades no seu Percurso
ã"ia" a" trabalho d" it vetugução' Registre as idéias
de investigação. Para facilitar o entendimento acerca de
qr" th" ocorrerem a esse respeito, justiÍicando seu ponto
tais procedimentos, este capíhrlo trataráde dois elemen-
de vista.
tos ôenhais a um projeto de pesquisa: o pJan-e,pÍnento e
a aPre§g114@"_&sflüde§

Sem amarÍas no planejar


Como qualquer atividade da vida a pesquisa Íequer
um planejamentq para garantirmos a melhor execução do
Pesquisa educacional

que ÍaÍemos. Esse plano inicial deve dar uma direÉo ao para fazer uma pesquisa sobre o tema escolhido?.
trabalho, como um mapa que nos norteia, sem transfor- - pdmeiÍa peÍgunta diz respeito à escolha de
rurÍ-s€ em algemas (LUCKESI et alii, 191). Se é verdade tema.
ry um
NSlrnilrnenle as pessoas primeiro enconham o ocea-
que os planos podem ser mudados, por outro ladq é
necessírio destacar a importância de explicitarmos desde o i!. teru4r1g[refrara-aeft is chegarem na gota-
o agu4 que q9 tem4 ou seja, a delimita$o
necessiíria irea_
ponto de partida onde queremos úegar. Assinç não custa *To qo essdo (LUCKESI et alii l99l). para facütar a
lembrar o ditadq que muitos aÊrmam ser291!gg§ que
diz: "quem não sabe.o que procu{a quando mcoltra- p{o %sque;fu-
maÍam aEnç{) ao longo- dg_noq;a prátio p-à_Giona}
percebe". Se não êmos idéia de onilãluãreinos úegar por as§UI1 -Qqqo
Pe-&IIsalem{€\esta§, peri{idilos-
que Éazer a viagwn? ... Assirç precisamos teÍ pelo menos livros de_resurnos da aftea (MOUú, FERRERA "_co*ult4,
pÀÀrE,
um plano provisório - saber de quanto tempo dispomos, 1.998). Sem a
definição de um problema não é possível rea_
dos recursos de que necessitamos. Mesmo que possa seÍ lr?aÍpesqurs4 porque essa é a questão que exprcssa
a
exa_
mudadq esse plano irá nos orientar no hajeto a percorrer. tamente o que queremos investiga, em que desejamos
Diversos.autores (MINAYq 1994; GONDM. 199; nos aprofundar.
DESLANDES, 194; LUCKESI et alii, 1991) ensinam que
ft
temos uma _questão inia4 qq" .,os
Slerá por todq qúGdo üpggqúa r unprcsánaivet
ao fazer um plano de pesquisa devemos responder, ini- apre_sentarmos uma r€sposta provisória que
cial-urente a algumas questões que, aprofundadas, favo- T1t:em po-
dera.§er ou- não conÍirmada no processo investigadvo.'
recem a direÉo da construSo do projeto de pesquisa e A? uT tem4 aproximamo_nos da definição.
do trabalho monográfico. ,lq_qge§@q- $p gl iegi4te§: , :*oh.l
do problema e das hipóteses A hipótese, termo
originaírio
9 que?&fge :as,que-e paÍ_Lque6? ComoSluantS? da pesquisa quantitativa e experimentaf na verdaãe
nem
auqrylg] Examinaremos cada uma delas, procurando semprc assume o mesmo sentido no campo da pesquisa
deter-nos sobrc suas implicações. Trataremos também de qualitativa, que hoje é prática prcdominante entre
outros temas que, embora não selam formulados sob a os
investigadores brasileiros na área àe educação. Sob
Íorma de perguntas, dizem respeito ao trabalho de defi- quais-
quer cir«rnstáncias, todavi4 deÍinir o problema é
nição de um campo de pesquisa, como: base teórica e funda-
mental. Ou sej4 precisamos ter clareza sobre que pergun-
So4ç.eiq{ phno E9y§94q 9 -!elerê!q!§ libti.lgl4ügq§. tas fazer à realidade ,,por que ... não coúecemos
aJ s-
Perguntas esclarecedoras
O quê?

O que pretendo pesquisar? O que é intercssante/ins-


. tigante? O que poderia ser aprofundadq de hrdo o que
.;, j?rl na minha prática profissional, e/ou do que já esiu-
dei? Qual o assunto (mais geral) e o tema
Por quê?

S / mars restrita 1áUoiaagem Por que realizar essa e não outra pesquisa?
eua.l a ,,,
/ delimitação do objeto) que posso escolher? importância, originalidade e atualidãde desse temr? ü
a Teúo aptidão interesse, tempo aislonivet e recursos
QuaI o significado e relevância desse tema na atualida_l )r'
70
71 -'; i
o prazer de conhecer

na área de interesse que quero investigar?


i'*,e
- a impq$ALqe-d9-t""lqü jrr§-tifigg;r
alcance financeiro..Ou seja s_rer
^ :["rp*o"d-"r.*b.r.
.1cotfa. E preciso descrever o objglog serystudâdo,-ffi ;Pq9-çslQ+qevemPs
saber gusnlo- p&*lq§-ru*
rÉrmDem quando o projeto tem
citando o seu real interesse ,ti"i_aqd,
ôsm-o ,"#. í,_ apoio instifucionat,, pl,
" nejamento de custos deve ser cuiàadosamente
3*Ío o processo de produç6o ã"-õr ã.i-;ffi- equaciona_
do. Em geraf as chamadas agências
geral, se o pesquisador está fazendo de fomento (organiza_
,_" i"@ü; ções que financiam perquisu; são bastante rigoro-sas no
onde tem liberdade de escolha sobre seu
tema de e.studq exame dos custos relaüvos à realização
a resposta a este "por quê?" irá referir_se, de uIn p.opio,
ago q"" a"rp"._ desde.o planejamento até a prestaçao
te sua curiosidade a ponto de lhe fazer ae contas, onde o
querer iaber mais. pesquisador
lesponde por toáos os gastos realizados.
Para que e p.rÍa quem? No Brasil ainda temos muitas ãiÍi"rldud.,
em rela_
ção ao financiamento à pesquisa em educação.
. (_
t
objetivos que se pretende atingir
-!ão,o:trabalho. ?ara com a cons_ sos são escassos/ assim corno as agências
Os recur-
financiadoras.
, Z }!1?clo
que realiz2l' gssu pesquisa?
eual 4 r-naioria -das pesquisas-sãq fina;ciadas com recursos
;_ ) ," lmalidade em realizar esse esfudo?'O aâ uri t ã".
"rt 99;f;ol4gg" pesquisa,_g1qvés de ffi*içoa, rôd;"il _
't i ::l:nclot YTu
quê? Epara quem?
tulçoes serão beneficiadas/ajudadas
Que pessoas e insti- a Consslho Nacional áà Dósen rolvimenL Científico e
L com o habalho?
Como?
§q-otosrp 1çryq) e a Fundaçao a" ap.+"iio-ameitp
de -Pesgod._d_s-_-Nível Superior
icapes) â au fr"auçáÃ
estaduais de apoio à pqsquisa. As bolsas
são destinádas
, . -E*1p-elgqrrÍa Cg-tg_speito
adequada
à _dsss:içep, _de
ur4eÃc@_
i alulos de graduaçáo (iniciação cienrífica) e
pós_gra_
9ol:s,, pãâ.+aürqr-à psqqg§, Àq1ll@ duação (especiaüzaçãq mestrádo e doutoraaoi
se a pesquisã será bibtiogrlínãà,_aã'".rr"à"m asãim
fl01:r.
ge :o-9 u pesquisadores, através de diferentes modalida_
r campo. Onde será realizado o esfudo? Será
feito con_ des de auxílio (projetos individuais ou integrados).
, tato com que pessoas para facilitarem Em
.
i e aos possíveis entrevistados?
o acesso aos dados ggrd, o: pesquisadores em educação em noiso
país dis_
.'i puG;;
eue técnicas du põem_de condições pouco estimulantes do
,r (. serão utiliz2dns pànto de
" p:lqrê loUse.vuçao, entrevist4 grupo vista financeiro e este é um sério impedimento
'I,, focal questioniírio)? a". À;ó:;erão necessárias à maior crescimento da produção do saúr em
a um
de modo atrazer fatos nossa área.
I fy:n dados em demasia que acabam
rà.ror.ru-
precisar cole.
ltar por nao ser usados? Quando?

euanto? Ao estabelecer uma relação entre as atividades que


pretãnãêilõs reáfZãi o
_ ^,EtqP9l$-rlta reÍere'se a tudo o que 9" t"*p."*úaffi _pêrs_sxçgu_
custos de reatizacãó & ulna iniciativa
di4_reqpeúa_aa§
5ã;lãs,
ôomêsamos a defintu a; çr;pglúsffigúdbq
âe pesquisa, seia ela
,.
I
i l, i*tit .io.,al. Muitos ouUutho, individãs
Esse cronograma permite diàensiãnri -uitas ae .,óssas
possibilidades e limites no decorrer da pesquis4
I' -+{r_vrdual
são realiz2dos con
nesse caso, .""" tando o nosso trabalho.
facili_

t' seu orçamento e planejar ":.ffHil;i:"frf;;XãlT*ffH


iniciativa's

72
qrrn t"" de seu

73
re5qut5a eoucactonat
o prazeÍ de conhecer
lil Elementos imprescindíveis paÍa prosseguir o
rio consideraflnos as idéias convergentes e divergentes
iii caminho
sobre o tema no sentido de enriquecer a reflexão
Plano provisório (CARVALHO,7990). Dqyc_mos ainda assumir uma pos-_',
tura próp-ria diante da discussãq colocando as idéias eml
gpgvimento-e evitando apenas copiáJas.
facilitam a elaboração de nosso plano provisório de pes- -l
quis4 onde regishamos com detalhes o possível deien- Ref erências bibliográficas
volvimento da investigação. Ele funciona como urna
espécie de bússola que, no decorrer da camiúa da, rá \i3gspg$ya dg tr_abal\o se.níficp, .é*nscessário
guiar nossos passos. Assim como o arquiteto precisa da citar os autores
planta-para construir a casa e o piloto do plano de vôo Plgietq peSquisa^-oIg.elizando as referências de acor-
de-

para chegar a seu desting também nós, pãsquisadores, CpsgfarJo.nnas téoricas em vigof. É interessante que
necessitamos de balizas para orientar nosso itinerário. a organização das obras consultadas seja feita desde o
e peíodo de seleção das leituras até a fase de revisão final.
detalhamento do plano
OS e seus prováveis conteúdos. Nele
.**.: Apresentação de resultados -
s-ão ainda ãprêsêntâdas topicôõ-piincffi gr,e1@ em busca da
de páginas, possíÍêi§ãútores a serám irUtirra.q§,Jiiu"do semente
a qq gq4énto lóglco enhe as pa{es dg'"@eg.
enc?_
Têo hp__otante quanto planejaqlento.e.a*gxggçêo
Esse esboço inicial constitui o ponto de pútida sobre -
de.
o"

uma pesquisa é a apresentação de


o qual trabalhamos no decorrer do procesJo de invesü_ lçq§_Jqsgltadgg.
AÍinal, o produto de nosso esforço intelectual exiite para
gação. Tais idéias, aos poucos, tomam colpo e a pesqui_
ser compartilhadq socializado g muitas vezes, tambOm
sa vai sendo construída. Quando assistimós a uma apre_
para prestar contas do que Íazemos e obter títulos acadê-
sentaçãq lemos um relatório, artigo ou livro as idéias
micos. Assim é que; uma vez feita a pesquisa e realizada
aparecem de forma ordenada e lógica. Raramente temos
a aniílise das informações coletadás, cJ-rega o momento
noção de como estas foram se entrelaçando até úegar à
da apresentação de resultados. Também eite requer cui-
forma final. O produto apresentado foi resultado dã um
dado especial. A repercussão do nosso trabalho depende,
cuidadoso processo. Tudo pode parecer muito simpleg
em grande parte, da qualidade da forma com que somos
mas na verdade, muitas escolhas foram feitas, paisos
capazes de apresentar o produto de nossa reflexão.
observados e nesse percurso se produziu coúeciàento.
A apresentação de resultados de pesquisa varia em
Base teórica e conceitual função da natureza da iniciativa que réalizamos. No
campo da educaçãq em geral, as pesquisas são feitas por
Esse é outro importante aspecto a ser considerado. A equipes institucionais e por indiúduos, com finalidades

pbtg I .qen{!çe "BlesUgl4g. Ao fazermos a seleção a Confeú a NBR 6.023/2000, da Associação Brasileira de Normas e Técnicas
biftiogiáfica áói ãütôres a serem estudados, é necessá- (ABNT), que estabelece as regrns para a elaboração de reÍerências de livros,
artigos e demais documentos em habalhos técnicos e científicos.

