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Aula 2
Modelos de gestão
Meta
• Apresentar alguns modelos e ferramentas de gestão, mostrando que a visão
que o gestor tem sobre o homem/trabalhador influencia na sua escolha de
modelo de gestão.
Objetivos
Após o estudo desta aula, você deverá ser capaz de:
1. reconhecer que a percepção do gestor sobre o homem/trabalhador influencia
na escolha de modelo de gestão e nos pressupostos básicos de um modelo
de gestão;
2. identificar alguns dos principais modelos de gestão;
3. reconhecer algumas ferramentas de gestão que podem ser usadas na escola.
Svilen Milev
Por onde começar? Como você vai gerir esta escola? Provavelmente, você primeiro
vai pensar no perfil das pessoas sob sua gestão. Será que elas são motivadas apenas
por algum tipo de recompensa financeira? Será que elas trabalhariam apenas pelo
prazer de saber que estão fazendo a diferença na vida de outras pessoas, ainda que
somente aquelas da sua comunidade escolar? Será que elas são empreendedoras?
Todas as respostas a estas perguntas e mais algumas que você puder fazer é que,
no conjunto, definirão o tipo de gestor que você será. Por quê? Bem, porque, quase
que inevitavelmente, o perfil dos liderados e, principalmente, a percepção do gestor
desses liderados faz parte do processo de gestão. Por isso mesmo, o melhor é que o
gestor busque conhecer as pessoas sob sua liderança para definir o modelo de gestão
a ser adotado.
Você já parou para pensar nisso? Ainda é tempo de ajustar seu modelo de gestão
e melhorar suas ferramentas para que a sua escola possa tirar o melhor proveito do
período em que está sob a sua direção. Vamos lá! Vamos conhecer ferramentas que
podem ajudar você a saber mais sobre as pessoas que trabalham na sua escola, bem
como conhecer ferramentas de gestão que podem auxiliar nas medidas de controle e
fazer com que seu modelo de gestão possa ser aprimorado!
A escola, por sua vez, deveria buscar novas práticas de gestão que favorecessem
o desenvolvimento dos educadores e educandos, portanto, da sociedade em geral ou,
pelo menos, da comunidade na qual está inserida.
As mudanças propostas e definidas na legislação (Lei de Diretrizes e Bases, Lei
nº 9.394/96) destacam três aspectos principais: descentralização administrativa,
participação da sociedade civil e autonomia crescente dos sistemas e das escolas
públicas.
A ideia é que a construção da identidade organizacional de cada escola
seja o resultado da organização autônoma do corpo docente – professores,
gestores – vinculado aos interesses da comunidade. Assim, cada escola poderia
escolher o tipo de gestão que mais lhe agradasse e fosse conveniente ao seu
público (interno – professores, alunos, corpo administrativo, serviços gerais
– e externo – pais de alunos, Secretaria de Educação, Associações etc.). Desse
modo, os novos modelos de gestão escolar poderiam construir organizações
autônomas com capacidade de1:
Explicativo
Um modelo de gestão pode ser compreendido como “um conjunto de conceitos e práticas que,
orientadas por uma filosofia central, permitem a uma organização operacionalizar todas as suas
atividades, seja no seu âmbito interno ou externo”, entendendo-se que o modelo de gestão é a base
para a formatação de todo o processo de gestão2. As ferramentas de gestão, por sua vez, podem
ser entendidas como o conjunto de métodos e padrões de trabalho que concretizam as atividades
prescritas por um modelo de gestão3. O uso das ferramentas é que faz com que, efetivamente, o
que está proposto no modelo de gestão seja implementado.
Para mim, sinceramente, nenhuma! Sabe por quê? Porque não existem organi-
zações sem pessoas, ainda que seja uma, como no caso de um empreendedor
individual. Então, acredito que modelos de gestão, na verdade, são modelos de gestão
de pessoas. Há quem discorde? Provavelmente!
Independentemente de você concordar comigo ou não, pergunte-se sempre:
“Como vejo ou como percebo as pessoas que estão sob minha gestão? O que estas
pessoas significam para a organização da qual eu sou o gestor?” É um bom começo!
Devemos lembrar que tanto os modelos tradicionais quanto os novos estão
associados a Escolas de Administração que, normalmente, adotam uma concepção
do ser humano e, a partir desta concepção, constroem suas teorias. Vejamos algumas
no Quadro 2.1.
Oliveira, S. R., Moraes, J. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2011. 31
Quadro 2.1: Abordagens da Administração e concepções de homem.
