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opeControle Controle é o esforço sistemático de estabelecer

padrões de desempenho com os objetivos de


planejamento, para desenhar sistemas de
Conceito de Controle/Avaliação retroação de informação para comparar o
desempenho atual com aqueles padrões
É a função administrativa que tem por objetivo predeterminados para verificar onde estão os
monitorar as atividades, comparando-se os desvios e medir sua significância e tomar a
resultados obtidos (desempenho atual) com os ação necessária para assegurar que todos os
resultados desejados/esperados (objetivos recursos da organização estão sendo utilizados
planejados), realizando-se, ainda, as correções da maneira mais eficiente e eficaz para alcançar
necessárias (ajustes necessários), no intuito de os objetivos organizacionais.
assegurar que os resultados e os objetivos
O controle tem 03 objetivos básicos:
organizacionais previamente estabelecidos pelo
planejamento sejam alcançados.  Assegurar que os resultados e os
objetivos organizacionais previamente
Para que seja possível realizar o controle, é
estabelecidos pelo planejamento
necessário que os objetivos estejam
sejam alcançados;
previamente definidos; ou seja, é necessário
 Ajustar/Corrigir os desvios negativos
que tenha sido realizado o planejamento.
(corrigir as falhas e os erros
Ou seja, a função controle envolve o identificados);
acompanhamento, o monitoramento e a  Reforçar os desvios positivos
avaliação do desempenho organizacional para (identificar as “boas práticas” e
verificar se as coisas estão acontecendo de reforçá-las).
acordo com o que foi planejado.
Características do Controle:
O controle serve tanto para ajustar desvios
negativos (ou seja, quando o resultado obtido MAXIMIANO e CHIAVENATO estabelece as
não está de acordo com o resultado planejado), seguintes características para um controle
bem como para reforçar desvios positivos (ou eficaz:
seja, quando o desempenho obtido foi
Orientação estratégica para resultados (Foco
satisfatório e deve ser “repetido” ou então até
estratégico):
mesmo pode ser “aprimorado”).
 O controle focaliza nas atividades
 Outros Conceitos de Controle:
primordiais da organização dando
DJALMA OLIVEIRA, controle (ou avaliação) é “a ênfase àquelas atividades mais
metodologia administrativa que, mediante a significativas e que trazem maiores
comparação com padrões previamente resultados à empresa.
estabelecidos, procura medir e avaliar o
Compreensão (Inteligibilidade):
desempenho e os resultados das ações e
estratégias, com a finalidade de realimentar  Utiliza-se uma linguagem simples e
com informações os tomadores de decisões, de clara para facilitar a compreensão. Os
forma que possam corrigir ou reforçar este dados devem ser apresentados de
desempenho, para assegurar que os resultados forma compreensível. O controle deve
estabelecidos pelos planejamentos sejam evitar relatórios complicados e
alcançados”. estatísticas enganosas.

CHIAVENATO, por sua vez, destaca que o Orientação rápida para as exceções (Foco nas
controle “é a função administrativa que consiste exceções):
em medir e corrigir o desempenho para
assegurar que os objetivos organizacionais e os  Deve identificar os desvios
planos estabelecidos para alcançá-los sejam rapidamente, a partir de uma visão
realizados”. panorâmica sobre as variações e o que
deve ser feito para corrigi-los.
Flexibilidade: coletadas e deve-se mediar, monitorar
ou avaliar a atividade (desempenho
 Deve proporcionar um julgamento atual) para verificar se os resultados
individual e que possa ser modificado esperados estão sendo atingidos e
para adaptar-se a novas circunstâncias quais correções devem ser realizadas;
e situações. 3. Comparação: compara o resultado
Autocontrole: obtido (desempenho atual) com os
objetivos (resultados esperados) ou
 Deve proporcionar confiabilidade, padrões de desempenho
participação e boa comunicação entre anteriormente estabelecidos;
as pessoas envolvidas. 4. Correção, Realimentação ou
Feedback: é a implementação de
Natureza positiva:
medidas corretivas, ajusta o
 Deve enfatizar o desenvolvimento, desempenho de modo que os desvios
mudança e melhoria. Deve alavancar a negativos são corrigidos para que os
iniciativa das pessoas e minimizar o resultados e os objetivos
papel da penalidade e das punições. organizacionais sejam alcançados. Os
desvios positivos também podem ser
Economia: reforçados/aprimorados;
 Os benefícios obtidos pelo processo de Aula 2
controle devem ser maiores que os
custos do controle. Tipos de Controle (Classificações)