74
Pesguisa educacional

mríltiplas. Boa parte dos habalhos


de investigação con-
duzidos na áreá de educação
u*nÀro-país é feita com há ouhas e é importante
objetivo falar sobre elas.
acadêmicq visando
especia Ii z2ção, mestrado_
i rl,*i-ürmde títulos de _ ;a mencionarnos que grande parte
e doutorado. da r
categoria se
enquadram as monografius,
disse.t çàs e bses. Muitos n::fl::1**."_;:;l;.:;,;:;íilT;i:fltffi
transrormare* ;.n*: :
cursos.de graduação, hoje
também ããrn*a* a elabo_ "* tu'{t ".r;ã;H;{ ãsh:.H;
+ diü;;:;;;.gha *.
ração de uma monografiá
de conclusà;; *rro
do na grade curriúar a oferta
á"ã""pff""s
parlo cumprimento desse requisito. r
Outros trabalhos de-pesquisa
incluin_
voltadas **:^:t
;"*:,tT:,:':it^""' "
 á";;;-;--: I
lnp_o_{-ta$re_função_àÃ,Ífu
it*u6;;6;3:*ti:::ffi,ffirqj >

são feitos com o infui_


to de orientar a formulàção'de sã o, dos no, ;;;;;."_
divursa
avaliar resultados dg aprendürgà_
p;lírt."; educacionais, cionaisoutros,rr*unou"À",ii;_;;:irülã"il"Tl
i.T".:::"_l
;i;"duzir inova_ donar as prateleiras das
bibli;á;;;versirárias. As
ções pedagógicas' Tais àabarhos"cos"; ser conduzi- razões.para que isto
dos por instifutos de- pesquisa ocora,ã";;;;r;vãq desde difi_
o, _.r*o'pelas diferen_ culdades de acesso a mpinc ;- ;;:::'-
tes instâncias do podôr püUU.o.
a S_i-r-t"*, Nacional de rasuniversi,a.i*"'.lfiJil'ul:,ty"r,ffi
{v3Qçso da Educação Básica qsfutp*üenpüffi guagem do discursc :;;#.i,.tr:
aparato ligado ao Instituto Sentífi co.
lgg&,àçg gêmic4 com
Nrçiôtirl_ãe Estudos e
Pesq uisas E d u ca cionai,
f fnep» OiÀãà_ãó
rat que, denrre àrt r, .$aàáe§;:-uly.;ãgl9 ;lrfu:tr: $g;ffiçqi-P.ffi;,;*;".#
.;;ãffi
;a" p,oí,üo aà
úo do sistema *.,IT^p:Sq:*ã 4ee"nnp._ ;":: ff*,il,ilsu,g"-
A.LqpçlF§g!tr iiiii*l*_rr, zor, Traduzir resultados
aã-fã'Àa acessível e simpleg
#P"Tâ ..
Jqqj ffi,'
s,u,,d" p",- sem perder o rigor científicq
todos os pesquiúdores_possuem.
e ,.r.o rrirt de que nem
3Ti1,,iÍ"1jt,eali,aáã;tfd;õiru.,oidesdeleeo
são investigados d.iversos
aspectos r"f.r.r,t"l'l;t
Todavia há muito a
#l gaúar qrrr,áo .rr..mÉiio-;
fazerparte da rotina
d.r.*"r;;do e passa a
il.â,i,*:**1,^*:::Tt:rafísi:;4ã,-u,.oru,,p.,_
fil de professores e diretores.
O, .urrftuàã; ;:::X'ú :ff- * d;{q;Ã:;;;"." a parrir da
do pesquisaao. in&.,iaua,
fumamserhaduzidc .Íil:*""ff:"rà:l l-:r:p*"gT ,,iào porru p*"_
cer rmportante na apresentação de resultados,
ga dos
e"o" s;;:.:il"l"j:
eles, cabe
"#H jldo do.yeículo que se está
utrtiz4146 _,
depen_
citar uma série sobre;; r;;il;s fi4 um artigo de,áuirta
(A escola que os alunos-freqü"";;;*rlasdo Saeb/99 a apresenraçã"
num congresso _ esses-.rrltudo, omà"ffi
ciência; Resultados estaduais de profi_
n"fàiOri" fi"al) assim menos destacados, conÍorme,
d;;; ser mais ou
como perfis da escola e do " brasiteirq
aluno diferenres modalidade,
f;;;;;;ogao para as
etaborados a a. upr.r.-niriiã ãi"**r.
paÚir de dados do Saeb
/97.erru, ,ao Jgumas amostrrs A monograÍia, a disserta$o
de apresenração de ou a t"ra rpro"ntam
resutt"d", ã;;;;JiSibuuir*.r,r" o poquirrd;"i*u,"]ã
tra_
1*:: T
mente sobre
ú..
o obieto de determinaau.en"xâo.
ff
_*,o.i_au_
tto não quer
i#ln,.m:[f#P Tr
obtidos junto ao Inep/MEÇ que os divu]- j^":1"^Tqro, rhr*JiJ; t* prccesso
que toao o aut
nações: http:/ /www.inep.gov.br oe pesquisa deva ser
inctydo
dos. Acllados de pesquisa "" ú;;;;üo oo, resutta_
.
,",::_-it:::.:::, .-
76 apresentados ern linggagem

77
dar4 coerente e conr
o poder de convenci-
mento de um autor rHllytntam
interlocutores' se ,vIEIRÁ,
mendação r* ,"ntill^ttIlt esta reco Teee) e de.rjwo útrRA ;;:"n , roor1.Esse
bathq feiro porcori"it ha_
n:irxifl:[:"J,.*:*:=ü;'-::ff];:,:: ãu*;;h. da Educação
çào
como relatório+ artiSos
Biísica do Esàdo d"
c3*r.fs.i;ô; resulrou em um
relasril mplq que depois
produções.'D;#"i e demais
i;;;í"*rado em uma
a,r"*i,.,píaf; ,lj'ã,"}1;fr:ff versão_síntese, apresentaào rári;*;tos
rormas de apresentaear_ ;"TflH."ilffi,
À^ri"grffi á;il Artigo
"rr cientÍficos.
arrigo nãoé
;,TfiTXff ffi o,ã',iJàã'#
ff::fT termos trauarho nao
-i.ü;de um pôrt 1uru, urol ,^^^YTr": *g": pubücados em revisras
e peri<ídicos
sentado
§q!, .* ,h
q-" êrn *n:ls*,g
^^--.]or rocarc/ nacionais e intemacionais
resuiúm depesquisas fei_
ü,H::Tffi tas com diferentes propísir",
Relatório de pesquisa "Hf caso/ os autores coltumal
p"frrt"rtigadores. Nesse
ter maior fiúraãa"
ver e a apresentacão serri
feita *nforrn. as orientações_
d;;r*._
padronizadas desig o3 daquele

9tuTe l! ".J;; de lulirúormago.


proprio *p*i*'#tas
um local
reservado a'instruções
mento de como exemplo,
*'.oruu*;;,,. Tomemos,
um,"trtir-, uma pasagem
ffia:u;, í:il,xi,TjrHtl- da Rnista Brasileira de
PotítiaeAdmn***nokri.;"*r0",;";Xr,^orienraaque.
,,#:,::::T;,:'":g
barhos {á*ã, ;il ; :frhou Em rra-
p*, Ju à*;"*;J::#rT,f,:ã,J"r#tr- les que dur"tu* prür*, artigos em suas pagnas:

ffiX?.1i'frf':t':' -*."üã; esses uoo,uo, requer


trabúos
Os originais
!-evem
duplo. Solicita_se
ser digitados em espaço
são submeriao, u
rTt Yu -dt Tgt4
menros púbticos dI:-::3t-tão
julgadora em procedi- disquete, em
o envio ao"texto-t .bém
em
comPatível com o
com a especincidaã:;:ffi:dffi
padrão ra-rurlto"ama
como
"effi fril:t: Os textos der ser acompaúados de
resu_
agueles realizados.sem
a filúã: de obter títu_
mos de *..,
Ju*
*"iru*
Ios, são feitos por
ãÀ;1'ffiffi"squisadores possível, J"-,19 9-T
"t Portu8uês e' se
ou de organizâções,
r,
{!em i,riJou-r{"no,
dos, a depender aoràu.rir^*"-;^':^:"' deralha_
mríximo *-". Jii**fl"T.0*rl,
As notas dev
e de no

_
apresentadas rJilff ffie:ffi:' sintéticas e

;n#il:+:i.;r;**:.ffi rF!ü;"
que o que se busca
As reÍerências bibliogníÍicas
sentadas no fim-do ,ãgo
dãu"* *.
up."_
ob a"pois-ààs"'notus...

ffiff
(RBpAE v. 1í n. z. jut.tíei.i;;;,';à;"

tr,:ilx#Hil,;11,1".?f**ífr *fr Resumo


'"0".,*llíni"?#i?ii,'j,'::,J:T:HH,.Tfl
prq do estudo Eteição 9-:esugtqéÍeito cqrx!üÍimtes-rrop6sitos,
d, ü;;;;;:;nil;To"u na esco_
ap-resen_
tarrdo,ma-s_íntssed-e--proeesoosl":oo_ártigaÉg.À_foo*
Pesquísa educacional

arn sel.antecedidas
ttt r"iãõm bãtê óilni;i te e podempedir ao
ções da própiaü,fl#: "* ap_resentador informaÇões
detalha_
das a_cerca de seu trabâho
*r*lsrrã".t
::x+**"tx,]i:,:,ü'*::ff H:i
a.

".:*::, f ff :: 1"p;i""fo*,;,"=?rliixil.
#;vés d os pro_
Sramas de computado4 essa tàrefa
::H,Hli;:rH':i::'T'*'#,ó?T";::IT: "#J: é

r.*unor- *]ffiffi::,'HIil§"X,"5
Htltffiff *+ :;i;liúas''.1[,"f{
ff
i*üçou, ãà
ET,qrulquer dàs diferentes formas dê rnrooo-*
f,.:tuma"",,,*
cral e regra
À;#;
ouro de a ser
^^x^
;;ilã::,?#::Tf$,^?
observada.
^.

)
/
Xi; ;X;ill*: de
Como vimos,
vimos diferentes --^ r
àiÇo,on*^^ p.oarr* .
ão pensamento
te 10 a 15 1"p,iô.*ra".ã;_
tinh:c\ ^,. _T::q possuem distintas f«
[J:3ôf ,ff;3s,'#:ti:;llãJH;'r]f lhT'â- .;;;;, há ffi;"ffi:X :::T::ffi1*ITH:H:1
l":
gem que se está a emitir
e.n9 tgmpo requerido
para as
áÍf :T j:;Tl' j".u*p*,ça,.úà',,"',".hdqébreciso
pode não ;;;;;ú*,llll11i;,H jl:ã,t
nossa reflexão ou o mesmo interesse
e curiosidade.
rul"r;i
Despertar no leiror ou
interlocutã;;;;r" pesquisa o
mesmo enfusiasmo que
suscitou nós e um desafio
que aquele quu no, - *'oLrr!(tu/ renoo em mente para todo e qualquer
pesquisador. "m

Pe-yamo_s apresentar
,u*:'n:m::xü";#:;ff ,,;';r,H;*l:
ser convincentu.
noe. pó.r.us *dr;
um resumo de pe
rffi ffi-]
rrn.r""iãJar,6;í A
rvu.r" .uro,"u ;ã;r'i" u concisos. da_des de deralhar
Ém todos o, ._u*rl-ã
;;;;;iffiT;:
""-
r""th". lnvesrigaçãoJ
p.r" u"*
",;.;ü'i,l : ffi .rfilifli: :Xl,HÍÍi;
Pôster ng1à
^.vq q gua
1rfrãIffiã cortar il,T::ffi
Í:Í,",'liiil1iliHiifH,ffi:.üHfi
nnu Jureta:
ouq r.rxrd e_qc_rgv^eJ
fazer como,rg"ruÉ.-úà.áô ,é palavras,,. Ou,
í
:-d.4 s;;":; ,,É
llês ti"g,
n um-a
"g.*
j-üàrãffi ecnri+n,.

9pelas
-?pç4qs palavrà
palavras (âést
gra e resurrados do
,11 :,"*loa9"a'"
lmagens (ot4k^^^ it
i,ffi; i:p^:i.lr,rí4edffi
r,,i',llll ;:Xi:ffi
-
ff1
ill?:T,ff ff :;::*il*Í:q.:üiru;:"3':'H?
a,o
il:X':fl §i[*,:";àdôá,*,i,ãã';ry"Ip:;:'"'J
tinado u pôrt"ru,
ná;;-sruuLa/
a ano, o espaço
des-
tar. Tânto
Tânto patqriruáa
i sr(ivü Lrtrrtrrcos
r"*.,,,;.,r,l]l!11 yluncos tende a; aumen-
rurrtu
como experientes
r;;;-
ocupam as sessõps
ocuPam sessóesde ^ --!4qrrLo
r-:lt^t::antes
t*,
dadeemqueasÃ;;,'#;;"",;:il::í::_,:H;í:"f,T:
d adà em r * ;J.:: I91',
^Tt-
congress os, oportuni -
Pesquisa educacional

Capítulo 5
SUGESTÕES PARA ATIVTDADES DE ESTUDO

1. Observe as passagens apresentadas a seguir. Procure


estabelecer um nexo entu o habalho do escritor e o do pes-
quisadoç refletindo sobre o significado da experiência de
pesquisar. Reparta suas imprcssões com o grupo.

Escrevo sobre aquilo que não sei para ficar


sabendo. Tenho a impressão de que tudo que
gente escreve ... É uma recuperação do sentido
da vida (Fernando Sabino). Pesquisa em sala de aula:
Na verdade o que vem primeiro não é a idéiE
qüe conveÍsa é essa?
nem a históriu, o, os pe.ionugens. O que vem Sofia Lerc-he Vieira
primeiro é a angristia ... Vem aquela angrisüa
aquela necessidade compulsiva... Eu teúo de Penso que tem de hntser,

escrever uma peça ... todo o meu teatro opõe o No fundo de tudo, nãa uma equaçã0,
homem ao sistema social (Dias Gomes), Mas' uma idéia exttanamente simples'
E p ar a mim es s a,T:;
Quando eu vou para a máquina, eu nada sei da rr:;"1:"1:,;Í# : Hf:,T#l
história que vou escÍever - sei o que queÍo con- outros:
Que diremos uns aos
tar. Teúo amadurecido (mais ou menos) alguns "Que maraoilha!
personagens e ambientes, mas daquilo que se
Como poderia tu sido de outra maneira?"
clnma enredq história anedotr+ não sei nada. ' flohn Ardribald Wheeler)
São os personagens que a criam... forgeAmado).
2. Tendo por reÍerência o desenvolvimento do tema que Confesso qug de início, tive certa resistência em
educacio-
você escolheu e vem habalhando desde o Capítulo 1., incluir essa refllexão em um livro de pesquisa
por quê' Na
com a orientação do professo4 proanre fazer o Plano .,ui. Eno",*,o mudei de idéia"' e explico
das circunstân-
Provisório de seu projeto de pesquisa. universidade, mútas Yezes,reclamamos
pesquisa' As condições de traba-
.lu, udu.rrus Para fazer
lho dos profóssores da'edúcação básica' contudo' são
assim' quan-
muito màs prec,írias que as nossas' Ainda
do vamos u feira àe ciências de uma escol4 semPre
r*u
Por trás
nos encantamos com os alunos-pesquisadores'
estarão?
deles, quantos professores-pàsquisadores
qrã,or'"rpíritos iluminados pela alegna de fazer os
82
olhos de nossas
cr.

Por que uso a expressão


í,=flçiçffi'filii*ffi:+âffi."''*tr tor cearense há de me
que conversa é essa? O
entendei.
rece nos mais diferentes_contextor,
f"r*
r,J, ursa frase
lei_
apa_
na universidade.
r .t'ncaro o ofício aà ,,-;";:;a",.Us ir,à-i-Àao um misto
j.- 1,nr, *il.,X ff ffi fl?j:T::.:"'q,i,uao. .làà de curiosidade e incredulidra".
pesquisa em sala de aula
úãr"ããã, a expressão
,""au , aàrplã. olhares um
tanto enviesados... A
intenção desta cànversa
frí:Hffi ffi t;*xiÍ:hxxi*Li::,"erj que/ ao contráio do é mostrar

**, *uir*;;;;';"-^":*a'
«

Essa cos, esta


provisório
provisório do
verdade, u.*
um
rri.] 4 sun,
""rr
àqueles que se mostrám
rt"rfifi:H"?mã :Xffi,i;I
.n. ú;;:;r",jl}::JT
rear. ;j:;tli:lle retuaro p*.iJ
f.'i,9 parciar e u
,urprr** , irr-"i
i"rqriru.