Abordagens da Administração Relações Teoria Teoria Teoria dos Teoria da Administração
Administração Científica e Humanas Burocrática Comportamental Sistemas contingência Participativa
Teoria Clássica
Administração
Empreendedora
Concepção de Homem Homem Homem Homem Homem Homem Homem
Homem Econômico Social Organizacional Administrativo Funcional Complexo Reflexivo,
Empreendedor
Atividade
Qual é a sua concepção sobre as pessoas que estão sob sua gestão?
Que tipo de trabalhadores elas lhe parecem? A sua concepção/
percepção coincide com o modelo de gestão que você adotou na sua
escola?
RESPOSTA COMENTADA
Vejamos: se você respondeu que as pessoas da sua escola só trabalham
por necessidade e que raramente você encontra alguém que esteja disposto a trabalhar, é provável
que você tenha um estilo de gestão mais centralizador e que assuma todas as responsabilidades por
tudo o que ocorre na sua escola. Em outras palavras, o modelo de gestão que você adota coincide
com a percepção que você tem daqueles que estão sob sua liderança. No entanto, se você acredita
que as pessoas são seres complexos, cheios de desejos, valores, com necessidades individuais e que
vêem na organização uma possibilidade de obter a satisfação das suas necessidade e realizações,
então você deve ter um modelo de gestão que privilegia as diferenças individuais, você canaliza
as habilidades e capacidades das pessoas, tentando fazer com que atinjam seus objetivos pessoais
por meio da obtenção, também, dos objetivos da organização.
Modelos de gestão
Os modelos tradicionais de gestão (diretivos), via de regra, podem ser relacionados
com as primeiras Escolas ou Teorias da Administração, a saber, a Administração
Científica e a Teoria Clássica, Relações Humanas e Burocracia, cujas concepções
sobre o homem ou sobre o trabalhador eram a do homem econômico, social e
organizacional, respectivamente.
Saiba mais
Modelos de gestão diretivos são aqueles que se baseiam na autoridade do líder, na hierarquia
e na obediência. Na Aula 6, sobre “Motivação”, e principalmente na disciplina “Liderança e
Comportamento Empreendedor”, mostramos vários estilos de liderança que contemplavam
modelos de gestão diretivos, centralizadores e que evitavam a participação dos liderados
nos processos de decisão da organização. São modelos cujas decisões são tomadas na cúpula
organizacional e aos outros membros da organização resta obedecer e cumprir o que foi
decidido. Geralmente, são modelos que causam algum tipo de insatisfação, desmotivação e falta
de comprometimento, o que só reforça as teorias que afirmam que o homem só trabalha para
garantir a própria manutenção e/ou que não faz nada além do que é atribuído ao seu cargo.
Claro! Sabe por quê? Porque a Escola de Relações Humanas apresenta uma
concepção ingênua do trabalhador, como se fosse possível haver um sujeito feliz e
produtivo apenas porque estaria integrado ao ambiente de trabalho ou porque tivesse
apoio de um grupo. Essa visão, da ingenuidade, também infantiliza o homem, ou seja,
infantiliza o trabalhador, o que significa que os gestores acabam utilizando modelos
de gestão tendenciosos e que podem ser manipulativos.
Quanto à Burocracia, propriamente dita, a organização burocrática atribuída à
gestão tradicional, por si só já institui uma hierarquia que separa completamente
aqueles que planejam daqueles que executam. Então, o que ocorre, geralmente, é
a existência de modelos que dão sustentação e providenciam a manutenção dessa
estrutura. Weber destacou, de maneira exemplar, duas características da Burocracia
que impedem outro modelo de gestão, que não o diretivo.
Os novos modelos de gestão, alguns não tão novos assim, por outro lado, são
baseados no trabalho em equipe, no trabalho por células, na qualidade dos produtos
e serviços, na competitividade e na competência – organizacional e individual; são
orientados para os clientes/usuários – internos e externos.
São representativos dos novos modelos de gestão:
Explicativo
A orientação para resultados pode existir em qualquer tipo de organização: pública, privada,
privada de interesse público, organizações não-governamentais etc. Basta você lembrar que obter
resultado, em uma organização privada, significa obter lucro. Em uma organização pública, pode
significar oferecer um serviço de qualidade ao maior número de pessoas possível. Se em uma
escola particular, por exemplo, o resultado esperado para o ano seguinte é de um aumento de
10% na lucratividade com relação ao ano anterior, em uma escola pública, o resultado esperado
pode ser um aumento de 10% no número de vagas com a mesma quantidade de recursos do ano
anterior.