Clareza e Objetividade: Quanto ao nível organizacional:

 O controle deve ser imparcial e Tanto o planejamento quanto o controle


acurado para todos. Também deve ocorrem em todos os níveis organizacionais
haver a “economia de palavras”. (estratégico, tático e operacional).

Aceitação: CHIAVENATO aduz que o controle é classificado


em: controle estratégico, controle tático e
 Os sistemas de controle devem ser
controle operacional.
aceitos pelos controlados.

Rapidez:

 As informações obtidas pelo processo


de controle devem chegar
rapidamente ao tomador de decisões.

Precisão:

 A tomada de decisão depende de


informações precisas obtidas pelo Controle Estratégico (Controle Organizacional
processo de controle. ou Controle Institucional):

 Avalia se os planos e objetivos


Etapas do processo de controle estratégicos (definidos pelo
planejamento estratégico) estão sendo
O processo de controle constitui 04 etapas: alcançados;
 Avalia a organização como um todo
1. Definição de objetivos: estabelece os
(considera as informações internas e
objetivos (padrões de desempenho).
externas);
Define os resultados esperados.
 Tem forte orientação externa;
2. Monitoramento, Medição ou
 Busca orientar a alta cúpula da
Avaliação: as informações são
organização na tomada de decisões;
 É genérico, sintético e de longo prazo; Quanto ao Momento:
 Exemplo: Balanço Contábil, Relatórios
Financeiros, Nível de satisfação dos O controle pode ocorrer antes da atividade,
usuários, e Análise do retorno sobre o durante a atividade ou após a atividade ter se
investimento (RSI); encerrado.

Controle Tático: Pode ser:

 Avalia se os planos e objetivos táticos 1. Controle Preventivo (preliminar, pré-


(definidos pelo planejamento tático) ação, avaliação diagnóstica, “ex ante”,
estão sendo alcançados; ou pré-controle):
 Avalia os resultados e o desempenho  Ocorre antes da atividade ser
de determinadas unidades da executada;
organização (departamentos, áreas,  Identificar e prevenir a ocorrência de
divisão); problemas;
 Preocupa-se com a “articulação  Trata-se de um controle proativo, que
interna”; se antecipa aos problemas, visando
 Menos genérico, mais detalhado e evitar que eles ocorram;
médio prazo;  Se baseia na inspeção e verificação dos
 Exemplos: Controle Orçamentário e insumos (recursos, máquinas, matérias
Contabilidade de Custos. primas, etc), que serão utilizados nas
atividades;
Obs.: CHIAVENATO (2014) em sua obra destaca  Foco: insumos;
que os orçamentos fazem parte do
PLANEJAMENTO operacional. Portanto, faria
mais sentido se o autor afirmasse que o 2. Controle Simultâneo (concorrente,
controle orçamentário faz parte do CONTROLE monitoramento, ou “in itinere”):
operacional. Contudo, isso não acontece. O  Ocorre durante a execução da
autor acaba se contradizendo e sustenta que o atividade;
controle orçamentário faz parte do CONTROLE  Atividades são monitoradas e avaliadas
tático. continuamente, durante sua execução;
SOBRAL e PECI (2013), por outro lado, seguindo  Busca corrigir os problemas;
a linha de raciocínio mais lógica, afirmam que o  Controle reativo;
controle orçamentário, de fato, faz parte do  Foco: processo;
CONTROLE operacional.