;*ifi ,T:'ffixç;ísÍ;$;,1íffi
Como foi que tudo começou?
:,,Jtr
momento da década de 90
^^, a
cer Io]ensaiar
-"-.ulgum que come_

'.,'=**t'offfi
os orimeiros escritos .À
", daqueles em bus reflexão sobr" er.,"'. ,orr,o de uma
. pesquisa em sala de aulq fruto
". ensmo, articulanr de um curso de .*o
J.Tglut quem sat
universitários,;*:"#i',flHfi:Í:fl
**,,o' não pubticaa" Tl,::,,ti,:.T;
ffi;Hfl?J; 3:
naquele momento,
fioióia I üur*o, tsss). M
qstava copv.içf4_ d_e
qg.ç_-q ptq&sqgr
poderia ser um oeÀquisador r
transformando sua sala
a.'rul'praüca docgnte

**çftxq*sfit';ffi
J

de aulá em um laborat óno


de I
a oPortunidal
investigação,
,idéia g""
emergente pensamento em
;;.*oil lp* ;;:_.#*T (,
" ôXãffL,:?::-r'*"ri,, r.*'em
torno do profaro-.
lscuôry rbgg . rercunltn'ióil"",ff professor_pes_, áfil;ü I
sadores da área
"S*"'" iiíempreitada'
,"i-".i--1ã quisador (ELLIOTT, lqsz paúRSOI{
e et atn,79911. 1
Miúa experiênt.
uge,pã,#Hil*.:,H"#r"::,1.#'ff 'il:.":"ili;
iI##H{illt#1{fxTaütffi vivência de coordenar
um núcleo de peso
* i,,# sava inreresr", i"Jüa,J;;;# i":"r:fiãffi
il:T,iÍIÍ;#d "i:":,,,f ,in:,,,. "n necessitávamos encontrar
um fio .ordrto. comum (o
Núcleo de pesquisa em política
"n;
So"iui"-farcacional, do
Programa de pàs-Gradruçao
*
tHffi#itffiffi
Éà;.,çaã da uFC). De
ouhq pelas demandas extemas
de trabúo que foram se
colocando sob miúa responsabilidade.
A partir de 1995,
passei a ser soücitada
a ôlaborar urtuJor-ír,ae, por
distintas e conversentes, vias
embreúei_me na complexa
tarefade descortinai altemativas nârA an^hrr.^:^ -, .
o prazer de conhecer
'iT,:y:T:.',HTP,:l:y"cüvaquaürar;---
ffi,; jff
,.**,f[#,",,,$:,fl", em grande
teses, denhe as quais
a de meu concurso
titular defendidá junto à UrCf, para professor
ã_ j'g98 a quaf poste_
riormente, veio a se transformar
A coordenação de alguns "rn
li* fl/IEIM, 2000).
. urtuã* ..ufirados duran_

,n".m**ltiru,xx+*':r te a segunda metadeda


usuários (MATo?:l11rA,
à'écada a.
vrsrRa "á"à"ru,
avaliação de
ri,oo) observação de
,""ry':*St"ffi1nT:r;*#:ffi:HT 1f* auta (poRrEr, e"í ailiggiãil,ru"
(VIEIRA et aili, 20.01) refori; -níiii" de direrores
--- q convicção em
O trabalhr Yus Pono veleiar.
loTr.j, importância de construiruninorte
comum de
trabalhq quando a pesquisa
envolve amostras que
#ôT"tr;ftí{l}_}:rãL:,hí*,:*ff:,i: !1anfm a p.esençá de^mais a" rÀ purqrisador em
cíunpo. Se a unidade_de
análise e r*.àrqr.,to siffica_

;P1Í;r:"::,*;'H::'il':ti:',,ni':fl
;:i:Htffi:leo coreti,á ;;;"'* '-u 'i'ito'iu
il üvo de entuevistas, de escolas
no caso dos esfudos que
*;; ãrr,i"ípior, .o_o
tive po, tur"fu.o-rrà,ir;;#;

j'i'."Iil"t -# Srupo' constittrÍ-


pode lidar com as mesmas
ferramentas de um pesquisa_
tundamenrar. dor individual. Esses esfudos
tese é condiça;
o':: o"é=r*'era
um exercício
desaÍio de construir moauto,
tiverum em comum o
r,9,|-Tiuqu-ãt á"-a'à# que pudessem
3'i,*àã":'-' íü;ãé33;-ffiffiHdl ser compartilhados por
vários investigaàore, ào
Áinda quu .,ao a"tib"ruduÃeXiJ, -"rÃo
liip?- ,ui,
::;xffiffi:l,§rT,ã:í#*#i{*".Ut:
fl oas.aqolfararn para mim
um habalho
experiên_
a possibilidade de cÀtruir
semelhante no âmbito da
sala de aula.

sTlll!:J"ff fr HTj:$ff*::ff 1T,:"l""lil; SaIa de aula, um espaço


de pesquisa?
;:Lil:1',,'fl':'^l::* i';ã
*e"nuri'u-
rl.u foi-se deli- Comecei a realizar atiüdades
com minhas turmas de
comum de inyssü:1e= "ti.."*;áã'uco' um
mente tão óbvia,rf,1tT r3y t"*';u-scar
foco :
pós-graduaso.q*
,*11_l:f:concreta
rruqauva
ü;; naprimeira
do que veúô úamando d"
sala de aula no primeiro,"-"ro.
p"rôri*
f"Àroã"'rgg. O apren_ ";
-ii***[*#'l*f,*t-*'::*ffi dizadoresultanie dessa experiênci4

*lo,1o "h*:nto
qr: fattava para
a meu ve{, represen_
.Á;tià;; a base adqui_
iaa .91.m1nta próp11 vivência.de pesquisa a" .u*fi,
constituindo um camiúo para efetuar a tansposição
legado da prática au i"".riigrfa; do
pg,"ffi'gfi'"tffirfuiffil"r ;;;;,
A primeira iniciativa coicr"tu'rr"sr"
.ltzada com alunos de ?lanejam"",
de auta.
,"r,Uao foi rea_
,u un Éà,ràrcional 1, do
"*,íá ilIHIr,,T;I,,r: i
rruclatrva
de.gra$uação em pedagogia
,::::j:*ocompartilhada au ueCr,
por uma colegãq"ue ministrava
Pesquísa educacional
-____
a turma no ..,so diumo (Maria Gláucia
Albuquerque). propusernoJ Menezes de
presença de inovações
*àa,
"* coletivo sobre a
institucionais na escola pública. A proposta da pesquisa em sala de aula
Cada equipe se respons constitui
abthzana pàla coleta
dô dados uma alternativa para dinamizar o ensino
junto a uma escota, e a aprendiza_
(um membro
o"d;-";;;í;rr" cinco pessoas genç possuindo interfaces com outras iniciaüvàs
de ino-
Concluída a colet4
ã;;;;ãr**s e dois alunos).
da direção,
,".51"--ry11q9gtoa, como os projeros de trabalho
agrupar as resoostas-g*,ir#r, "
rr,r,uriA de forma a (HERNANDEZ, l99B), também d"r,órnir,uaos
de pse_
dà acordo .o* o, temas tos curriculares (MARTÍNEZ BONAFÉ,
dos. Cada egüpe,_entao, pesquisa_ 1991) e**tpo_
passou a trabalhar com rando idéias da aprendizagem cooperativa.
tema de investigaçãq rrn
tas das três caàgorius
d"rd;;;; anátise das respos_ Na perspectiva em que teúo trabathado, professo_
d" ent _ membró res e alunos se envolvem em processo
direção, professores.e ";;r;",
alunos. ó; ,"_;, foram
da
é visualizada como instância àe trocas
cuja salà de aula
dos também a nartir habalha- e áe possibilida_
a" onde todos aprendem. Os fundamentos dessa
Após esta "fgr*"fur,jr_entos teóricos. !es, con_
os trabalhãs forr* lp..rentados dução do ensino não são novos. Buscam
"tupr)
mente e por escriro. oral_ inspiração em
p9 *, **;;; geral os alunos contribuições diversas, algumas das quais
envolveram_se na^ativiaua" prr"r,_
.om frLa. ur,turiasmo, tes no campo educacional desde o ádvento "rião
da Escola
avaliando a exoeriênci,
d; i;;;r"rã* O que há de novo, talvez, seja a forma como
Foi, assim, s"
g"I1,";l;il* posiriva. I9Ir.
idéias estão associadas, que consistá em
as
r;"uco uma atter_
, ,^TTi i*g"luq1. d.. i".,;,:tú;ã,-àp-
de moshar
fuabalhar com
grincípios mutuamente articulados, os quais podem
..,., aos atunos de forma simples facilitar o entendimento de como a ativar a
.
'
: Tterqe-peryuis."d" itil ;üã"}:',ffiffi
"in"az pesquisa em
sala de aula no cotidiano do trabalho docente.
,:::i.' P"dagogia noturnq tu*."rJiàao
rnovado4, que rompe
com a inércia tanius
um trabalho Professor- orientador e coordenador de iniciativas
vezes reinan_
f "r: eshatégias
superior e _ por
metodotógi.ur-rãiàa* no ensino .$tudmente-o-papeldo_B1gfe-q-sp-ltrar.rseenderem
_
que não? ,"ilUe*ããar.rçao básica. mqrt-o, à transmissão de conhecimãntg§,'Se, ,r
A proposta da pesquisa urn -por. u{n
uma possibiüdade
,auã aula consütui -p*"r**eçe..Jo49"9sl "psu ,naúath, ;
ludg,.
ái;ffi; A i

d."";,1;;,;;;;ff§:,lll5;".ll'#J;fi .pe{i1d9r gntre qq cotteúdos.existeniqs ã aqqüa qúu ;ê ,


coletivos de invesÍ' ?il:HX espera o aluno saber; por outrq cresce-a
importanãà 4ã
qsq-g[s a !r1ção de: orientar-e- c9.e-rdena'imAatiuus,,,
solre9p..";;;;:*fl .t-.,i,",âr"l1hH,f;:1ffi
mica de seu coridian" p*"';;;;,?iil : Duas imagens de húalho coletivo aqui são
oportu-
um ambienre nas: o jogo e a orquestra. Em ambos or.*ô+
propício ao desenvotuimento os intàgran_
aã;;;;"*v4 veúo tes têm uma tarefa específi62 a desempeúar.
O rendi_
ffi?ffi",;'.HffiJffif #.J e,es, é impor- mento depende de todos e de cada um em
particular. O
6
A reflexão apresentada neste tópico Íoi extraída
do haba.lho ,?esquisa em sala
1:.d, por que não?') apresentado no II Congresso Ibero_Americano
Didática
de
universitária. osomo - chile, zs a" o"hruã u oi a"
,rovembro de2001.

88
11 lcafado. Assim, compreende_se
e

pesquisa em'
rlqvtt"a d
viabiliza J criaçao
cflaçao de um
ambiente propício â r .oTryFo
---"uqlqv ucde rrgruflcâ(los
sifficados
aconteça,
aconteca. sob o.^_jli.-u
*.h o^ acomr'
de alguém que aí está
para facjti+a,.a possibiüdrd"
Dara facilitar -^^^,r-1]Y:":"to ü;ãi;;:::
Projeto coletivo _ alternativa
de ensino-aprendizagem
em que a conduzir um

'*ffifiIffiffiffi ,^ j*
todos os processo.s humanos
vivemos estaberecen_
do toocas. Somos seres.
de .ulu6es-. atiãàr,tu.ro_r,o,
rclago com o ouho. A situaçã"rJ;;il;o a,
regra. Embora culuver-n9s foge a essa
muitó o nóJúo ã* grupo,
nem sempre gera os esse
efeitos deselíveisnãambiente
de aula. É.omt.rm de sala
"r,.
:::::-*"r-*;ffi:1il1;1',:#.ffi'mÊffi
'*i*tHx:T:flXffi
Aluno_sujeito
Aperspectiva
ativona
**i, do conhecimento
fr:.#,::f::ii"T dos ouhos.p*;d; ao habarho.
srupo. Em
{a pesquis3
*;; .,, casos, porénu * dup"rduããião. Ametáfora
,)íiff ffi rur'-*pricano :T?^o_r"r
of#ts-,j#oa"ü1êffif
.*;;; j:*.:? 1ômrã úã" r,a jogo sem
; :T* ;:X#i:I ffi:::i-ffi ff. [:J:l%:fl:,
regras. Como num
Hme, ,ra",
rodos perdem. Se outnr
faz
; p*iip'rri
gf,rd";.#ú.r*.
##aai;
E importante buscar "
sintãnia aspectos e

,fiffi*;;*ffi_';f*ffi.iffi nem sempre se deve


viduais. O problema
ou

pesquisa individual
e qir"
""i" "ã.i*apelos
pode,"*;;';os
n" a*" a"-"a".uião"_ roao,
indi_
t *"riml-f*te tradição de
perseguir o seu tem.a querem
e problem4 muitas vezes,
esquecendo que não se
é assim q"";; ;u*;ha
pretende fazer avançar quando se
o conheci*".,io C"r,tíÍico.
pesquisadores individuai, Os
,ao i*ã, u'"u irru"ru gação,
cada vez mais, um
empreendimento coletivo.