Saiba mais
A Volvo, de onde vem a palavra volvismo, já que este tipo de modelo de gestão foi inicialmente
experimentado por esta organização, é uma empresa sueca fabricante e montadora de carros,
ônibus e uma das maiores fabricantes de caminhões do mundo, fundada em 1927. Esta empresa é
conhecida por fabricar os carros mais seguros do mundo; inclusive, foi a Volvo que, em 1959, criou
o cinto de segurança de três pontos.
O fundamento desse modelo, que pode ser aplicado à sua escola, é a célula de
trabalho autônoma. O que significa isso? Uma célula de trabalho autônoma é uma
equipe ou grupo de trabalho que participa efetivamente e decide como a equipe fará
o trabalho que lhes foi designado, ou seja, como o trabalho será feito pelo grupo.
Em outras palavras, as células de trabalho são equipes autogeridas que definem
como vão realizar o seu trabalho. A sua escola, por exemplo, pode ser composta por
“n” células de trabalho, cada uma responsável pelo alcance de determinados objetivos.
O gestor da escola não deve dizer como as equipes devem funcionar e nem distribuir
atividades entre os membros da equipe. O gestor, simplesmente, diz qual é a meta
Saiba mais
Lembre-se de que se a sua concepção é de que o trabalhador não gosta de trabalhar, é preguiçoso,
não gosta de assumir responsabilidades, precisa ser persuadido e controlado para que faça seu
trabalho, então sua concepção é a de um trabalhador Tipo X. Porém se você acredita que as
pessoas gostam de trabalhar, de assumir responsabilidades e têm interesse em se comprometer
com as metas da organização, então, você tem uma concepção do trabalhador Tipo Y.
Se você, gestor, designa a uma das células de trabalho da sua escola a construção
de uma horta ou a criação de uma oficina de leitura, deve também informar a data-
limite para que a meta estabelecida esteja cumprida. Deve estabelecer datas para
reuniões com as células de trabalho, para que elas comuniquem o andamento das
suas atividades, e informar que está à disposição para auxiliar, caso elas solicitem.
O papel do gestor é apoiar e monitorar o atingimento das metas.
Pode parecer difícil, mas você só vai saber se há equipes na sua escola que podem
ser células autônomas de trabalho, se tentar. Vamos lá!
A Administração participativa é o modelo de gestão que busca implementar um
conjunto harmônico de sistemas, condições organizacionais e comportamentos de
gestores que estimulam os membros da organização a participarem do processo de
administrar os principais recursos organizacionais – capital, informação e pessoas –
para, através dessa participação, obter o comprometimento com os resultados7.
Você pode estar se perguntando quais são os fundamentos da Administração
participativa, até porque há muito tempo se fala, pelo menos no âmbito da escola,
sobre gestão participativa. A Administração participativa caracteriza-se pela atuação
real e concreta nos processos decisórios da escola de todos os seus membros,
especialmente professores, coordenadores e corpo administrativo, neste último
incluídos os serviços gerais da escola, tais como manutenção, merenda, entre outros.
Outro fundamento é o comprometimento com os resultados.
E o que acontece quando as pessoas querem participar, ou seja, tomar parte no
processo decisório, mas não querem se comprometer, se responsabilizar pessoalmente
pelos resultados da escola?
Neste caso, não há gestão participativa. O que há, de fato, é uma espécie de
assembleísmo, de democratismo, que esvazia este modelo de gestão e pode levar a
organização a obter resultados ou desempenhos ruins.
É papel do gestor
comunicar a todos que
participar implica assumir
responsabilidades;
portanto, quem não assume
responsabilidades não pode
participar. Simples assim!
Vejamos, ainda, algumas estratégias para facilitar a participação das pessoas nas
atividades da escola no processo decisório9:
Saiba mais
Para saber mais ou relembrar sobre empreendedorismo e/ou intraempreendedorismo, é só dar uma
olhadinha na disciplina “Inovação e Empreendedorismo” e, mais especificamente, nas Aulas 6 e 7,
“Empreendedorismo: conceitos, normas sociais e valores associados” e “Intraempreendedorismo
e o processo de inovação”, respectivamente.
Stephanie Hofschlaeger
Algumas delas você já deve ter estudado com bastante profundidade em outras
disciplinas do seu curso. Se ainda não fez isso, que tal dar uma olhada no material da
disciplina “Gestão da qualidade”, por exemplo? Desse modo, selecionamos apenas
algumas ferramentas para apresentar que podem ser utilizadas na sua escola, mas
existem inúmeras por aí e, certamente, alguma deve servir para a sua organização.