Controle Operacional:
3. Controle Posterior (pós-ação,
 Avalia se os planos e objetivos avaliação somativa, feedback,
operacionais (definidos pelo controle por retroação, ou “ex post”):
planejamento operacional) estão  Ocorre depois que a atividade foi
sendo alcançados; executada;
 Avalia as tarefas e as atividades  Avaliar o desempenho da atividade
específicas; que já foi encerrada;
 Analisa cada tarefa ou processo  Busca identificar quais foram as causas
operacional de forma específica; dos problemas (dos desvios) para
 Preocupa-se com a eficiência e o corrigi-los;
consumo de recursos;  Busca evitar que os mesmos
 É o mais detalhado e mais analítico, e problemas ocorram novamente nas
está voltado para o curto prazo; ações que serão executadas no futuro;
 Exemplo: Controle de Inventário de  Foco: resultado;
Estoque, Controle de Qualidade e
Programação Just-in-time (tipo de
controle de inventário);
Aula 03 Quanto ao tipo de empresa:

Níveis de Controle de Perrow: JOSIR GOMES defende que, dependendo do


tamanho e das características da organização, o
Controle de Primeira Ordem:
controle pode ser de 04 tipos:
 Supervisão direta; Controle Familiar:
 Forma simples de controle, adotada
por pequenas empresas, onde os  Presente nas empresas familiares
chefes controlam as atividades dos (geralmente de pequeno porte);
empregados;  Informal;
 Destaca-se a figura do dono da
Controle de Segunda Ordem:
empresa, que exerce diretamente o
 Padronização de processos; controle;
 Forma baseada na tecnologia Controle Burocrático:
(automação dos processos) e na
burocracia (conjunto de regras  Comum em empresas de grande porte
racionais); que possuem estruturas centralizadas
e processos formalizados;
Controle de Terceira Ordem:
 Baseado em regras, regulamentos e
 Controle por premissas e culturas; normas rígidas;
 É o mais implícito;  Destaca-se a figura do chefe;
 Envolve compartilhamento de Controle por Resultado:
pressupostos, valores e crenças entre
os indivíduos, que acabam por  Utilizado por empresas de grande
coordenar e orientar as atividades de porte que atuam em ambientes
forma “natural”; complexos e competitivos;
 Estrutura descentralizadas (composta
por centros de
Quanto à orientação: responsabilidade/resultados);

Controle Burocrático: Obs.: Os gerentes somente são


responsabilizados pelos resultados que estejam
 Criação de regras, regulamentos, sob seu controle.
normas, padrões e procedimentos;
 Busca influenciar e avaliar o Controle Ad Hoc:
desempenho;  Utilizado por empresas que atuam em
Controle de Mercado: ambientes dinâmicos, complexos e
com alta tecnologia;
 Utilização de critérios de mercado;  Mecanismos de controle informais e
 Participação de mercado, satisfação baseados no autocontrole;
dos clientes, etc;
Obs.: O alto nível de profissionalização dos
 Busca avaliar as atividades e os
funcionários direciona o controle para decisões
resultados da organização;
colegiadas, baseadas nos conhecimentos sobre
Controle de Clã: as atividades desenvolvidas. Exemplo: contrato
adotado em empresas de consultoria,
 Relacionado ao compartilhamento de publicidade, etc;
crenças e valores;
 Relacionamentos informais;
 Busca orientar o comportamento dos
Quanto ao comportamento das pessoas:
indivíduos em busca dos objetivos
organizacionais; Controle Formal (pressão formal):
 Poder racional-legal;  Mecanismo de autocontrole;
 Chefe utiliza seu cargo para induzir ou  Decorre do princípio da autotutela;
coibir algum tipo de comportamento;  Espécie de controle interno;
 Exemplo de mecanismos de controle:
recompensas, punições, presença
física do chefe; Quanto à origem que o realiza:
Controle Social: Controle Interno:
 Conjunto de pessoas exercem controle  Entidade fiscalizada integra a mesma
sobre algum membro para que estrutura organizacional da entidade
ajustem seus comportamentos às fiscalizadora;
crenças e valores;  Controle realizado dentro do mesmo
 Conformidade social (aceitação das poder;
pessoas aos valores);  Exemplo: controladoria geral da união;
 Exemplos de mecanismos: punições,
censura e exclusão do grupo, Controle Externo:
recompensas, etc;
 Entidade fiscalizada não integra a
Controle Técnico: mesma estrutura organizacional da
entidade fiscalizadora;
 Exercido por “sistemas” que  Exerce controle sobre outro poder;
determinam a direção a ser seguida, a
intensidade e a frequência do Controle Popular:
comportamento;
 Realizado pelo povo (diretamente ou
 Ocorre sem a interferência dos chefes
por entidades criadas para tal função);
ou colegas;
 Não “premia” o desempenho;
 Exemplo de mecanismos: relógios,
faixas de rodagem, máquinas e as Quanto à iniciativa:
linhas de montagem, orçamentos;
Controle de Ofício:

 Controle espontâneo;
Quanto à natureza do controlador:  Exercido pela própria administração
(por iniciativa própria) no exercício do
Controle Judicial: poder de autotutela;
 Realizado exclusivamente pelo Poder Controle Provocado:
Judiciário, no exercício de sua função
típica;  É iniciado por terceiros;
 Sistema de jurisdição una (sistema  Exemplo: recurso administrativo ou
inglês); ação judicial;
 Produz decisão definitiva;
Aula 04
Controle Legislativo:
Indicadores de Desempenho:
 Também chamado de controle
Conceito:
parlamentar;
 Existem 02 tipos: o político e o É uma medida, de ordem quantitativa ou
financeiro/técnico; qualitativa, dotada de significado particular e
 Espécie de controle externo; utilizada para organizar e captar as informações
relevantes dos elementos que compõem o
Controle Administrativo:
objeto da observação. É um recurso
 Administração exerce sobre suas metodológico que informa empiricamente
próprias atividades; sobre a evolução do aspecto observado”.
Os indicadores são medidas que representam Padrão de comparação: índice arbitrário e
ou quantificam um insumo, um resultado, uma aceitável para uma avaliação comparativa de
característica ou o desempenho de um padrão de cumprimento; e
processo, de um serviço, de um produto ou da
Meta: índice (número) orientado por um
organização como um todo.
indicador em relação a um padrão de
Portanto, os indicadores servem para monitorar comparação a ser alcançado durante certo
e medir o desempenho e os resultados período.
organizacionais.

Finalidades dos Indicadores:


Aula 05
 Mensurar os resultados e gerir o
Critérios Básicos (Atributos) dos Indicadores
desempenho;
 Embasar a análise crítica dos O guia referencial elenca alguns critérios
resultados obtidos e do processo de básicos (ou centrais) que devem estar
tomada de decisão; presentes para garantir a operacionalização
 Contribuir para a melhoria contínua dos indicadores. São eles:
dos processos organizacionais;
 Facilitar o planejamento e o controle Seletividade (importância): os indicadores
do desempenho; informam acerca das principais variáveis
 Viabilizar a análise comparativa do estratégicas e prioridades definidas de ações,
desempenho da organização e do produtos ou impactos esperados.
desempenho de diversas organizações
Simplicidade, clareza, intelegibilidade e
atuantes em áreas ou ambientes
comunicabilidade: os nomes e expressões
semelhantes;
devem ser facilmente compreendidos e
Desempenho pode ser entendido como os conhecidos por todos os públicos interessados.
esforços que são empreendidos na direção de
Representatividade, confiabilidade e
resultados a serem alcançados. Portanto,
sensibilidade: os indicadores devem
desempenho = esforços + resultados (ou então,
demonstrar a mais importante e crítica etapa
desempenho = esforços –> resultados).
de um processo, projeto. Deve ser preciso,
capazes de responder aos objetivos e coletados
na fonte de dados correta e refletir
tempestivamente os efeitos decorrentes das
intervenções.