,qr".,ããiáffiH,*:rffi;; . .Ouho aspecto relevante a destacar na busca de sin_


toniaenrre o individ raf o
" "ofu,iuã,ãj'Lrpuito à pos_
sibilidade de potenciatizar
ríreasã;;;;;"
90 sem perda
de originalidade no percurso
do trabalho. Melhor expli_
o pÍazeÍ de conhecer
cando. Um problema
freqüente com o
qual nos defron_ nos dos ovos de ouriço_do_mar.
fiffiil',ffi 1T::iT *ry"'r'*-'"" J, É mais importante saber
dosperigos que esses poa.-,.pr"*.rt*
à espécie huma_
na do que se seus ovós tênç
ÍtrHf; rj:,;.1:H;4i*;x*xÍ";"#*x Construir um temagerado,
ou *q _*Aii,t *Ã;;
aualrnente os dados
são cáetado, inaJi a. p*lJ* rigr,iÍi.u *r.rpu,
ffiffi:"-
*,, 8;:;;T,T:P:fu=Tl#::: a " i"r,.*,iàL'
de enconhar focos ãe pesquisá
qrâug;gr._ o coúeci_
mento em tomo de temas viáveis,
::T
va de um "ou mais úteiãe relevantes.
autores. a perspecti-
Prática - ponto de partida para a aprendizagem da
Tema-gerador _ pesquisa
estr
O poera Drummond
g:-"-9_qiry,- amf!§e-ap_rende
=.H*gss."Jr:il:,J*_^*:
:tuqu.fu na-amlitarã":YrrqPçProplemas-de.{gsqurg1é gl&rdõ,:'c-ogrp*eur--í_rla$"Êuao"a'íraá,iamuernerrp__ê§_

,**lri"ffix,nffi
to verdadàiálrtl""
ern ã:::ij:,T:i#sq;;
sala de
aula
"rt rmpresiup_orj a 1g§9- :e -aPLe!4S a,fàry au ação, Ouie;4 pesquisar se
aprend.e pesquisando.Dat,
.ofuti* Jà.ü;;:"i*g de esramos em
busca de um foco taliez,um dos grandes eqú_
vocos da
ã, ;dilff *ui, .uruu*á,I Tdol parte dos cursos de metodJlo$a de pã
9 :oi;à
nos.
:1?",,:g:il"#:,
tar rnr€r€ss€ €ntre
quis4 onde se fala muito sobre
p.rqrirr, .as não se pes_
Ser
um temã_s."r.l^. l-^1y;-, os alu_ quisa. Parte da dificuldade estjno
um tema *otiurafldo+porassim d2er. o enconho de irto á" que os alunos
rffi :íil[jii:tli,H.liliTnfi jnrffi;; - com todarazão _ cosfumam rdetestar airCpfi.ru"qrã
pretendem falar sobre o como
*
faze4, sem Íazer. Aliás,
quem gosta de promessas não
"oú..i,o**;:ôHf:
existem em tod3s
está em enconhá{os
*'a** ao cumpridas? Ouho proUte_
ma é que não raro o professor
au iri, áis.iptinu, nao e
to, a" uirã Lrà",.,;:*" *;rO; " um pesquisador. Nesse caso, o falar
sobre é levado às
ríItimas conseqüênciu. _ u urlu,ir.;;;*de discurso
sobre a pesquisa. Lê-se muitos
manuris,?iscute_se mui_
íffi:-* tas regras;mas, pesquisar
que é bom, ,,áau... Ao final de
um curso dessa nafure za, a teonasobre
sada de uma forma insossa
o método foi
t;_
e inconseqüente. Todos estão
::iT_:'?;d",;;Jil:i;:il[,fi ,1ffi.1" P"ü;
á
lustr1d.os.e -
o que é pior _ q;d"-J" à;frontam com a
ã:TiHffi H?:::u%ilffi ;ãffi #*H- .l:.::,_!"d.
um bom exemplo
da pesquisa (monografias e dissertações
nesse sentidõ;, _.rito,
são
dos iniciantes
ffiãT"effi 'íffi fr :+iii:trn:*;*; estão perdidos. Não sabem
onde nem cãmo ir. De que
cientista j de apenas um único
rqilr.";;*t* ,r;;
lhes valeu, entãq o ensino
sobre a pãrq*r"Z
está emPeúado '
Penso ser esse o camiúo purá
acerca
ao, or'oo, ài" na a pesquisa.
:trr' ;,;* rTJ",iffi:il
""'ri"-
uma manchiúa
r,.,, :1o:.
;;- fl_t}
 aütucteryitas
regras, porém, é mais difícil quebrá_las.
de mudar o-.*11o da pesquisa
A, b,;; ;1, ;[:i:ffixifffiffi:h;"_; pesquisadores. E muitos deles
começa pelos
o Íazim, como podemos
testemuúar através da prática
aa iniciafao científica
que_tantos
diüdend tem hazido
porénr, u ,*"'rn*llt à unive
acesso. Da+
a irnpo**r'r:i1,^igÍ#::ilffi;i:? :lTdo prárica-que
professores,
rem sidocompaúilhada
colesas de trabalh'o
por ourros
Estadual do Ceará] "u'iiruuursidade

*ffil:;.{ft".ffií}:1ittffii o mesmo se
írenle
Como inhoduzir a pesquisa
em sala de aula?
Cada professor tem seu jeito
próprio de pensar e con_
duzr asala de aula e, com á".teà
rã ir,t"rurruao em ha_
*ilTrffiartr§:i,Tjful:T",:,fi l1-."I:1sa perspectiv4 terá seus próprios
camiúos
essa é uma .oni".à d"
flffifiât*:,"_, compurti

Ensino e pesquisa _ rorouo",


T,"u*rg,*ilffi#í[:H"H:ttr"H:1".:*:
objetivo de instaurr

Hámais de ü.
i**rr*"* o trabarho *i:ü#:; H: ff inÍ:ffi:j
. liúas .o** u-q.rJt"qr", pro."sso de,X
gerais, o itinôriíri,o
investigaçãq rema já
dir*üd;;;r'.;;ít los anreriores.
â;llT#::r,*ilm:ra;ffi
ff Emtgdq-qp_rútemas #**iltr1"jn'H:
#$*ff, tf + a. -r"rJgrã'à-rffii#
çao de instrumentos, o habalh" a"
*ilià,'; #à ;
,ft* orsúi2aião dos áados, s;;àJü;I***
#:*F'l."m,,nn*#,#lrH"fl
'"TI,,"Í::*:#*.:;*ffi
sentação dos resultados
"
u up."_

Definindo tema(s)
qursa ao conteúdo t#H#::]. e problema(s) de investigação
deÍinição de um tema de pesquisa
. Se a
hrma ser uma tarefa complex4
indiúdual
cos_
á aeirffã de fazê{o em
S*l"t: gye podem envolver muitas pessoas,
,,*lf*fi--m**r;,içx*$f il?]:E-?:ra se! d3sejável nu* ;;pI;
é ainda
possível deri-
fit Hi::'lÍJTff:.L a,"**à,ã,,;;':*
srm, capazes
â"'uno
ot"'oã ."rl'r'r,SaroPara os
nr um problema de investigação por
quer circunstância é imporiante."*ia"r*
.à*"*o.
Sob qual_
au .oo.Lf aspectos per_

;:;,t{}ffi n:T"Hf lt*Fis jõ:il:l;Í


tinentes à escolha do tema,
já uporrruJà, u*us (Capíhrlo
Pergrrntas esclarecedoras _ {,
o quê?). A definição deverá
recair sobre assunto que
ofereça pát".,.iJ a" aprendiza_
-",*q;iíj"dlHTíiiffiffi i-"T Tpon*te para todos, urriáao a iírea de
jd,,:{ffi :y:T*to
Mo.
"ãnforme
onde apesquisa será desenvolüda
nos
e o nível
:::, lTor-pe.sguisad_9res.
aqu, os aspectos mais importantes
esqueçarnos de que,
94 a considlrar são a pró_

95
fli1,,"ff1':::& Pu,sui,4,",
-- -vrurtrc€r' _.. o grupo não
terrno era grande. Tíúamos
Pesguisa em habalhado uma sala
à^i^_^ ".;'*:
---. "qra
Iocatiznd2 num doJrítim",
ú;cã.ã"o ê*p*
.]l'1,õ*durrurrrdl"ll^'"t'iirir""aperspecüvada Oif"l depois do quat,

J#.T:Soonrir'l
*';;;ilâ:T::.T*:
^ 1 ;scola'
1"
exercício de observaçãoioi
othur "ri*,ãIg. o
rt"nlani"r,t u
;i;fi Tff, üüffi.Jl ii1,j:*ir:,r, p."ià* pai.lsem por atguns *o_-;;,*
*8r:lT ;;I"poir,
o q,re r" ,.i, ahavés arrl*.frr...
-: "ouru
âch^^r ,
(a tustóda à'";;"õ: ensino tunda- resultados foram incríveis!
U""*-jJrà"
O,
;.í:;i"" "T*l só enxergaram o que ", de
estava a poucos metros
qr"
;,;,;l':il'r*,iiJlo*'"*"ll]li'.1'or1r#'fi
r . - -- sscorllâ são
distância observ'ando o
taa.,"-;-":: ": Possí',-;- muitas, janeta até aqueles
que "ràno:-iriÀ,om
divisarã"a!#u
a

T; J;:il:,H
?:fix*'::á"* rui, ;::T : " :.3' .*ti nuvens querendo chover
sobre a agr^"
'l: u.u*i"#i ::rry,:
au à produ _ "ràr...
_ É,qrycom
g
cos_ ría ,{^r
..qvrul'
_, qa..os ".s*p J" ;;"-ro"
conshuÇão que não vou levar adiante
este exercício de
ouou.1li^"lTdr;iffi;;a
--"rvoUs7 como memória. ere q"ir uo-*r"""i" irtuar
ban-
" r*ptes poàem desperrar o pL", como as coi_
Elaborando
rorr*u"u*ativas'
menúo(s)
:T:T pequeno_ exercíciq de coúecer.
,t:- ":t" meus aluno,
úd".;
.. A deÍiru.ção
ur sobre remas de pe
omensionar o signiÍicado do olhar suüluri.ro
e objetivo
,, sobre a realidade. D"poir
dessas á"ãÃmuço", práücas,
";..fl""liisos as misas ficam mais.simpf*
inskumentos. Discutir i*rr,"po*au*o, construir
e .iuá" â rÀltú" *oamental

ffffi;Égrffi*iffi
desta etapa do tuabatho,
bumento, a ser utilizado
,,é G;;ã3, versão do ins_
poi toaor. floirJ},ar com algu_

ill *,u*.*l
mas orientações biísicas
j, tra barha .ô*rr,, áui*ã'rir" espaço ao
rr,. il' i,,' X Já:::-* do posterior rcFstu escrito "
tem_se,".iãJ*a
"i dável. Nas enfoevistas, prática sau_
fffá:::Tlfr ix3"::,Hffi :tfj,3:::,ii"",:t,H:l cia-l com espaço para
costumamos ter um cabeglho
qye
ini_
u".lll:uPnme*oj*" ,*ü;Hil!srea9 "m
(. s" sobre o enhevistaào -seram
inserido, ardo, biísicos
jffi guUanáa; ;;; *teiro bastante
"dil'""T:":18,i:l?"Pog:'ild:
culdades,
ã;:SDaIho *rr,i-r,
nâo
?;i"jfir 1"* de perguntas
bumentos, nrímerc
f"it , *
"r.ãn*ãUre temas e ins_
au ob**uço", ã" por cada
^-.-õ;À;;;'Í:f*1:;:"",:'$#,;::aptesentardin
aluno (este rem-se Iimitado
a ú;;h;i""*rrrr*
.*" dos estu_
Práticos ": Pesquisa, 6qu,
;;": dos sobre inovações; o3,
j*' em sala
#.ffi :: :T:1"1"1*ãí
r**rq*irfff
ffi:I*
r-rrrrr.ir"u"au'Xuções,simu-
exercícios
estudos sobre o
dois
educador).chÇ;-;;;.
de campo - desafio a
.rt"Áãáor, no caso dos
do trabalho
a.-*IIf um srí a".íp",ãr"iãã a"qrao.
Í:,H#,:, ru; #A"m,;n::,XH
u
Indo a campo
::ftI h a campo é uma etapa que merece
atenção especial
em todo trabalho de pesquisa
bOCoaN
nucfrr.l, rqgz)
"
j-=-- 97
Pesquisa educacional

o prazeÍ de conhecer
e/ poÍ vezes, pode apresentar
dificuldades. No caso esDe_
cífico da pesquisa em educação
costumarn oferecer obstáculoí
J;;;r;ffi.:;?H integrar um arquivo feito com todas as entrevistas reali-
or.;, ; zadas por uma determinada furm4 onde consta o nome
u;;;;;
com as parriculares.
pre importante olovijen.i*
#;,;ffi## :iltr do(a) autor(a) de cada entrevista. De tal maneir4 quan-
.rrtá do surgem dúvidas, é mais simples esclarecê-las.
de apresentação
"_u
; q";lrffi A organização do material para o posterior trabalho
l:1*":-P:'J""ig"*o
espaço onde irão realiz61a
sua inserção no
de descrição e análise irá depender dos objetivos do
colôta a" aaàos.
Ouho cuidado.oporfun o esfudq do nrímero de alunos envolvidos e de outras
é fazera cJeta em dupl4
que não apenas faciliia o
q _u, àUe* variáveis. Nas pesquisas que temos desenvolvido sobre
9 TErt
ça na realização do tabalhã.
a segtuan_

nunca riveram uma.aproximação


Mril;;; a escola e sobre o educado4 nosso interesse tem-se con-

brem parceiros inlaectuais


em r;Íã; li,illãi:: centrado nas tendências de opinião sobre os temas esfu-

fruindo
Ã;;"#""dades, cons_ dados, portanto, não nos interessa no momento da pes-
partir daínovas amizades.
a quisa, a visão pessoal dos entrevistados. Assim, uma
fr Oúrrio que a inten_
!i1 nnmeira.da pesquisa
gos mas/ se isto oc "*
;;;; r;;não é fazer ami_
vez transcritas todas as entrevistas, seu conteúdo é
organizado por temas, definidos a partir do roteiro de
vezes isnorad" á.;fi:,#;,#;HirHãâ'rr:Táí;j perguntas realizadas. Nesse caso, o habalho de organi-
na escola e na universia.à. zação dos dados é feito em sala de aul4 com a presen-
fsrrryoÉró,-iggsl.
Antes de ir a ct
conver- ça de todos que participaram do habalho de iampo.
sar sobre
",
*#il1;jffilÍTJtr"ltante Compreende três momentos distintos e complementu-
do trabathq d.J; ;;1";;, d. ;;:ffi,l,El:'"'i,T:i; res: 1) codidificação,2) recorte e 3) colagem.

