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Desenvolvimento físico

O conceito de infância, assim como os devidos cuidados com esse período de


desenvolvimento, mudaram muito conforme os séculos se passaram. A criança nos séculos passados
era vista como uma miniatura de adulto, sem cuidados específicos para essa etapa da vida. Hoje já é
possível entender como essa evolução acontece e as diferenças físicas e cognitivas entre um adulto
e uma criança.
Visto que não existia a diferenciação muito clara entre adultos e crianças, e possível
perceber através de registros históricos que as crianças recebiam cuidados especiais ate os sete anos,
após essas idades eles participariam de atividades adultas. De acordo com sua classe social eles
poderiam trabalhar case fossem menos privilegiadas financeiramente. Em famílias as quais tinham
melhor condição, eles iniciariam seus estudos a partir dos quatro ou cinco anos de idade, porém esse
estudo era quase sempre enciclopédico e não comportava atividades direcionadas para cada idade
específica.
Segundo Carvalho(2005), o conceito de infância foi mudado a partir do século 17, onde a
família começou a distinguir e separar as crianças de situações direcionadas aos adultos, como a
presença delas em festas; o ensino começou a ser direcionado a cada idade específica, onde ocorreu
a formação de classes com a mesma faixa etária, e foi o momento onde surgiram alguns pensadores
que defenderam a ideia de que a mente da criança se diferencia da mente do adulto.
Vale lembrar também, que essas mudanças só ocorreram nas famílias mais abastadas,
enquanto as classes mais baixas continuaram fazendo pouca diferenciação entre vida infantil e vida
adulta. Nessa ultima situação citada, as crianças não eram ensinadas academicamente, e sim a
desenvolver habilidades para um ofício específico. Crianças viviam as mesmas faltas e experiencias
que deveriam ser voltadas aos adultos, como por exemplo o casamento na adolescência, devido a
isso muitas não sobreviviam até a vida adulta. Diante dessa problemática foi necessária uma
transformação para poder promover mudanças reais no tratamento que a sociedade destinava a essa
etapa da vida.
Quando damos nosso primeiro suspiro de vida, somos seres puramente biológicos, e de
acordo com a influência social e cultural desenvolveremos a forma como seremos quando adultos, a
língua que falaremos, nossos hábitos que serão desenvolvidos, até mesmo nossos valores e
costumes dependerão do nosso ciclo social e cultural. Diante disso podemos compreender que a
infância será impactada pelo indivíduo, seu meio, sua família, e sua nacionalidade.
Amaral (2007) diz que o avanço da neurociência trouxe novos conhecimentos para a
psicologia e medicina que permitiram uma revolução na compreensão do desenvolvimento, hoje é
possível organizar o conhecimento sobre o desenvolvimento das crianças e estudá-las de acordo
com suas características e manifestações, olhando de maneira adequada para as similaridades das
etapas da infância.

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