Investigativos: os dados disponibilizados devem


ser fáceis de analisar, sejam estes para registro
ou reter informações e permitir juízos de valor.

Comparabilidade: os indicadores devem ser


facilmente comparáveis com as referências
Componentes Básicos dos Indicadores:
internas e externas, bem como séries históricas
Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa de acontecimentos.
que permite classificar as características, Estabilidade: os indicadores devem ter
resultados e consequências dos produtos, procedimentos gerados de forma sistemática e
processos ou sistemas; constante, sem muitas alterações e
Fórmula: padrão matemático que expressa à complexidades, uma vez que é relevante
forma de realização do cálculo; manter o padrão e permitir a série-histórica.

Índice (número): valor de um indicador em Custo-efetividade: os indicadores devem ser


determinado momento; projetados para serem factíveis e
economicamente viáveis. Nem todas as
informações devem ser mensuradas, devendo indicador deve ser significante ao que
ser avaliado os benefícios gerados em está sendo medido e manter essa
detrimento do ônus despendido. significância ao longo do tempo;
 Confiabilidade: indicadores devem ter
Alguns outros atributos que os indicadores
origem em fontes confiáveis, que
devem possuir para serem viáveis e práticos:
utilizem metodologias reconhecidas e
Adaptabilidade: transparentes de coleta,
processamento e divulgação;
 Capacidade de resposta às mudanças  Disponibilidade: devem ser de fácil
de comportamento e exigências dos obtenção;
clientes;
 Os indicadores podem ser substituídos Complementares (depende da análise
ou eliminados; situacional):