:,i:,*o*istados, a importânciui. piur"*ar Como o ponto de partida para o habalho são enhevis-
rumatq seu ano_
até o que faz-er-áiante
a",it ãçã", inesperadas tas individuais e o interesse da pesquisa está em temas, é
- o professor que faltE o gru*rudo, q;;; preciso codiÍicar as diferentes partes de uma entrevista
funciona etc.
Coletando e organizando para que, depo§ no momento seguinte, não se perca a
o material inÍormação. Assrm, conÍere-se se todas as perguntas estão
A orientação sobre a coleta numeradas e se constam os códigos que permitem diÍe-
de inÍormações é aspecto
da pesquisaem sataA;lJ. renciar uma das ouhas. Vejamos um exemplo. Nos estu-
!,njamelta do habalho
Ou Como;;, à""rrt, erapas sem_ dos sobre o professoç tivemos por intenção verificar se
::1"1", Tuu-rorução.
pÍe que possível, as instruções devem havia alguma diferença de pensamento entre os profissio-
cutidas oralmente. Em nosso lsoitas e ais_
ser
trabalho na UECE, temos nais que afuavam na escola pública e privada. Assim, cada

1* y.*{a{o gsneciar com


mos construindo bancos porque esra_
"r*;;;;
aluno responsabilizou-se por enhevistar dois professores
de dados .à;;
enhevistas. - um de escola pública e, outro, de escola privada. para
Assrm, pedimos aos alunos
gravadas em rün disouete,
qr";;r;;url
".#; or**rur.
diÍerenciar essas, duas modalidades de enhevistados, ao
Íom".iá;; lado de cada respost4 utilizarnos um código 8U, para
fessor. Da gravaçâq um pelo pro_
são -feitas duas- cópia escola pública e PRI, para escola privada).
uma delas para ser utilizada em papel _
em sala de aula e outrE Depois desse primeiro momentq enhamos na Íase
para
mais divertida e confusa do habalho - a "operação recor-
98
pesguisa
educacíonaí

te e-colagem".
Assim nôô^^ r.
d.;;;ff;ilí l'j'lj,:: alunos e proressor (sem_
p,r€ há
almaço. cid;;;""Y.::1"T mãos ü
prp"rraoiffil: ?'" toao, o, itàiio:T'rTf;#i: Tendo condúdo a primeira
o recorte, ttPott*ri recortadas'Após
;;r}t:'",utt'" .ãirãrr
etapa da tarefa
de organizar os dadós au p"rq"ila
paper almaço. j:ttut ã,u_o,
friao rolhasde prontos para começar a fase àe dãscrição e
.;;.n:;J-".*u'em aná_
o l"^ T'lr"
esraberecidor. lise dos dados.
preüamenre
nao mais d"", fr";;;;T','* rndiüduais Esta é uma fase do habalho
senrado au "*r#9
,*.I_oir.uau Jãl ã,li:o:r,* centlaeio e atenção a pequenos
que exige con_
a-etahesl Aqur,
desde os mais ru, ,
;;;;";'radoPassaserapre- 9-principal desafio é uuíTi"u, quais sáo
r;11 dências predominante, a" r"rporia-"úrrin.a_
"s
ten_

las, inte{pretá-las e apresenkíJas


sob a forma
de resultados. eue taf com"ç*Z
Srú-).orrro
se aprende a p_esquisar? peiquisandàl
fntaq
v.unos ao habalho.
Boa sorte!

. a colagem das respostas, faça(m)


+pó.r uma
primeira leitura. VerifiquÉ(m)
," La'àá, a"
digitaçao paÍa que ru;urn fuitu,
u, à.riarl.o,
reções. Caso necessáriq volte
uo,
cujas cópias estão disponíveis.
i*t u_ur,tor,
o O trabalho deve buscar uma
ênÍase nos aspec_
tos quantitativos e qualitativos.
wu ,"iãuau,
aqu, a quantidade abre camiúo paru quai_
u
O, da ia""[fr.rtJ'a*
parrir
91.d": .r"ju:-u
Descrevendo
J pnncrp.us tendências de respostas em
quantitativog vão sendo fomecidos
termos
r
dados para a análise qualitativa. "I"*"r,to,
,,*jff é uma
"o;*'"'"do o O primerlo passo será fazer
nova leitura das
ffin:mí:T$Eiff:,.,s:: respostas, observando de forma
zuas freqüências. Anote(m)
de modo a obter um primeiro
cuidadosa as
,"r,
oUr"*uiã"r,
parecem Jia.i, à"'aàrri_
novamente. ;,-::, rao air#tniormaçoes ficação. A parrir desta classiÍi";rt; irú.tJ;;_
ffi ";,;fr§ffi:H:H"J::::lffi
iüffii;"TL:l:i1l?';ü;i".*hffiTffi
"ff.:,H I::-**.", u1t quadro que seja capaz de orga_
ruzar as principais respostas encônhadas
modo coerente e sintético. pode_se
de

com este exercíciq estamos


dir;;;r"
tentando definir as
ff ff fl:,%T",ffi categorias de análise que irão
variar de
ffi"*#,:i:Jf"i$ com o conteúdo das respostas ""*ao
objeto de estudo.
. E posslvel criar mais de um quadro para
urna
100 mesma pergunt4 em função das
respoitas obti_
das. Aqui entra o prazer de conhecer
ern

j{ü.fi:iLT:;.'-#'xxff
o GráÍicospodem
ffft - Resumos) que são distribuídos
ponto culminante, recorremos
entre os colegas. Como
a urna sessão de pôsteres
u
att, *"rrrã q]rã'* -'dot â Darrir rI^' - (Capíhrlo 4 Apresentação de .urUúà, _ pôsteres)
onde os autores se revezam
rtTil'trÍ'irf;ffi;liffffi3ft: entre dar e receber expüca_
ções sobre os diferentes temas da pesquisa.
Uma forma
interessanre de concluir o
fi:?âf );H""'ro-e',1,;|[,ifr ";i:';ix t uuuúáã#;;;rn, sessão de
fotografias dos novos pesquisadores _
junto aos seus
tuabalhos, indiüduais ô, á. .q"ú"J e âo coleüvo da
furm4 certamente!
*{;lfr$#Ifrlmlif".,: r Para finalizar
H.::::il"ffifi*hiffiHl .E:* breve regisho foi feito com a
finalidade
de
socfüz.ar uma prática coletiva
a9 _"Àhgrção que vem
sendo desenvolvida na universia"ã.
ft?, com as devi_
-,trftltr6;H;lll',}-'"d',,ltH das adaptações, pode ser
tos. Se com esta reflexão
reproduzida " em outros contex_
prd"r-o, .à"oii"i, para des_
p".t!- o ptazeÍ de coúeie1, nosso
objefrvo estará cum_
prido, E aquela idéia exhemamente,i*pfã,
afinal nos
permitirá exclamar: que maravilha!
lffi: ffi:Hl",t Ík:l::não Aqui como
L

lJll1*,":,:f,;i;*iJi'l.ft
as
-v {'Frrrduvas
alternativur àu-rür*'errraçoes
de
Jffi iliva segundo
podem
fonres u purqui.lrli;;:.,*
'

mn*,H,á;ilfiê:ffi;
como das
;;ãXiiill*tSmt".ãüiffi
1l:,T,*
iff
;:ffhffffi{::Tffi
de oe
rnre{prera;;;;;lí.:i acordo com i "(:i,.T""
:;:::iüffi,:H:},.,",7
cia.do p.or"rrà.
i"naiTot-P"tqri
::i,l,proressorrrrl}::-L::y':r;'*:;X-ÊÍ:Í:
€sclârenim^^r^ r . .o apenas úül
n.ffm*,Íi:fr:iff
úosmais ra""j,
i,ili::ilJ:::,,T:nacami-no
ül;l
Apresentando
resultados
Depois de realizi
,
ha ba'Iho,
üu .ullll Í"Jl':1!lür ff iffi 'o
*tnx*xrunu:r:Humiãm

103
Capítulo 6

A alegria dapesquisa: reflexões


e
pistas so6re u.rru
fur*rro
Kelma Socorro Lopes
de Matos
O conlycimentoq.ue se ganha na inoestigação
educatioa de qualquer
aula i, n rrííorlí*rnte,
em parte,
transferíael pnra outras
realidades ,,,;í;;;,
snuacionafçg"r#:'á::r,i:;;

de.que-3 pesquisa deve


ser experienciada
^^_l:."ta é idr,.
concretamente
ga" à, ffi
;
c4 como professora aas
i::Í"1::,::?fii.ffi ,l?Jr##
aiscipúar-a'"' u"roaologia
&:1i"*H::l;,r:ré."i.,,à.unJ,q,il,..so"ioros,
,:*",Íâff .Jfç:Fr.;*:rfi:,::#
nxt;jiã:*,*"x:xi:;Htrü:;:ry:
7
Gências Conta-beis,
Adminisl

::,,',ru;Sll#*,ffir"lthfdo'#?tr"."Íã:ffi THHI
prinasdeog"",-",ã;ãã-Jl#"iffi
prrrus de orsanizcão CeaÍí - uECE, em 799,nas
",,*;.Pj1t1 #;
Íffi i:ffi ffin;x,ului:ru#",*#;:l**ffi
;r,§S;",fr#;ffi disci-
I§9Yisl:llucacional

*"f ,:T"Í,:jj:.fi1,T:i;t#n:ffi
fi;; esses são depoimentos
pouco faàui, ãu ouvir. por isso,
iHlT; i:fil:I-çuí ".up.Teiço"io.ouuut o ru#
", rül'*T:H*:?lÍã i"H:üTi:
apresentano
sívelde ser feit^o pãr eles ..;;;;;misrificando
idéia de que essa prática a
e a.rriníaà"
moram nos temproi da ciênciaê-iüt
u p"rqrir4
Tr;l:,ry:,rt::
1^artilho
não apenas àÀo."*po.ição/discur_
so/ mas/ sobrefudq como
um fazer coreüvq convidan_
;HF";I'*i:Hl:H--hfr t*d,;l# do-os a coúecê{a
buscando
,t r.r;"J-
.orrt6"1-'11lés
de lL,^ :^,
seus pníprios
sentidos,
na produção o" ."f;r131"Tr1."-o**entação e Pruzet
Apostar na vivência da pesquisa
trouxe, com certe_

Ww za, mais luz à miúa p.auà'fãã.gffi.


experiência comentanào
é o objetivo desse artigo.
parrithar essa
ponà, ai, ?ririm perconidas
O.muõ uri""rpu"iul, qr"s_
tões mais técnicas que jutgo
,utuuítãr r,a formação do
aluno-pesquisador.

ífrlffijf*+i1,:-'f'..:ff**'í1,:idÍ i
pnmeuo
^*j0,-,:1_1!ur.
por enfocar o trabalho com
semestre, na disciplina
alunos do
de Metodologa Cien_
tífica, que é minishada
p'rrdr;;"à,"0*
"* .rr", ur*à, j'u os cursos
prru
a:1YgT
f n*n3'tu
mrnfia orientação, realizem
de que, com
r_u purqrir4 e elaborem
uma monografia em grupo.
Consia.e.aiaà que são pes_
quisadores em formação,.rr"
ouuánof,uve ser visto
com qualidade profundidade
-e air".L"àuau de uma
monografia de final de curso. po, oráo'Udo,
acrescentar que as produções preciso
apresentadas têm sur_
preendido-me muito posiúuument.-
pioporciona aos alunos certa
frrà experiência
intimidade com a pesqui_
sa logo ao adentrarem
na universidade.
Cosfumo, ainda como uma
forma de familiarizar os
estudantes com a pesquisa
urso, iriam ;'b;;;. levá_los
lniciação Científica) para_que
r;Àü, Encontros de
possam ver e ouvir os pes_
quisadores e suas prodüções.
106 fV"rru rno**ao obser_

107
varn como são o prazer de conhecer
feitos painéis,
conversar
giados na área do coúecimento. De Íato, omedo
,T,*::'.lfr l:-','Ji'reil'ãlffI[Hr':,5'.t; de ler
por vezes vem da inÍância quando nos são apresentadas

fi :ffi If.d,l*#?;fâ.i":*1"n,:.,:i as leifuras obrigatórias que ãescem ur *gur, ,,engas_


ou
duaçãq ficam em cursam os que gam", conhapondo-se à imposição de cãúecermJs
a pós-gra- o
apfltaso" A*rlJiÍiÍ,*.
"lili',T**o precisam,.rrir*
ui* que não temos vontade, o que não tem significado
para
nós. Nouhas vezes, também jovens e adultos sentem_se
t_ompartilhandr
com "pouco fôlego" ou desestimulados a iniciar
uma boa
leitura seja pelo volume do livrq pelo tamaúo das
letras, ou mesmo pela falta do hábito de ler.

ffiiflf**fffi1fff;r***iffiÊ
um indicativ" c:"ltrn"'p'iiu'o-u* Para a
Há quem desanime só de ver o número de
páginas do livrq ou o tamanho do livro. ... não
é só uma questão de fôlego mas de medo de
,r r,"Jl??
*y;g*g*ffi
o."sr*
são e
i1,x.::xfr:"nr*
universidade. Com
a discus-
não ter musculatura para ler. De só dar chute
úocho e a bola não irlonge. De não agüentar a
força do que está escrito, não entenàer umas
i?rarl11a
outros professores palavras, nãoperceber o que o autor quer dizer
forma a" &ãirnã.tus, uaot rum u_iu
e ficar se achando um burro Grrfa-Cf_faOq
Esse tem sido
r
desafiq considerando 2001: 11).
os estudanter,
,uflfl*de que
Assim, busco sempre sabe4, que tipo de leitura pre_
ferem,- com que freqüência u .orn^o fazemessas
;i1*p.91ç$,m#s*í,r*"";
arr"ú"r q*H:Tl pelos quais fizeram
se registram as reflexões sobre o que lêem,
leituras,
e se descon_
fiam que a prática constante da lôitura e da escrita faz
opção;

:r :; T.:
oe obstáculos
ffi: ffül";;ffi:,t lhHH
a serem hanspostos.
às
fluir o potencial cultural e criativo de cada pesquisador.
Através desses diálogos abrem-se ,,portai') àu seja
Ainda nessas col oporfunidades para apontar que a leifura deve
ser reú_
ouço muito consranremen-
re, inclusive #;:T:*as, zada corretamente e côm muiia atenção, pois
o domínio
quu, Iuituà ffi:;T 1" semestres,nrffia,*oããr, sobre o assunto a ser pesquisado proporciona
também a
:i ti1 ","' ;õ;ilT,ffJ,1ÍTii:il#::ffi. fiH*:
qualidade do relatq sobre as ,,orru, descobertas.
Mas,
como devem ser realizados adequadamente leifura
;:,'ffii ,;liÍ:Íil111 a or."1à ", "'à,,, em parte registros? Tratarei desses temas a seguir.
e

como exercícios
po u co rá."t;; ; :tadhrefas
;;:*^ como p."ã*.)
para alguns Leituras e Íichamentos de textos: ganhando
_ privile_
," a*ino. tempo e infonnações
Código H312 . Disciprina
àll#:1"" de Metodorosia
do Trabatho
Muitas vezes lemos um texto e, em seguida não con-
seguimos nos lembrar dos argumentos exlostog
108
do que
Pesquisa educacional
-------------.--
tratava a Ieifurz
esse tipo
mas recom"rr,:i::'evitar situaçãq ar,u-
1g
(Lucr.'õL;'#:il1"í;R 1i**";,,,oià a) bibliogrríficos, contendo anotações das referências
sobre como r**í";*;::::): ll,"1ee2; M/i.A, 2oot)
e regishos' bibliográficas dos livros manuseados;
Aprimeira ollll** b) de conteúdo, que trazem resumos e citações das

ffi*q*n-rffi
leituras;
c) hanscritivos, que são feitos apenas com citações;

. d) completos, que contêm todal as inÍormações que


o leitor pode vir a precisar posteriormente: as referên_
De forma a*'n,àr,-lã*oi;rr'-
iao -i.irrão;rsagem' cias bibliográÍicas; os resumos de partes do textq alter_
i*rr". d",,,;; :.J[Í:;: :Hffi1"H#í;,r." r.:l#- nados por citações - compreendendo que a citação é uti-

ffin'f: ::ffi:: asd õ;J ;i'l',,,, o a.,"nior


Numa segunda leitur+
ltzada para reforçar o conteúdo resumidq e pór fim as
considerações pessoais, em que o leitor expressa suas
aiarogã,
il##:"' iniciamos o
quais os argumentos idéias, ou seja, a compreensão crítica do que leu.
utilizados, ., to!_fompreender As aulas práticas na conÍecção de fiúamentos são
muito importantes, porque além da capacidade de sínte_

*fçg$*$,,,g=[*ft:s:ln"H:
quefoirraà.a,rín1'razermos' em sezuid4 a síntese do
se, os alunos exercitam o entendimento da ordem tógica
na construção de um textq e mais que isso passam a
,i1rrr*Ãrãr.ffi11 etana consritui_sã u_ f."*t*
[ril
esüever nas considerações pessoais suas idéias, desen_
volvendo a criatividade, e ultrapassando o medo da
;.JTTL1;;3:i"i,H1iHffii?il;;,; ainda mais
escrita. Selecionq para esses exercícios, textos pequenos
que hagam conteúdos sobre o coúecimento científico
acrescento qu" p.slTreendem-se qr*ãã (ALVES1.1999); sobre a cútica e a ideologia (CHAú
apud HÜHNB,1gg2),enfim, sobre assuntos que propor-
cionem questionamentos e discussões posteriores.