O Kanban, por exemplo, é um sistema de programação e controle administrativo
das atividades que estão sob a responsabilidade do gestor. É uma ferramenta de
controle visual. O objetivo é ter sempre à vista as fases em que se encontram todas as
atividades que estão sendo realizadas pelos seus liderados. São usados cartões fixados
em painéis para indicar o andamento da atividade, por exemplo.
Quais são os objetivos desta ferramenta?
Criar condições para que todos saibam quais as necessidades reais de cada um;
Identificar as etapas necessárias à execução de uma atividade (cada atividade é
composta de tarefas).
Esta ferramenta precisa, basicamente, de três cartões (verde, amarelo e vermelho)
e de um painel com colunas e linhas (na 1ª coluna, são escritas as atividades e, nas
colunas seguintes, os passos para completar sua atividade). Claro, o gestor deve indicar,
com o uso dos cartões, em que estágio se encontram as tarefas dos liderados.
Verde significa que você está com tempo para fazer sua tarefa e que ela não está
atrasada.
Amarelo significa que você está no limite e que deve agilizar para finalizar o mais
rápido possível.
Vermelho significa que você já está atrasado e que, provavelmente, está atrasando
o início de outras tarefas que dependem do término da sua.
EM 50%
INICIADA FINALIZANDO FEITA
DESENVOLVIMENTO REALIZADA
Existem várias maneiras de compor o seu painel. Se, em vez de utilizar “iniciada;
em desenvolvimento, 50% realizada, finalizando, feita”, você preferir escrever todas
as tarefas que correspondem à atividade, também é possível. Veja um exemplo na
escola, como no Quadro 2.2.
Lembre-se de que cada meta/atividade deve ter um responsável a quem o gestor
deve “cobrar” pela finalização, pelos resultados. E mais: o kanban utiliza um painel
exatamente para que fique exposto e todos saibam do andamento das atividades.
Complete o Quadro 2.2 com as tarefas e outras atividades:
Reunir com a
Secretaria de
Educação para
apresentar
resultados
Apresentar
projeto para
obtenção de
recursos
Apresentar aos
professores o
planejamento
anual
Em excesso
Em excesso
Dificuldade Desafio
Fonte: ASSEN, BERG, PIETERSMA (2010); OFMAN (2001).
Se você pedir a cada pessoa com quem trabalha para que preencha este quadrante,
você poderá conhecer a perspectiva que elas têm sobre si mesmas. Lembre-se de que,
às vezes, o gestor pode ter uma percepção diferente, e essa diferença entre a percepção
do gestor e a do liderado poder levar a problemas na organização, tais como conflitos
entre líderes e liderados.
Você quer identificar se há inconsistências ou diferenças entre a percepção que
a pessoa tem de si mesma e a percepção dos outros sobre ela14? É provável que todo
mundo queira saber se o que pensa sobre si coincide com o que os outros pensam.
Quais são as perguntas, então? A própria pessoa pode responder e pode pedir a
outras que respondam.
Depois, com todas as respostas nas mãos, é só analisar. Que tal começar a fazer
isso com você mesmo ou com aqueles colaboradores que lhe dão mais trabalho e
depois chamá-los para conversar? Faça quadros comparativos e mostre para elesou,
pelo menos, analise você mesmo para poder definir melhor como gerenciar estes
funcionários.
A ferramenta conhecida como Método 5s, por sua vez, compreende um processo
que vai desde a limpeza do ambiente de trabalho à sua organização como um todo
(Figura 2.1).
SENSO DE SENSO DE
ORGANIZAÇÃO LIMPEZA
5S
SENSO DE
SENSO DE
PADRONIZAÇÃO ARRUMAÇÃO
SENSO DE
DISCIPLINA
No que diz respeito ao senso de limpeza, por exemplo, este método indica que
todos devem contribuir para manter a organização limpa, a começar do seu espaço
de trabalho individual. Este é o primeiro passo, pois é no processo de limpar que
o sujeito compreende a necessidade do senso de arrumar, ou seja, separar o que é
necessário para o trabalho daquilo que não é, tais como materiais, equipamentos,
arquivos etc. Ao arrumar, o trabalhador ordena e deixa à disposição somente o que é
necessário ao exercício de suas atividades, simplificando o seu próprio trabalho.
Sanja Gjenero
“na minha época era assim....” precisam ser
repensadas, pois as épocas mudam e as pessoas
também. É muito provável que o professor
formado na década de 1970 seja diferente
daquele formado na década de 1980 e mais
diferente ainda daquele formado nos anos 2000.