Rastreabilidade:  Simplicidade: indicadores simples, de


fácil obtenção, construção,
 Facilidade para identificar a origem dos manutenção, comunicaçãos e
dados, registro e manutenção; entendimento por todos;
 Sempre que possível, deve-se  Clareza: formado por um numerador e
transformar os resultados em gráficos um denominador, ambos compostos
para um acompanhamento mais por dados de fácil obtenção;
preciso e comparação com  Sensibilidade: reflete
desempenhos anteriores; tempestivamente às mudanças
decorrentes das intervenções
Disponibilidade:
realizadas;
 Facilidade para coleta, estando  Desagregabilidade: capacidade de
disponível a todo tempo para as representação regionalizada de grupos
pessoas certas e sem distorções; sociodemográficos, considerando que
 Servem de base para tomada de a dimensão territorial se apresenta
decisão; como um componente essencial na
implementação de políticas públicas;
Economia, Baixo Custo ou Custo-Efetividade:  Economicidade: obtenção dos
 Não deve ser gasto tempo procurando indicadores a custos módicos; a
dados, pesquisando ou aguardando relação entre os custos de obtenção e
novos métodos de coleta; os benefícios advindos deve ser
favorável;
Praticidade:  Estabilidade: capacidade de
estabelecimento de séries históricas
 Garante que realmente funciona na
estáveis que permitam
prática e que permite a tomada de
monitoramentos e comparações das
decisões gerenciais;
variáveis de interesse, com mínima
 Deve ser testado no campo e, se
interferência causada por outras
necessário, modificado ou excluído;
variáveis;
Propriedade dos indicadores:  Mensurabilidade: alcance e
mensuração quando necessário, na
Essenciais (qualquer indicador deve sua versão mais atual, com maior
apresentar): precisão possível e sem ambiguidade;
 Auditabilidade ou rastreabilidade:
 Utilidade: Deve suportar decisões. Os
qualquer pessoa deve sentir-se apta a
indicadores devem basear-se nas
verificar a boa aplicação das regras de
necessidades de quem decide;
uso dos indicadores (obtenção,
 Validade: capacidade de representar
tratamento, formatação, difusão,
com a maior proximidade da realidade
interpretação).
que se deseja medir e modificar. Um
 Publicidade: os indicadores devem ser devendo ser evitados indicadores que possam
públicos, isto é, conhecidos e ser influenciados por fatores externos.
acessíveis a todos os níveis da
Confiabilidade: a fonte de dados utilizada para
instituição, bem como à sociedade e
o cálculo do indicador deve ser confiável, de
aos demais entes da administração
modo que diferentes avaliadores possam
pública.
chegar aos mesmos resultados;
 Temporalidade: deve considerar o
momento em que deve começar a Seletividade: estabelece-se um número
medição; em segundo lugar a equilibrado de indicadores que enfoquem os
disponibilidade de obtenção quando aspectos essenciais do que se quer medir;
os diferentes resultados começarem a
acontecer; e, por fim, o Simplicidade/Compreensão: deve ser de fácil
acompanhamento periódico do compreensão e não envolver dificuldades de
desempenho do programa; cálculo ou de uso;
 Factibilidade: indicadores com Completude/Cobertura: deve demonstrar a
medição factível, em momentos amplitude e a diversidade de características do
adequados e com uma periodicidade fenômeno monitorado (sempre levando em
que equilibre as necessidades de consideração o princípio da seletividade e da
informação com os recursos técnicos e simplicidade);
financeiros;
Economicidade: as informações necessárias ao
Qualidade dos Indicadores: cálculo do indicador devem ser coletadas e
As qualidades desejáveis que os indicadores de atualizadas a um custo razoável, quando
desempenho devem possuir, na visão do TCU: comparado com a utilidade gerencial da
informação que ele fornece.
Validade/Representatividade: deve refletir o
fenômeno a que está sendo medido. O enfoque Acessibilidade: deve haver facilidade de acesso
deve ser no produto. Deve-se medir aquilo que às informações primárias bem como de registro
é produzido, identificando produtos e manutenção para o cálculo dos indicadores.
intermediários e finais, além dos impactos Tempestividade: devem ser disponíveis quando
desses produtos. necessário, em tempo hábil para a tomada de
Comparabilidade: deve permitir comparações decisão;
ao longo do tempo e entre diferentes objetos Objetividade: deve ser inequívoco o que está
de auditoria; sendo medido e quais dados estão sendo
Estabilidade: as variáveis componentes do usados em sua apuração. Deve-se evitar
indicador devem ter “estabilidade conceitual”. ambiguidades.
Além disso, a sua forma de cálculo não deve Aula 06
variar no tempo, bem como os procedimentos
de coleta de dados para sua apuração também Etapas e Passos para a Construção
devem ser estáveis. (Formulação) de Indicadores

Homogeneidade: Por exemplo, ao estabelecer As 06 etapas são as seguintes:


o custo médio por auditoria, devem-se
1. O que mensurar?
identificar os diversos “tipos de auditoria”, já
2. Como mensurar?
que para cada tipo tem-se uma composição de
3. Coleta de Informações
custo diversa.
4. Mensuração
Praticidade: deve funcionar na prática e 5. Análise
permitir a tomada de decisões gerenciais. 6. Comunicação

Independência: deve medir os resultados Essas etapas são desdobradas em 10 passos:


atribuíveis às ações que se quer monitorar,
1. Identificação do nível, dimensão, Visa mensurar o que deve ser realizado para
subdimensão e objetos de que seja produzido um resultado significativo
mensuração; no futuro.
2. Estabelecimento dos indicadores de
Bennett (1976) e Wholey (1979)23 , ”cadeia de
desempenho;
valor é definida como o levantamento de toda a
3. Validação preliminar dos indicadores
ação ou processo necessário para gerar ou
com as partes interessadas;
entregar produtos ou serviços a um
4. Construção de fórmulas,
beneficiário. É uma representação das
estabelecimento de metas e notas;
atividades de uma organização e permite
5. Definição de responsáveis;
melhor visualização do valor ou do benefício
6. Geração de sistemas de coleta de
agregado no processo, sendo utilizada
dados;
amplamente na definição dos resultados e
7. Ponderação e validação final dos
impactos de organizações”.
indicadores com as partes
interessadas; Conforme vimos nessa aula, os indicadores são
8. Mensuração dos resultados; utilizados para medir o desempenho
9. Análise e interpretação dos (desempenho = esforços + resultados). Nesse
indicadores; e sentido, o Guia Referencial propõe uma cadeia
10. Comunicação do desempenho e gerir de valor que identifica 06 dimensões: 03
mudança. dimensões de esforço (economicidade,
execução e excelência) e 03 dimensões de
Variáveis dos Indicadores:
resultado (são eficiência, eficácia e efetividade).
Custo: indica os custos unitários das tarefas,
A partir da combinação dessas dimensões, é
bem como os custos “totais” das ações
obtida a mensuração do desempenho.
programadas.
Eficiência: é a relação entre os
Tempo: Busca indicar em quanto tempo cada
produtos/serviços gerados (outputs) com os
tarefa está sendo executada e se as ações estão
insumos utilizados, relacionado o que foi
sendo desenvolvidas dentro dos prazos
entregue e o que foi consumido de recursos,
estabelecidos.
usualmente sob a forma de custos ou
Qualidade: Visa a mensurar a satisfação do produtividade.
“cliente/usuário”, bem como avaliar se os
Significa fazer bem alguma coisa, de forma
padrões de qualidade estão sendo atingidos.
correta. Utilizar os recursos disponíveis da
Quantidade: Tem por objetivo mensurar a melhor maneira possível. Está associado à
produção total, para avaliar se os objetivos produtividade e ao desempenho; ao modo de
quantitativos de produção foram atingidos, se fazer algo. O foco é interno e relaciona-se
bem como para avaliar se a demanda dos aos meios e aos custos envolvidos. É a medida
“clientes/usuários” foi atendida. de avaliação da utilização dos recursos.

Mitos sobre a Medição de Desempenho: Eficácia: é a quantidade e qualidade de


produtos e serviços entregues ao usuário
(beneficiário direto dos produtos e serviços da
organização).

Significa fazer a coisa certa. Fazer aquilo que


deve ser feito para atingir os objetivos ou as
metas traçadas, independentemente dos custos
envolvidos. O foco é externo e relaciona-se aos
Aula 07
fins. É a medida de avaliação do alcance dos
Modelo para Mensuração de Desempenho: A resultados.
Cadeia de Valor e os 6 Es do Desempenho: Efetividade: são os impactos gerados pelos
produtos/serviços, processos ou projetos. A
efetividade está vinculada ao grau de satisfação
ou ainda ao valor agregado, a transformação
produzida no contexto em geral. Esta classe de
indicadores, mais difícil de ser mensurada (dada
a natureza dos dados e o caráter temporal),
está relacionada com a missão da instituição.

Está relacionada aos impactos das ações. É


alcançar os resultados pretendidos, de forma a
alterar a realidade. Não basta alcançar os
objetivos, deve haver a transformação. O foco é
externo e relaciona-se aos impactos (benefícios
gerados) das ações desenvolvidas. É a medida
de avaliação do impacto gerado.

Indicadores de efetividade podem ser


encontrados na dimensão estratégica do Plano
Plurianual (PPA).

Execução: refere-se à realização dos processos,


projetos e planos de ação conforme
estabelecidos.

Podem ser encontrados no monitoramento das


ações do PPA.

Economicidade: está alinhada ao conceito de


obtenção e uso de recursos com o menor ônus
possível, dentro dos requisitos e da quantidade
exigida pelo input, gerindo adequadamente os
recursos financeiros e físicos.

Podem ser encontrados nas unidades de


suprimentos.

Excelência: é a conformidade a critérios e


padrões de qualidade/excelência para a
realização dos processos, atividades e projetos
na busca da melhor execução e economicidade;
sendo um elemento transversal.

Indicadores e padrões de excelência podem ser Aula 08


encontrados no Instrumento de Avaliação da
Gestão Pública (IAGP). Tipos/Classificações de Indicadores de
Graças Rua:

Indicadores Estratégicos: estão relacionados ao


planejamento estratégico da organização.
Informam o “quanto” a organização se encontra
na direção da consecução de sua Visão. Os
indicadores estratégicos refletem o
desempenho em relação aos Objetivos
Estratégicos da Organização.