*h'g',*,ffi$-;H:ri#ffi
a.* u.uíiã;#Tr}'ffi
ut ri
fi úas própria s,, aqriri-
Feitas essas considerações sobre leifura e fiúamen-
tos, apresento agora o trabalho de oficinas realizado em
sala de aula, desde a escolha do tema à construção cole-
tiva
::ír"T:':'ff ffi ffi#,H'*iãj;
ffi:â: i*"Ti,:Ii': :.v'I ; ;;;'*
',., diversa.
natureza
t {o projeto de pesquisa, e à elaboração e apresenta-
ção de monografias.

As oficinas em sala de aula


este metoao À;:,":: se
Após discutirmos sobre a produçãq formas de coúe-
pesquisador
"-|.
,]..iJ:-l*u ]^"otpaúar o
cimento e método científicq oriento que escolham e escre.
,ns:ú*ffi6ffffi:ç#ffi vam sobre um tema que gostariam de aprofundaX, se pos-
sível relacionado ao seu curso ou iírea de interesse. Éum
.t exercício indiüdual, em que é permitido um tempo para
t0
_pesquisa educacionaÍ

#ffiT|'ZY:.na rntemet, mesmo


orTor professores
e
para conver-
,i*r, rr.iti'tãio'ol e proÍissionais
da sa; formulação do problema; anríncio aas hipOteáes;
como * .;^Tuiurecimelto das suas idéias.
relação entre teoria e questão apresentada); pàr

nos assuntor, *T*11-oas..v.ezes bastante
diversidade
q"Ci
,;"T,ffi;ffi
#
(motivos de ordem teórica e prátiôa qr"yrstú.à-
i.s_
;**,*ilnff:,:1ffi
temas indiüduais
quisa; importância da escolha) para quê? (objetivo "
gôra!
o que pretendem alcançar com esse éstudo;'fir,Aiaãa.);
,*, ":P:s
adequado
o
quar o mais
tuabalho coleüvo.
para-quem? (objetivos específicos; aplicação do objetivo
_r.ir* Alguns geral a situações específicas) .o*o? onáe? (meúolo_
"íãrrearzarem
;"T'ffi i*:':H,j-Tlffi :Iff:Tiffi ;Íti gia; como será realizada a pesquis4 qual o universo e
1m9sha; quais as técnicas utilizadas para a coleta de
como aplicarão os instrumentos de coleta; que
I"íYil#í#H;;dHil"T':,,1í1;';3H:::tr 9ujo$
inÍormações pretendem obter; em que local será realira_
.,, da a investigação); quando? (cronograma; relação enhe
I,r#íffi,T:*ii Í dtil;j Hffiffi:üfii atividades realizadas e tempo de que dispõem).
§ guestões os impulsio.ram u pensa4,ãe fatq sobre o

üHftrffi:âyff"-*,ffi *'[,,',:#H habalho que pretendemf.azer, escôlhendq inclusive, em


quelocal/instituição planejam realizar apesquisa de cam_
.;;; :,Ltcessualmente,
,utu du"urlu] tabalho sáu em
orientação e acompanhamento po. São necessárias algumas oficinas e muito debate para
rir*rnau*r, ãuil:l*a que as ddcisões sejam tomadas. Feito isso iniciamos
,utu"io,,uãã,;-';ãj:1ryP? a g'upo' verifico as Ieituras boração do Plano provisório (Capíhrto 4) que planeja
a ela_
a
;:rumfl't#:i,ii*trffi ;*Í:':l§ construção da monograÍia em relação: ao ôsquema dos
capítulos que desejamos escrever; aos resumoJdas idéias
a serem discutidos, e ao nrimero de páginas do habalho.

;*ç*r*3ffi:iff;trry:ffi;r:
cr*1 conhibuições teóricas.
Outro item fundamental diz respeito à revisão da
literatur4 parte-em que os esfudantesiazem um mapea_
lr#"r".,;eq mento das pubücações na área de esfudq ou seja, tra_
que façam tema delimitadq
ffiul,f99o.e.o
---- vruuuõranco;
peço zem os autores, possibilitando um diiilogo entre eleg
que será Iido; disrrib,I}l"-l'11':,",lco;
dishil a seleção do
seteção do l observando as convergências e divergênàas nas idéias

:,.;ru":Í#::*,.ü ;,, ;:f ut#;*x apresentadas. É bom.róltar a lembrar


[,r..* virtude de
serem.alunos de primeiro semestre, e tàmbém do tempo
iadonarà,,ffi,;íT#:iiiJ:j,T:il",:1"_",H- que dispõem para rcalizar essa experiênci4 todas esàs
atividades devem ser relativizadai.
âruffi' lnxxr en,e com
n.lÍ;l",',' jJ:ffi
Buscq entâq 'o1
a Feitas as primeiras incursões nas oficinag os estu_
dantes reúnem-se ainda extraclassg organizando a apre-
questões
G;;#'TfÍ.*' xiTóã :'"o*;L: sentação oral da versão preliminar do projeto de pesqui_
sa. A versão definitiva é enhegue poi escritq cãnsiàe_
112
113
pesquisa
educacional

rando or
"o*un. e sugestões,
to d3 apresenr"rl'Í" expressos no
momen-
I,ercebo que
xO projeto 4 inclusive, retomado
na produção do relató_
rio final. Justificativa,
.]uTll.o., são pontos que "Ul.Ur"r'íietodologi a, poÍ
constam au int oarçao. Arevi_
são bibliográhca, apói
rpr.otu"ã;;;rlro
#:fi#:ff desenvolvimento dà traUano.
Concluído o projetq os alunos
- sobre o obiet^oj1pelgu1sa,
turas
--. u rrrada no

prosseguem suas lei_


a ser prepa_
rados para irem a-campo.
Esclareço ";;;r*
que além da posfu_
ra respeitosa pr9f1a a.um

*tí**hff*.ffi,:**n'*
*?flTilfl1::in-q:::'';
;;;;:' :*o "
o temPo
conhecer e escolh,
gráhca,ao*rr,.r,rll :"hu ::
menros, estudo olL
boy purqrirraoa e p,r".i*
tipos de pesquisa
!::l*'t1cÍo-'
luiutio-
experimental' levanta-
q'"'ã;";ol'ono8'uri'
fitÍ^ffi ffiXi#T'* devem ;;,ú;;jT: ;,:âr,.ff ";H [ffi.i:rr#:
entrevista, questionário,,
grupo focal _êpítulo 3).
Normalmente t rUrnLà, .o*-*
,,,.r,[jr**-.*,r, gáfrca, documental, e !"rq,rrr* biblio_
rot deve apr a de campo. A téorica mais usada
a entrevista. Os roteiros é
''ui' """tti. §l"j;Resquisa a*rrirt* são elaborados em
sala de aula de acordo.r_ "n
* pr.;*";õ";ãe
-sou.
investigaçãq
ítr#1,H.,ffi$,ffi+Fi#ffi baseados nas inÍormaçoes
Fazem, então, o contato
acumutuar" o tema.
'-,:l'H
*411-;X'mnx.*i,m:*{; üstadag esclarecendo
com as pessoas que serão
u p'urffir"
enhe.
marcando os
"our.
P-*.
vistados
Atgumas insrituições, ;rril;;;"
cerros entre_
fupótese, ao Iado requisitam .*u. á" r"f"rêr,ãulãIpri.rr,ao
_A do problemr-i o por_
çâo deorienrar";:;,.-::^í'"olem4 tem a fun- guê da pesquis4 *u:,.,. geral
i? d; na o*;" daqui- dos sem a necessidad"
os estudaites são recebi_
ililã-":-Tuisaàor
qona como ou au*on t ar;
fun- O envolvimento
a",.ír,-. rf;;â formal.
nessa fase e ,rriio significativq
"::,.lgtt'T a direçâo
flryà",' 0"ffiil,'#j:,i.:1,":,
correções e clar-- r -" qoDurr as evenfuais l"l' Tt do aprendizado, com;;.;;;ü aproximam_
se mais do curso oue
escolherr* âatiiri"ao maior

#1"::,,ffi:tü3,ãüTiffi i;ffin midade com profissionais e instituiçõàs


arriscar dizel qr. esse
inti_
da área. poderia
é o _o*unio a" _riu alegria
da fase frabalhq considerado parre
diversas"*pro.rà1ir;t":it-
,.fi.ü;;#monograÍia
forsroruiliõ íõô ._^_llu*ud1 I etapl dô .oi"tu de dados oriento
que
to possa'";
ry;;'r:::::f ,l,li:,iltt f:rf"i;J;
transcrevam, Ieiam e destaquem,
gam. mais importante
*ri".irf o que jul_
"o
para o trabalho.
segurl a organização do r.*ro Iniciamos, a
114
-o"ãgrãco em sala de
115
Pesquisa educacional
-_-_---__
o prazer de conhecer
aula. Explico como deve
ser elaborado um trabalho
dêmico desde a capa até aca_ vras do autor para reforçar nossos argumentos.
as ,ufurãr.iu, Neste
Nessa fase há um bibliográficas. caso a passagem citada deve estar acerca de
acompaúr*"*;;;"cial da 4crn da mar-
produ_ gem esquerd a da pág;na, em itiílicq e destacada
Ill 1il :
pacientementà rrprdJ;;';dl muiras orienta_ do texto
çoes e sugestões. quando tiver mais de hês linhas. Ao iniciar a citaçãq
no
caso de omissão de palavras ou partes do textq
devemos
Construção e apÍesentação urilizar reücências e continuar á frur" com lehas minús_
do habalho
monográfico culas. No meio do textq como abaixq colocamos
as reti_
cências- entre parênteses, para evitar qualquer incom_
Na fase redacional, as leifuras,
fichamentos, plano preensão do leitor. Se a omissão ocorr"rào final
y11vis0rio.e o_ próprio p.rJ"t", ;;'rlrn" da parte
para a escrita do texto conrribuem hanscrit4 as reticências fazem essa indicação. Finalizan_
monógráficq ," rUtir"a", dq devem aparecer entre parênteses o último sobreno_
nizadamente. Diante airrq
fichadq e esrruturam ;";;ff'j
i",ri-rá"ã ,* foi lido"Çe me do auto4 a data da publicação e a página da
^Y l
qual foi
" das enrrevistas, ainda retirado o fragmento.
tuabalhando rr,
"fi:il:rmaterial
Algumas observações sobre a produção de textos É-preciso fazer pesquisa para ter acesso ao
enÍocam: o cuidado com
a lógica d;idéim que coúecimento e produzi-lo na medida das nos_
desen_
ut,lizsç5e d. urro;;;, r"ãrrl"o" sas necessidades. ... Em nosso tempo a pesqui_
19lvem,..a as afirma_
ções; as ügações/eto:
:rqg os capítulos,;;;* subirens; sa assume uma importância decisiva pa-ra que
a criarividade e originalidade';;;;;_enros,
" possamos compreende4 desvendal, analisar
esquecer a simpücidade sem
e clareza n, essa sociedade em rápida transformação...
no entanto, termos coloquiais. evitandq
"r?.i,n (CARVALHq D97:S).
Outra questão reryalfada
é o cuidado com o uso
citações para Íazer refgrencia de Estando esclarecidos esses detalheg desenvolvem
autores. Há dois tioosde ;;r_*to
"; _.*ã. iàÉr* de outuos o9 gapíhrlos, seguindo o roteiro traçado no
plano provi_
3tações
critivas. Nas citações deidéias, e as trans_ sório. Apesar de usarem esse planejamento anterioç
vras sem reproduzir texfualmente
;fl;ffi
r, nossas pala_ chamo a atenção para a flexibiúade em fazer as ade_
o uriár. fVurte casq ao
conduir a citaçãq indicamos o-à0",;;renome quações necessárias.
autor e o ano da publicaçãq do Os resumos, as citações e considerações pessoais,
.orno;;;*";;o a seguir: regishados nas fichas, assim como a revisáo bibüogrrin_
A pesquisa deve ser considerada
como a c4 do prqetg de pesquis4 auxiliam na conformação do
principal aüvidade d" .iêil;, ;Jüo'pu*u_
mento científico
colpo textual ao qual são associadas as falas dos su;eitos
n
dq o q,"-à;ãü[I ;il:l:TH"j].",?:H:: entreüstados e as sínteses dos próprios pesquisaâores
de, com o obietivo de sobre suas descobertas.
uma i.t..*rçâ"*"ia
----^ !çrllqv i
(CARVALHO, 1990). Sempre há os que demonsham pouca facilidade em
-
adequar o resultado das entrevistás ao textq
Na citação transcritiva urilizqnes mesmo
as mesmas pala_ após as explicações. O que é fato normal, inclusive
entre
esfudantes mais experimentados. Alguns, num primeiro
116
117
Pesquisa educacíonal