E os alunos? Esses, então, nem se fala!...
Então, vejamos como você pode ter, pelo menos, seis maneiras de pensar sobre
um determinado assunto. De vez em quando, os gestores fazem a utilização dessa
ferramenta nas reuniões; é muito interessante. Mas você pode fazer sozinho, quando
tiver que tomar uma decisão importante e depois mostrar as várias possibilidades à
sua equipe de trabalho. Primeiro, imagine que cada chapéu é uma maneira diferente
de pensar sobre o mesmo tema, o mesmo assunto, para ter diferentes perspectivas.
Veja o Quadro 2.4.
Ao analisar o Quadro 2.4, você já deve ter percebido que cada chapéu corresponde
a um tipo de pensamento bastante focado, por exemplo:
Resumindo
Ao longo desta aula, apresentamos alguns modelos e ferramentas de gestão, mostrando que a
visão que o gestor tem sobre o homem/trabalhador influencia na sua escolha de modelo de gestão.
Informamos que um modelo de gestão é um conjunto de conceitos e práticas que permite a uma
organização operacionalizar suas atividades e é a base para a formatação de todo o processo de
gestão. Mostramos, então, que as ferramentas de gestão são o conjunto de métodos e padrões de
trabalho que concretizam as atividades prescritas pelo modelo de gestão adotado pelo gestor.
Dissemos que cada escola poderia escolher o tipo de gestão que mais lhe agradasse e fosse
conveniente ao seu público (interno – professores, alunos, corpo administrativo, serviços gerais
– e externo – pais de alunos, Secretaria de Educação, Associações etc.). Desse modo, os novos
modelos de gestão escolar poderiam construir organizações autônomas com capacidade de se
auto-organizar, elaborar projetos institucionais vinculados às necessidades e aos interesses de sua
comunidade, administrando de forma adequada os recursos materiais de modo que fosse capaz
de atingir as metas propostas e alcançar os resultados pretendidos.
Esclarecemos, também, que as possibilidades de gestão são inúmeras, tanto de modelos quanto
de ferramentas disponíveis. Por isso mesmo, não poderíamos tratar de todos, tampouco
detalhadamente, mas apresentamos alguns mais utilizados pelas organizações atualmente.
Como modelos de gestão, escolhemos tratar basicamente dos três mais utilizados: o volvismo, a
administração participativa e a administração empreendedora.
Como ferramentas de gestão, escolhemos apresentar o Kanban, o Método 5S, os Quadrantes
essenciais e os Seis chapéus do pensamento de De Bono. Por fim, nesta aula, fomos solicitando a
interação do aluno ao longo da exposição do conteúdo; por isso, sugerimos apenas um exercício
formal.
Bibliografia consultada
1
KRAWCZYK, Nora. A gestão escolar: um campo minado...análise das propostas de
11 municípios brasileiros. Educação & Sociedade, ano XX, n. 67, Ago/99. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/es/v20n67/v20n67a04.pdf.
2
PEREIRA, H.J. Os Novos Modelos de Gestão: Análise e Algumas Práticas em Empresas
Brasileiras. São Paulo: EAESP- FGV, 1995. Tese de Doutorado.
3
GRIFFIN, R. W; AUDI, M. T. Introdução à administração. São Paulo: Ática, 2007.
4
TACHIZAWA, CRUZ JÚNIOR e ROCHA. Gestão de negócios. Visões e dimensões
empresariais da organização. São Paulo: Atlas, 2001.
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Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999a, v. 1. p. 139.
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Organizações complexas: estudo das organizações em face dos problemas sociais. São
Paulo: Atlas, 1973. p.18-9.
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vismo, 1989.
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aperfeiçoamento. São Paulo: Cortez; [Paris]: UNESCO; [ Brasília]: Ministério da Educação
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LUCK, H. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: DP&A,
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Pinchot, G. P. Intrapreneurship. New York: Harper e Row, 1985.
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GRIFFIN, R. W; AUDI, M. T. Introdução à administração. São Paulo: Ática, 2007.
12
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que todo gestor deveria conhecer. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
13
ASSEN, M. van; BERG, G. van den; PIETERSMA, P. Modelos de gestão: os 60 modelos
que todo gestor deveria conhecer. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010; OFMAN,
D.D. Inspiration and quality in organizations. Antuérpia: Kosmos-Z&K, 2001.
14
OFMAN, D.D. Inspiration and quality in organizations. Antuérpia: Kosmos-Z&K,
2001.
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que todo gestor deveria conhecer. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010; BONO, E.6
thinking hats. Londres: Little Brow, 1985.