Indicadores de Projetos: esses indicadores têm


por objetivo avaliar o desempenho dos
projetos. Projeto é um “conjunto de atividades  Estão relacionados à efetividade;
que ocorrem apenas uma vez, com ponto de
partida e ponto de chegada definidos no Indicadores de Capacidade:
tempo. Tem início, meio e fim previamente  Medem a “capacidade de resposta de
determinados.” um processo por meio da relação
Indicadores de Processo: os indicadores de entre as saídas produzidas por unidade
processo buscam representar objetivamente as de tempo”;
características dos processos que devem ser  Buscam medir “quanto” determinado
acompanhadas ao longo do tempo para avaliar processo consegue produzir em
e melhorar o seu desempenho. São divididos determinado tempo;
em: Outros Tipos/Classificações de Indicadores:
Indicadores de Qualidade: Indicadores Quantitativos x Qualitativos:
 Buscam medir como o produto ou
Indicadores Quantitativos:
serviço é percebido pelo cliente e a
capacidade do processo em atender os  São objetivos;
requisitos dos clientes;  O valor numérico obtido representa o
 Podem ser aplicados para a fenômeno que está sendo medido;
organização como um todo, para um
processo ou para uma área; Indicadores Qualitativos:
 Estão associados à eficácia;  São subjetivos;
Podem ser divididos os em dois tipos:  Dependem do julgamento individual
de cada pessoa;
Indicadores da Qualidade: referem-se àquilo
que foi feito corretamente, ou seja, dentro dos Indicadores Simples x Compostos:
padrões estabelecidos;
Indicadores Simples:
Indicadores da Não-Qualidade: indicam aquilo
 Decorre de uma única medição;
que “deixou de ser feito” ou aquilo que foi “mal
feito” (ou seja, foi realizado fora dos padrões Indicadores Compostos:
estabelecidos);
 Decorrem de mais de uma medição;
Indicadores de Produtividade:  Duas ou mais variáveis ou dois ou mais
 estão dentro dos processos e se indicadores simples;
relacionam à utilização dos recursos Indicadores quanto ao nível hierárquico:
para a geração de produtos e serviços;
 Estão associados à eficiência; Indicadores Estratégicos: diretamente ligados
ao planejamento estratégico da organização;
Para GRAÇAS RUA, os Indicadores de
Produtividade permitem a realização de uma Indicadores Táticos: diretamente ligados às
avaliação precisa do esforço despendido para áreas/departamentos da organização;
gerar os produtos e serviços. Esses indicadores
Indicadores Operacionais: relacionados às
devem andar lado a lado com os Indicadores de
atividades e processos operacionais da
Qualidade, formando, assim, o equilíbrio
organização;
necessário ao desempenho global da
organização. Indicadores quanto ao enfoque:
Indicadores de Efetividade: Indicadores de processo:
 Tem por objetivo avaliar os impactos  Têm por objetivo monitorar os
que os produtos/serviços fabricados processos organizacionais (os meios);
pela organização geram nos clientes ou  Relacionado à eficiência;
na sociedade;
Indicadores de resultado:

 Buscam avaliar e medir os resultados


obtidos (os fins);
 Relacionado à eficácia;

Indicadores de impacto:

 Estão orientados aos impactos gerados


pelos produtos;
 Relacionados à efetividade;

Indicadores Lag (de resultado) x Indicadores


Lead (de tendência):

Indicadores Lag (de resultados):

 Mede ações passadas;

Indicadores Lead (de tendência ou


direcionadores):

 Medem atividades no sentido de


direcionar ou induzir resultados
futuros;
 Traçam um plano preditivo;
 Direcionam o desempenho futuro da
organização;
 Avaliam as ações que estão sendo
executadas, com os objetivos de
influenciar as atividades para que os
resultados futuros sejam alcançados;

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