o prazer de conhecer
momento, imaginam que
as entrevistas devem
anexo com perguntas vfu em tação do (a) prof.(a). (nome).No
e respostas, ouhos caso da monografia no
recem inteiras, inseridas crêem qr. ,p;: primeiro semestre, os dizeres são
Oriento para que Í
à n**;p*i. a" tuabalho. adaptados.
Folha de aprovação _ rra parte superior
da página
normalmente são colocados dois
p*agrrto, ,rft;;
.1;lTíHlffiHí1#,:i{l,f"Tx;".nffi :"t: com os dizeres ,f111o enunciados,
e em seguid4 na
o .u,,it áo ã:;:§l#;;'##T parte inÍerior da folha aparece em
cada üúã o nome
do texto porque atuakza" "ffi$tr.xi:
Jil;;;;";:." a oportu-
dos membros da comissão julgadora
alguns exemplares do trabalhá. "
que assinarão
para que sejam criatiuor,
:11t,
exrstente sobre o tema.
ai*i. àa produção
Esta
Ao escreverem a ronclusão, , lonograÍia foi submetid4 como parte
retomam os principais dos requisitos necessários à obtenção
achados, apresentando do título
*u rái"ã'iportum, ainda
de {, outorgado pela Universidadã
! e encon_
questões indicaüvas para
novas purqJrur. Conclúdas tra-se à disposição dos interessados na
as partes mencionadas, Biblioteca W da reÍerida instituição.
elaboram^a lrit oarçao
tando o rema escolhido, d;;;:
;-i;;;;#;:os objetivoq A citação de qualquer trecho âeste estudo é
questão que moveu a a permitida desde que seja Íeita em conÍormida_
pesquis4 a hipóiese inicial
optem por (caso de com as normas da éúca científica.
enunciá_la).'Em seguiJu,ã."r..uuum
damente a metodologir detalha_
r.rf irlar-Jáãll Dedicatória -
y ?ç3o.,p;;;;;;ç;;;;;ffi; ffi p*, Í :.-, homenagem a pessoas espe_
YvL *:ffik
o autor. É disposta ao fin"al dapàgsna,no
rápida apresentação ao, ' Jffi frrir,
direitq sem o título "dedicatória,, Er,
lào
.upirrrf-o,
." áos meus pais,
A montagem da monografia com gratidão.
exige alguns cuidados
relativos à sua an Agradecimentos - é a parte em que
;;;;;"."*t;:.Ji'Xl3',,Xl,iT*,y:,,"i".X*X todas as pessoas e instituiçãe,
agradecemos a
qru.o.,t ibãíram no pro_
de forma diferenciada. de produção do trabalho. O Ut rto
Gúcxã;r irrr, HuHNE, .cesso aparece centra_
:y-! llulRlNg "tl"ü
zoool. ap""i",;-;ás",, lizado, no alto da página. t

rmprescindíveis as partes
a um trabalho aurru Resumo - é uma apresentação sintética
.uillr.ru. do conteúdo
Capa - nome da insrituição;;;;pá&na; do trabalho. O resumo deve inform^,
da monografi4 no cenho título q"a o objeto,
d,a páglna,logo após objetivos pretendidos, problema
o título t ipOi"r., principal
consta o nome do autor
centralüadq referencial teórico er "
fim Iocal e
i1|l qat d.a nás.1u. qu*do lãá ","prr
íí.,", arunos, a menros metodoró gicàt$,:".il:i T:fr,H3, .Pi'ff *:
ordem ggeguida dispondo_se p:r um tínrco parágraÍo,
::1*,
res em ordem alfabética.
o ro*u dos auto_ ryt:o
contendo em média de 200 a 250
cãm c"r.a de dez liúas,
palavras.
Página de rosto Sumário - é a enumeração das partes
os mesmos itens da capa do habalho.
aoescentandonolado .mntrám Núcleo do trabalho - é compàsto pelas
direitq rpf, o Utrfo,litu, seguintes
do (s) auror (es): MonograÍia ao.,o*" partes: introduçãq desenvolvimento
parcialàobtenSodograú
áp.*""Jáãmo requisito (capítulos] itens,
ae4 á u*"*iJrã" y sob subitens) e conclusão.
orien_
Apêndices - são textos explicativos elaborados
pelo
118
119
auto4, colocados i não prejudicar a seqüên-
cia lógica ao .u.i1li1"-para
perseguidia na
ffi*': J;HT:o
monosraÍia. s,u
Anexos-sãodr
estipulo que teúa no mínimo doislapíturos,
mas deixo
,"';;ô;,t"ffi Tllj,*Sr*T]"?.i,?.*lffi.: que-fiquem a vontade para desenvolverem
teúdq de acordo com as suas possibilidades.
mais o con-
seriedade dos aaaos Assim, há
mÉtaãr:;]ffi;Lao
p"rqrirr.
muitos casos de monografia cãm extensão
e qualidade
ârffiffi,:J; *,'- o"ô"à'ãiJ aas reie,cncias
u
consideráveis.

norrla são .,,*r,li#lllÍoÍff


ü:? #ffiã[1
; Estando concluídoq são apresentados
lhos por sessão. Cada grupo *á
dois traba_
de no máxi_
Referências
monografia, ,u*rgg
uiuriàgriri.;:;ffi. ao final da
mo trinta minutos, oporfunidade "-i"_po
em que experimentam
u"r ro*u, àão*r_rrão sua capacidade de comunicação u
Ieira de Normaã Técni,cas*_ Brasi_ ,Ínt"rã. Utilizam,
cia de docum""tuçãl^Nln
agüi;rilL,
de referên_
nesse momentq diversificados
recursos audiovisuais
àôãà, ,oãà1,]liuu.ru." como data-shows, rehoprojetores com
gerÉus, apontando regras transparênci4
como elem".rto","rLciars, fotos dos locais em qu" fir.rr- u
p"rqúru, esquemas na
ordem: autor(es), títutq nessa
publicação. Há, no
ediça;;,ü .'iL.u e dara !u:n dishibuição de folders " aÉ r"rirr.,os do habalho.
da
entanto, ;rú.ú;ãJ.. quanro à refe_ Cada pessoa da equipe encarrega_se
ae iata, sobre uma
11ncia .de liwos, teses, folhetos, dicion, . parte, considerando:
1anuai9, catálogog qurt:, a" t uurÀor";l"HL#,Í; . u) u introdução, com foco especial
por *âio oru.;;ilo"rE matérias de coleta e análise de dados;
I na metodologia
---
:.1l:r-ú.ndos "rut b) o desenvolvimento do trabalhq
tr J:Tã1,:.üt ;;,,.,,o,,a",,Ji,,ãJ,. a.o*ut q ou seja a discussão
dos argumentos e análise dos resultaáor,
çaq,.i., ffi;#,::#fi*:T:"ff ;i:[HÍ p* capíhrlo;
c) a condusão, indicando sinteticamente
"i
rência de um os principais
artigoie revista: r
achados, e a confirmi

TI{ERRIEN Iacques.
A natureza reflexiva da
os demais *#r*:1"Tri?kHrfã â:*
prárica docenre: dendo sobre os temas que não investigaranL
àu*untor'ããffi# p._ achem necessáriq Íazemcomentáiog
e, caso
fissional e do saber e timbém pergun_
da experiência docente. tas, com o intuito de que sejam
Reüsta Educacão e_Debate. elucidadas suas dúvidas.
Fortaleza: Faced.
I.JFC, v.20,fasc.34,
p.S_10, 1997. hbÍi.fuç" questionamentos e teço considerações
sobre
os trabalhos, avaliando-os e estirn-ulando
os estudantes
ordem técnica são ainda Para- qu: prossigam pesquisando ouhas questões,
,",#ffffi:;:;;|;r",.de das folhas: papel A4, n,;; aproÍundem a que desãnvólu.rrrn durante
ou
o semestre.
29,0; afonre: limes
,:.TI experiência passam por todas as etapas
de
^,^r!_o^T=:s,u
eraooraçao de um habalho acadêmicq aproximando_se
mais das fronteiras do científicq e ainda,
vivenciando a
*t*:*,[:*HHffifd;rtr
,
proposta da universidade, que indica
llr um caminho
essencial para o seu fortalecimento:
a pesquisa.

120
1)1
É importante criar

que o cotidiano,,, seja qual for a


Capítulo 7
^,-.,!:Tl1.endo
auucrade, -,,fazeÍ
e uma etema busca nos caminhos
do àprendea
entre acertos, erros e novas tentativas. por
isso, ão ao*_
partilhaa sinteticamente, a miúa
de pesquisa
em sala.de aul4 faço.o com a intençãà"*p.iãn.iu
de contibtri, como
adiantei no títulq com alguma, ,=fl""à,
u pistas sobre
esse percuso. Assirrç não a apresento
como ,,modelo,, a
ser seguidq e sim como- um espaço
a mais que aponta a
possibiJidade real de se fazer pesquisa
em sala de aula.
apropriação dos coúecimàtos através Formação do educador-Pesquisador:
_A da investi_
grçi: ,j.r.-* ao professor a possibilidade de ensinar
mediação do pesquisar (SEVERINQ
pela desejos e possibilidades
19991, ea professo_

f.. d*9: a alegria de criaç encontoando í,rit* r.rpor_ Chegamais perto e contempla as palaaras.
tas, e também novas questões.
São fios que puxam ouhos Cadauma
na construção do saber.
Tem mil faces sectetas sob a faa neufua
Convidq entãq à essa v.ivência da prática
invesüga_ E te pergunta, sem intuesse pela resposta,
tiv4 retomando o conceito de pesquisa educativa Pobre ou terríoel, que lht deres:
cuúado por SACRISTÁN e CONúz
tigíaL que anun_ Trouxeste a chaae?
ciam-esse processo de aprendizagem
como transforma_ (Carlos Drummond de Andrade)
dor das práücas de ensinq e tam"bem
ae riaa pois que
o coúecimento adquirido dessa forma á
para outras realidades.
tr*f.ríu"l Ao longo dos capíhrlos anterioreq estudamos ques-
tões diversas relativas à pesquisa educacional, começan-
do pela reflexão em tomo de seus eixos epistemológicos.
Detalhamos aspectos relativos ao aprendizado da pes-
quis4 discutindo diÍerentes fontes e alternativas à dispo-
sição do pesquisado4 aprofundando téoricas de coleta
de dados e procedimentos de análise. Nesse itinerário,
tecemos considerações sobre o planejamento da pesqui-
sa e a apresentação de seus resultados. Apresentamos
também um relato de nossas experiências como profes-
í soras, com a intenção de compartilhar a possibilidade de
t fazer pesquisa no cotidiano da atividade docente. Esse
t. percurso foi feito com a finalidade de oferecer subsídios
l, à formação do educador-pesquisador - vocÇ leitor(a),
com quem repartimos opÍazer de coúecer.
122
Pesquisa educacional
-__-----
o prazer de conhecer
que discipfinas do campo.da
.rrff :#fij: pesquisa
ffi #fi ,",::ffi:#r,#["àuT],:;.;H::*:
outuos profusionais
dades de ensino. Essas idéias, cuja origem reportam-se
sobrefudo a um pensamento desenvolvido nos Estados
da_eduàção, .o*J o, professores Unidos eno Reino Unido (ELIOTT, IgS2ePATIERSON
ensino tuo*"l3,_To d;í;;;. é por
do
sf alii, 1993), encontram também um terreno fértil no
falar do educador_pesquisadori sue, entãq
_ foderao perguntar debate sobre o professor reÍlexivo (ZEICHNE& 1993 e
Egte c SCHON 1993 e 1995). Em nosso país, diversos investi-
{srrr _anrturá
:pi"*rügr# considerações a
esse respeitq ofelcendo
como princípio educativo
*g*uü.* fr"r, d;;;ü;; gadores têm também se dedicado a estudos sobre o edu-
,"*, nuUutt uào aesde a educa_ cador-pesquisador (SEVERINq 1997; ANDRÉ, lggL,
ção biísica (DEMQ tge8). p.;;Ã;;;oshaq, 1994 e 2001; e, LÚDKE, 2000 e 2001). Oportunamente
como essa
traremos algumas dessas contribuições à nossa reflexão.
;1ÍffiI,?ffiIdo-"o "eút-ã'"ãà,.,r* brasireira 1

1 Ao discutir a Íormação do educadoa SEVERINO


í"s.ü:;;"X1i,:iltffi#Í#t*:,Ti:t
torma@o de pnrfessorm
discutidaslÃ-âmbito nacional. j
(1997) falando mais especiÍicamente dos professores do
ensino fundamental e ensino médiq alerta-nos para que
Destacaremos tambOm
const ã*JO. *"dos a nossa atenção volte-se, sobrefudo, para a formação do
sença da pesquisa na sobre a pre.
biísica. pan
p1áüca d;;;;il;*, da educação
#u
ü educador-pesquisador. Com isso ressalta a importância
air*ti**"ir-uint' ag.r*us idéias
finaltzar, do processo da construção do conhecimentq criticando
sobre a imporrância
criar a Íorma como são repassados os conteúdos, muitas
çaÍ as mangas e ir a !e ?"*is d:hora de arrega_
campo... f*q"ir*
#
vezes sem discussãq e desvinculados da experiência
e p*.iro. #
Educador-pesquisador _ culfual dos esfudantes, que posteriormente não conse-
uma perspectiva de #
tr guem estabelecer um elo coerente entre os conteúdos
tormação Wl
,#' estudados e a prática de estágio, ou a própria experiên-
O coúecimento é um #' cia profusional. Or4 acrescenta o autor: "Se é bem ver-
direito universal, não apenas
gy*lo ao acesso, mas também ràu.a, . dade que se aprende pensando, também não deixa de
ff
ção. As pessoas poà.-
crític4 somada á orientação
r;;ê#ãil'r'.il:.i"l"rà-
"r"
ffi ser verdade que se aprende a pensar Íazendo" (pIT).

dológicos adequador
.;;;;. i".rrro, meto_
Aprática docente não pode seÍ apenas um ato mecâ-

I . d? ;;;#fi : "H:[,rÍff.:'j?,â f#
nico e solitário. Aliada à dareza das inÍormações, a refle-

tifuições que oreanizam


u."rrí*l
e tornam
XX xão desses conteúdos em relação à prática denho ou fora
de sala-de-aula traduz-se em produção de coúecimento.
uzido socia.lrnãnte. O, o saber pro_
d
pretendem desmisriÍicar::
p*uaailã; pensamento
.
De tal maneira embora a atuação do proÍessor teúa
como base e alvo principal a docência não se limita a ela
uma minoria como ,upu::re "ú** * ipontum pu.u abrangendo "também a produção do conhecimento peda-
para vu áu*ãi,
---* o, qLutq como limi_
tados (LUCKESI et u!u,7991y.'
#t gógSco, a cooperação na gestão escolar e a interação com a
Atualmente há ur comunidade educativa" (BRASIL. MEC/ SEF. 1999: 62).

Í: ."*i'"'
às devi-
sador
r;:,ffi;p;*[#:,::'as #í Apostando na importância do processo de formação
de suas atirridàd"r:
;;, ;;;;ffi H:,:Tffi:ffI de novos pesquisadores DAMASCENO (2000) indica
duas questões essenciais na formação do educador-pes-
124
ffi
1)\
_pesguisa educacionaí

:__ o prazer de conhecer


quisador: o sabe
outros saberes,;i1*t: como um saber construtor de de valorização da pesquisa
e de estímulo ao seu
desenvolvimenlo juntô ar
rtiriàrãã, do docen_
ff69**:;H*rr":rx';*tt"iut
investigados.
A
aur.,,,-;:-,: :1 dos u.trelpretaÇão
des.tacl aindá fatos
te da educação básica

Pelo menos desde o início


çfUO«f, iOOO, fOal.
pesquisa é uma que o trabalho
de dos anos ge quando come_
"-.t:l: a tgmar co{po a idéia de
1ou uma base comum nacional
trii}fr i#:ffi'í[*Tff '-;:,l1ff Í:Í;xT.::t- p1u, formação do educadoç
, p"rqriru tem sido desta_
cada como meio de produção
Entre as diÍic d" .o1Àu.i**to e inter_
venção na práüca soàal
concebida co-À elemento inte_
ff :§tri,"ü',:#,tT::1li;::ãí#ffi :L:tffi:
grante da unidade teoria/p_ráüca
(FRErIAS, 1999).
é Com a anrovação du^f"i
Porque é r,..urr,írilas ^freqüente escreve4, justamente a"'ói.e^tLes e Bases da
só uma Ieitura
;u,àrri" à;.:il?":'? um tema {.rtJn';;;;
Educação Nacionai (LDB)
ficou-se através de encontros,
;; ür;ã
debare intensi_
rm consonân"i, ;"I1 ^1" rrazrúEÀ" i;; ri. fóruns de discussão e
publicações as mais diversas.
ú;;;r;*.os
;iffi*il?
ça" a
rlffi;.'ig*
üH:HH1
p"Iqffi d'"T:tlY:is falhas d o Processo de forma-
*: jetória é o documen to
Referencia* porrii*oção
sorel da educação infantit
í dw pri*[iirr''qrot
desta rra_
de profu_
o anos do ensi_
,, " a iatka.,*, no fundamenÍal (BRASTL . \tuéí;É"i:;;;;.
T,l lãiüffi: :lT:ffi: "i,i,- |l.o Sesmo
períodq ruÍi"irté;; ãíÉar*po
" a. frp"Jairt* (ÀffiC)
.t"i,'l?#'JIÍiJ:':: probrema rem
gerado uma
constituiu uma Comissão
*,r,**-rr**t*,*,r**!,,r,,*,* ldueogru Desse trabalho
Curricularesparao Curso
de Ensino de
*rrltá;;;;,
tn de Diretrires
d, prdri;g,, (^r{oir*l,que
taca como prindpio a des_

r-Ii""; ;il.': Jil o'J:#;ro ur'ea o áJ articuhção"du't"o; com a prábc4


:
aprofundado ;,ro'*
nto que será
valo_rizando a pesquisa
individ;al ;"i"ü;
no ttípico a seguir. I Pesquisa «)mo uma atiüdade "
defendendo a
p"iprirã r*a@o profissio.
Oo pedagogo. Denhe
Pesquisa como
princípio formativo I
serem perseguidas em
as competências e habüdades
a
- o debare o, sua forma$q apontam a
poiíti.rãi;;il;rlr, de de articular ensino capacida-

Embora a idéia
vo reúa ,iao
d
princípio formafi_
t*:d,.P";;;;.:ffiffi#f
a pesquisa é
mncebida como uma
;:Í,11'r1"##f;;
in.o.rjl"ljl1rfi,.3mo aas moaataades deprá_

:^,,T:t-^,tiü;"'rTH#ifl
início :[:*l:T{;",ry;"*
o*
ff^o:rj-'*::5q*,o
r\o mesmo oeríodq o governo
d, f;;;;
de 2001"(Leino 10-r./, nornt t^)Liducação,em federal..,.*ioÉo, uo
pesquisa como wt.t vtl zuur), Conselho Naónal a.
comD.*^-l''t a defesa da
.íau."ção-ôü;proposta de
ào
"à,.,Jo;;â:1::[!,To"o.*áver
da f";;;; ?:l:o*: r:rr.a formação de proyruooiao )í,lrrçn bdsiu,
cursos de níael supeior. em
nas hês úümas
O assunto foi àir*Uao em vários
,
vem se consolidando
na discussão u"ur1*l-ut
remrca ura perspectiva rutida e ConÍerir: Internet http:/
/ www.mec.gov.br/sesu/diretriz.shtm
126
127
Pesguisa educacional

fóruns, tanto no âmb{rogovemaqent4 . o prazer de conhecer

dade civil, rendo o quanto na socie_


CNE.*r#;,#;.r*., audiências
Ao examinar a intelpretação que o parecer do CNE faz
públicas sobre o assunto.
apO, oru pio.ãrro, foi da pesquisa como princípio orientador da formação
do parecer rerativo às aprova- dos
D,*h.;;;;;;;rltlil
nncionais para a professores, percebemos os motivos das críticas
que lhe
formaçãa de profexoresdr rd,:;ã;
curso de licenciatura.
;;r;;,''k
"ü,(íiur,parecer
níoet superior, têm sido feitas: o professor é apresentado mais como
um
de gradffi consumidor do que como um produtor de pesquisa.
009,mato/2Nl). no
No âmbito das competências a serem desenvolvidas
Tais diretrizgs, alv:
de críticas por parte na formação dos educadores, o parecer assinala aquelas
tes segmentos ligados de diferen_
destacam a pesquisa
ao moviment, à*
educadores, referentes ao coúecimento de processos de investiga_
na r"..*çà" á."pài"rro.r: ção que possibilitem o aperfeiçoàmento da prática peãa_
inadequadamente trãtado como
l:11.*,
Ia4 como prindpio
e como competência
*
a.Uito curricu_ gógSca (CNE. Parecer n" 00912001.:42).
u s". d"senvol_ Aprovadas as Diretrizes Curriculares, o debate sobre
vrda na formação
dos profissi"";il;;;caçao básica.
o tema prossegue. O assunto foi discutido no Vl Semi_
Em retação ao piimeiro
Direhizes apresentam'
;il;;obtema, as
ndria Nadonal dn ,4ssocin{aa Nacional pela Formação dos
o,"grirà íi;;;r#.r, Profissionais da Educaçãa (AnÍope) e na XIV Reuniãa
do
A formação de professores Eórum dos Diretores de FaculdadõslCentros de Educação
para os diferentes das
segmentos da escola. Uniaersidades Públicas Brasileiras (Forumdir). As duas
básica tàrnsiáãIazra.
muiras vezes em instit iç0", qr" rài entidades criücaram o documento do CNE por restringir
invesrigariva.
:l1l* fip: g" pesquisa "al*urn
ÁaÀà" .* ;;;."* a concepção de pesquisa e de produção deloúecimãn_
::33
ormensão criativa "
.ã"-À.;;;;r, , to à esfera do ensino (Anfope/Forumdir. Carta de
da propria práti- CuritibE juúo/2001)
c4 não urti*rt*1T:T:tgte nâo viabilizam Segundo a posição firmada nesses dois eventos, o
consumo ao, o
,.onl fontato
*il;õ"*;í::",:3h:1,iilxx1rj,j,",il,,ji_ projeto defendido pelo movimento organizado dos edu_
dimentos de invest .uÍoT: tem ouha perspectiva: *rrr.ã a pesquisa como
rl' q" *ü"i'3tT:"ilffi J;:.::H*-
menlo 4 quando muito
,p".,.*iil nà*"" *"*
princípio formativo e elemento articuhàor àa relação
teoria e prática. De fatq a leitura do parecer do CNE per_
em alguma discipli mite constatar que o texto restringe essa concepção mais
,"ru,ã1ã-ffi :Itff :,.1::[.: jfr 1::: abrangente a urna pesquisa do ensino e para o ensino.
11ência
os priva d: ,1n dd""t"ii;ã..** Como se vÇ as idéias em tomo do eãucador_pesqui_
para a_compreensâo-da
processualidade da sador estão postas e a polêmic4 ao que tudo indicE háde
fll*t1l :
apropriação
provrsoriedade
aJ.r*"ã*""i" ""
a" continuar. A hadução desse princípio em estratégias de
das certeza,
.l""tifi.*.-ôf.fe. formação ainda não é percebida áe modo explíáto no
Parecer n 00912001:23). --'-*'Iç.- \Lr
cotidiano pedagógico. A despeito do discurso em favor
Enquanto orindniq a pesquisa é vista do professor-pesquisador, nà prátrca, as condições nem
atitude de buàca dl como uma
semprc têm revelado.se propícias à realizaç5s de ativida_
aprendizasem ;-;";i"T,iloJfiilt ,1n Ifl::ã:rÍ; des de investigaçãq pelo mãnos em termos de uma con-
cepção mais tradicional de pesquis4 tomando_se como
128
129
Pesquisa educacional

critério a existênciade procedimentos


trgação, produção
rigorosos de inves_
*::t*;;;;t
ção de resulrados (BEILLERóT;-.0*
e comunica_
", r*).
ilôO, dentro da escola de educação básica foiam bas_
E na prática... os professores tante valorizados pelos nossos entrevistados.
pesquisam? Entretantq as in_formações sobre trabalhos eÍe_
Como vimos, embora tivamente realizados dessa Íorma ficaram redu_
o debate sobre a concepção
educador-pesquisador do z.idas a alguns casos isolados, de modo geral,
esteja presenã."il
algum tempo, nós desde Iuí Iigados a mestres ou doutores, que, tendo con_
ainda é possívei."rril"ráil=r_,._, dúdo seus cursos de pós-graduãção procuram
no ceruírio da eàucação
.gente
Iuta porserincomorado
b.;id; _ ; "*ur_ desenvolver temas ligados às suas dissertações
à;..*.r* d:fiH,ã#: ou teses. Registramog assim mesmq a presen_
cional. Sendo esse o
estado
mativo no campo das ideys,
3os
rfirq* ffijprindpio for_ ça de alguns projetos desenvolvidos em grupo
r'* *o*r, nas instituições esfudadas, o que permit" m*_
Invesrigando o tema;*to "Gür
à'froãrrJãs e estuaantes
ter esperanças a esse respeito (p94)
da escota normar e
d,
dores do Rio de T::d:tud;;;
Ianeiro estudoua socializaiao
de pesquisa_
A constatação parece confirmar a hipótese de que,
de professores, e constatou profissional
não haver mesmo em escolas com condições mais favoráveis, a
prá_
ticada pesquisa não parece incorporada ao cotidianô do
;:::,n,il.iffi'i:s:iJil,ffi*:.ffi::: professor da educação básica. euanto a este aspecto, é
oporfuno observar que na perspectiva de envolvimento
qursa para a atividade
docentá
apareceu a mr "rn t".a ... ,,ao com a pesquisa desde a sala de aula e com o projeto cole_
mente rigada j?il:,tH- tivo de investigaçãq conÍorme proposto nos capítulos S
lii:1,:,ff.*:l
fessores, de todjas ,,
ár"";;';;À;;i*u e Ç essas circunstâncias podern mudar. Se uma andori-
uma preparação específicu irro nh4 soziú4 não faz o verão, juntas, podem fazer uma
rru r,firmaçao
*..r uqq
-- uni
(LUDKE,2000: 101). I estação. Teúamos em mente a força aã trabatho realiz.a_
do em equipe. Um grupo de professores, um professor e
Dando .rr**lil.".a esses estudos, a equipe
seus alunos, o coletivo de uma escola... unidos no
pros_ propó_
,T,TJ",H:'*?i::"Jfl
apresentariam boas
:::r#:t*"*::n:lÍl sito de descobrir opÍazeÍ de coúece4 tornam poriirrà u
prática da pesquisa. para tantq bastam algumãs idéias...
condiçOã, puru.r*s
exercerem atiüdades professores O:ary+o, ou pelo menos um começo, está aqui apon_
de p-esquisà. O"nt
conclusões do estudq l.u. principais t-adg. O importante é a coragem de criaq pois a fehàaa_
e a pesquisa (LúDKE
prüti"r'ao ,"í, iàr,
o professor de é sempre um resultado ãa aüvidade criativa (Dalai
et
uma que parece oferecer ?tii,
200r2;;r*, apontar tT"r) e est4 enquanto pÍazr'lr construídq está dispoú_
resposta interàsante
que nos propusemos à questão vel aos que se propõem a avenfura de coúecer.
a refleiir nip1.ã, como se vê
na passagem a seguir: Para conduir nossa conversa, lembramos de deixar
""rr.
uma mensagem que fala de compromisso, decisão e
A possibilidade e o interesse coragem...
do trabalho em

130
131
relaÉo a todos os,atol
de iniciativa* q!
uma verdade fundamentai- ' de urq!
.Exrste-
"Em
oiacão
cujo descoúeciment
mata imímeras idéias
PÁrt;t;fu;d;;r(o e
a de que no mo*"nto em que nos compromete_
n,o, á"fir,i,urm..i.tu]
a-Proüdência *ou"_ru
também.
roqa urna corrente
de acontecimentos
decisão brota da

,*f_r: surgir
rncrdentes
a nosso favor toda
e encontros
sorte de ABREU, MafizaVasques. Cartilha
dos conselhos do
e assistência ;;;"ri"I Fundef - Censo Escoíar. Brasília:
que neúum homem fUfVbfSCOLA, Tggg.
ALVES, Rubem. Entre a ciência
sua direção. "rú;;;;";:.rrJ"r, e a sapiência: o dilema
O que quer que você
orfssa fazer'
da educação. São pauto: L";;ü igs;:''
poss4 faça-o. ' ousoúe que ANDRÉ, Marli. ElizaD.a. a..-ú-
proieto coletivo de
investigação da pnítica pedagógica
i.'prof.rrores da
[;ff"H."";|f seniaridade, poder e masia.
escola normal. FAZENDA, frirri
fOrg.l. Novos enfo_
(Gôethe) ques da pesquisa educacional.
Sao'paílo: Cortez,1992.
. O,papel da pesquisa na
:_
prauca docente. CLAVES, S.M.
articulação entre saber e
e TIBALLI f.f. (Org.).
Anais do VI ENDIPE vol II Goiâni
a, tíg+
_.EtnograÍia da prática escolar. Campinas: papirus,
7995.
ANDRÉ, Marli. Eliza p. A de. (Org.).
O papel da pes_
quisa. na formaçã9 e na práticã
dos professores.
Campinas: papirus, 2001.
ANFOPE. FORUMDIR. Carta de
Curitiba. VI Seminiírio
Nacional da Associação Nacional
p"fu fo._ução dos
Profissionais da Educação (ANFOpÊiruV
Reunião do
Fórum dos Diretore, de Fucrildrdes/C1nÀs
-6fônUfr,fOm;
de Educação
I
das Universidades públicas nrurifái.*
A
juúo de 2001 (mimeo.).
!e
R.lVÍensagens para sempre. Buenos
:+CH, Aires: pTp
Ediciones,2000.
I BECKE&
Femando. Epistemologia do professor:
-
diano da escola. pehópolis: Vorís,fqSS.
o coti_
:

BOCKNIAK, Regrna. bonversando


.oá Ivani Fazenda
soore a organização dessa coletânea.
FAZENDA' Ivani
(OtS.). Novos enÍoques da pesquisa
132 educacional. São

133

Você também pode gostar